Especial João Paulo II: Os anos que antecederam o papado
Em 18 de maio de 1920, nasce em Wadowice, sul da Polônia, Karol Wojtyla, que mais tarde viria a se tornar o Papa João Paulo II.
Filho de um militar austro-húngaro - de quem herdou o nome - e de uma dona de casa de origem lituana, Wojtyla tem sua infância marcada por dois duros golpes: a morte de sua mãe, Emília Kaczorowsky, e de seu irmão mais velho, Edmund.
No período de sua juventude, Karol Wojtyla demonstra uma forte ligação com o teatro, a música e a literatura, mas um encontro com bispo titular de Cracóvia na época, Cardeal Adam Stefan Sapieha, durante um visita pastoral, desperta pela primeira vez no jovem polonês o desejo de seguir a vida sacerdotal. Apesar do pendor pela vida religiosa, no começo de sua vida universitária Karol Wojtyla se dedica apenas ao teatro. Monta com amigos um grupo de teatro, mas o início da 2ª Guerra Mundial muda seus planos.
Começo da vida sacerdotal
Em 1942, um ano após a morte de seu pai, o futuro Papa ingressa clandestinamente - com o auxílio do bispo titular de Cracóvia - no Departamento Teológico da Universidade Jaguelloniana, e assim começa a viver seus primeiros dias como seminarista. Em 1946, com 26 anos, Karol Wojtyla é ordenado sacerdote no Seminário Maior de Cracóvia, celebrando sua primeira Missa na Cripta de São Leonardo, na Catedral de Wavel.
No mesmo ano de sua ordenação, Padre Wojtyla é enviado por Dom Sapieha até Roma, onde doutora-se em Teologia e Filosofia pela Pontifícia Universidade "Angelicum". Em 1948, volta à Polônia, e após uma rápida passagem pelo interior do país, instala-se novamente em Cracóvia, onde vai aprofundar seus estudos filosóficos, sem deixar, obviamente, seu trabalho como pastor.
Em 1949, com o intuito de obter seu "doutorado de Estado", Karol Wojtyla retorna à Universidade Jaguelloniana. Na instituição de ensino permanece por mais cinco anos até obter o título acadêmico, com uma tese que relaciona a moral cristã com os estudos fenomenológicos do filosofo alemão Max Scheler.
Já doutorado, Padre Wojtyla passa a lecionar na Universidade Católica de Lublin, como titular da cadeira de Ética. Concomitantemente, também dá aulas na Universidade Estatal de Cracóvia.
Bispo, arcebispo, cardeal e Papa
Seguindo sua carreira religiosa, em 1958 é nomeado, pelo Papa Pio XII, bispo titular de Olmi e auxiliar de Cracóvia, tornando-se assim o membro mais jovem do episcopado polonês. Doze anos depois de se tornar sacerdote e presidir sua primeira missa, Karol Wojtyla volta à Catedral de Wavel, agora para ser ordenado bispo pelas mãos do bispo titular, Dom Eugeniuzs Baziak.
No período em que atua como bispo auxiliar, Karol Wojtyla participa ativamente do Concílio Vaticano II (1962-1965). Nesta importante série de reuniões que mudou os rumos pastorais e doutrinais da Igreja Católica, o futuro papa tem importante papel na elaboração da constituição "Gaudium et Spes".
Em 1964, falece o bispo titular de Cracóvia, Dom Baziak. A ascensão de Karol Wojtyla é rápida. Somente após seis anos de sua ordenação episcopal, é nomeado responsável pela diocese polonesa. Um ano depois, o Papa Pio XII ascende Cracóvia à categoria de arquidiocese e Wojtyla torna-se arcebispo.
Na arquidiocese de Cracóvia, Wojtyla destaca-se, entre outras atividades, por seu trabalho de integração dos leigos; de promoção humana e do apostolado juvenil; de formação religiosa dos trabalhadores e por sua forte oposição ao governo comunista que comanda a Polônia na época.
Com pouco mais de 40 anos de idade, a atuação pastoral e intelectual de Karol Wojtyla já se mostra profícua e seu futuro clerical bastante promissor. Não causa espanto então quando, em 1967, o Papa Paulo VI cria-o cardeal.
Como cardeal, Karol Wojtyla participou de cinco Assembleias do Sínodo dos Bispos, que aconteceram previamente ao seu pontificado. Cardeal Wojtyla também foi responsável pela ordenação sacerdotal mais numerosa de sua época. Em 1974, o então purpurado ordenou 43 novos sacerdotes.
