domingo, 31 de março de 2024

31.03.2024🙏Mensagem de Nossa Senhora Rainha e Mensageira da Paz a Marcos Tadeu nas Aparições de Jacareí Ressurreição


 

30.03.2024🙏Mensagem de Nossa Senhora das Dores a Marcos Tadeu nas Aparições de Jacareí Sábado Santo


 

31 de março - Dia de Santo Amós

783-743 a.C.

Entre os grandes profetas de Deus, Amós foi o primeiro a deixar suas mensagens por escrito, encabeçando uma lista onde se sucedem: Oséias, Isaías, Jeremias e outros. Com o desenvolvimento e a popularização da escrita se desenrolando em toda a cultura mundial, no século VIII a.C., as profecias passaram a ser registradas e distribuídas com maior rapidez e eficiência do que com o método oral, expandindo a comunicação da palavra do Criador. 

Profetas são pessoas com os pés no chão, profundamente conhecedoras da vida de seu povo e de sua realidade. Conhecem e vivem a realidade, mas são extremamente sensíveis a Deus. Por isso são escolhidos e se tornam anunciadores da vontade de Deus para aquele momento histórico. E por isso denunciam tudo aquilo que fere a vontade de Deus. 

Assim, aconteceu com as profecias de Amós que ficaram para a posteridade e pouco sobreviveu de sua história pessoal. Sabe-se ainda que antes de se entregar totalmente à sua religiosidade, Amós foi pastor de ovelhas em Tácua, nos limites do deserto de Judá, não há sequer razão para considerá-lo um proprietário de grandes proporções. Um pequeno sítio talvez, com condições razoáveis para garantir-lhe sustento, a si e sua gente, onde permaneceu muito tempo, pois nem pertencia à corporação oficial dos profetas. 

Teve um curto ministério religioso na região de Betel e Samaria, mas foi expulso de Israel e voltou à atividade anterior. Pregou depois durante o reinado de Jeroboão II, entre os anos 783 e 743 antes de Cristo. 

Julgam os historiadores que Amós era ainda muito jovem quando recebeu um chamado irresistível de Deus para proclamar suas mensagens. Os Escritos registram também que seu trabalho espiritual abriu uma esperança para o povo, que sentia o peso do Senhor sobre certos habitantes. 

Seu ministério profético aconteceu quando o povo de Israel vivia a divisão entre norte e sul. Amós embora originário do sul profetizou no norte, que viveu anos de instabilidade econômica, alternados com anos de prosperidade. Esta que foi construída por alguns para si mesmos, enquanto que outros foram oprimidos. Por um lado havia luxo e fartura; por outro, empobrecimento e miséria. 

E Amós deixa claro que junto à tudo isso, vem a decomposição social, a corrupção religiosa e a falsidade no culto. O culto em sua falsidade encobria na verdade o grande pecado: a injustiça social.

31 de março - Dia de São Guido

+1046

Guido nasceu na segunda metade do século X, em Casamare, perto de Ravena, Itália. Após concluir seus estudos acadêmicos na cidade natal, mudou-se para Roma, onde recebeu o hábito de monge beneditino e retirou-se à solidão. Sob a direção espiritual de Martinho, também ele um monge eremita e depois canonizado pela Igreja, viveu observando fielmente as Regras de sua ordem, tornando-se um exemplo de disciplina e dedicação à caridade, à oração e à contemplação. Três anos depois, seu diretor o enviou ao mosteiro de Pomposa. Embora desejasse afastar-se do mundo, seu trabalho como musicista era necessário para a comunidade cristã. 

No convento a história se repetiu. Era um modelo tão perfeito de virtudes, que foi eleito abade por seus irmãos de congregação. Sua fama espalhou-se de tal forma, que seu pai e irmãos acabaram por toma-lo como diretor espiritual e se tornaram religiosos. Sentindo o fim se aproximar, Guido retirou-se novamente para a tão almejada solidão religiosa. Mas, quando o imperador Henrique III foi a Roma para ser coroado pelo Papa, requisitou o abade para acompanhá-lo como conselheiro espiritual. 

Guido cumpriu a função delegada, mas ao despedir-se dos monges que o hospedaram, despediu-se definitivamente demonstrando que sabia que não se veriam mais. Na viagem de retorno, adoeceu gravemente no caminho entre Parma e Borgo de São Donino e faleceu, no dia 31 de março de 1046. 

Imediatamente, graças passaram a ocorrer, momentos depois de Guido ter morrido. Um homem cego recuperou a visão em Parma por ter rezado por sua intercessão. Outros milagres se sucederam e os moradores da cidade recusaram-se a entregar o corpo para que as autoridades religiosas o trasladassem ao convento. Foi necessário que o próprio imperador interviesse. Henrique III levou as relíquias para a Catedral de Spira. A igreja, antes dedicada a São João Evangelista, passou a ser chamada de São Guido, ou Wido, ou ainda Guy, como ele era também conhecido. 

A história de São Guido é curiosa no que se refere à sua atuação religiosa. Ele é o responsável pela nova teoria musical litúrgica. Desejava ser apenas um monge solitário, sua vocação original, mas nunca pode exerce-la na sua plenitude, teve que interromper esta condição a pedido de seus superiores, devido ao dom de músico apurado, talento que usou voltado para a fé. Quando pensou que poderia morrer na paz da solidão monástica, não conseguiu, mas foi para a Casa do Pai, já gozando a fama de santidade.

sábado, 30 de março de 2024

30 de março - Dia de São João Clímaco

579+649

O Monte Sinai está historicamente ligado ao cristianismo. Foi o lugar indicado por Deus para entregar a Moisés as tábuas gravadas com os Dez Mandamentos. É uma serra rochosa e árida que, não só pela sua geografia, mas também pelo significado histórico, foi escolhida pelos cristãos que procuravam a solidão da vida eremítica. 

Assim, já no século IV, depois das perseguições romanas, vários mosteiros rudimentares foram ali construídos por numerosos monges que se entregavam à vida de oração e contemplação. Esses mosteiros tornaram-se famosos pela hospitalidade para com os peregrinos e pelas bibliotecas que continham manuscritos preciosos. Foi neste ambiente que viveu e atuou o maior dos monges do Monte Sinai, João Clímaco. 

João nasceu na Síria, por volta do ano 579. De grande inteligência, formação literária e religiosa, ainda muito jovem, aos dezesseis anos, optou pelo deserto e viajou para o Monte Sinai, tornando-se discípulo num dos mais renomados mosteiros, do venerável ancião Raiuthi. Isso aconteceu depois de renunciar a fortuna da família e a uma posição social promissora. Preferiu um cotidiano feito de oração, jejum continuado, trabalho duro e estudos profundos. Só descia ao vale para recolher frutas e raízes para sua parca refeição e só se reunia aos demais monges nos fins de semana, para um culto coletivo. 

Sua fama se espalhou e muitos peregrinos iam procura-lo para aprender com seus ensinamentos e conselhos. Inicialmente eram apenas os que desejavam seguir a vida monástica, depois eram os fiéis que queriam uma benção do monge, já tido em vida como santo. Aos sessenta anos João foi eleito por unanimidade abade geral de todos os eremitas da serra do Monte Sinai. 


Nesse período ele escreveu muito e o que dele se conserva até hoje é um livro importantíssimo que teve ampla divulgação na Idade Média, "Escada do Paraíso". Livro que lhe trouxe também o sobrenome Clímaco que, em grego, significa "aquele da escada". No seu livro ele estabeleceu trinta degraus necessários à subir para alcançar a perfeição da alma. 


Trata-se de um verdadeiro manual, a síntese da doutrina monástica e ascética, para os noviços e monges, onde descreveu, degrau por degrau, todas as dificuldades a serem vividas, a superação da razão e dos sentidos, e que as alegrias do Paraíso perfeito serão colhidas no final dessa escalada, após o transito para a eternidade de Nosso Senhor Jesus Cristo. 

