domingo, 24 de março de 2024

DOMINGO DE RAMOS SEGUNDO A MÍSTICA CIDADE DE DEUS

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DOMINGO DE RAMOS MÍSTICA CIDADE DE DEUS TOMO 3 PAG 233


Entrada de Jesus em Jerusalém 

1121. Chegado o dia correspondente ao domingo de Ramos, partiu Jesus para Jerusalém em companhia de seus discípulos e de muitos anjos que o louvavam, por vê-lo tão enamorado pelos homens e tão solícito por sua eterna salvação. Tendo caminhado duas léguas, mais ou menos, chegando a Betfagé, enviou dois discípulos á casa próxima de um homem abastado, para dali lhe trazerem dois jumentinhos (Mt 21, 2), um dos quais ainda não havia sido montado por ninguém. Os discípulos estenderam suas capas sobre os dois animais, e Nosso Senhor dirigiu-se para Jerusalém, servindo-se de ambos no seu triunfo, conforme as profecias de Isaias (62, 11) e Zacarias (9, 9). Muitos séculos antes as deixaram escritas, para que os sacerdotes e sábios da lei não alegassem ignorância. Os quatro Evangelistas escreveram este maravilhoso triunfo de Cristo:

(Mt21, 4 Mc 11, 1; Le 19,30; Jo 12, 13). Narraram o que foi presenciado por todos os circunstantes. Durante o caminho, eles e todo o povo, pequenos e grandes, aclamaram o Redentor como verdadeiro Rei Uns diziam: Paz no céu, glória nas alturas, bendito O que vem como Rei em nome do Senhor. Outros exclamavam: Hosana ao Filho de David; salvai-nos, Filho de David, bendito seja o reino de nosso Pai David que está para vir. Uns e outros cortavam palmas e ramos de árvores, em sinal de triunfo e alegria, e com suas vestes forravam o caminho por onde passava o vencedor das batalhas, Cristo nosso Senhor.

Cristo aclamado 

1122. Todas estas nobres demonstrações de culto e adoração que os homens prestavam ao Verbo divino humanado, manifestavam o poder de sua divindade, principalmente pelo momento em que sucederam. Era a ocasião em que os sacerdotes e os fariseus o esperavam, para tirar-lhe a vida nessa mesma cidade. 

Se não fossem movidos interiormente por sua virtude divina, superior a seus outros milagres, não seria possível que tantos homens, muitos deles gentios, outros inimigos declarados, ao mesmo tempo, o aclamassem por verdadeiro Rei, Salvador e Messias. 

Além disto, inclinavam-se a um homem pobre, humilde e perseguido, apresentando-se sem o aparato de armas e poder humano: nem riquezas, nem carros de triunfo, nem soberbos cavalos. 

Com exceção de seu semblante grave, sereno e cheio de majestade, correspondente á sua oculta dignidade, tudo lhe faltava. Chegava num humilde jumentinho, desprezível para o fausto e vaidade mundana, e em tudo o mais, nada tinha do que o mundo aplaude e exalta. 

Deste modo, eram manifestos os efeitos da força divina que movia a vontade e o coração dos homens a se renderem a seu Criador e Redentor. 


Repercussão do triunfo no Limbo e noutras partes do mundo 

1123. Além do movimento geral produzido em Jerusalém, pela inspiração que o Senhor enviou aos corações a fim de que todos reconhecessem nosso Salvador, o triunfo se estendeu a todas, ou a muitas criaturas racionais. Assim se cumpria o que o Pai eterno havia prometido a seu Unigênito, como fica dito.

Quando Cristo, nosso Salvador, entrou em Jerusalém, o anjo São Miguel foi enviado para anunciar este mistério aos santos Pais e Profetas do Limbo, que, ao mesmo tempo, tiveram particular visão da entrada do Senhor e do mais que então aconteceu. Daquela prisão onde se encontravam, reconheceram e adoraram Cristo, nosso Mestre e Senhor, como verdadeiro Deus e Redentor do mundo. Fizeram-lhe novos cânticos de glória e louvor, pelo seu admirável triunfo sobre a morte, o pecado e o inferno.