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Papa João Paulo II se flagelava com frequência, diz livro de monsenhor
Pontífice teria assinado termo prometendo deixar cargo se ficasse doente.
Revelações estão no livro do padre que cuida do processo de canonização.
O papa João Paulo II se flagelava regularmente para imitar o sofrimento de Cristo e teria assinado um documento secreto comprometendo-se a renunciar ao pontificado, em lugar de ocupá-lo de modo vitalício, se ficasse incuravelmente doente. As revelações estão contidas em um livro recém-lançado.
O livro, intitulado "Why a Saint?" (Por que um santo?), foi escrito pelo monsenhor polonês Slawomir Oder, o funcionário do Vaticano encarregado do processo que pode levar à canonização de João Paulo, e inclui alguns documentos inéditos.
O Papa João Paulo II, em imagem de 2005 (Foto: Reuters)
João Paulo II morreu em 2005 e esteve doente, passando por sofrimento físico, durante vários momentos de seu pontificado. Ele foi baleado e quase morto em 1981, foi submetido a várias cirurgias, incluindo uma devida a um câncer, e sofreu da doença de Parkinson por mais de uma década.
Lançado nesta terça-feira (26), o livro revela que, mesmo quando não estava doente, João Paulo se flagelava, algo que no cristianismo é conhecido como mortificação, para sentir-se mais próximo de Deus.
"Tanto em Cracóvia como no Vaticano, Karol Wojtyla se flagelava", escreve Oder no livro, citando depoimentos de pessoas do círculo mais próximo de João Paulo na época em que ainda era bispo em seu país de origem, a Polônia, e depois de ser eleito papa, em 1978.
"Em seu armário, em meio a suas vestimentas, um tipo especial de cinto ficava pendurado num cabide, e ele o usava como açoite", escreve Oder.
Ainda segundo o autor, quando era bispo na Polônia João Paulo frequentemente dormia no chão duro para praticar o asceticismo.
Muitos santos da Igreja Católica, incluindo São Francisco de Assis, Santa Catarina de Siena e Santo Inácio de Loyola, praticavam a flagelação e o asceticismo como parte de sua vida espiritual.
O livro também confirma que, quando sua saúde ficou fragilizada, João Paulo redigiu um documento para seus assessores afirmando que renunciaria ao pontificado se ficasse incuravelmente doente ou permanentemente incapacitado de cumprir seus deveres de papa.
Ele assinou o documento em 15 de fevereiro de 1989, oito anos após o atentado fracassado contra sua vida. A existência do documento foi motivo de muitos rumores e relatos ao longo dos anos, mas o texto foi publicado na íntegra no livro, pela primeira vez.
No final, o papa decidiu permanecer em sua função até sua morte, dizendo que isso era para o bem da Igreja. Se tivesse renunciado, teria sido o primeiro pontífice católico a fazê-lo por vontade própria desde 1294.
João Paulo chegou mais perto da canonização no mês passado, quando o papa Bento aprovou um decreto reconhecendo que seu predecessor viveu a fé cristã heroicamente. Foi um dos passos chaves no procedimento pelo qual a Igreja reconhece seus santos.
O próximo passo será o reconhecimento de um milagre atribuído a João Paulo. O milagre envolve uma freira francesa que foi inexplicavelmente curada do mal de Parkinson depois de fazer uma oração para o papa.
Depois de o Vaticano reconhecer o acontecimento como milagre, João Paulo poderá ser beatificado. A beatificação é o último passo antes da canonização.
O papa Bento 16 proclamou beato seu antecessor, João Paulo 2º, em uma solene cerimônia realizada na praça de São Pedro, no Vaticano, neste domingo (01). Cerca de um milhão de pessoas de todo o mundo participaram da celebração católica, informou a polícia de Roma.
João Paulo 2º foi proclamado beato às 10h38 (5h38 em Brasília), enquanto os presentes na Praça de São Pedro e nas ruas e praças adjacentes romperam em aplausos que duraram vários minutos, enquanto soava uma música sacra. A beatificação é a etapa anterior à canonização.
O papa Bento 16 elogiou o novo beato por ter tido "a força de um gigante" para "inverter" a tendência da "sociedade, da cultura e dos sistemas político e econômicos" de abandonar o cristianismo. "Ajudou os cristãos de todo o mundo a não ter medo de serem chamados de cristãos, de pertencer à Igreja, de falar do Evangelho", disse.