João Clímaco morreu no dia 30 de março de 649, amado e venerado por todos os cristãos do mundo oriental e ocidental, sendo celebrado por todos eles no mesmo dia do seu falecimento.

sexta-feira, 29 de março de 2024

29.03.2024🙏Mensagem da Senhora das Dores a Marcos Tadeu nas Aparições de Jacareí Sexta Feira Santa


 

29 de março - Dia de São Segundo de Asti

+119

Segundo era um soldado pagão, filho de nobres, nascido em Asti, norte da Itália, no final do século I e profundo admirador dos mártires cristãos, que o intrigavam pelo heroísmo e pela fé em Cristo. Chegava a visitá-los nos cárceres de Asti, conversando muito com todos, quantos pudesse. Consta dos registros da Igreja, que foi assim que tomou conhecimento da Palavra de Cristo, aprendendo especialmente com o mártir Calógero de Bréscia, com o qual se identificou, procurando-o para conversar inúmeras vezes. 

Além disso, Segundo era muito amigo do prefeito de Asti, Saprício, e com ele viajou para Tortona, onde corria o processo do bispo Marciano, o primeiro daquela diocese. Sem que seu amigo político soubesse, Segundo teria estado com o mártir e este encontro foi decisivo para a sua conversão. 

Entretanto, esta só aconteceu mesmo durante outra viagem, desta vez a Milão, onde visitou no cárcere os cristãos Faustino e Jovita. Tudo o que se sabe dessa conversão está envolto em muitas tradições cristãs. Os devotos dizem que Segundo teria sido levado à prisão por um anjo, para lá receber o batismo através das mãos daqueles mártires. A água necessária para a cerimônia teria vindo de uma nuvem. Logo depois, uma pomba teria lhe trazido a Santa Comunhão. 





Depois disso, aconteceu o prodígio mais fascinante, narrado através dos séculos, da vida deste santo, que conta como ele conseguiu atravessar a cavalo o Pó, sem se molhar, para levar a Eucaristia, que lhe fora entregue por Faustino e Jovita para ser dada ao bispo Marciano, antes do martírio. O Pó é um rio imponente, tanto nas cheias, quanto nas baixas, minúsculo apenas no nome formado por duas letras, possui mil e quinhentos metros cúbicos de volume d'água por segundo, nos seiscentos e cinqüenta e dois quilômetros de extensão, um dos mais longos da Itália. 

Passado este episódio extraordinário, Saprício, o prefeito, soube finalmente da conversão de seu amigo. Tentou de todas as formas fazer Segundo abandonar o cristianismo, mas, não conseguiu, mandou então que o prendessem, julgassem e depois de torturá-lo deixou que o decapitassem. Era o dia 30 de março do ano 119. 


No local do seu martírio foi erguida uma igreja onde, num relicário de prata, se conservam as suas relíquias mortais. Uma vida cercada de tradições, prodígios, graças e sofrimentos foi o legado que nos deixou São Segundo de Asti, que é o padroeiro da cidade de Asti e de Ventimilha, cujo culto é muito popular no norte da Itália e em todo o mundo católico que o celebra no dia 29 de março.

29 de março - Dia dos Santos Jonas e Barachiso

Século IV

A narrativa do martírio sofrido pelos irmãos cristãos, Jonas e Barachiso, persas da cidade de Beth-Asa, em 327, é uma das páginas mais violentas do sofrimento católico. Entretanto, a descrição das torturas infligidas aos irmãos foi registrada por um pagão, o comandante da cavalaria do mandante imperador sanguinário. 

Além do martírio, pouco se sabe da vida deles, bem como suas origens. A biografia conhecida dos dois, começa quando visitaram cristãos encarcerados na cidade de Hubahan. A Igreja da Pérsia sofria na época uma das mais cruéis perseguições de que se tem notícia, decretada e comandada pelo imperador Sapor. Jonas e Barachiso resolveram enfrentar os perigos para consolar os cristãos que, dias depois, seriam martirizados. Só naquela prisão, haviam nove condenados à morte. 

Por sua atitude, ambos, foram presos e levados à presença do juiz. Aí começou a descrição de todo o terror. Como se negaram a adorar o rei, o sol e a lua, falsos deuses, o juiz mandou separá-los para tentar enganar os irmãos. Barachiso foi colocado no calabouço, enquanto Jonas era barbaramente açoitado. Depois, teve os pés atados e foi jogado nas águas cobertas de gelo. 

O juiz chamou então Barachiso e relatou as torturas de Jonas, dizendo-lhe que seu irmão tinha sacrificado aos deuses. Barachiso não acreditou e fez um discurso tão eloqüente em defesa do cristianismo, que o juiz ordenou que seu processo continuasse somente à noite, longe do público, temeroso de que suas palavras acabassem convertendo ali mesmo alguns pagãos. Como castigo, mandou que colocassem ferros em brasa em seus braços. Os torturadores lhe deitaram chumbo derretido pelas narinas e olhos. Foi devolvido ao calabouço, pendurado por um dos pés. 

No dia seguinte, o juiz tentou a mesma tática com Jonas, depois de mandar tirá-lo das águas geladas. Disse que Barachiso tinha abandonado sua religião. Este também não acreditou e respondeu com outro discurso fervoroso. Em contrapartida, os torturadores cortaram-lhe as mãos e os pés, arrancaram-lhe a língua e o couro cabeludo, jogaram seu corpo no piche em ebulição, depois cortaram seu corpo em pedaços e jogaram numa cisterna. Quanto a Barachiso, bateram-lhe com ferros pontiagudos, deitaram-lhe piche e enxofre ferventes pela boca, e o maltrataram até que não desse mais sinais de vida. 

Realmente, trata-se de uma página chocante do cristianismo dos primeiros tempos, mas importante e cujo registro se faz necessário, para que continue preservada no conhecimento dos católicos dos nossos tempos. De maneira que se compreenda como a fé em Cristo sobrevive a todos os suplícios psicológicos e de sangue através dos séculos para a glória na eternidade de Jesus, o Redentor da Humanidade.

quinta-feira, 28 de março de 2024

28 de março - Dia de São Xisto III


Xisto chegou a adotar uma posição neutra na controvérsia entre pelagianos e semipelagianos do sul da Gália, especialmente contra Cassiano, sendo advertido pelo papa Zózimo. Mas reconheceu o seu erro, com a ajuda de Agostinho, bispo de Hipona, que combatia arduamente aquela heresia, e que lhe escrevia regularmente. 

Ao se tornar papa em 432, Xisto III agindo com bastante austeridade e firmeza, nesta ocasião, Agostinho teve de lhe pedir moderação. Foi assim, que este papa conseguiu o fim definitivo da doutrina herege. Esta doutrina pelagiana negava o pecado original e a corrupção da natureza humana. Também defendia a tese de que o homem, por si só, possuía a capacidade de não pecar, dispensando dessa maneira a graça de Deus. 

Ele também conduziu com sabedoria uma ação mais conciliadora em relação a Nestório, acabando com a controvérsia entre João de Antioquia e Cirilo, patriarca de Constantinopla, sobre a divindade de Maria. Em seguida, demonstrou a sua firme autoridade papal na disputa com o patriarca Proclo. Xisto III teve de escrever várias epístolas para manter o governo de Roma sobre a lliría, contra o imperador do Oriente que queria torná-la dependente de Constantinopla, com a ajuda deste patriarca. 

Depois do Concílio de Éfeso em 431, em que a Mãe de Jesus foi aclamada Mãe de Deus, o papa Xisto III mandou ampliar e enriquecer a basílica dedicada à Santa Mãe das Neves, situada no monte Esquilino, mais tarde chamada Santa Maria Maior. Esta igreja é a mais antiga do Ocidente que foi dedicada a Nossa Senhora. 

Desta maneira ele ofereceu aos fiéis um grande monumento ao culto da bem-aventurada Virgem Maria, à qual prestamos um culto de hiperdulia, ou seja, de veneração maior do que o prestado aos outros santos. Xisto III, mandou vir da Palestina as tábuas de uma antiga manjedoura, que segundo a tradição havia acolhido o Menino Jesus na gruta de Belém, dando origem ao presépio. Introduziu no Ocidente a tradição da Missa do Galo celebrada na noite de Natal, que era realizada em Jerusalém desde os primeiros tempos da Igreja. 

Durante o seu pontificado, Xisto III promoveu uma intensa atividade edificadora, reformando e construindo muitas igrejas, como a exuberante basílica de São Lourenço em Lucina, na Itália. 