O poder divino moveu o coração de outros muitos viventes em todo o mundo. Os que tinham fé ou notícia de Cristo, Senhor nosso, não só na Palestina e seus limites, como também no Egito e outros reinos, foram inspirados para, naquela hora, adorarem, em espírito, a seu e nosso Redentor. Assim o fizeram, com a especial consolação que lhes produziu a visita e influência da divina luz, embora não conhecessem expressamente, nem a causa nem a finalidade daquela inspiração. Não foi, porém, sem proveito para suas almas, pois seus efeitos as fizeram progredir muito na fé e na prática do bem. 

Para que o triunfo, que nessa ocasião, nosso Salvador obtinha sobre a morte, fosse mais glorioso, ordenou o Altíssimo que naquele dia, ela não atingisse nenhum dos mortais. Por isto, nesse dia não morreu ninguém no mundo, ainda que, naturalmente, deviam ter morrido muitos. Impediu-o o poder divino, para que em tudo fosse admirável a vitória de Cristo.


Triunfo sobre o inferno 

1124. A esta vitória sobre a morte, seguiu-se a vitória sobre o inferno, ainda mais gloriosa, embora oculta. No momento em que os homens começaram a aclamar Cristo, por Salvador e Rei que vinha em nome do Senhor, sentiram os demônios a força de sua destra. Todos quantos estavam pelo mundo, fora derrubados de seus lugares e precipitados ao fundo dos calabouços do inferno, e enquanto durou aquela recepção, não ficou nenhum demônio sobre a terra, mas todos caíram nos abismos com grande raiva e terror. 

Desde essa hora, suspeitaram com maior probabilidade, que o Messias já se encontrava no mundo, e logo conferiram entre si este receio, como direi no capítulo seguinte.

Prosseguiu o Salvador do mundo sua triunfal caminhada, até entrar em Jerusalém. Os santos anjos que o acompanhavam, cantaram-lhe novos hinos de louvores divinos, com admirável harmonia. Entrando na cidade, no meio da alegria geral, apeou do jumentinho e dirigiu seus formosos passos para o templo, onde, com espanto de todos, aconteceu o que referem os Evangelistas (Mt 21,12; Lc 19,45). Derrubou as mesas dos que vendiam e compravam no templo, zelando pela honra da casa de seu Pai. Expulsou dali os que a transformavam em casa de comércio e covil de ladrões. 

No momento, porém, em que cessou o triunfo, a destra do Senhor suspendeu a sua influência sobre os corações dos moradores de Jerusalém. Os justos ficaram melhores e muitos se justificaram; outros voltaram a seus vícios, maus hábitos e ações imperfeitas, porque não se aproveitaram da luz e inspirações divinas.

Em consequência, ainda que tantos haviam aclamado e reconhecido a Cristo, nosso Senhor, por Rei de Israel, não houve quem o hospedasse em sua casa (Mc 11, 11)


Maria, em visão, assiste ao triunfo de seu Filho 

1125. Ficou Jesus no templo ensinando e pregando até a tarde. Para testemunhar a veneração e culto que se devia àquele lugar santo e casa de oração, não consentiu que lhe trouxessem nem um copo d'água sequer. Sem este, nem outro qualquer refrigério, voltou à tarde para Betânia (Mt 21, 17 e 18), e nos dias seguintes até sua Paixão, vinha a Jerusalém.

A divina Mãe e Senhora Maria santíssima, esteve naquele dia retirada a sós em Betânia. Dali, por especial visão, assistiu tudo o que se passou no admirável triunfo de seu Filho e Mestre. Viu o que faziam os anjos no céu, os homens na terra e o que aconteceu aos demônios no inferno; que em todas estas maravilhas, o eterno Pai cumpria as promessas que fizera a seu Unigênito, dando-lhe o império e domínio sobre todos os seus inimigos. 

Viu também quanto fez nosso Salvador no templo e entendeu aquela voz do Pai que veio do céu e foi ouvida por todos os circunstantes, em resposta ao que dissera Cristo nosso Salvador (Jo 12, 28): Eu te glorifiquei, e tornarei a glorificar. Nestas palavras deu a entender que, além do triunfo e glória que o Pai dera ao Verbo naquele dia, e nos outros referidos, o glorificaria e exaltaria no futuro, depois de sua morte. Assim o entendeu e penetrou sua Mãe santíssima, com admirável gozo de seu puríssimo espírito.