Em sua homília, Bento 16 também explicou que decidiu acelerar o processo de beatificação por conta da grande veneração popular por João Paulo 2°. "Passaram-se seis anos desde o dia em que nos encontrávamos nesta praça para celebrar o funeral do papa João Paulo 2°. Já naquele dia sentíamos pairar o perfume de sua santidade, tendo o povo de Deus manifestado de muitas maneiras a sua veneração por ele. Hoje nos nossos olhos brilha, na plena luz de Cristo ressuscitado, a amada e venerada figura de João Paulo 2º. Seu nome junta-se à série de santos e beatos que ele mesmo proclamou durante os quase 27 anos de pontificado."
Bento 16, primeiro pontífice em vários séculos a proclamar beato seu antecessor, recordou que o Papa polonês vivenciou o confronto entre marxismo e cristianismo. "Aquela carga de esperança que de certa maneira se deu ao marxismo e à ideologia do progresso, ele a reivindicou legitimamente para o cristianismo, restituindo a fisionomia autêntica da esperança", disse.
O papa leu a fórmula da beatificação: "Concedemos que o venerável servo de Deus, João Paulo 2°, papa, de agora em diante, seja chamado de beato e seja celebrado no dia 22 de outubro."
Logo após a proclamação do novo beato, um grande retrato de João Paulo 2° foi exposto na fachada da Basílica, sob os aplausos da multidão e o papa Bento 16 recebeu a relíquia que contém o sangue de Karol Wojtyla e a beijou.
O polonês, Karol Wojtyla, que foi nomeado para liderar a Igreja Católica em 1978, morreu aos 84 anos em 2005.
Multidão
Delegações de 86 países, 22 delas lideradas por chefes de Estado ou de Governo, estavam presentes na cerimônia. A missa solene foi concelebrada por 800 religiosos, que deram a comunhão à multidão de peregrinos reunidos na praça e nas ruas próximas à Basílica de São Pedro. O Brasil foi representado pelo vice-presidente Michel Temer.
A prefeitura de Roma instalou 14 telões pela cidade para que as pessoas que não conseguiram entrar na praça consigam assistir a cerimônia. Devido à pressão dos peregrinos, a polícia italiana foi obrigada a abrir as cancelas que dão acesso à Praça de São Pedro quatro horas antes do previsto.
O caixão de João Paulo 2º ficará exposto para a veneração dos fiéis no altar central da basílica e depois será colocado de forma definitiva na Capela de São Sebastião, ao lado da Pietà de Michelangelo.
A um passo da santidade
O milagre atribuído a João Paulo 2º para que se ele seja reconhecido como beato é a cura "imediata e inexplicável" da freira francesa Marie Simon-Pierre. Ela teria se curado do mal de Parkinson após orações e pedidos a João Paulo 2º.
A beatificação o deixa a um passo da santidade. "Existe a possibilidade de que sua canonização seja realizada em breve", reconheceu neste sábado o cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, que contou que chegaram "de todas as partes do mundo" registros de novos milagres atribuídos a João Paulo 2º.
Para ser santo é preciso ter intercedido em um segundo milagre, para o qual é aberto um novo processo, que em alguns casos pode levar séculos.
Polônia
Os fiéis poloneses acompanham a beatificação de Karol Wojtyla, o papa da Polônia comunista, com entusiasmo.
Enquanto vivo, Wojtyla chegou a dizer que foi na Polônia onde "tudo começou", em referência ao país que o viu nascer e onde começou seus estudos, descobriu o caminho da fé e optou pelo sacerdócio.
"Para a maioria de poloneses, João Paulo 2º é, além de um símbolo religioso, um símbolo da liberdade e da luta contra o comunismo", explica o professor de teologia Piotr Wisniewski, um dos mais de 50 mil poloneses que viajaram 30 horas de ônibus até Roma para a beatificação, um esforço "para estar presente em um momento único para a Polônia e para o povo polonês", dz Wisniewski,
Dois telões foram instalados em Varsóvia para que os poloneses pudessem acompanhar a cerimômia e uma imagem gigante de João Paulo 2º, de 55 por 26 metros, formada por mais de 100 mil fotografias foi disposta na basílica da Divina Providência. Um papa móvel também percorreu as ruas de Varsóvia recriando a visita que o pontífice fez a seu país natal em 1979.