Morreu em 19 de agosto de 440, deixando a indicação do sucessor, para aquele que foi um dos maiores papas dos primeiros séculos, Leão Magno. A Igreja indicou sua celebração para o dia 28 de março, após a última reforma oficial do calendário litúrgico.

quarta-feira, 27 de março de 2024

27 de Março - Dia do Bem-aventurado Francisco Faà de Bruno

Francisco Faà de Bruno
Bem-aventurado
1825-1888

Fundou a ordem religiosa
Irmãs Mínimas de Nossa
Senhora do Sufrágio

No grande cenário dos santos sociais italianos, despontados na região da cidade de Turim, Francisco Faà de Bruno é uma das figuras mais complexas. A maioria deles ingressou na vida religiosa para se formar já na condição de sacerdotes diocesanos. Ele ingressou "tarde" na ordenação sacerdotal, tendo exercido o seu apostolado de laico nos campos fundamentais.

Francisco nasceu na cidade italiana de Alexandria, em 29 de março de 1825, era o caçula dos doze filhos de uma nobre família muito cristã. Aos dezesseis anos, ingressou na Real Academia Militar, com o objetivo de seguir uma carreira no exército. Porém, por ser um cristão convicto, entrou em conflito pessoal com relação à irreligiosidade "de prescrição" decorrente do mundo político-militar. Por isto, doze anos depois trocou a carreira pelo estudo acadêmico das ciências exatas. Viajou à Paris e na universidade de Sorbone, obteve o título de doutor com louvor. 

Retornando à sua cidade foi trabalhar como professor de matemática. Em 1871, Faà de Bruno era um conceituado professor da universidade de Turim, sendo o titular da cadeira. Seus trabalhos matemáticos o tornaram famoso em todo o mundo, sendo publicados e traduzidos em vários países. Entretanto, simultaneamente à sua atividade intelectual, Faà de Bruno sempre se manteve em contato e atuando junto às comunidades religiosas. 

Era amigo pessoal do padre João Bosco que, em Turim, trabalhava para ajudar os meninos que chegavam à procura de um emprego urbano. Dom Bosco patrocinava aos jovens, instrução profissionalizante, religiosa, alojamento e recreação. 


Faà de Bruno percebeu que deveria atuar na outra ponta, auxiliando as meninas, que ficavam expostas às armadilhas urbanas, enquanto buscavam a sobrevivência e um emprego. Criou para elas, com um grupo de senhoras, a Obra de Santa Zita que mantinha as jovens sob sua guarda no Conservatório do Sufrágio, uma casa similar às fundadas por Dom Bosco, para os meninos. Não satisfeito, fundou a Tipografia do Sufrágio, que funcionava como escola tipográfica para as jovens. Alí ele imprimia a Revista de Matemática, que era vendida em países e cujas divisas eram revertidas para a Obra.

Em 1867, no pequeno povoado de São Donato, iniciou-se a construção da igreja de Nossa Senhora do Sufrágio, cujo projeto foi feito por ele. 

Nove anos depois, ele escolheu esta igreja para celebrar a sua primeira Missa. Isto mesmo, Faà de Bruno, o professor, seguindo o conselho de Dom Bosco, desejou ser padre aos cinqüenta anos de idade, e se fez em dez meses, por intervenção direta do Papa Pio IX. 


Depois, para dar estabilidade à Obra de Santa Zita, o padre fundou em 1881, a ordem religiosa das Irmãs Mínimas de Nossa Senhora do Sufrágio. 


Padre Francisco Faà de Bruno morreu serenamente em 27 de março de 1888. 


Exatamente um século depois, o Papa João Paulo II, o beatificou, para ser reverenciado no dia de sua morte. 

As suas relíquias estão guardadas na igreja que ele projetou, em Turim, Itália. 

As irmãs continuaram a sua Obra e hoje estão presentes na Europa e América Latina.


27 de Março - Dia de São Ruperto

Séculos VII e VIII

Ruperto era um nobre descendente dos condes que dominavam a região do médio e do alto Reno, rio que percorre os Alpes europeus. Os Rupertinos eram parentes dos Carolíngios e o centro de suas atividades estava em Worms, onde Ruperto recebeu sua formação junto aos monges irlandeses. 

No ano 700, sua vocação de pregador se manifestou e ele dirigiu-se à Baviera, na Alemanha, com este intuito. Com o apoio do conde Téodo da Baviera, que era pagão e foi convertido por Ruperto, fundou uma igreja dedicada a São Pedro, perto do lago Waller, a dez quilômetros de Salzburgo. Mas, o local não condizia ainda com os objetivos de Ruperto, que conseguiu do conde outro terreno, próximo do rio Salzach, nos arredores da antiga cidade romana de Juvavum.

Nesse terreno, o mosteiro que o bispo Ruperto construiu é o mais antigo da Áustria e veio a ser justamente o núcleo de formação da nova cidade de Salzburgo. Teve para isso o apoio de doze concidadãos, dois dos quais também se tornaram santos: Cunialdo e Gislero. Fundou, ao lado deste, um mosteiro feminino, que entregou a direção para sua sobrinha, a abadessa Erentrudes. Foi o responsável pela conversão total da Baviera e, é claro, de toda a Áustria.

Morreu no dia 27 de março de 718, um domingo de Páscoa, depois de rezar a missa, no mosteiro de Juvavum. Antes, como percebera que a morte estava próxima, fez algumas recomendações e pedido de orações à sua sobrinha, e irmã espiritual, Erentrudes. Suas relíquias estão guardadas na belíssima catedral de Salzburgo, construída no século XVII. Ele é o padroeiro de seus habitantes e de suas minas de sal. 

São Ruperto, reconhecido como o fundador da bela cidade de Salzburgo, cujo significado é cidade do sal, aparece retratado com um saleiro na mão, tamanha sua ligação com a própria origem e desenvolvimento da cidade. Foi seu primeiro bispo e sua influência alastrou-se tanto, que é festejado nesse dia, não só nas regiões de língua alemã, como também na Irlanda, onde estudou, porque alí foi tomado como modelo pelos monges irlandeses.

terça-feira, 26 de março de 2024

26 de Março - Dia de Santa Lúcia Filippini

Santa Lúcia Filippini
1672-1732
Fundou o Instituto das
Professoras Pias





Lúcia nasceu no dia 13 de janeiro de 1672, em Corneto Tarquínia, proximidades de Roma, numa família honrada e abastada. Quando ainda tinha um ano de idade, Lúcia perdeu a mãe e alguns anos mais tarde, o pai. Ela foi entregue, para ser formada e educada, às Irmãs beneditinas e junto delas a menina descobriu o dom que tinha para ensinar.

Muito dedicada aos estudos da Sagrada Escritura, e com a alma cheia de caridade, tomou para si, ainda no início da adolescência a função de ensinar o catecismo às crianças. 


Tantos eram os pequenos que a procuravam e tão cativante era sua forma de transmitir a Palavra do Senhor, que logo o padre do local a nomeou oficialmente a catequista paroquial. 


Certo dia, passou pela sua cidade o cardeal Marcantonio Barbarigo, que conheceu Lúcia, reconheceu sua vocação e levou-a para acabar seus estudos com as Irmãs clarissas.


Preparada, foi colocada na liderança de uma missão que ele julgava essencial para corrigir os costumes cristãos de sua diocese: fundar escolas católicas em diversas cidades. Lúcia, em sua humildade, a princípio relutou, achando que a função estava acima de suas possibilidades. Mas o cardeal insistiu e ela iniciou seu trabalho que duraria quarenta anos. 



A missão exigiu imensos esforços, tantos foram os sacrifícios a que teve de se submeter. Contudo, nada a afastou da tarefa recebida. 


Nessas quatro décadas preparou professoras, catequistas, fundou escolas e organizou-as em muitas cidades e dioceses. Quando o cardeal Barbarigo faleceu, as dificuldades aumentaram. Lúcia uniu-se então a outras professoras e catequistas, juntando todas numa congregação, fundou em 1692, o Instituto das Professoras Pias. 

A fama do seu trabalho chegou ao Vaticano e em 1707, o Papa Clemente XI pediu para que Lúcia criasse uma de suas escolas em Roma.

Lúcia Filippini faleceu aos sessenta anos, no dia 25 de março de 1732, de câncer, mas docemente e feliz pela sua vida entregue à Deus e às crianças, sementes das novas famílias que são a seiva da sociedade. 


Seu corpo descansa na catedral de Montefiascone, onde começaram as escolas católicas do Instituto das Professoras Pias Filippinas, como são chamadas atualmente.