DOUTRINA DA RAINHA E SENHORA MARIA SANTÍSSIMA.


A verdadeira e falsa glória

1126. Minha filha, escreveste um pouco do que entendeste, sobre os ocultos mistérios do triunfo de meu Filho santíssimo, no dia que entrou em Jerusalém.

Muito mais conhecerás no Senhor, porque na vida mortal é impossível aos viadores penetrá-los mais. Não obstante, do que manifestaste, podem tirar suficiente doutrina, para saberem quão elevados são os desígnios do Senhor e quão diferentes dos pensamentos dos homens (Is 55, 9). O Altíssimo vê o coração das criaturas (1Rs 16, 7), e seu íntimo, onde se encontra a beleza da filha do rei (SI 44, 14), enquanto os homens vêem o aparente e sensível. Por isto, aos olhos de sua sabedoria, os justos e escolhidos, quando se humilham, são estimados e elevados, ao passo que os soberbos, quando se enaltecem, são humilhados e detestados. Esta ciência, minha filha, por poucos é compreendida, pelo que os filhos das trevas não sabem apetecer e procurar outra honra e exaltação, além daquela que o mundo lhes dá. 

Os filhos da santa Igreja sabem e confessam que essa glória é vã, sem consistência e que não dura mais do que a flor e o feno, mas não vivem essa verdade. Como a consciência não lhes dá testemunho das virtudes e graça que não possuem, procuram o crédito dos homens, suas honras e aplausos, ainda que tudo seja falso e cheio de mentira. Só Deus é que, sem engano, honra e exalta quem merece. O mundo, ordinariamente, faz o contrário, dando suas honras a quem menos as merece, ou a quem, mais sagaz e ambicioso, as procura e solicita.


Fugir dos louvores

1127. Foge, minha filha, deste erro, não te afeiçoes ao gosto dos homens, nem aceites suas lisonjas e afagos. Dá a cada coisa o nome e estima que merece, pois nisto andam muito às cegas os filhos deste século. Nenhum dos mortais pôde merecer a honra e aplauso das criaturas quanto meu Filho santissimo. Apesar disso, Ele não deu importancia para a que lhe tributaram na entrada de Jerusalém, pois sua finalidade era de só manifestar poder divino, e assim tornar mais ignominiosa sua Paixão.

Quis ensinar aos homens, que ninguém deve aceitar as honras visíveis do mundo por si mesmas, se não puderem ser dirigidas ao fim mais elevado da glória e exaltação do Altíssimo. Sem isto, são vãs, inúteis, sem fruto nem proveito, porque nelas não se encontra a verdadeira felicidade das criaturas feitas para a eterna.

Como estás querendo saber a razão por que Eu não estive presente ao triunfo de meu Filho santissimo, vou satisfazer o teu desejo. Deves lembrar-te do que muitas vezes escreveste nesta história: no espelho puríssimo do interior de meu amado Filho eu gozava da visão de todos os seus atos. Por esta visão, eu conhecia sua vontade, quando e para que se ausentaria de mim. Prostrada a seus pés, suplicava-lhe, então, me declarasse o que eu deveria fazer para cumprir sua vontade e prazer. Algumas vezes, Ele me dizia expressamente, e noutras deixava à minha escolha, para eu fazer uso da divina luz e prudência que me dera. 

Isto fez na ocasião em que determinou entrar em Jerusalém triunfando de seus inimigos; deixou à minha escolha acompanhá-lo ou permanecer em Betânia. Pedi-lhe licença para não me achar presente naquele acontecimento e lhe supliquei me levasse depois, consigo, quando fosse sofrer e morrer. Julguei mais acertado e agradável a seus olhos, oferecer-me a padecer as ignomínias de suas dores e paixão, do que participar da honra visível que lhe davam os homens, e da qual eu receberia parte como sua Mãe.

Este aplauso, além de não me ser apetecível, eu compreendia que era ordenado para demonstração de sua divindade e poder infinito. Isto não se referia a Mim, e a honra que me tivessem dado então, não aumentaria a que lhe era devida como Salvador único do gênero humano. Para gozar a sós deste mistério e glorificar o Altíssimo em suas maravilhas tive, em meu retiro, a inteligência e visão de tudo o que escreveste.