João Paulo II e a Virgem Maria
O recém beatificado Papa João Paulo II e sua total entrega a Maria.
Grandes santos e santas da Igreja tiveram em comum a sua consagração a Virgem Maria, segundo o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”. São João Maria Vianney (Cura d’ Ars), São João Bosco, São Domingos Sávio, Santa Terezinha, São Pio de Pietrelcina e muitos outros consagraram-se a Nossa Senhora pelo método do Tratado. O Beato João Paulo II também faz parte desse grande número de escravos de amor de Maria. O lema do seu pontificado, “Totus Tuus”, que significa “Todo Teu”, expressa a sua devoção e consagração, a sua entrega total nas mãos da Virgem Maria. A letra “M” e a cor azul no seu brasão simbolizam a sua entrega total nas mãos de Maria.
O Papa João Paulo II, no VIII Colóquio Internacional de Mariologia, de 13 de outubro de 2000, disse: “São Luís Maria Grignion de Montfort constitui para mim uma significativa figura de referência, que me iluminou em momentos importantes da vida.” No seu tempo de seminarista clandestino, seu diretor espiritual aconselhou-o a ler e meditar o Tratado. Karol Wojtyla leu e releu o Livro várias vezes, com grande proveito espiritual.
Em sua Carta às Famílias Monfortinas, de 8 de Dezembro de 2003, o Santo Padre refere-se ao Tratado como “um texto clássico da espiritualidade mariana” e diz que o Livro de São Luís Maria Grignion de Montfort é um “obra de eficiência extraordinária para a difusão da ‘verdadeira devoção’ à Virgem Santíssima”. Em sua juventude tirou grandes benefícios da leitura do Tratado, encontrando nele as respostas para as suas dúvidas. Ele tinha receio que a sua devoção a Maria superasse o seu culto a Cristo. Mas, compreendeu que o pensamento de São Luís Maria, a respeito da Mãe de Deus, tem Jesus Cristo como centro.
No seu testamento, João Paulo II demonstra a sua devoção e a sua confiança em Maria e respeito da segunda vinda de Jesus: “Não sei quando ele virá, mas como tudo, também deponho esse momento nas mãos da Mãe do meu Mestre: Totus Tuus. Nas mesmas mãos maternas deixo tudo e Todos aqueles com os quais a minha vida e a minha vocação me pôs em contato. Nestas Mãos deixo sobretudo a Igreja, e também a minha Nação e toda a humanidade.” O Santo Padre entregou verdadeiramente tudo nas mãos maternas da Virgem Maria.
A experiência de fé do Papa João Paulo II está intimamente ligada com a Virgem Maria. Sua confiança, sua consagração, sua entrega total a Nossa Senhora, refletem o grande amor que o Santo Padre nutriu por Nossa Senhora. Esse grande amor por Maria fez com que também o seu amor a Cristo crescesse. Este grande homem de Deus sofreu muito, perdeu muito cedo seus pais, perdeu também muitos de seus melhores amigos nos conflitos entre a Polônia e a Alemanha. Viu seu país oprimido pelos alemães na Segunda Guerra Mundial e pelo comunismo da Rússia no pós guerra. Porém, João Paulo II entregou tudo nas mãos de Maria e, em meio a todo esse sofrimento, aceitou o chamado de Deus para o sacerdócio, para o bispado e para o papado. Teve uma vida fascinante e um pontificado extraordinário. Em seu apostolado, foi um grande propagador da devoção à Virgem Maria, reconduziu muitos fiéis a Cristo e atraiu muitos jovens para a Igreja.
Papa João Paulo II no Santuário Nacional de Aparecida
Em 1952 iniciou-se a construção da nova Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, solenemente dedicada em 4 de julho de 1980 pelo papa João Paulo II, que em sua histórica visita ao Brasil, consagrou a Basílica Nova, o maior santuário mariano do mundo, em solene missa celebrada, revigorando a devoção à Santa Maria, Mãe de Deus e sagrando solenemente aquele grandioso monumento construído com o carinho e devoção do povo brasileiro.
Centenário da Coroação
No mês de maio de 2004 o papa João Paulo II concedeu indulgências aos devotos de Nossa Senhora Aparecida, por ocasião das comemorações do centenário da coroação da imagem e proclamação de Nossa Senhora como Padroeira do Brasil.
