sábado, 5 de outubro de 2024

5 de outubro - Dia de São Benedito, o Negro


FILME SEDE SANTOS 10 VIDA DE SÃO BENEDITO





Jacareí, 08 de Abril de 2007

DOMINGO DE PÁSCOA

MENSAGEM DE SÃO BENEDITO COMUNICADA AO VIDENTE MARCOS TADEU TEIXEIRA

MENSAGEM DE SÃO BENEDITO

"-Marcos caríssimo, Eu Benedito estou contentíssimo por ver-te hoje mais uma vez. Faz quase dois meses que Eu e Rita viemos com a Nossa RAINHA e grande SENHORA, para abençoar-te no teu aniversário. E hoje Eu alegro –Me por poder vir e também abençoar todo este povo presente.

Rezai o SANTO ROSÁRIO... O Rosário me levou para o CÉU, não foram tantos os Meus milagres que Me levaram para o CÉU, mas sim o SANTO ROSÁRIO!

Como Eu amava o SANTO ROSÁRIO! Rezava-o nas cavernas em que habitei e depois também no mosteiro. Gostava de passar muitas horas rezando o Rosário sem mais nenhuma outra coisa querer ou desejar... O SANTO ROSÁRIO para Mim era como um favo de mel delicioso e doce, que encantava a Minha alma e que fazia a Minha alma simplesmente arder e incendiar-se de amor por DEUS e por MARIA SANTÍSSIMA.

Quantas vezes ela me visitou durante a oração do ROSÁRIO, para demonstrar o seu apreço e predileção por essa Santíssima oração tão salvadora e poderosa.

O CÉU... O CÉU se tornou próximo e acessível para MIM, Graças ao SANTO ROSÁRIO! Quantas Graças me deu o SANTO ROSÁRIO! Quantas bênçãos e luzes espirituais me conferiu o SANTO ROSÁRIO! Sou gratíssimo ao SANTO ROSÁRIO! Sou gratíssimo à Minha RAINHA e SENHORA que no-lo deu, que o deu a toda a humanidade!

Desejo que sejais abrasadíssimos de amor pelo SANTO ROSÁRIO! Desejo que o rezeis piedosamente e fervorosamente! Sempre que o puderdes de joelhos e vertendo copiosas lágrimas de gratidão à SENHORA por tê-lo dado à toda a humanidade.

O SANTO ROSÁRIO é o maior regalo, o maior prêmio e presente que a SANTÍSSIMA VIRGEM deu ao mundo depois que o verbo se fez carne.

Oh, Sim! Em cada conta do Rosário secais uma lágrima da MÃE DE DEUS e ao mesmo tempo recebeis dela uma nova graça. Cada vez que pronunciastes essas benditíssimas e maravilhosas palavras, sagradas palavras “AVE MARIA CHEIA DE GRAÇA”um raio de GRAÇAS se desprenderá da SANTÍSSIMA VIRGEM e descerá sobre vossas almas.

Rezai o SANTO ROSÁRIO, rezai também todas as orações que ELA vos deu, pois essas orações aniquilam satanás e os demônios e fazem com que muitas almas escapem das garras deles e se convertam e se salve.

Eu BENEDITO dou-vos a Paz, deixo-vos a Paz e prometo-vos a Minha constante proteção. Pois a vós que vindes aqui neste local sagrado sempre e que estais sempre aqui aos pés da SENHORA consolando-a, sois Meus irmãos, sois Meus protegidos, sois propriedade Minha.

E Eu vos guardarei e vos defenderei como tal.

A PAZ..."

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São Benedito, o Negro
1526-1589

Hoje é um dia muito especial para o povo brasileiro. Comemora-se o dia de são Benedito, um dos santos mais queridos e cuja devoção é muito popular no Brasil. Cultuado inicialmente pelos escravos negros, por causa da cor de sua pele e de sua origem - era africano e negro -, passou a ser amado por toda a população como exemplo da humildade e da pobreza. Esse fato também lhe valeu o apelido que tinha em vida, "o Mouro". Tal adjetivo, em italiano, é usado para todas as pessoas de pele escura e não apenas para os procedentes do Oriente. Já entre nós ele é chamado de são Benedito, o Negro, ou apenas "o santo Negro". 

Há tanta identificação com a cristandade brasileira que até sua comemoração tem uma data só nossa. Embora em todo o mundo sua festa seja celebrada em 4 de abril, data de sua morte, no Brasil ela é celebrada, desde 1983, em 5 de outubro, por uma especial deferência canônica concedida à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB. 

Benedito Manasseri nasceu em 1526, na pequena aldeia de São Fratelo, em Messina, na ilha da Sicília, Itália. Era filho de africanos escravos vendidos na ilha. O seu pai, Cristóforo, herdou o nome do seu patrão, e tinha se casado com sua mãe, Diana Lancari. O casamento foi um sacramento cristão, pois eram católicos fervorosos. Considerados pela família à qual pertenciam, quando o primogênito Benedito nasceu foram alforriados junto com a criança, que recebeu o sobrenome dos Manasseri, seus padrinhos de batismo. 

Cresceu pastoreando rebanhos nas montanhas da ilha e, desde pequeno, demonstrava tanto apego a Deus e à religião que os amigos, brincando, profetizavam: "Nosso santo mouro". Aos vinte e um anos de idade, ingressou entre os eremitas da Irmandade de São Francisco de Assis, fundada por Jerônimo Lanza sob a Regra franciscana, em Palermo, capital da Sicília. E tornou-se um religioso exemplar, primando pelo espírito de oração, pela humildade, pela obediência e pela alegria numa vida de extrema penitência. 

Na Irmandade, exercia a função de simples cozinheiro, era apenas um irmão leigo e analfabeto, mas a sabedoria e o discernimento que demonstrava fizeram com que os superiores o nomeassem mestre de noviços e, mais tarde, foi eleito o superior daquele convento. Mas quando o fundador faleceu, em 1562, o papa Paulo IV extinguiu a Irmandade, ordenando que todos os integrantes se juntassem à verdadeira Ordem de São Francisco de Assis, pois não queria os eremitas pulverizados em irmandades sob o mesmo nome. 

Todos obedeceram, até Benedito, que sem pestanejar escolheu o Convento de Santa Maria de Jesus, também em Palermo, onde viveu o restante de sua vida. Ali exerceu, igualmente, as funções mais humildes, como faxineiro e depois cozinheiro, ganhando fama de santidade pelos milagres que se sucediam por intercessão de suas orações. 