Isto servirá para ti de ensinamento para me imitares: segue meus passos humildes, abstrai tua afeição de todas as coisas da terra, eleva-te às alturas e assim fugirás das honras humanas, e as desprezarás, conhecendo na luz divina, que são vaidades e aflição de espírito (Ecle 1, 17).

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DEFESA DAS APARIÇÕES DE JACAREI

DEFESA ÀS APARIÇÕES DE JACAREÍ


(FEITA POR UM PEREGRINO, AO CONTEMPLAR UM VÍDEO FALANDO MAL DAS MESMAS CITADAS ACIMA, E SOBRE A CARTINHA DO BISPO DA ÉPOCA, ALEGANDO QUE AS APARIÇÕES NÃO ERAM VERDADEIRAS)


NÃO SEI QUEM FEZ MAS PRA MIM ESSA PESSOA MERECIA UMA MEDALHA DE HONRA DE NOSSA SENHORA POR ESTA BELA DEFESA

"Quando você diz que devemos dar ouvidos ao que os padres dizem a respeito das aparições de Jacareí, corre em um ledo engano, pois, a “opinião pessoal” deles é que não pode ser elevado ao nível de “dogma de fé”. As cartas de Dom Nelson são muito citadas pelos que latem que estas Sagradas Aparições são falsas. Portanto, mister se faz alguns esclarecimentos. Há duas cartas oficiais onde este indigitado bispo trata da matéria “aparições”. Uma primeira, publicada em 1996, enquanto o mesmo ainda era bispo de São José dos Campos (diocese a qual pertence Jacareí). Nesta, não há menção alguma ao nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, muito menos, excomunhão, há somente algumas orientações pastorais. A segunda, publicada em 2007 e republicada em 2011, realmente traz explicitamente o nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, porém, nesta, a palavra “excomunhão” é sequer mencionada.

Ainda há um probleminha com esta segunda carta. O dito bispo (certamente pela providência de Nossa Senhora) foi transferido para a diocese de Santo André/SP em 2003, e, observem, a segunda carta publicada por ele ocorreu no ano de 2007, quando já havia deixado de ter jurisdição eclesiástica sobre a cidade de Jacareí. Portanto, o mesmo, ao editar esta carta, violou a jurisdição eclesiástica conferida a ele pela Igreja, e, ainda, violentou gravemente a autoridade de Dom Moacir, então, bispo da Diocese de São José dos Campos, que, se quisesse, poderia ter criado o maior caso com isso, pois Dom Nelson desrespeitou frontalmente e atropelou sua autoridade eclesiástica, uma verdadeira afronta. Então eu lhes pergunto, vocês ainda vão dar credibilidade a um documento irregular e eivado de vícios como esse?

Vale lembrar, que não é obrigatório seguir estas cartas circulares dos bispos. Não há heresia nem cisma nisso. Um católico somente pode ser acusado de cismático ou herege se atentar contra os Dogmas de Fé. Que eu saiba, carta circular de bispo não é Dogma de Fé. Como a primeira carta de Dom Nelson não condena as Aparições de Jacareí, e a segunda está irregular, pode-se dizer que não pesa condenação oficial e regular da Igreja sobre estas Santas Aparições. Além do mais, até o presente momento, Dom José Valmor, que atualmente tem jurisdição eclesiástica sobre Jacareí, não fez pronunciamento oficial sobre as mesmas. Documento oficial onde o Profeta Marcos foi excomungado, também é inexistente, portanto, qualquer informação que diga o contrário é fruto de pura “fofoca”.

Ressalto que em Jacareí, realmente, não damos tanta importância aos documentos do Vaticano. O que nós realmente valorizamos é a doutrina que nos foi transmitida pelos santos, como Santo Afonso, São Luiz, Santa Teresa, São João da Cruz, etc... Outro adendo que gostaria de acrescentar, diz respeito ao fato da obrigatoriedade ou não das Sagradas Mensagens Celestiais. A orientação predominante entre os teólogos católicos, de que não é obrigatório seguir as Aparições de Nossa Senhora, se funda em meras opiniões pessoais de alguns clérigos a respeito do assunto. Esta orientação não tem o caráter da infalibilidade papal e muito menos é um Dogma de Fé. Realmente, o catecismo atual traz algo nesse sentido, mas vale lembrar que o mesmo não recebeu o caráter da infalibilidade pelo Concílio Vaticano II. Bem ao contrário do Santo Catecismo do Concílio de Trento. Este sim, recebeu o caráter de infalível. Ocorre que nossa amada Igreja há muito se transviou de uma tradição bíblica milenar, através da qual o “Deus dos Exércitos” sempre manifestou sua vontade ao povo de Israel por meio de suas aparições aos profetas (mesmo fenômeno que ocorre com o, também, profeta Marcos Tadeu, pois os fenômenos miraculosos e de aparições que ocorrem naquele Santuário, são da mesma espécie dos verificados na Sagrada Bíblia).