A festa litúrgica à Santa Lúcia Filippini foi marcada para o dia 26 de março, pelo Papa Pio XI, na solenidade de sua canonização, em 1930. 


Hoje, as escolas das professoras pias filippinas além de atuarem em toda a Itália, estão espalhadas por todo território norte americano, num trabalho muito frutífero junto à comunidade católica.

26 de Março - Dia de São Ludgero

742-809

Ludgero nasceu no ano 742 em Zuilen, Friesland, atual Holanda, e foi um dos grandes evangelizadores do seu tempo. Era descendente de família nobre e, dedicado aos estudos religiosos desde pequeno. Ordenou-se sacerdote em 777, em Colônia, na Alemanha. Seu trabalho de apóstolo teve início em sua terra natal, pois começou a trabalhar justamente nas regiões pagãs da Holanda, Suécia, Dinamarca, ponto alto da missão de São Bonifácio, que teve como discípulos São Gregório e Alcuíno de York, dos quais foi seguidor também Ludgero.

Mais tarde, foi chamado pelo imperador Carlos Magno para evangelizar as terras que dominava. Entretanto, este empregava métodos de conversão junto aos povos conquistados, não condizentes com os princípios do cristianismo. Logo de início, por exemplo, obrigava os soldados vencidos a se converterem pela força, sob pena de serem condenados à morte se não se batizassem. 

Como conseqüência dessa atitude autoritária estourou a revolta de Widukindo e Ludgero teve que fugir, seguindo para Roma. Depois foi para Montecassino, onde aprimorou seus estudos sobre o catolicismo e vestiu o hábito de monge, sem contudo emitir os votos. 

A revolta de Widukindo foi a muito custo dominada em 784 e o próprio Carlos Magno foi a Montecassino pedir que Ludgero retornasse para seu trabalho evangelizador, que então produziu muitos frutos. Pregou o evangelho na Saxônia e em Vestfália. Carlos Magno ofereceu-lhe o bispado de Treves, mas ele recusou. Ludgero emitiu os votos tomando o hábito definitivo de monge e fundou um mosteiro, ao redor do qual cresceu a cidade de Muester , cujo significado, literalmente, é mosteiro, e da qual foi eleito o primeiro bispo. 

Ludgero não parou mais, fundou várias igrejas e escolas, criou novas paróquias e as entregou aos sacerdotes que ele mesmo formara. Ainda encontrou tempo para retomar a evangelização na Frísia, realizando o seu sonho de contribuir para a conversão de sua pátria, a Holanda, e fundar outro mosteiro, este beneditino, em Werden, antes de morrer, que ocorreu no dia 26 de março de 809.

O corpo de Ludgero foi sepultado na capela do mosteiro de Werden. Os fiéis tornaram o local mais uma meta de peregrinação pedindo a sua intercessão para muitas graças e milagres, que passaram a ocorrer em abundância. O culto à São Ludgero, que ocorre neste dia é muito intenso especialmente na Holanda, Suécia, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Itália, países cujo solo pisou durante seu ministério.

segunda-feira, 25 de março de 2024

CAPÍTULO 11 MARIA SANTÍSSIMA RECEBE A ANUNCIAÇÃO DO ANJO. REALIZA-SE O MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO. LIVRO MISTICA CIDADE DE DEUS - REVELAÇÕES DA VIDA DE MARIA SANTÍSSIMA FEITAS POR ELA MESMA A MADRE MARIA DE JESUS DE ÁGREDA

CAPÍTULO 11 MARIA SANTÍSSIMA RECEBE A ANUNCIAÇÃO DO ANJO. REALIZA-SE O MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO. 

Dificuldade da escritora em escrever o mistério 

123. Na presença dos habitantes do céu e da terra, e do Deus etemo Criador universal, quero confessar que ao tomar a pena, para escrever sobre o arcano mistério da Encarnação, perturbo-me: desfalecem minhas fracas forças, emudece-me a língua, paralisa meu raciocínio, pasmam minhas potências, e sentindo-me totalmente inibida, com a inteligência submersa, volto-me para a divina luz que me governa e instrui. Nela tudo se conhece e se entende claramente sem qualquer engano. Vejo minha incapacidade, percebo o vácuo das palavras e a limitação dos termos para exprimir os conceitos de um sacramento que, em resumo, encerra o próprio Deus e a maior obra e maravilha de sua onipotência. Vejo, neste mistério, a divina e admirável harmonia da infinita providência e sabedoria com que o ordenou e preparou desde a eternidade. Desde a criação o veio encaminhando, usando de todas as suas obras e criaturas como ajustados meios a contribuírem para o altíssimo fim de sua descida ao mundo como Deus e homem. 

Estado da humanidade ao tempo da Encarnação 

124. Vejo que, para descer do seio de seu Pai, o Verbo etemo aguardou e escolheu a hora propícia da silenciosa meia noite (Sab 18,14) da ignorância dos mortais. Encontrava-se toda a posteridade de Adão sepultada no sono do esquecimento e ignorância de seu verdadeiro Deus. Não havia quem abrisse a boca para confessá-lo e bendizê-lo, salvo alguns poucos dentre seu povo escolhido. O resto do mundo achava-se no silêncio e nas trevas, havendo transcorrido a longa noite de quase cinco mil e duzentos anos. Sucederam-se os séculos e neles as gerações, cada qual no tempo pre-estabelecido pela eterna Sabedoria, para que todos pudessem conhecer e encontrar seu Criador, pois lhes estava tão próximo que n'Ele (At 18, 27¬ 28) tinham vida e movimento. Como, porém, não chegar ao claro dia da luz inacessível, andavam os mortais mais ou menos às cegas, sem atinarem com a Divindade. Desconhecendo a (Rom 1 , 23), atribuíam-na à s coisas sensíveis e mais vis da terra. 

As operações das três Pessoas divinas no mistério da Encarnação 

125. Chegou, portanto, o feliz dia em que o Altíssimo, não levando em conta os longos séculos de tão profunda ignorância (At 17 , 30), determinou manifestar-se aos homens e dar princípio à redenção do gênero humano, assumindo a natureza humana nas entranhas de Maria santíssima, preparada para este mistério, como se disse. Para melhor explicar o que dele me é manifestado, é forçoso antecipar alguns ocultos sacramentos sucedidos antes que o Unigênito do Eterno Pai descesse do seu seio.

Fica suposto que entre as divinas Pessoas, conforme ensina a fé, não há desigualdade de sabedoria, onipotência e demais atributos, como tampouco a pode haver na substância da divina natureza. Sendo iguais na infinita dignidade e perfeição, também o são nas operações chamadas: "ad extra", porque saem de Deus para produzir algum a criatura ou coisa temporal. Estas operações são comuns às três divinas Pessoas; são feitas pelas três enquanto são um mesmo Deus, com a mesma sabedoria, entendimento e vontade. Assim como o Filho sabe, quer e faz o mesmo que o Pai sabe, quer e faz; também o Espírito Santo sabe, quer e faz o mesmo que o Pai e o Filho. 

Petições do Verbo a favor dos homens 

126. Com esta união inseparável, as três Pessoas realizaram a Encarnação num mesmo ato, embora somente a pessoa do Verbo haja assumido a natureza humana, unindo-a a Si hipostaticamente. Por isto, dizemos que o Filho foi enviado pelo eterno Pai, de cujo entendimento procede, e que o Pai o enviou por obra do Espírito Santo, que interveio nesta missão.

Antes de sair do seio do Pai, descer dos céus e vir encarnar-se no mundo, a pessoa do Filho fez, naquele divino consistório, um pedido: Em nome da humanidade, à qual iria unir sua Pessoa, apresentou seus merecimentos previstos para, mediante eles, ser concedido a todo gênero humano a redenção e perdão dos pecados, pelos quais satisfaria ajustiça divina. Pediu o fiat da santíssima vontade do Pai que o enviava, aceitando o resgate por meio de suas obras, paixão santíssima e dos mistérios que desejava realizar em a nova Igreja e lei da graça. 

 A redenção universal 

127. Aceitou o Eterno Pai esta petição e méritos previstos do Verbo, concedeu-lhe quanto pedira para os mortais, confiou-lhe sua herança, os escolhidos e predestinados. Por isto, disse Cristo nosso Senhor, por São João (28, 9), que não tinham perecido os que o Pai lhe dera, pois guardara a todos (idem 18,12) exceto Judas, o filho da perdição. Disse ainda, noutra vez, que ninguém arrebataria de suas mãos, nem de seu Pai, uma só de suas ovelhas (idem 10,28). O mesmo valeria para todos os nascidos, se cooperassem para merecer a eficácia da Redenção, suficiente para todos. Ninguém seria excluído pela divina misericórdia, se por meio do Redentor a quisesse aceitar. 