Eram muitos príncipes, nobres, sacerdotes, teólogos e leigos, enfim, ricos e pobres, todos se dirigiam a ele em busca de conselhos e de orientação espiritual segura. Também foi eleito superior e, quando seu período na direção da comunidade terminou, voltou a reassumir, com alegria, a sua simples função de cozinheiro. E foi na cozinha do convento que ele morreu, no dia 4 de abril de 1589, como um simples frade franciscano, em total desapego às coisas terrenas e à sua própria pessoa, apenas um irmão leigo gozando de grande fama de santidade, que o envolve até os nossos dias. 

Foi canonizado em 1807, pelo papa Pio VII. Seu culto se espalhou pelos quatro cantos do planeta. Em 1652, já era o santo padroeiro de Palermo, mais tarde foi aclamado santo padroeiro de toda a população afro-americana, mas especialmente dos cozinheiros e profissionais da nutrição. E mais: na igreja do Convento de Santa Maria de Jesus, na capital siciliana, venera-se uma relíquia de valor incalculável: o corpo do "santo Mouro", profetizado na infância e ainda milagrosamente intacto. Assim foi toda a vida terrena de são Benedito, repleta de virtudes e especiais dons celestiais provindos do Espírito Santo
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São Benedito - O Santo Negro

Diz o Ofício Litúrgico de São Benedito do próprio da Ordem Franciscana: "Benedito que pela sua cor preta foi chamado o santo preto". Benedito era de família descendente da África. Seus avós eram etíopes. Benedito, portanto, tinha a pele de cor negra. 

Uma piedade falsa dos séculos 19 e 20 (até os anos 50) queria atribuir uma cor de pele morena, quase branca, ao nosso santo, como se não ficasse bem a glorificação nos altares da raça negra. Assim como Benedito, também Santo Elesbão e Santa Efigênia são de cor negra e deram muitas glórias ào Senhor e à Igreja.

Humilde foi a origem do santo negro. Benedito era filho de Cristovam Manasseri e Diana Larcan, descendentes de escravos trazidos da Etiópia, África, para a Sicília, Itália. O pai fôra escravo de um rico senhor, Vicente Manasseri, e dele recebera o sobrenome. Diana, sua mãe, fora libertada por um cavalheiro da Casa de Lanza. E como os escravos tomavam o nome de seu senhor, veio a chamar-se Diana Larcan ou de Lanza.

Casados, Cristovam e Diana viviam como bons cristãos, fiéis à Lei do Senhor e humildes numa vida de oração e trabalho. Sua mãe, conforme consta do processo de beatificação de São Benedito, era devota fervorosa do Santíssimo Sacramento e extremamente caridosa para com os pobres, dons que Benedito herdaria por toda a vida. 

Cristovam era fervoroso, voltado para Deus, a família e o trabalho. Recitava diariamente com edificante piedade o Rosário de Maria e o ensinava a quantos com ele trabalhava. Diante dele ninguém blasfemava ou dizia obscenidade. Tantas vezes podia, aproximava-se da Mesa Eucarística. Mereceu a confiança dos patrões, pela honestidade e retidão que o caracterizavam no trabalho. Por isso, foi nomeado chefe dos trabalhadores. Dispunha os seus bens em favor dos mais pobres.

Um fato que chama a atenção na vida do pai de Benedito: por ciúmes, alguns companheiros de trabalho o caluniaram, dizendo que ele dilapidava os bens do patrão em nome da caridade. O honesto feitor viu-se do dia para a noite deposto de seu cargo, sofrendo vergonha e humilhação. Deus veio em seu socorro: os negócios de Manasseri não iam bem e sua terras terras já não produziam como antes. Morriam seus animais e seus campos eram vítimas de pragas. O patrão percebeu a injustiça que havia cometido e mandou chamar Cristovam e o reintegrou no cargo de ofício, com mais pode e autoridade que antes. Fez ainda mais: deu ao escravo piedoso e fiel, toda a liberdade para socorrer os pobres que o procurassem. Deu muitas esmolas e os negócios de Manasseri prosperaram.

Outro fato que chama a atenção nos pais de Benedito é de que fizeram voto de castidade ao contraírem matrimônio, vivendo na penitência, no trabalho e na oração. Foi o patrão quem persuadiu os pais à exercerem os seus direitos de matrimônio, prometendo dar liberdade aos seus descendentes. Assim o fizeram, assim nasceu Benedito, fruto de uma bênção especial de Deus: Bendito! Bendito! Bendito! Era o ano de 1524. Nasceu livre quanto à condição, e mais livre quanto à santa liberdade dos remidos pelo Sangue do Cordeiro. Dele se dizia: Negro e muito formoso, devido os traços finos de seu rosto.

A formação cristã do pequeno Benedito se deve à sua mãe, Diana, virtuosa e rica da graça do Senhor. Benedito crescia em idade, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens. Cristovam e Diana, repartindo o tempo entre a oração,o trabalho e a educação de seu primogênito, viviam santamente e Benedito era levado à Igreja pelas mãos paternas. Tiveram outros filhos: Marcos, Baldassara e Fradella. Esta casou-se com um escravo chamado Antonio Nastasi, com o qual teve uma filha, Violante, que mais tarde entrou para um convento da Ordem Terceira de São Francisco, recebendo o hábito de seu tio Benedito. Chamou-se Soror Benedita e viveu santamente. Morreu em Palermo, e há testemunhas que atestam milagres operados por Deus com a sua intercessão.

Benedito foi pastor de ovelhas. Foi muito fiel ao seu dever. Enquanto pastoreava, rezava piedosamente o Rosário. Procurava os lugares mais afastados, pelos altos montes, com boa pastagem e água para seu rebanho, para poder também orar e meditar. Certa vez o encontraram escondido em uma gruta, num momento de folga, de joelhos, olhos fixos no céu, todo arrebatado em êxtase. À partir desse dia, nunca mais o ridicularizaram.
Aos dezoito anos, Benedito se abrasou no amor do Senhor e demonstrou interesse em se dedicar totalmente a Jesus. Com sacrifícios, conseguiu comprar uma junta de bois, e com eles passou a ganhar alguns trocados e socorrer os pobres. Isso durou até completar vinte e um anos de idade.

Frei Jerônimo Lanza, natural de San Marco, abandonou o mundo e se recolheu com alguns companheiros num eremitério de Santa Dominica, na região de Caronia. O Papa Júlio III autorizou aos novos eremitas professarem a Regra Seráfica de São Francisco, juntando ainda aos votos de pobreza, obediência e castidade, o voto de vida quaresmal, que os levava a jejuar 3 dias por semana. Numa de suas viagens, Jerônimo conheceu Benedito, que num momento de descanso era injuriado e zombado pelos companheiros de trabalho por causa da cor da pele. Frei Jerônimo ouviu e repreendeu severamente os injustos e lhes disse em tom profético: "Ah! hoje fazeis caçoada e ridicularizais este pobre negrinho; mas daqui a poucos anos vereis a sua fama correr todo o mundo!". Voltando-se para o patrão lhe disse: " Eu vos recomendo muito este moço porque logo ele virá em minha companhia e se há de tornar um santo religioso!"