Ora, nos tempos bíblicos não era através dos fariseus, saduceus, príncipes e doutores da lei (a Igreja oficial da época) que Deus dava as suas diretrizes ao povo eleito, mas sim, através dos profetas, em outras palavras, dos videntes. Nos primórdios do cristianismo, também ocorria assim, pois, a própria origem da nossa amada Igreja se funda nas “aparições” de Jesus aos apóstolos e discípulos. Então, por que esta tradição bíblica foi quebra? Será que é porque as aparições aos profetas cessaram? Errado, pois nos últimos 100 anos ocorreram mais de 1000 aparições de Nossa Senhora, dos santos e anjos, e até de Deus.
A pergunta correta é, por que o clero tenta abafar isso, pois grande parte, senão todas, destas aparições também foram acompanhadas de sinais miraculosos, como, curas inexplicáveis pela ciência, sinais na natureza, etc... Se Deus usava deste expediente nos tempos bíblicos, certamente deveria continuar a usá-lo nos tempos do catolicismo, pois uma grande verdade que a Teologia professa é que Deus é imutável. Não citarei as passagens bíblicas onde Deus manifesta sua vontade através dos videntes/profetas, pois se assim fizesse, teria que citar a Bíblia inteira, pois a própria formação e ensinamentos nela transmitidos se dão por este meio. Gostaria apenas de citar um pequeno exemplo de qual atitude deveremos tomar frente às Aparições de Jacareí, tomando por base a Bíblia. Saulo, quando se dirigia à cidade de Damasco e Jesus lhe “aparece” exclama: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9, 6). Naquela ocasião, Jesus disse a ele para procurar os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! O ordenou que entrasse na cidade de Damasco e ali lhe seria dito o que deveria fazer. Beleza. E quem Deus enviou para Saulo? Os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! Mas Ananias, um vidente. Como eu sei que Ananias era um vidente? As Sagradas Escrituras nos contam que foi uma aparição de Jesus que disse para ele ir procurar Saulo. É só conferir At 9, 10-16ss.

Outro exemplo foi Judas Iscariotes; este preferiu errar com a Igreja oficial da época (lembra né, fariseus e saduceus) que acertar sem ela. Bom... Errou mesmo! E segundo alguns santos místicos, como Maria de Ágreda, sua alma se encontra no inferno. Assim, a posição teológica defendida pela maioria dos teólogos atuais, de que as aparições não são obrigatórias, falando em termos de estudo teológico da atualidade, é perfeitamente passível de questionamento, e, inclusive, daria uma boa tese de doutoramento. É um posicionamento que pode ser mudado. Não é Dogma de Fé. Gostaria de finalizar este ponto dizendo o seguinte. Jesus tolerou para sempre aquela Igreja oficial da época (o judaísmo) que rejeitou o projeto que suas aparições aos Apóstolos (que também eram videntes) propunha? Claro que não!!! Por causa disso, Deus se retirou do meio daquela Igreja e passou a habitar no meio dos seus videntes, os apóstolos e discípulos, e, assim, surgiu a nossa amada Igreja Católica (Mt 21, 39-45).