O Verbo desce do céu 

128. Tudo isto (a nosso modo de entender) passava-se no céu, em o trono da Santíssima Trindade, antes do fiat de Maria Santíssima, como logo direi. No momento do Unigênito do Pai descer a suas virginais entranhas, abalaram-se os céus e todas as criaturas. Por causa de sua união inseparável, as três divinas Pessoas desceram com a do Verbo, que seria a única a encarnar. Com o Senhor e Deus dos exércitos, saíram todos os da celestial milícia, cheios de invencível fortaleza e esplendor. Não era necessário abrir caminho, porque a Divindade tudo enche e está em todo o lugar, não podendo ser por nada estorvada. Apesar disto, os céus materiais, respeitando o seu Criador, fizerem-lhe reverência e abriram-se os onze (1) com os elementos inferiores. As estrelas renovaram sua luz, a lua, o sol e demais planetas apressaram o curso em homenagem ao seu Criador, e para se acharem presentes à maior de suas obras e maravilhas. 

1 - onze céus

Poucas pessoas perceberam a vinda do Verbo ao mundo 

129. Não perceberam os mortais esta comoção e novidade das criaturas, tanto por haver acontecido à noite, como porque Deus queria manifestá-la apenas aos Anjos. Com nova admiração louvaram-no conhecendo tão ocultos e veneráveis mistérios escondidos aos homens, que estavam longe de tais maravilhas e admiráveis benefícios. Por então, somente os Anjos estavam incumbidos de dar por eles glória, louvor e veneração ao Criador. Apenas no coração de alguns justos, infundiu o Altíssimo, naquela hora, particular moção de extraordinário júbilo. Sentindo-a, conceberam novos e grandes conceitos do Senhor. Alguns foram inspirados, suspeitando que tal novidade seria talvez efeito da vinda do Messias para salvar o mundo. Todos, entretanto, guardaram silêncio, pois cada qual imaginava ter sido o único a sentir tais novidades e pensamentos. Tudo era assim disposto pelo poder divino. 

Efeitos na criação no limbo e no inferno 

130. Houve renovação e mudança também nas demais criaturas. As aves agitaram-se com cantos e alvoroço extraordinário. As árvores e plantas melhoraram seus frutos e fragrâncias e todas as demais criaturas, respectivamente, foram reanimadas com alguma oculta mudança. A maior comoção, porém, foi a dos Pais e Santos que estavam no limbo. O arcanjo São Miguel foi enviado para lhes transmitir a feliz notícia que muito os consolou, deixando-os repletos de júbilo e louvores. 

Somente para o inferno houve novo pesar e dor. Ao descer das alturas o Verbo eterno, sentiram-se os demônios arrastados pela impetuosa força do poder divino, como ondas do mar, e precipitados no fundo daquela s tenebrosas cavernas, sem poderem resistir nem se levantar. Depois que lhes permitiu a vontade divina, saíram e percorreram o mundo, investigando se haveria alguma novidade para justificar o que haviam sofrido. Não puderam, contudo, suspeitar a causa, ainda que tivessem feito alguns conciliábulos para descobri-la. O poder divino ocultou-lhes o mistério da Encarnação e o modo como Maria Santíssima concebera o Verbo, conforme adiante veremos (2). Somente quando Cristo morreu na Cruz é que souberam, com certeza, que Ele era Deus e homem verdadeiro, como nessa passagem explicaremos.

2-n°326 

S. Gabriel na presença de Maria 

131. Passo a narrar como o Altíssimo realizou este mistério. Acompanhado de inumeráveis anjos em forma humana visível, de refulgente e incomparável beleza, São Gabriel Arcanjo, na forma que disse no capítulo passado (3), entrou no aposento onde rezava Maria Santíssima. Era quinta-feira, pelas sete horas da tarde, ao cair da noite. Viu-o a divina Princesa dos céus e olhou-o com grande modéstia e retraimento, apenas o necessário para reconhecê-lo. Vendo que era um anjo do Senhor, quis fazer-lhe reverência. Não lho permitiu o santo Príncipe, mas ele é que lhe fez profunda vênia como à Rainha e Senhora, em quem adorava os divinos mistérios do Criador. Além disso, estava ciente que, desde esse dia, mudavam-se os antigos tempos e o costume dos homens adorarem (4) os anjos, como o fez Abraão (Gn 28,2). Elevada a natureza humana, na pessoa do Verbo, à dignidade divina, ficavam os homens adotados por filhos seus e companheiros ou irmãos dos anjos. Assim disse a São João (Apoc 19, 10) aquele Anjo que também não consentiu em ser adorado pelo Evangelista. 


Saudação do arcanjo. 
Perturbação da Virgem. 

132. Saudou o santo Arcanjo à sua e nossa Rainha, dizendo-lhe: "Ave, cheia de graça (Lc 1, 28), o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres". Perturbou-se, sem agitação, a mais humilde das criaturas, ao ouvir esta singular saudação do anjo.

Duas foram as causas desta perturbação. Primeira, a profunda humildade com que se reputava inferior a todos os mortais. Julgar de si tão baixamente e ser saudada como bendita entre todas as mulheres, causou-lhe surpresa. A segunda causa foi porque, enquanto ouvia e ponderava interiormente a saudação, recebeu do Senhor inteligência de que a escolhera para sua Mãe. Isto a perturbou muito mais, por causa do conceito que de si formara.

Por causa dessa perturbação o Anjo prosseguiu, declarando-lhe a ordem do Senhor: "Não temas, Maria, porque achaste graça diante do Senhor (Lc 1, 30, 31, 32); conceberás um filho em teu seio, dá-lo-às à luz e lhe porás o nome de Jesus; Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo". E o mais que disse o Santo Arcanjo.

3-n°113 
4 - Aqui como em outras passagens, "adoração" significa profunda veneração. Não se confunda com a adoração de latria, devida só a Deus. (Nota da Tradutora) 

Maria expõe ao anjo seu compromisso de perpétua virgindade

133. Entre todas as criaturas, somente nossa prudentíssima e humilde Rainha foi capaz de avaliar devidamente tão prodigioso sacramento: e porque compreendeu sua grandeza, dignamente se admirou e perturbou. Voltou, porém, seu humilde coração ao Senhor que nada lhe podia recusar e, em silêncio, pediu-lhe nova luz e assistência para se orientar em tão ingente empreendimento.

Como disse no capítulo passado (5) ao se realizar este mistério, deixou-a o Altíssimo no estado comum da fé, esperança e caridade, suspendendo outros gêneros de favores e elevações interiores, que frequentemente, ou continuamente, recebia.

Nestas disposições, respondeu a São Gabriel o que narra São Lucas (1, 24): Como sucederá isto de conceber e ter um filho, se não conheço varão, nem o posso conhecer? Ao mesmo tempo, expunha interiormente ao Senhor o voto de castidade que fizera, e o desposório que com Ele celebrara.

5 - nº 119 

Esclarecimento do anjo

134. Respondeu-lhe o príncipe São Gabriel (Lc 1 , 35): Senhora, sem conhecer varão é fácil ao poder divino fazer-vos Mãe. O Espírito Santo virá sobre vós, a força o Altíssimo vos fará sombra, para de vós nascer o Santos dos santos, que se chamará Filho de Deus. Sabei que vossa prima Isabel (Lc , 36), em sua velhice estéril, também concebeu um filho, encontrando-se no sexto mês da concepção, porque nada é impossível para Deus. Quem faz conceber e dar á luz a estéril, pode fazer que vós, Senhora, chegueis a ser Mãe, ficando sempre Virgem, com vossa grande pureza ainda mais consagrada. Ao Filho que vos nascer, Deus dará o trono de seu pai Davi; e seu reino será eterno na casa de Jacó (Lc 1, 32). Não ignorais, Senhora, a profecia de Isaías (7, 14) que uma Virgem conceberá e terá um filho que se chamará Emanuel, que quer dizer Deus conosco. Esta profecia infalível se cumprirá em vossa pessoa. Conheceis também o grande mistério da visão de Moisés: a sarça ardente (Ex3, 2) sem se consumir pelo fogo, significando as duas naturezas divinas, divina e humana. Esta não será aniquilada pela divina, como não será violada a virginal pureza da Mãe do Messias, que o conceberá e dará à luz. Lembrai-vos também, Senhora, da promessa feita por nosso eterno Deus ao patriarca Abraão (Gn 15, 16), que depois do cativeiro de sua posteridade no Egito, na quarta geração voltariam a esta terra. O mistério desta promessa consistia em que nesta quarta geração (6), por vosso intermédio, Deus humanado resgataria toda a linhagem humana da tirania do demônio.