Alguns dias depois, Frei Jerônimo voltou àquele lugar e diz, ao ver Benedito: "Que fazes aqui? Vamos! Vende estes bois e vem comigo." Benedito não teve dúvidas e o seguiu. Seus pais, não obstante necessitassem da ajuda monetária do filho, não se opuseram à vocação do filho.
Os irmãos Eremitas Franciscanos levavam vida austera, em extrema pobreza. Mendigavam o pouco de pão nas vizinhanças, e tinham algumas ervas e água para sustentar. A habitação era paupérrima, estreita e sem conforto. Vestiam-se de grosseiro pano e passavam longas horas em oração. Depois da sua profissão solene, Benedito quis usar um manto parecido com o de São Paulo Eremita, feito de folhas de palmeira, com um capuz de lã muito velha protegendo a cabeça. Em 1562, contando o santo com 38 anos de idade, o Papa Pio IV, ouvindo os apelos de eremitas que não suportavam os rigores do 4º voto, o de vida quaresmal, ordenou que os eremitas de Frei Jerônimo se recolhessem a qualquer dos conventos franciscanos regulares, dispensando-os do 4º voto.

Benedito, indeciso quanto ao convento em que se recolheria, foi orar na Catedral Metropolitana de Palermo, diante da imagem de Nossa Senhora, sob o título de Madona di Libera Inferni e, chorando, pediu a intercessão da Mãe para a sua escolha. Ouviu a voz da Mãe falando no seu coração: "Meu filho, é vontade de Deus que entres para a Ordem dos Frades Menores Reformados": Sua vocação estava resolvida! Agradecendo à Maria, foi imediatamente ao Convento de Santa Maria di Gesú, duas milhas de Palermo.

Fatos importantes da vida de Benedito no Convento de Santa Maria di Gesú:

* foi recebido em festa pelo Guardião dos Franciscanos Frei Arcângelo de Scieli, que conhecia sua fama de santidade;
* depois de poucos dias, foi enviado ao Convento de Sant'Ana di Giuliana, um dos Mosteiros mais fervorosos da Ordem;
* após 3 anos, voltou ao Convento de Santa Maria di Gesú, onde ficaria até a morte;
* seu primeiro ofício foi o de cozinheiro, juntando a atividade de Marta à contemplação de Maria (Lc 10, 38-42).
Fez da cozinha um santuário de oração, vivendo sempre alegre e cheio de mansidão para com todos;
* início dos prodígios: o Capítulo da Ordem iria se realizar no Convento. Devido a neve, os frades não poderiam mendigar conforme a Regra estabelecia. Por descuido, o Superior não providenciou o necessário. Como a situação era grave, Benedito chamou um de seus auxiliares e o mandou encher umas vasilhas de água. Diante do espanto do Irmão, que sabia não haver carnes ou peixes para a refeição, Benedito replicou: enche as vasilhas e cobre-as com tábuas. Recolheu-se aos seus aposentos e pôs-se a rezar. Ao amanhecer, chama seu auxiliar e vão à cozinha. Ali ocorreu o milagre: grandes peixes, suficientes para várias refeições, estavam nas panelas;
* certo dia a carne chegou atrasada e os frades começaram a pedir a mesma. Benedito disse que a mesma estava ao fogo há poucos minutos, mas iria ver o que fazer. Encontrou a carne bem temperada, cozida e pronta;
* trinta operários prestavam serviços voluntários no convento. Certo dia, porque vieram sem prévio aviso, encontraram as despensas do Convento vazias. Benedito pôs-se em oração e serviu farta refeição aos operários e ainda sobraram alimentos para a despensa;
* Sem lenha para o fogão, Benedito subiu ao monte e encontrou uma grande árvore derrubada por raio. Seriam necessários vários homens fortes para conduzirem a mesma. No entanto Benedito a colocou no ombro sem nenhum esforço, causando espanto a todos os que viam a cena;
* O Arcebispo de Palermo, Dom Diogo d´Abedo, gostava de se recolher uns dias para descansar e rezar no Convento de Santa Maria di Gesú. Vindo para as festas do Natal, trouxe consigo grande quantidade de víveres. Na missa da aurora do Natal, Frei Benedito, abrasado de santo amor, vai receber a Santa Comunhão. Sente o Menino Jesus em seu coração como no presépio de Belém.
Chora ao contemplar um quadro ao lado do Altar. Caiu em êxtase, ficando ali várias horas arrebatado, sem pensar nos trabalhos da cozinha. Quando estava para começar a Missa solene Pontifical, o Superior foi à cozinha e viu o fogo apagado. Clamou por Benedito, reclamando o almoço para logo depois da Missa. O Convento ficou em polvorosa, para não fazer feio diante do Arcebispo. Foi o turiferário quem encontrou Benedito a contemplar o Menino Jesus , chamando sua atenção quanto ao almoço. A resposta de Benedito o desconcertou: Não se aflija, irmão! Após a Missa, acendeu uma vela e voltou a rezar. Os irmãos o injuriavam, revoltados com a preguiça e o descaso do frade negro. Viam a vergonha diante dos olhos. Benedito calou-se e calmamente acendeu o fogo.
Quando chegou o horário da refeição e o Superior ordenou a arrumação da mesa, viram dois belos jovens acabando de preparar suculento banquete para o Arcebispo e todos do convento. As injúrias se transformaram em louvores e graças ao Senhor e ao humilde servo.
* Benedito era leigo e analfabeto. Mesmo assim, tornou-se Superior do Convento e modelo admirável no governo daquela casa;
* em 1578, reuniu-se o Capítulo Provincial dos Franciscanos no Convento de Santa Maria dos Anjos, em Palermo. Houve a separação da Reforma e da Observância da Regra, sendo que o Convento onde Benedito morava passou à Ordem Reformada. Frei Benedito foi eleito Superior, por sua santidade e servidão. Enquanto todos se alegravam, Benedito se entristeceu e procurou o Padre Superior, rogando que o liberasse desse cargo, pois era analfabeto e ignorante. Seu Superior não o liberou e, em nome da Santa Obediência declarou: Doravante serás o Superior do Convento de Santa Maria di Gesú. A Benedito coube somente obedecer;
* sua firmeza e observância das Regras faziam com que o Convento tivesse uma vida ativa e cheia de graça;
* alguns autores dizem ter sido Frei Benedito Mestre de Noviços. Há autores que discordam, pois esse cargo era exercido somente por Presbíteros. Mas a dúvida continua, pois já havia acontecido a exceção quando Benedito foi indicado para o cargo de Superior, exercido também por um Presbítero;
* os noviços tinham grande admiração por Benedito e tinham nele um grande conselheiro;
* Benedito tinha o Dom da Ciência Infusa. Sem saber ler ou escrever, conseguia dar aulas sobre todos os assuntos ligados à Religião, à Ordem ou à Fé. Tinha muita clareza, espírito e unção. Teólogos e Mestres ouviam atentamente o grande santo;
* Segundo Frei Giacomo di Pazza, uma das testemunhas do processo de beatificação, não se passava um dia sem que acontecesse um prodígio operado pela intercessão de São Benedito;
* Um dos milagres operado em vida: várias senhoras, num carro puxado por cavalos, sofreram um grave acidente, no qual D. Eleonora caiu sobre uma criança de cinco meses de idade, tendo a criança morrido asfixiada. Diante do desespero de todos, Benedito tomou a criança nos braços, põe a mão na testa gelada e recita algumas orações. Entregando a criança, disse: a senhora já pode amamentar a criança. A criança morta, em contato com o seio da mãe, adquire vida novamente e suavemente suga o leite da mãe (na imagem tradicional, São Benedito está carregando essa criança, e não o Menino Jesus, como muitos acreditam) ;
* uma criança morreu esmagada sob o peso do pai e do carro puxado por cavalos em que estava. Pedindo confiança em Deus e em Nossa Senhora, Benedito toma nos braços a criança, enquanto inicia a oração. Ao fazer o sinal da Cruz sobre a criança, esta abre os olhos e pôs-se a chorar e gritar. Ressuscitara maravilhosamente;
* Também um cego recupera a visão quando Benedito lhe faz o sinal da Cruz sobre os olhos; outro cego, que perdera a visão há um ano, sem conseguir resultados com os médicos, recupera a visão quando Benedito lhe faz o sinal da Cruz sobre os olhos;
* Incrível! até um cavalo é ressuscitado por Benedito, o cavalo que era do serviço do Convento e que caira num abismo;
* após servir os pobres, Frei Vito vira chegar soldados espanhóis famintos e sedentos. Assustado, viu que havia poucos pães em seu cesto. Instado por Benedito a servir os soldados, percebeu que o cesto não se esvaziava e assim pôde alimentar grande contingente de soldados;
* um pescador pobre, pai de sete filhos, não conseguia pescar um mísero peixe sequer. Vendo a aflição do pobre homem, Benedito orou e o pescador viu quantidade inacreditável de peixes em sua rede; Muitas curas físicas foi realizada por Deus sob a intercessão de São Benedito, em vida e após a sua morte.
Em fevereiro de 1589 Benedito caiu gravemente enfermo. Embora seu médico, de grande fama na região, previsse sua morte, Benedito o alertou que ainda não havia chegado sua hora. Portanto, recuperou-se. Em março tornou a adoecer, com uma febre muito altta. Nenhum remédio o aliviava. Previu então sua morte e fez um pedido estranho: "enterrem logo o meu corpo para que não tenham contrariedade".
Recebeu a Unção dos Enfêrmos e o Viático, preparando-se para o encontro com o Senhor. Não aceitou ainda a colocação das velas em suas mãos, pois avisaria quando chegasse a hora. Recebeu a visita de Santa Úrsula e as onze mil virgens em visão. Daí poucos minutos, chamou Frei Guilherme e mandou que acendesse a vela e pusesse em suas mãos. Era chegada a hora. Exclamando "Jesus! Jesus! Minha Mãe doce Maria! Meu pai São Francisco", Benedito faleceu na paz do senhor. Era 19 horas de 4 de abril de 1589, terça-feira de Páscoa, aos 65 anos de idade, dos quais passara 21 anos no mundo, 17 no Eremitério e 27 na Ordem Franciscana.
A profecia de que era preciso enterrar logo o seu corpo, cumpriu-se após o velório. Multidão invadiu o Convento querendo relíquias ou lembranças do grande santo. Em 7 de maio de 1592, seu corpo foi transladado pela primeira vez. Do seu corpo exalava sublime perfume, sendo seu corpo encontrado em perfeito estado de conservação, sem uso de qualquer produto químico. Em 3 de outubro de 1611 foi feita a segunda transladação do corpo, colocado em urna de cristal. Ainda hoje continua conservado, exposto em Urna Mortuária para visitação pública numa Capela lateral da Igreja de Santa Maria, em Palermo, Itália.

São Benedito, patrono da raça negra

Mais de um século antes de ser canonizado, no Brasil ele já tinha muitos devotos

Luiz Carlos Azevedo
Corre o ano de 1589. Em uma pobre cela no convento franciscano de Santa Maria de Jesus, a três quilômetros de Palermo, sul da Itália, o enfermeiro observa o irmão leigo, iletrado, que faz alguns movimentos no leito de dores em que se encontra há dois meses.

Seu rosto, alquebrado pela fadiga de 63 anos transcorridos em meio a intensas atividades apostólicas, em dado momento ilumina-se. Sua boca se abre e os olhos tornam-se fixos e extáticos. "É o fim, o irmão está cruzando o limiar da eternidade"- pensou o enfermeiro. E sai correndo a fim de chamar outros frades para as derradeiras orações que se fazem pelos agonizantes.

O doente, entretanto, terminado o êxtase e após o retorno do enfermeiro, diz-lhe: "Fique tranqüilo. Eu o avisarei do dia e hora da minha morte. Vou falecer no dia 4 de abril". Ao que o enfermeiro retruca: "Imagine, Frei, como esta casa ficará cheia!"Pois ele bem conhecia a extraordinária fama de santidade daquele frade, a qual foi tão grande por toda parte, quando ainda vivo, que raramente se encontra algo semelhante na História da Igreja.

- "Pode ficar sossegado, não virá ninguém", garantiu-lhe o Santo. As duas profecias cumpriram-se ao pé da letra.

Com efeito, no dia da morte e do sepultamento houve um grande afluxo de gente para a festa do Divino, numa igreja do Espírito Santo, nos arredores de Palermo, e por isso ninguém foi ao convento.

No dia aprazado, o Santo recebeu o consolo dos Sacramentos da Igreja: confissão, comunhão, extrema-unção, inclusive a bênção papal. 

O enfermo senta-se na cama e, olhando para o céu, reza e contempla. Invoca seus santos padroeiros: São Francisco de Assis, São Miguel Arcanjo, os Apóstolos São Pedro e São Paulo.