Não é objetivo do Profeta Marcos Tadeu, nem de sua Ordem e muito menos de nós, a Milícia da Paz (formada por todos os fiéis seguidores daquele Santuário) provocar um cisma na Igreja. Nós apenas denunciamos os erros (prerrogativa esta, conferida aos leigos pelo próprio Concílio Vaticano II), lutamos para que a devoção a Nossa Senhora, aos santos e anjos seja colocada em seu devido lugar, e que as suas mensagens, e as dos demais santos, e até as de Deus, seja acolhida como nos tempos Bíblicos, pois acreditamos que se isto não for feito, irá se abater gigantescos cataclismos sobre a Terra, de uma tal magnitude que nunca houve, nem jamais haverá. Acreditamos que esta “palavra de Deus” transmitida nas aparições é o caminho e a única forma de salvar o mundo, e qualquer obra, ou pessoa, que ensine ou faça diferente do que elas dizem, é desprezada por nós. O motivo para isto é muito simples. Desde tempos remotos, as Aparições de Nossa Senhora (inclusive as não aprovadas pela Igreja) vêm dizendo o que aconteceria ao mundo se esta “palavra de Deus” não fosse obedecida. Resultado, tudo o que elas disseram, em um passado remoto, está se cumprindo na atualidade. Então, não há outra conclusão a se fazer, a não ser admitir que elas eram verdadeiras, e que o clero errou. Aliás, o histórico de erro do clero é algo realmente interessante. Basta citar a condenação que pesou durante 20 anos sobre as Santas Aparições de Jesus Misericordioso à Santa Faustina, e não foi por um “bispozinho” qualquer. Foi pelo próprio papa da época. Se não fosse a atuação do então Cardeal Karol Józef Wojtyła, futuro Papa João Paulo II, estas aparições estariam condenadas até os tempos atuais, e, certamente, você seria um grande opositor delas, não é? Infelizmente, como atualmente o número de Cardeais, e clérigos em geral, com este nível de espiritualidade é praticamente nulo... tadinha das aparições... snif. Praticamente nenhum deles entende de Teologia Mística, o estudo apropriado para se avaliar as aparições e estudá-las.

Além do mais, as aparições de La Salette, Lourdes e Fátima, para quem conhece mais a fundo sua história, verá que elas na verdade não foram aceitas pelo clero. Muito pelo contrário, este as combateu com todas as suas forças. Na realidade, o que ocorreu, é que os fiéis praticamente as fizeram descer goela abaixo na garganta do clero, de tal modo, que eles não tiveram outra opção a não ser aprová-las. E, mesmo nestas que foram aprovadas, o estrago que o clero fez é algo incomensurável. Não as divulgou como deveria; se o corpo incorrupto de Santa Bernadete estivesse no Santuário de Lourdes iria converter milhões de fiéis, no entanto está praticamente escondido no convento de Nevers; o corpo incorrupto de Santa Jacinta foi escondido dos fiéis; a esmagadora maioria dos vaticanistas da Itália é de acordo que, até hoje, o terceiro segredo de Fátima não foi revelado em sua integralidade; a consagração da Rússia não foi feita como Nossa Senhora pediu até os dias atuais, etc... E isso, só para citar os danos que me vem à mente neste momento.

No Santuário das Aparições de Jacareí, o Profeta Marcos está resgatando tudo aquilo que a Igreja e a sociedade tanto se esforçaram para extinguir, os escapulários, medalhas, mensagens, enfim, a salvação do mundo que Nossa Senhora nos revelou e ofereceu com tanto amor ao longo de suas aparições na história. Sem dúvida, lá está se cumprido a passagem da Escritura na qual se diz: “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas...” Mt 13,52 É uma nova aparição que resgata todas, até as mais antigas. Portanto, se ainda quiserem seguir a doutrina da cabeça deste cara de que não precisamos de aparições, o problema é de vocês. Aliás, se formos pensar bem, porquê Deus, Nossa Senhora os anjos e os santos apareceriam, né? Afinal de contas, nosso mundo está uma verdadeira maravilha, não é? Não temos problemas de droga, prostituição, corrupção, degradação moral, depressão, decadência da Igreja, violência, roubos, assassinatos, guerras, miséria..., todos os sacerdotes são verdadeiros Serafins de santidade, enfim, o Vaticano está dando conta do recado... Só não está apresentando um desempenho melhor devido a um “pequeno” probleminha de tráfico de influência entre os altos clérigos, desvio de verbas do banco do Vaticano, looby gay entre os padres, pedofilia generalizada, um papa progressista e comunista..., mas, afinal de contas, são probleminhas fáceis de serem solucionados, né? É... Em um mundo maravilhoso e em ótimo funcionamento como esse, realmente não entendo o motivo de tantas aparições..."