E escada que Jacó viu em sonhos (Gn 28, 13) foi clara figura do caminho real que o Verbo eterno em carne humana abriria para os mortais subirem aos céu, e os anjos descerem à terra. A esta desceria o Unigênito do Pai para conviver com os homens e comunicar-lhes os tesouros de sua divindade, concedendo-lhes a participação nas virtudes e perfeições de seu ser imutável e eterno.


6 • À margem de seu autógrafo, Sor Maria de Jesus acrescentou o seguinte: "O mistério desta quarta geração procede do fato de existirem quatro espécies de gerações: 1ªa de Adão, sem pai nem mãe; 2ª a de Eva, sem mãe; 3ª a concepção de pai e mãe comum a todos; 4ª de mãe sem pai, que é a de Jesus Cristo, nosso Senhor." 

Maria reflete na magnitude do mistério

135. Com estas e muitas outras razões, procurou o Embaixador celeste desvanecer a perturbação de Maria Santíssima. Seus argumentos se resumiam à fé nas antigas promessas e profecias da Escritura, e no infinito poder do Altíssimo. Todavia, como a Senhora excedia aos próprios anjos em sabedoria, prudência e santidade, prorrogava a resposta para dá la com a justeza com que a deu. Foi tal como convinha ao maior dos mistérios e sacramentos do poder divino. Ponderou esta grande Senhora que de sua resposta dependia o desempenho da Santíssima Trindade no cumprimento de suas promessas e profecias, o mais agradável e aceitável sacrifício de quantos lhe haviam sido oferecidos. Dependia a abertura das portas do paraíso, a vitória sobre o inferno, a redenção de todo gênero humano. Dependia a satisfação e desagravo da justiça divina, a fundação de nova lei da graça, a glória dos homens, o gozo dos anjos, e tudo quanto significa a encarnação do Unigênito do Pai, ao tomar forma de servo (Filp 2, 7) em suas virginais entranhas.

Maria teve perfeita consciência do que significava a Encarnação

136. Grande maravilha, certamente, e digna de nossa admiração, é que todos estes mistérios e os que cada um encerra, fossem pelo Altíssimo confiados às mãos de uma humilde donzela, e que ficassem dependendo do seu fiat. Não foi sem acerto que os remeteu à sabedoria e fortaleza desta Mulher forte (Prov 31,11), pois os tratou com tal magnificência e elevação que não decepcionou a confiança que nela depositou. As obras que ficam em Deus não necessitam da cooperação de criaturas, nem Deus a espera para operar ad intra. Diferentes são as obras contingentes ad extra, das quais a maior e mais excelente foi Deus fazer-se homem. Não quis executá-la sem a cooperação de Maria Santíssima, dada com livre consentimento. Com Ela e por Ela, colocou este complemento a todas as obras que trouxe 
à luz, fora de si mesmo. Deste modo, ficamos devendo este benefício à nossa Reparadora, a Mãe da sabedoria. 

Resposta da Virgem

137. Esta grande Senhora considerou profundamente o extenso campo (Prov 31, 16) da dignidade de Mãe de Deus, para comprá-lo com um fiat. Revestiu-se de fortaleza (Prov 31,17-18) sobre humana, experimentou e viu quão boa era a negociação e comércio com a divindade. Compreendeu os caminhos de seus ocultos favores, adomou-se de fortaleza e formosura. Refletiu consigo e com Gabriel, o embaixador celeste, a grandeza de tão sublimes e divinos sacramentos. Plena mente consciente do que representava a embaixada que recebia, seu puríssimo espírito foi absorto e elevado em admiração, reverência e intensíssimo amor de Deus. Com a força destes soberanos afetos, e efeito conatural deles, foi seu castíssimo coração apertado com tal intensidade que destilou três gotas de sangue puríssimo. Delas se realizou, no órgão natural, a concepção do corpo de Cristo, Senhor nosso, pela virtude do Espírito Santo. Deste modo, a matéria para a formação da humanidade santíssima do Verbo e de nossa redenção, real e verdadeiramente foi administrada pelo Coração de Maria puríssima, à força de amor. Ao mesmo tempo, com humildade jamais devidamente encarecida, inclinando um pouco a cabeça e de mãos postas, pronunciou aquelas palavras que foram o princípio de nossa redenção: "Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1 , 38).

Opera-se a Encarnação do Filho de Deus

138. Ao pronunciar este "faça-se", tão doce aos ouvidos de Deus e o feliz para nós, num instante realizaram-se quatro coisas: primeira, a formação do corpo santíssimo de Cristo , Senhor nosso, daquelas três gotas de sangue administradas pelo coração de Maria Santíssima; segunda, a criação da alma santíssima do Senhor, criada como as demais; terceira , união da alma ao corpo, compondo-se sua humanidade perfeitíssima; quarta, a divindade, na pessoa do Verbo, uniu-se com a humanidade e num suposto ficou realizada a Encarnação e formado Cristo, Deus e homem verdadeiro, Senhor e Redentor nosso. Isto sucedeu a 25 de março, sexta-feira, ao romper da aurora, na mesma hora em que foi formado nosso primeiro pai Adão. Foi no ano de cinco mil, cento e noventa e nove da criação do mundo, conforme o cômputo que a Igreja romana, dirigida pelo Espírito Santo, consignou no Martirológio. Havendo perguntado, por ordem da obediência, foi-me declarado que esta contagem é verdadeira e certa. De acordo com isto, o mundo foi criado pelo mês de março. Sendo todas as obras do Altíssimo perfeitas e completas (Dt 32,4), as plantas e as árvores saíram de sua mão com frutos, e sempre os teriam sem os perder se o pecado não houvesse alterado toda a natureza, como direi em outro tratado, se for vontade do Senhor. Deixo o agora, por não pertencer a este.

Cristo no seio de sua Mãe

139. No mesmo instante em que o Todo-poderoso celebrou as núpcias da união hipostática, no tálamo virginal de Maria Santíssima, foi a divina Senhora elevada à visão beatífica. Na divindade em que se lhe manifestou, intuitiva e claramente, conheceu altíssimos sacramentos de que falarei no capítulo seguinte.

Foi-lhe particularmente revelado o segredo das cifras daquele ornato que recebeu, e foi descrito no capítulo 7 (7), e também as trazidas pelos seus anjos.

O divino infante ia crescendo no útero naturalmente, como os demais homens, alimentado pela substância e sangue da Mãe Santíssima. Estava, todavia, mais livre e isento das imperfeições que os demais filhos de Adão sofrem nesse estado. Algumas , acidentais, que não pertencem à substância da geração e são efeitos do pecado, não atingiram a Imperatriz do céu. Também não tinha as imperfeitas superfluidades, que nas mulheres são naturais e comuns, e das quais as crianças se formam, sustentam e desenvolvem. Faltando-lhe a matéria da natureza contaminada das descendentes de Eva, a Senhora administrava a exercitando atos heroicos de virtudes, especialmente de caridade. Visto que as operações fervorosas da alma e os afetos amorosos alteram naturalmente os humores e o sangue, a divina Providência encaminhava-as ao sustento do divino Infante. Deste modo, a humanidade de nosso redentor era naturalmente alimentada e sua divindade recreada com a complacência de sublimes virtudes. Assim, para a formação do corpo de Cristo, Maria Santíssima administrou, ao Espírito Santo, sangue puro, limpo, como concebido sem pecado, e livre de suas conseqüências. O imperfeito e impuro, com que as outras mães alimentam seus filhos, era na Rainha do céu o mais puro, substancial e delicado, comunicado sob a ação de afetos de amor e das demais virtudes. Outro tanto acontecia com o alimento que a divina Rainha tomava. Sabendo que, sustentando-se, alimentava ao Filho de Deus e seu, enquanto comia realizava sublimes atos espirituais. Admiravam-se os espíritos angélicos, vendo ações tão comuns com tão soberanos realces de merecimento e agrado para o Senhor. 