Em determinado momento das orações, e depois de uma visão de Santa Úrsula, Benedito - é esse o nome do moribundo - pronuncia em alta voz: "Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito".Em seguida, deita-se, fecha os olhos e dá o último suspiro.

Naquele exato momento, não longe dali, Benedita Nastasi, de 10 anos de idade e sobrinha do Santo, observando uma pombinha que entrara dentro de casa, ouviu a voz do tio:

- "Benedita, queres alguma coisa de lá. 

- "De lá, onde, meu tio?" - indaga a menina.

- "Lá do Céu, minha filha" - completa a conhecida voz. E a pombinha desaparece ...

Nosso tão popular São Benedito, o Negro, chamava-se Benedito de São Filadelfo, pois tal era o nome da localidade (hoje San Fratello) perto de Messina (Sicília) onde ele nasceu, em 1526. Era filho de escravos etíopes, comprados pela família Manasseri.

Sabe-se que o Santo foi pastor, tornando-se depois eremita. Para obedecer a uma ordem do Papa, ingressou posteriormente como irmão leigo na Ordem Franciscana, no convento de Santa Maria de Jesus, nas imediações de Palermo. Ali notabilizou-se como cozinheiro milagroso, pois, com freqüência, os Anjos do Céu desciam para ajudá-lo na preparação das refeições.

Apesar de iletrado e de ser apenas irmão leigo, eram tais os dons e carismas com os quais a Divina Providência ornou sua alma, que foi eleito Superior e Mestre de Noviços do convento.

A exemplo do Seráfico Pai São Francisco, seu Fundador, o sem número de milagres e prodígios operados já em vida por São Benedito constituem também verdadeiros fioretti. Impossível referi-los todos. Resta-nos mencionar ao menos alguns.

Cura de cancerosa

Antes de fixar-se no convento de Santa Maria, Benedito levou vida eremítica em Nazana, durante oito anos, e em Mancusa, na região de Palermo.

Então, sua fama de santidade já ia alta. Certo dia em que atravessava Mancusa, chamaram-no para ver uma doente num casebre. "Não posso fazer muita coisa por ela, pois não sou sacerdote. Mas posso fazer-lhe uma visita e rezar por ela",respondeu. "Me acode, Frei", gritava a pobre mulher, roída por um câncer no seio, que se alastrava terrivelmente. "Me dá uma bênção, por amor de Deus!" 

Condoído pelas dores da enferma e pela aflição de seus familiares, o Santo aproximou-se do leito, rezou com todos os presentes, animou a enferma a ter Fé em Deus, e depois, a pedido dela, traçou o sinal da cruz sobre a chaga do seio. Instantaneamente foi curada, restando-lhe uma cicatriz apenas! Logo em seguida, Benedito bateu em retirada, para fugir de qualquer agradecimento ou louvor.

Ressurreição de mortos

Certa vez, quatro senhoras de Palermo - Eulália, Lucrécia, Francesca e Eleonora, esta última com o filho de cinco meses nos braços vieram visitar o Santo no convento de Santa Maria. De regresso à cidade, ainda perto do convento, a carroça virou e prensou a criança, que teve morte instantânea. Os frades vieram socorrê-las, e Benedito deparou-se com a patética cena da mãe abraçada ao corpinho disforme.

Benedito aproximou-se e disse: "Pare de chorar. A criança não está morta; pode dar-lhe de mamar". Os circunstantes pensavam que o Santo delirava. Entretanto, mal a mãe lhe obedecera, a criança começou a sorrir, deixando a todos atônitos.

Fato análogo sucedeu com o filho de João Jorge Russo. Quando visitava o convento com sua esposa e alguns parentes, a carroça em que viajavam caiu de uma ponte e a criança ficou esmagada.
"Tenham muita confiança em Nossa Senhora. Vamos rezar". Esse recurso à mediação da Santíssima Virgem, aliás, era uma constante em todas as intervenções de São Benedito.

Todos se ajoelharam e começaram a rezar; ato contínuo, a criança abriu os olhos, despertando do sono da morte.

Antes mesmo de fazer-se eremita - e talvez este tenha sido o primeiro milagre operado por São Benedito -, trouxeram à sua presença uma criancinha morta.

Condoído, o Santo tomou aquele corpo inanimado em seu braço esquerdo, e com a mão direita fez o sinal da cruz sobre a pequena fronte enregelada. Após os presentes rezarem o Pai Nosso e a Ave Maria, o milagre da ressurreição se realizou!

Milagre das flores

São Benedito tinha o costume de recolher os restos de comida do convento em seu avental de cozinha, para distribuí-los depois aos pobres.

Certa vez o Santo encontrou-se com o vice-rei da Sicília, Dom Marcantonio Colonna, que, atraído pela fama de sua santidade, veio visitá-lo. Curioso, o ilustre visitante perguntou a Benedito o que levava com tanto cuidado. Ele simplesmente abriu o avental e mostrou ... flores, tão frescas e aromáticas, que o vice-rei levou-as para o altar de sua capela particular.

Peixes que aparecem e pães que se multiplicam

Em certa ocasião acabaram as provisões do convento. Era inverno e chovia torrencialmente. E os religiosos não tinham sequer condições de sair para pedir esmolas.

Benedito pediu a um frade, que o auxiliava na cozinha, que abrisse os Santos Evangelhos em qualquer lugar e lesse o que estava escrito. A seguinte passagem foi lida: "Não vos preocupeis com a vossa vida, quanto ao que haveis de comer, nem com o vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Olhai as aves do céu: não semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiros. E, no entanto, vosso Pai celeste as alimenta" (Mt 6,25-26).

Iluminado por essas palavras e movido pela sua heróica confiança na Providência, o Santo pôs-se a agir. Encheu com água todas as panelas, tachos e latas grandes que havia no convento. Na manhã seguinte, estavam cheios de peixes frescos, muitos deles vivos.

Em outra ocasião em que Benedito, então superior do convento, deu ordem ao irmão porteiro, Vito da Girgenti, de distribuir pão aos pobres, o religioso, vendo que a fila era enorme, reservou no fundo do cesto alguns pães para os frades. O fato chegou ao conhecimento de Benedito, que intimou o porteiro a chamar de volta todos os pobres que ficaram sem pão: "Dê aos pobres tudo o que estiver na cesta mandou Benedito -, pois a Providência nos socorrerá". 

Ao obedecer, o irmão Vito notou maravilhado que o pão da cesta não se acabava mais; quanto mais ele tirava, mais aparecia!