Após um concurso nacional, devotos e autoridades eclesiais elegeram a Coroa do Centenário, que marcaria as festividades do jubileu de coroação realizado naquele ano.
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Durante audiência pública, para receber a bênção do Sumo Pontífice, uma peregrina venezuelana, emocionada, deixa cair sua câmera fotográfica. Isso se deu antes de João Paulo II haver sofrido um atentado na tarde de 13 de maio de 1981, quando o turco Mehmed Ali Agca disparou três vezes uma pistola Browning de nove milímetros a menos de sete metros de distância, ferindo gravemente o estômago, a mão esquerda e o cotovelo do pontífice. Ao retornar a seu país e mandar revelar os filmes, surpreende-se com a imagem onde vê o Papa João Paulo II abraçado pela Padroeira da Polônia Nossa Senhora de Chestokova, a “Madona Negra”, a verter lágrimas de sangue.
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Visita do Papa João Paulo II ao quadro com a Imagem de Nossa Senhora, onde o Pastor de Ovelha recebeu a visita da Mãe em Lichen, Polonia, onde se confirma que quando a Nossa Senhora disse:
“Os povos do mundo se maravilharão quando a sua esperança de paz depender da Polônia”
Nossa Senhora estava falando sobre o próprio Papa João Paulo, que foi um grande defensor da Paz pelo mundo todo.
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Matéria de capa do jornal croata VECERNJI sobre o encontro de padre Jozo com Papa João Paulo II.
Na ocasião o Papa externou sua opinião sobre as Aparições de Medjugorje dizendo:
"Eu estou contigo, proteja Medjugorje!
Proteja as mensagens de Nossa Senhora!"
João Paulo II e padre Jozo em outro encontro no Vaticano
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Durante audiência pública, para receber a bênção do Sumo Pontífice, uma peregrina venezuelana, emocionada, deixa cair sua câmera fotográfica. Isso se deu antes de João Paulo II haver sofrido um atentado na tarde de 13 de maio de 1981, quando o turco Mehmed Ali Agca disparou três vezes uma pistola Browning de nove milímetros a menos de sete metros de distância, ferindo gravemente o estômago, a mão esquerda e o cotovelo do pontífice. Ao retornar a seu país e mandar revelar os filmes, surpreende-se com a imagem onde vê o Papa João Paulo II abraçado pela Padroeira da Polônia Nossa Senhora de Chestokova, a “Madona Negra”, a verter lágrimas de sangue.
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Visita do Papa João Paulo II ao quadro com a Imagem de Nossa Senhora, onde o Pastor de Ovelha recebeu a visita da Mãe em Lichen, Polonia, onde se confirma que quando a Nossa Senhora disse:
“Os povos do mundo se maravilharão quando a sua esperança de paz depender da Polônia”
Nossa Senhora estava falando sobre o próprio Papa João Paulo, que foi um grande defensor da Paz pelo mundo todo.
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Matéria de capa do jornal croata VECERNJI sobre o encontro de padre Jozo com Papa João Paulo II.
Na ocasião o Papa externou sua opinião sobre as Aparições de Medjugorje dizendo:
"Eu estou contigo, proteja Medjugorje!
Proteja as mensagens de Nossa Senhora!"
João Paulo II e padre Jozo em outro encontro no Vaticano
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Estamos em 13 de maio de 1981. Praça de São Pedro. Milhares de pessoas se aglomeram para ver o Papa João Paulo II passar no seu papa-móvel. Todos querem ver de perto o Santo Padre, o saudar, receber sua benção. Uma imagem daquele dia ficou imortalizada pela televisão: João Paulo II segura uma criança com ternura. Em meio a esse momento de alegria, o céu de Roma de repente fica nublabo, como um presságio do que estava prestes a acontecer.
São cinco horas e dezessete minutos. Não há dúvidas: foram dois tiros. O papa cai sobre os braços de seu secretário. A multidão está aterrorisada. Fiés choram desesperadamente, alguns se ajoelham o olham para o céu ainda sem acreditar. O jornalista Benedetto Nardacci, aos microfones da Rádio Vaticana, não para a transmissão.
“A multidão está toda em pé…a multidão está toda em pé; quase ninguém fala sobre a cena trágica que acabaram de assistir. Estão em silêncio, esperam por notícias. O Santo Padre evidentemente foi atingido. Ele foi certamente atingido, nós o vimos caido no papa-movel que partiu a toda velocidade para dentro do Vaticano. É isso! Pela primeira vez se fala de terrorismo no Vaticano. Se fala de terrorismo em uma cidade da qual sempre partiram mensagens de amor, de concórdia, mensagens de pacificação”.