7 - n ° 82; 1ª parte n ° 208, 364, 365 

Maria, templo da Santíssima Trindade

140. De posse da maternidade divina, ficou esta Senhora com tais privilégios que, quanto disse até agora e direi para a frente, não chega a ser a mínima parte de suas excelências. Impossível explicar com palavra, o que o entendimento não consegue devidamente conceber, nem os mais doutos e sábios encontrariam termos adequados para traduzir. Os humildes que entendem a arte do amor divino compreenderão, através de luz infusa e pelo sabor interior com que se percebem tais sacramentos. 

Ficou Maria Santíssima transformada em céu, templo e habitação da Santíssima Trindade, elevada e deificada pela nova e especial presença da divindade em seu seio puríssimo. Também sua humilde morada e oratório ficaram consagrados como santuários do Senhor. Os espíritos celestiais, testemunhas desta maravilha, contemplando-a exaltavam o Onipotente com indizível júbilo e novos cânticos de louvor. Juntamente com a felicíssima Mãe O bendiziam, no próprio nome e no do gênero humano que ainda ignorava o maior de seus benefícios e misericórdias. 

DOUTRINA DA SANTÍSSIMA RAINHA MARIA

Cristo encarnou-se para cada um de nós

141. Minha filha, vejo-te admirada, e com razão, por teres conhecido com nova luz o mistério pelo qual a divindade se humilhou a unir-se com a natureza humana, no seio de uma pobre donzela como eu. Quero, caríssima, que ponderes atentamente que Deus se humilhou descendo às minhas entranhas tanto para ti, quanto para mim. O Senhor é infinito em misericórdia e seu amor não tem limites. De tal modo atende e assiste qualquer alma que O recebe, e se recreia com ela, como se fosse a única que criara e somente por ela se houvesse feito homem. Por esta razão, deves te considerar sozinha no mundo, para agradecer, de todo teu coração, a vinda do Senhor. Em seguida, lhe darás graças por ter vindo também para os outros. Se, com viva fé entendes e confessas que Deus, infinito em atributos e eterno na majestade, desceu para tomar carne em minhas entranhas; que esse Deus te procura, chama, recreia, acaricia e se dá todo a ti (Gal 2, 20) como se fosses a única criatura sua, pondera e considera bem a quanto te obriga tão admirável condescendência. Transforma esta admiração em atos de viva fé e amor, pois tudo deves a tal Rei e Senhor que se dignou vir a ti, quando ainda não podias procurá-lo e muito menos possuí-lo.

O homem só se satisfaz com Deus

142. Tudo quanto este Senhor te pode dar, fora de Si mesmo, te parecerá bastante se considerares as coisas apenas humanamente, sem te elevares às superiores. Não deixa de ser verdade que da mão de tão eminente Rei, qualquer dádiva é digna de estimação. Se, porém, conheceres a Deus com luz sobrenatural e souberes que te fez capaz de sua divindade, então verás que se Deus não se der a ti, todo o resto da criação será nada e sem valor. Somente a posse de tal Deus, tão amoroso e amável, poderoso, rico e suave, te poderá alegrar e sossegar. Pois, sendo infinito, digna-se humilhar-se até tua baixeza para elevar-te do pó, enriquecer tua pobreza e fazer contigo ofício de pastor, pai, esposo e amigo fidelíssimo. 

A verdadeira ciência

143. Atende, pois, minha filha, em teu interior as conseqüências desta verdade. Pondera bem o dulcíssimo amor deste grande Rei para contigo: sua fidelidade, seus carinhos e delicadezas, os benefícios que te faz, os trabalhos que te confia. Acendeu em teu coração a luz da divina ciência para conheceres a infinita grandeza de seu ser, o admirável e a veracidade de suas obras e de seus mais ocultos mistérios , e o não ser das coisas visíveis. Esta ciência é o princípio, base e fundamento da doutrina que te tenho dado para chegares a conhecer o decoro e magnificência com que deves tratar os favores e dons deste Senhor e Deus, teu verdadeiro bem, luz e guia. Contempla-o como Deus infinito, ao mesmo tempo amoroso e terrível. Ouve, caríssima, minhas palavras, ensino e direção, que nelas encontrarás a paz e a luz para teus olhos. 
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DEFESA DAS APARIÇÕES DE JACAREI

DEFESA ÀS APARIÇÕES DE JACAREÍ


(FEITA POR UM PEREGRINO, AO CONTEMPLAR UM VÍDEO FALANDO MAL DAS MESMAS CITADAS ACIMA, E SOBRE A CARTINHA DO BISPO DA ÉPOCA, ALEGANDO QUE AS APARIÇÕES NÃO ERAM VERDADEIRAS)


NÃO SEI QUEM FEZ MAS PRA MIM ESSA PESSOA MERECIA UMA MEDALHA DE HONRA DE NOSSA SENHORA POR ESTA BELA DEFESA

"Quando você diz que devemos dar ouvidos ao que os padres dizem a respeito das aparições de Jacareí, corre em um ledo engano, pois, a “opinião pessoal” deles é que não pode ser elevado ao nível de “dogma de fé”. As cartas de Dom Nelson são muito citadas pelos que latem que estas Sagradas Aparições são falsas. Portanto, mister se faz alguns esclarecimentos. Há duas cartas oficiais onde este indigitado bispo trata da matéria “aparições”. Uma primeira, publicada em 1996, enquanto o mesmo ainda era bispo de São José dos Campos (diocese a qual pertence Jacareí). Nesta, não há menção alguma ao nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, muito menos, excomunhão, há somente algumas orientações pastorais. A segunda, publicada em 2007 e republicada em 2011, realmente traz explicitamente o nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, porém, nesta, a palavra “excomunhão” é sequer mencionada.

Ainda há um probleminha com esta segunda carta. O dito bispo (certamente pela providência de Nossa Senhora) foi transferido para a diocese de Santo André/SP em 2003, e, observem, a segunda carta publicada por ele ocorreu no ano de 2007, quando já havia deixado de ter jurisdição eclesiástica sobre a cidade de Jacareí. Portanto, o mesmo, ao editar esta carta, violou a jurisdição eclesiástica conferida a ele pela Igreja, e, ainda, violentou gravemente a autoridade de Dom Moacir, então, bispo da Diocese de São José dos Campos, que, se quisesse, poderia ter criado o maior caso com isso, pois Dom Nelson desrespeitou frontalmente e atropelou sua autoridade eclesiástica, uma verdadeira afronta. Então eu lhes pergunto, vocês ainda vão dar credibilidade a um documento irregular e eivado de vícios como esse?

Vale lembrar, que não é obrigatório seguir estas cartas circulares dos bispos. Não há heresia nem cisma nisso. Um católico somente pode ser acusado de cismático ou herege se atentar contra os Dogmas de Fé. Que eu saiba, carta circular de bispo não é Dogma de Fé. Como a primeira carta de Dom Nelson não condena as Aparições de Jacareí, e a segunda está irregular, pode-se dizer que não pesa condenação oficial e regular da Igreja sobre estas Santas Aparições. Além do mais, até o presente momento, Dom José Valmor, que atualmente tem jurisdição eclesiástica sobre Jacareí, não fez pronunciamento oficial sobre as mesmas. Documento oficial onde o Profeta Marcos foi excomungado, também é inexistente, portanto, qualquer informação que diga o contrário é fruto de pura “fofoca”.

Ressalto que em Jacareí, realmente, não damos tanta importância aos documentos do Vaticano. O que nós realmente valorizamos é a doutrina que nos foi transmitida pelos santos, como Santo Afonso, São Luiz, Santa Teresa, São João da Cruz, etc... Outro adendo que gostaria de acrescentar, diz respeito ao fato da obrigatoriedade ou não das Sagradas Mensagens Celestiais. A orientação predominante entre os teólogos católicos, de que não é obrigatório seguir as Aparições de Nossa Senhora, se funda em meras opiniões pessoais de alguns clérigos a respeito do assunto. Esta orientação não tem o caráter da infalibilidade papal e muito menos é um Dogma de Fé. Realmente, o catecismo atual traz algo nesse sentido, mas vale lembrar que o mesmo não recebeu o caráter da infalibilidade pelo Concílio Vaticano II. Bem ao contrário do Santo Catecismo do Concílio de Trento. Este sim, recebeu o caráter de infalível. Ocorre que nossa amada Igreja há muito se transviou de uma tradição bíblica milenar, através da qual o “Deus dos Exércitos” sempre manifestou sua vontade ao povo de Israel por meio de suas aparições aos profetas (mesmo fenômeno que ocorre com o, também, profeta Marcos Tadeu, pois os fenômenos miraculosos e de aparições que ocorrem naquele Santuário, são da mesma espécie dos verificados na Sagrada Bíblia).