Os frades relapsos

Certa vez, três noviços resolvem fugir do convento e voltar para casa. De madrugada galgam o muro, e na rua, quando cantam vitória pela pseudo-façanha, divisam um vulto que vinha ao seu encontro. Era Frei Benedito, que os interpela: "Que jazem aqui a estas horas? Voltem já para o convento!" E os aconselhou a rezar muito pela perseverança na vocação.

Meses depois, eles caem de novo na tentação de fugir, e tomam o maior cuidado para que ninguém saiba de nada. Quando novamente ganham a rua, dão de frente com Frei Benedito, que abre os braços, dizendo: "Alto lá, onde pensam que vão?" Os três reconhecem um sinal de Deus a fim de perseverarem, pedem perdão ao Santo, prometendo não mais reincidir na falta.

"O Santo, o Santo" ...

A cada milagre que acontecia, o povo acorria à portaria do convento, aclamando e louvando o Santo. Sua popularidade e veneração se tornaram tais que ele acabou, certa vez, transtornando uma procissão de "Corpus Christi". Nessa ocasião, os frades tomaram parte na procissão da Catedral de Palermo. E São Benedito foi designado para portar a cruz processional, à frente do cortejo. Ao fixar os olhos no Crucificado, sentiu-se arrebatado pelo amor a Nosso Senhor e entrou em êxtase. Seu corpo passou a deslizar suavemente, sem que ele movesse os pés.

Ao ver aquilo, o povo irrompeu em gritos de admiração: "Olhem o Santo, o Santo!" As filas da procissão se desorganizaram completamente. Os encarregados da ordem gritavam para que as pessoas se enfileirassem. Mas não houve jeito, e a procissão retomou logo para a Catedral...


O corpo incorrupto

Quando, após as comemorações do Divino Espírito Santo, o povo ficou sabendo que Benedito havia falecido e já estava sepultado, todos se dirigiram para Santa Maria de Jesus. O túmulo estava em local de difícil acesso, e o grande afluxo de peregrinos perturbava a vida dos frades. E o seu número crescia a cada dia, na proporção em que se difundia a notícia dos milagres operados junto à sepultura.

Começaram a implorar relíquias do Santo. Suas vestes e as roupas da cama onde faleceu foram transformadas em tiras. Até mesmo sua cama e colchão foram reduzidos a pedacinhos, avidamente disputados pelos visitantes.

A 7 de maio de 1592, três anos após sua morte, seu corpo, incorrupto e exalando suave perfume, foi colocado numa uma instalada em cavidade aberta em parede da sacristia da igreja de Santa Maria de Jesus. Entretanto, a sacristia logo transformou-se em capela, com o povo cantando, rezando, pagando promessas. Isso durante dezenove anos a fio.

No dia 3 de outubro de 1611, com a presença do Cardeal Dória, o corpo de São Benedito foi transladado novamente para magnífica urna de cristal numa capela lateral da própria igreja de Santa Maria de Jesus, no antigo convento franciscano, a três quilômetros de Palermo, cidade que, antes mesmo do reconhecimento oficial da Igreja, tomou-o por Padroeiro, em 1652.

São Benedito foi declarado bem-aventurado em 1763, por Clemente XIII, e canonizado pelo Papa Pio VII em 25 de maio de 1807.

Culto no Brasil

O Estado da Bahia foi o pioneiro na devoção a São Benedito em terras brasileiras. Já antes mesmo de sua canonização havia lá uma irmandade em sua honra. Simultaneamente, a devoção ao Santo deitou profundas raízes no Maranhão. Sabe-se da existência de imagens de São Benedito pelo menos desde 1680, em Olinda, Recife, Igaraçu (PE), Belém do Pará e Rio de Janeiro.

O mesmo sucedia em São Paulo. Um século antes de ele ser declarado santo pela Igreja, já era venerado como tal nas igrejas freqüentadas pelos membros da Venerável Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos (1707). E hoje a devoção ao Santo já é um fenômeno nacional. Não faltam pelo Brasil afora paróquias, capelas, ou ao menos um altar com a imagem do Santo Negro.

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São Benedito Moro de Palermo
São Benedito Moro de Palermo

São Benedito Moro de Palermo OFM Cap (Sicília, 31 de Março de 1524 - Palermo, 4 de Abril de 1589) (São Benedito, o Negro, ou São Benedito, o Africano ou São Benedito, o Mouro) - Santo da Igreja Católica, ele é sempre relacinado ao candomblé ou rituais satânicos de macumba e coisas afins, entretanto, ao contrario dos feitiços e magias que promovem o mal á vida alheia, este santo viveu em constante cairdade e santidade, sempre fazendo o bem ao próximo.



Urna antiga

Algumas versões dizem que ele nasceu na Sicília, sul da Itália, em 1524, no seio de família pobre e era descendente de escravos oriundos da Etiópia. Outras versões dizem que ele era um escravo capturado no norte da África, o que era muito comum no sul da Itália nesta época. Neste caso, ele seria de origem moura, e não etíope. De qualquer modo, todos contam que ele tinha o apelido de “mouro” pela cor de sua pele.

Foi pastor de ovelhas e lavrador. Aos 18 anos de idade já havia decidido consagrar-se ao serviço de Deus e aos 21 um monge dos irmãos eremitas de São Francisco de Assis o chamou para viver entre eles. Fez votos de pobreza, obediência e castidade e, coerentemente, caminhava descalço pelas ruas e dormia no chão sem cobertas. Era muito procurado pelo povo, que desejava ouvir seus conselhos e pedir-lhe orações.

Translado do corpo intacto de São Benedito

Cumprindo seu voto de obediência, depois de 17 anos entre os eremitas, foi designado para ser cozinheiro no Convento dos Capuchinhos. Sua piedade, sabedoria e santidade levaram seus irmãos de comunidade a elegê-lo Superior do Mosteiro, apesar de analfabeto e leigo, pois não havia sido ordenado sacerdote. Seus irmãos o consideravam iluminado pelo Espírito Santo, pois fazia muitas profecias. Ao terminar o tempo determinado como Superior, reassumiu com muita humildade mas com alegria suas atividades na cozinha do convento.

Sempre preocupado com os mais pobres do que ele, aqueles que não tinham nem o alimento diário, retirava alguns mantimentos do Convento, escondia-os dentro de suas roupas e os levava para os famintos que enchiam as ruelas das cidades. Conta a tradição que, em uma dessas saídas, o novo Superior do Convento o surpreendeu e perguntou: “Que escondes aí, embaixo de teu manto, irmão Benedito?” E o santo humildemente respondeu: “Rosas, meu senhor!” e, abrindo o manto, de fato apareceram rosas de grande beleza e não os alimentos de que suspeitava o Superior.