São momentos confusos. Na Praça lotada se espalham notícias desencontradas sobre a identidade do autor dos disparos, sobre o numero de tiros, e sobretudo sobre a gravidade dos ferimentos do Papa. Ouve-se o som de uma sirene, de uma ambulância. O diretor geral da Rádio Vaticana, Roberto Tucci, chega às cabines de transmissão dentro da Basílica de São Pedro.
“Padre Tucci, dos microfones da Rádio Vaticana, na Praça de São Pedro. Não se sabe ainda a gravidade dos ferimentos. As cinco e vinte e nove eu mesmo vi sair em alta velocidade pela Porta Sant’Anna uma ambulância. Me disseram, mas não posso assegurar que a isso seja verdadeiro, que a ambulância na qual estava o Santo Padre, foi em direção ao hospital Gemelli”.
O percurso do Vaticano até o hospital Gemelli dura quinze minutos. Mas aqueles foram minutos intermináveis. Na ambulância, recorda o médico pessoal do Papa, Renato Buzzonetti, Wojtyla rezava sem parar em polonês: “Meu deus, Minha mãe”. A cirurgia foi longa, complicada. O Papa perdeu muito sangue, foi atingido em diferentes partes do corpo, o mais preocupante era a perfuração intestinal. Durante a cirurgia os médicos descobrem que a bala percorreu uma trajetória anormal: se isso não tivesse acontecido o Papa não teria alternativas. Durante a operação, no terceiro andar do Gemelli, o tempo parece ter parado. A imprensa de todo o mundo espera com apreensão as primeiras noticias.
A cirurgia do Papa terminou depois de 4 horas e 20 minutos, reporta ao vivo a ABC dos Estados Unidos. A Radio Vaticana disse que as condições do Papa não são graves. Milhões de fiés, em cada canto do planeta, sobretudo na Polônia, respiram um pouco mais aliviados. Entretanto, a polícia italiana interroga o autor do atentado, o jovem extremista turco Ali Agca. Na sua primeira missa depois do atentado, João Paulo II dirige suas palavras a seu algoz. Estamos em 17 de maio de 1981, o Papa fala do seu leito, onde se recupera.
“Comovido agradeço a todos por suas orações e abençoo todos vocês (…) Rogo pelo meu irmão que me atingiu, quem eu sinceramente já perdoei (…) A Ti, Maria, repito: ‘Totus tuss ego sum’”.
A fé em Maria e o perdão: dois pilares já fortemente presentes na vida e no Magistério do Papa, que daquele momento se tornam um só com a figura e o testemunho de Karol Wojtyla. Aquele perdão pronunciado com voz fraca, pouco depois do atentado, também foi pronunciado ao vivo quando, no Natal de 1983, no presídio de Rebibbia, João Paulo II visita o homem que atirou contra ele.
Um ano depois do atentado, em 13 de maio de 1982, o Papa está em Portugal, em Fátima, para agredecer Santa Maria que o salvou. Ele não tem dúvidas: foi a mão de Maria “a guiar a trajetória do projétil e a morte foi vencida no seu limiar”.
O turco Memhmet Ali Agca, que atirou contra o papa João Paulo II em 1981, deixou a prisão onde estava na capital da Turquia.
Após ser libertado, Agca foi enviado imediatamente a um escritório de recrutamento militar para ser submetido a um exame médico e decidir se é apto para o serviço militar, que ainda não cumpriu, aos seus 52 anos.
No dia 13 de maio de 1981, o papa João Paulo 2º estava com os fiéis na Praça de São Pedro, antes de sua audiência geral, quando foi atingido por dois tiros disparados com uma pistola nove milímetros pelo estudante turco Mehmet Ali Agca, então com 23 anos.
João Paulo 2º permaneceu hospitalizado 22 dias. Apenas cinco dias após o atentado, ele já recitava o Angelus na Policlínica Gemelli, com transmissão para a Praça de São Pedro, surpreendendo o mundo em sua oração: "Rezo pelo irmão que me atingiu, a quem perdoei sinceramente", disse.
Papa João Paulo II e Irmã Lúcia. coincidentemente (ou não), falecidos no mesmo ano
FUNERAL DE JOÃO PAULO II