Ora, nos tempos bíblicos não era através dos fariseus, saduceus, príncipes e doutores da lei (a Igreja oficial da época) que Deus dava as suas diretrizes ao povo eleito, mas sim, através dos profetas, em outras palavras, dos videntes. Nos primórdios do cristianismo, também ocorria assim, pois, a própria origem da nossa amada Igreja se funda nas “aparições” de Jesus aos apóstolos e discípulos. Então, por que esta tradição bíblica foi quebra? Será que é porque as aparições aos profetas cessaram? Errado, pois nos últimos 100 anos ocorreram mais de 1000 aparições de Nossa Senhora, dos santos e anjos, e até de Deus.
A pergunta correta é, por que o clero tenta abafar isso, pois grande parte, senão todas, destas aparições também foram acompanhadas de sinais miraculosos, como, curas inexplicáveis pela ciência, sinais na natureza, etc... Se Deus usava deste expediente nos tempos bíblicos, certamente deveria continuar a usá-lo nos tempos do catolicismo, pois uma grande verdade que a Teologia professa é que Deus é imutável. Não citarei as passagens bíblicas onde Deus manifesta sua vontade através dos videntes/profetas, pois se assim fizesse, teria que citar a Bíblia inteira, pois a própria formação e ensinamentos nela transmitidos se dão por este meio. Gostaria apenas de citar um pequeno exemplo de qual atitude deveremos tomar frente às Aparições de Jacareí, tomando por base a Bíblia. Saulo, quando se dirigia à cidade de Damasco e Jesus lhe “aparece” exclama: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9, 6). Naquela ocasião, Jesus disse a ele para procurar os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! O ordenou que entrasse na cidade de Damasco e ali lhe seria dito o que deveria fazer. Beleza. E quem Deus enviou para Saulo? Os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! Mas Ananias, um vidente. Como eu sei que Ananias era um vidente? As Sagradas Escrituras nos contam que foi uma aparição de Jesus que disse para ele ir procurar Saulo. É só conferir At 9, 10-16ss.

Outro exemplo foi Judas Iscariotes; este preferiu errar com a Igreja oficial da época (lembra né, fariseus e saduceus) que acertar sem ela. Bom... Errou mesmo! E segundo alguns santos místicos, como Maria de Ágreda, sua alma se encontra no inferno. Assim, a posição teológica defendida pela maioria dos teólogos atuais, de que as aparições não são obrigatórias, falando em termos de estudo teológico da atualidade, é perfeitamente passível de questionamento, e, inclusive, daria uma boa tese de doutoramento. É um posicionamento que pode ser mudado. Não é Dogma de Fé. Gostaria de finalizar este ponto dizendo o seguinte. Jesus tolerou para sempre aquela Igreja oficial da época (o judaísmo) que rejeitou o projeto que suas aparições aos Apóstolos (que também eram videntes) propunha? Claro que não!!! Por causa disso, Deus se retirou do meio daquela Igreja e passou a habitar no meio dos seus videntes, os apóstolos e discípulos, e, assim, surgiu a nossa amada Igreja Católica (Mt 21, 39-45).

Não é objetivo do Profeta Marcos Tadeu, nem de sua Ordem e muito menos de nós, a Milícia da Paz (formada por todos os fiéis seguidores daquele Santuário) provocar um cisma na Igreja. Nós apenas denunciamos os erros (prerrogativa esta, conferida aos leigos pelo próprio Concílio Vaticano II), lutamos para que a devoção a Nossa Senhora, aos santos e anjos seja colocada em seu devido lugar, e que as suas mensagens, e as dos demais santos, e até as de Deus, seja acolhida como nos tempos Bíblicos, pois acreditamos que se isto não for feito, irá se abater gigantescos cataclismos sobre a Terra, de uma tal magnitude que nunca houve, nem jamais haverá. Acreditamos que esta “palavra de Deus” transmitida nas aparições é o caminho e a única forma de salvar o mundo, e qualquer obra, ou pessoa, que ensine ou faça diferente do que elas dizem, é desprezada por nós. O motivo para isto é muito simples. Desde tempos remotos, as Aparições de Nossa Senhora (inclusive as não aprovadas pela Igreja) vêm dizendo o que aconteceria ao mundo se esta “palavra de Deus” não fosse obedecida. Resultado, tudo o que elas disseram, em um passado remoto, está se cumprindo na atualidade. Então, não há outra conclusão a se fazer, a não ser admitir que elas eram verdadeiras, e que o clero errou. Aliás, o histórico de erro do clero é algo realmente interessante. Basta citar a condenação que pesou durante 20 anos sobre as Santas Aparições de Jesus Misericordioso à Santa Faustina, e não foi por um “bispozinho” qualquer. Foi pelo próprio papa da época. Se não fosse a atuação do então Cardeal Karol Józef Wojtyła, futuro Papa João Paulo II, estas aparições estariam condenadas até os tempos atuais, e, certamente, você seria um grande opositor delas, não é? Infelizmente, como atualmente o número de Cardeais, e clérigos em geral, com este nível de espiritualidade é praticamente nulo... tadinha das aparições... snif. Praticamente nenhum deles entende de Teologia Mística, o estudo apropriado para se avaliar as aparições e estudá-las.

Além do mais, as aparições de La Salette, Lourdes e Fátima, para quem conhece mais a fundo sua história, verá que elas na verdade não foram aceitas pelo clero. Muito pelo contrário, este as combateu com todas as suas forças. Na realidade, o que ocorreu, é que os fiéis praticamente as fizeram descer goela abaixo na garganta do clero, de tal modo, que eles não tiveram outra opção a não ser aprová-las. E, mesmo nestas que foram aprovadas, o estrago que o clero fez é algo incomensurável. Não as divulgou como deveria; se o corpo incorrupto de Santa Bernadete estivesse no Santuário de Lourdes iria converter milhões de fiéis, no entanto está praticamente escondido no convento de Nevers; o corpo incorrupto de Santa Jacinta foi escondido dos fiéis; a esmagadora maioria dos vaticanistas da Itália é de acordo que, até hoje, o terceiro segredo de Fátima não foi revelado em sua integralidade; a consagração da Rússia não foi feita como Nossa Senhora pediu até os dias atuais, etc... E isso, só para citar os danos que me vem à mente neste momento.

No Santuário das Aparições de Jacareí, o Profeta Marcos está resgatando tudo aquilo que a Igreja e a sociedade tanto se esforçaram para extinguir, os escapulários, medalhas, mensagens, enfim, a salvação do mundo que Nossa Senhora nos revelou e ofereceu com tanto amor ao longo de suas aparições na história. Sem dúvida, lá está se cumprido a passagem da Escritura na qual se diz: “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas...” Mt 13,52 É uma nova aparição que resgata todas, até as mais antigas. Portanto, se ainda quiserem seguir a doutrina da cabeça deste cara de que não precisamos de aparições, o problema é de vocês. Aliás, se formos pensar bem, porquê Deus, Nossa Senhora os anjos e os santos apareceriam, né? Afinal de contas, nosso mundo está uma verdadeira maravilha, não é? Não temos problemas de droga, prostituição, corrupção, degradação moral, depressão, decadência da Igreja, violência, roubos, assassinatos, guerras, miséria..., todos os sacerdotes são verdadeiros Serafins de santidade, enfim, o Vaticano está dando conta do recado... Só não está apresentando um desempenho melhor devido a um “pequeno” probleminha de tráfico de influência entre os altos clérigos, desvio de verbas do banco do Vaticano, looby gay entre os padres, pedofilia generalizada, um papa progressista e comunista..., mas, afinal de contas, são probleminhas fáceis de serem solucionados, né? É... Em um mundo maravilhoso e em ótimo funcionamento como esse, realmente não entendo o motivo de tantas aparições..."