Nova urna onde se encontra atualmento o corpo do glorioso São Benedito



São Benedito morreu aos 65 anos, no dia 4 de abril de 1589, em Palermo, na Itália. Seu corpo está intacto á mais de 421 anos. Reverenciado e amado no Brasil inteiro, é um dos santos mais populares do país, principalmente entre a população de origem africana, que o associa aos padecimentos do negro brasileiro. Na porta de sua cela, no Convento de Santa Maria de Jesus em Palermo se encontra uma placa com a inscrição em italiano indicando que era a Cela de São Benedito e embaixo as datas 1524-1589, para indicar as datas do nascimento e de sua morte. Alguns autores indicam 1526 como o ano de seu nascimento, mas os Frades do Convento de Santa Maria de Jesus consideram que a data certa é 1524.



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DEFESA DAS APARIÇÕES DE JACAREI

DEFESA ÀS APARIÇÕES DE JACAREÍ


(FEITA POR UM PEREGRINO, AO CONTEMPLAR UM VÍDEO FALANDO MAL DAS MESMAS CITADAS ACIMA, E SOBRE A CARTINHA DO BISPO DA ÉPOCA, ALEGANDO QUE AS APARIÇÕES NÃO ERAM VERDADEIRAS)


NÃO SEI QUEM FEZ MAS PRA MIM ESSA PESSOA MERECIA UMA MEDALHA DE HONRA DE NOSSA SENHORA POR ESTA BELA DEFESA

"Quando você diz que devemos dar ouvidos ao que os padres dizem a respeito das aparições de Jacareí, corre em um ledo engano, pois, a “opinião pessoal” deles é que não pode ser elevado ao nível de “dogma de fé”. As cartas de Dom Nelson são muito citadas pelos que latem que estas Sagradas Aparições são falsas. Portanto, mister se faz alguns esclarecimentos. Há duas cartas oficiais onde este indigitado bispo trata da matéria “aparições”. Uma primeira, publicada em 1996, enquanto o mesmo ainda era bispo de São José dos Campos (diocese a qual pertence Jacareí). Nesta, não há menção alguma ao nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, muito menos, excomunhão, há somente algumas orientações pastorais. A segunda, publicada em 2007 e republicada em 2011, realmente traz explicitamente o nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, porém, nesta, a palavra “excomunhão” é sequer mencionada.

Ainda há um probleminha com esta segunda carta. O dito bispo (certamente pela providência de Nossa Senhora) foi transferido para a diocese de Santo André/SP em 2003, e, observem, a segunda carta publicada por ele ocorreu no ano de 2007, quando já havia deixado de ter jurisdição eclesiástica sobre a cidade de Jacareí. Portanto, o mesmo, ao editar esta carta, violou a jurisdição eclesiástica conferida a ele pela Igreja, e, ainda, violentou gravemente a autoridade de Dom Moacir, então, bispo da Diocese de São José dos Campos, que, se quisesse, poderia ter criado o maior caso com isso, pois Dom Nelson desrespeitou frontalmente e atropelou sua autoridade eclesiástica, uma verdadeira afronta. Então eu lhes pergunto, vocês ainda vão dar credibilidade a um documento irregular e eivado de vícios como esse?

Vale lembrar, que não é obrigatório seguir estas cartas circulares dos bispos. Não há heresia nem cisma nisso. Um católico somente pode ser acusado de cismático ou herege se atentar contra os Dogmas de Fé. Que eu saiba, carta circular de bispo não é Dogma de Fé. Como a primeira carta de Dom Nelson não condena as Aparições de Jacareí, e a segunda está irregular, pode-se dizer que não pesa condenação oficial e regular da Igreja sobre estas Santas Aparições. Além do mais, até o presente momento, Dom José Valmor, que atualmente tem jurisdição eclesiástica sobre Jacareí, não fez pronunciamento oficial sobre as mesmas. Documento oficial onde o Profeta Marcos foi excomungado, também é inexistente, portanto, qualquer informação que diga o contrário é fruto de pura “fofoca”.

Ressalto que em Jacareí, realmente, não damos tanta importância aos documentos do Vaticano. O que nós realmente valorizamos é a doutrina que nos foi transmitida pelos santos, como Santo Afonso, São Luiz, Santa Teresa, São João da Cruz, etc... Outro adendo que gostaria de acrescentar, diz respeito ao fato da obrigatoriedade ou não das Sagradas Mensagens Celestiais. A orientação predominante entre os teólogos católicos, de que não é obrigatório seguir as Aparições de Nossa Senhora, se funda em meras opiniões pessoais de alguns clérigos a respeito do assunto. Esta orientação não tem o caráter da infalibilidade papal e muito menos é um Dogma de Fé. Realmente, o catecismo atual traz algo nesse sentido, mas vale lembrar que o mesmo não recebeu o caráter da infalibilidade pelo Concílio Vaticano II. Bem ao contrário do Santo Catecismo do Concílio de Trento. Este sim, recebeu o caráter de infalível. Ocorre que nossa amada Igreja há muito se transviou de uma tradição bíblica milenar, através da qual o “Deus dos Exércitos” sempre manifestou sua vontade ao povo de Israel por meio de suas aparições aos profetas (mesmo fenômeno que ocorre com o, também, profeta Marcos Tadeu, pois os fenômenos miraculosos e de aparições que ocorrem naquele Santuário, são da mesma espécie dos verificados na Sagrada Bíblia).

Ora, nos tempos bíblicos não era através dos fariseus, saduceus, príncipes e doutores da lei (a Igreja oficial da época) que Deus dava as suas diretrizes ao povo eleito, mas sim, através dos profetas, em outras palavras, dos videntes. Nos primórdios do cristianismo, também ocorria assim, pois, a própria origem da nossa amada Igreja se funda nas “aparições” de Jesus aos apóstolos e discípulos. Então, por que esta tradição bíblica foi quebra? Será que é porque as aparições aos profetas cessaram? Errado, pois nos últimos 100 anos ocorreram mais de 1000 aparições de Nossa Senhora, dos santos e anjos, e até de Deus.
A pergunta correta é, por que o clero tenta abafar isso, pois grande parte, senão todas, destas aparições também foram acompanhadas de sinais miraculosos, como, curas inexplicáveis pela ciência, sinais na natureza, etc... Se Deus usava deste expediente nos tempos bíblicos, certamente deveria continuar a usá-lo nos tempos do catolicismo, pois uma grande verdade que a Teologia professa é que Deus é imutável. Não citarei as passagens bíblicas onde Deus manifesta sua vontade através dos videntes/profetas, pois se assim fizesse, teria que citar a Bíblia inteira, pois a própria formação e ensinamentos nela transmitidos se dão por este meio. Gostaria apenas de citar um pequeno exemplo de qual atitude deveremos tomar frente às Aparições de Jacareí, tomando por base a Bíblia. Saulo, quando se dirigia à cidade de Damasco e Jesus lhe “aparece” exclama: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9, 6). Naquela ocasião, Jesus disse a ele para procurar os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! O ordenou que entrasse na cidade de Damasco e ali lhe seria dito o que deveria fazer. Beleza. E quem Deus enviou para Saulo? Os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! Mas Ananias, um vidente. Como eu sei que Ananias era um vidente? As Sagradas Escrituras nos contam que foi uma aparição de Jesus que disse para ele ir procurar Saulo. É só conferir At 9, 10-16ss.

Outro exemplo foi Judas Iscariotes; este preferiu errar com a Igreja oficial da época (lembra né, fariseus e saduceus) que acertar sem ela. Bom... Errou mesmo! E segundo alguns santos místicos, como Maria de Ágreda, sua alma se encontra no inferno. Assim, a posição teológica defendida pela maioria dos teólogos atuais, de que as aparições não são obrigatórias, falando em termos de estudo teológico da atualidade, é perfeitamente passível de questionamento, e, inclusive, daria uma boa tese de doutoramento. É um posicionamento que pode ser mudado. Não é Dogma de Fé. Gostaria de finalizar este ponto dizendo o seguinte. Jesus tolerou para sempre aquela Igreja oficial da época (o judaísmo) que rejeitou o projeto que suas aparições aos Apóstolos (que também eram videntes) propunha? Claro que não!!! Por causa disso, Deus se retirou do meio daquela Igreja e passou a habitar no meio dos seus videntes, os apóstolos e discípulos, e, assim, surgiu a nossa amada Igreja Católica (Mt 21, 39-45).

Não é objetivo do Profeta Marcos Tadeu, nem de sua Ordem e muito menos de nós, a Milícia da Paz (formada por todos os fiéis seguidores daquele Santuário) provocar um cisma na Igreja. Nós apenas denunciamos os erros (prerrogativa esta, conferida aos leigos pelo próprio Concílio Vaticano II), lutamos para que a devoção a Nossa Senhora, aos santos e anjos seja colocada em seu devido lugar, e que as suas mensagens, e as dos demais santos, e até as de Deus, seja acolhida como nos tempos Bíblicos, pois acreditamos que se isto não for feito, irá se abater gigantescos cataclismos sobre a Terra, de uma tal magnitude que nunca houve, nem jamais haverá. Acreditamos que esta “palavra de Deus” transmitida nas aparições é o caminho e a única forma de salvar o mundo, e qualquer obra, ou pessoa, que ensine ou faça diferente do que elas dizem, é desprezada por nós. O motivo para isto é muito simples. Desde tempos remotos, as Aparições de Nossa Senhora (inclusive as não aprovadas pela Igreja) vêm dizendo o que aconteceria ao mundo se esta “palavra de Deus” não fosse obedecida. Resultado, tudo o que elas disseram, em um passado remoto, está se cumprindo na atualidade. Então, não há outra conclusão a se fazer, a não ser admitir que elas eram verdadeiras, e que o clero errou. Aliás, o histórico de erro do clero é algo realmente interessante. Basta citar a condenação que pesou durante 20 anos sobre as Santas Aparições de Jesus Misericordioso à Santa Faustina, e não foi por um “bispozinho” qualquer. Foi pelo próprio papa da época. Se não fosse a atuação do então Cardeal Karol Józef Wojtyła, futuro Papa João Paulo II, estas aparições estariam condenadas até os tempos atuais, e, certamente, você seria um grande opositor delas, não é? Infelizmente, como atualmente o número de Cardeais, e clérigos em geral, com este nível de espiritualidade é praticamente nulo... tadinha das aparições... snif. Praticamente nenhum deles entende de Teologia Mística, o estudo apropriado para se avaliar as aparições e estudá-las.

Além do mais, as aparições de La Salette, Lourdes e Fátima, para quem conhece mais a fundo sua história, verá que elas na verdade não foram aceitas pelo clero. Muito pelo contrário, este as combateu com todas as suas forças. Na realidade, o que ocorreu, é que os fiéis praticamente as fizeram descer goela abaixo na garganta do clero, de tal modo, que eles não tiveram outra opção a não ser aprová-las. E, mesmo nestas que foram aprovadas, o estrago que o clero fez é algo incomensurável. Não as divulgou como deveria; se o corpo incorrupto de Santa Bernadete estivesse no Santuário de Lourdes iria converter milhões de fiéis, no entanto está praticamente escondido no convento de Nevers; o corpo incorrupto de Santa Jacinta foi escondido dos fiéis; a esmagadora maioria dos vaticanistas da Itália é de acordo que, até hoje, o terceiro segredo de Fátima não foi revelado em sua integralidade; a consagração da Rússia não foi feita como Nossa Senhora pediu até os dias atuais, etc... E isso, só para citar os danos que me vem à mente neste momento.

No Santuário das Aparições de Jacareí, o Profeta Marcos está resgatando tudo aquilo que a Igreja e a sociedade tanto se esforçaram para extinguir, os escapulários, medalhas, mensagens, enfim, a salvação do mundo que Nossa Senhora nos revelou e ofereceu com tanto amor ao longo de suas aparições na história. Sem dúvida, lá está se cumprido a passagem da Escritura na qual se diz: “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas...” Mt 13,52 É uma nova aparição que resgata todas, até as mais antigas. Portanto, se ainda quiserem seguir a doutrina da cabeça deste cara de que não precisamos de aparições, o problema é de vocês. Aliás, se formos pensar bem, porquê Deus, Nossa Senhora os anjos e os santos apareceriam, né? Afinal de contas, nosso mundo está uma verdadeira maravilha, não é? Não temos problemas de droga, prostituição, corrupção, degradação moral, depressão, decadência da Igreja, violência, roubos, assassinatos, guerras, miséria..., todos os sacerdotes são verdadeiros Serafins de santidade, enfim, o Vaticano está dando conta do recado... Só não está apresentando um desempenho melhor devido a um “pequeno” probleminha de tráfico de influência entre os altos clérigos, desvio de verbas do banco do Vaticano, looby gay entre os padres, pedofilia generalizada, um papa progressista e comunista..., mas, afinal de contas, são probleminhas fáceis de serem solucionados, né? É... Em um mundo maravilhoso e em ótimo funcionamento como esse, realmente não entendo o motivo de tantas aparições..."