“Lembrai-vos”, a oração de São Bernardo que comove o coração de Maria
Lembrai-vos, ó Piíssima Virgem Maria,
de que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tivessem recorrido à vossa proteção, implorado o vosso socorro e reclamado o vosso auxílio fosse por Vós algum desamparado. Animado pois, eu, com igual confiança, a Vós venho, Virgem entre todas singular, de Vós me valho, como à minha Mãe recorro, e gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia, e de me alcançar o que vos rogo. Amém.
TERÇO DA IMACULADA CONCEIÇÃO
Livro - Glórias de Maria
V. - DA VISITAÇÃO DE MARIA
PONTO SEGUNDO - Quem procura a graça, a encontrará certamente nas mãos de Maria.
1. MARIA NOS ENRIQUECE DE GRAÇAS
Trecho [do livro de Santo Afonso de Ligório]:
"São Bernardo nos diz; que Maria foi dada ao mundo como um canal de Misericórdia, para que através dele descessem continuamente as graças do Céu aos homens.
Continua o mesmo Santo discorrendo por que motivo S. Gabriel, tendo achado a Divina Mãe já cheia de graça, como a havia saudado, lhe diz depois que nela devia sobrevir o Espírito Santo, para enchê-la de graça. Se Maria estava já cheia de graça, que mais podia trazer-lhe a vinda do Espírito Santo? E responde em seguida: Maria, é verdade, já era cheia de graça, porém o Espírito Santo ainda mais a inundou e cumulou de graças, para bem nosso, a fim de que da sua superabundância fôssemos providos, nós miseráveis. E, por essa razão foi Maria chamada lua, na qual se diz que é cheia para si e para os outros.
Aquele que Me achar, achará a vida e haurirá do Senhor a salvação (PR 8,35). Bem-aventurado aquele que Me acha, recorrendo a mim, diz Nossa Mãe."
Oração de São Bernardo a Nossa Senhora:
Ó Doce Virgem Maria, minha augusta Soberana!
Uma prece para confiar tudo às mãos de Maria, com a mais profunda confiança e paz de coração!
Ó doce Virgem Maria, minha augusta Soberana!
Minha amável Senhora!
Minha boníssima e amorosíssima Mãe!
Doce Virgem Maria, coloquei em Vós toda a minha esperança e não serei em nada confundido.
Doce Virgem Maria, creio tão firmemente que do alto do Céu Vós velais dia e noite por mim e por todos os que esperam em Vós, e estou tão intimamente convencido de que jamais faltará coisa alguma quando se espera tudo de Vós, que resolvi viver para o futuro sem nenhuma apreensão e descarregar inteiramente em Vós todas as minhas inquietações.
Doce Virgem Maria, Vós me estabelecestes na mais inabalável confiança. Mil vezes Vos agradeço por tão precioso favor!
Doravante habitarei em paz em vosso coração tão puro; não pensarei senão em Vos amar e Vos obedecer, enquanto Vós mesma, ó Mãe bondosa, gerireis os meus interesses mais queridos.
Doce Virgem Maria! Como, entre os filhos dos homens, uns esperam a felicidade da sua riqueza, outros a procuram nos talentos!
Outros se apóiam sobre a inocência de sua vida, ou sobre o rigor de sua penitência, ou sobre o fervor de suas preces, ou no grande número de suas boas obras.
Quanto a mim, minha Mãe, esperarei em Vós somente, depois de Deus;
e todo fundamento de minha esperança será sempre a minha confiança em vossas maternais bondades.
Doce Virgem Maria, os maus poderão roubar-me a reputação e o pouco de bem que possuo;
as doenças poderão tirar-me as forças e a faculdade exterior de Vos servir;
poderei eu mesmo — ai de mim, minha terna Mãe! — perder vossas boas graças pelo pecado;
mas a minha amorosa confiança em vossa maternal bondade, jamais — oh, não! — jamais a perderei!
Conservarei esta inabalável confiança até meu último suspiro.
Todos os esforços do inferno não a arrebatarão de mim.
Morrerei repetindo mil vezes o vosso nome bendito, fazendo repousar em vosso Coração toda a minha esperança.
E por que estou tão firmemente seguro de esperar sempre em Vós?
Não é senão porque Vós mesma me ensinastes, dulcíssima Virgem, que sois toda misericórdia e somente misericórdia.
Estou, pois, seguro, ó boníssima e amorosíssima Mãe!
Estou certo de que Vos invocarei sempre, porque Vós sempre me consolareis;
de que Vos agradecerei sempre, porque sempre me confortareis;
de que Vos servirei sempre, porque sempre me ajudareis;
de que Vos amarei sempre, porque sempre me amareis;
de que obterei sempre tudo de Vós, porque o vosso liberal amor sempre ultrapassará a minha esperança.
Sim, é de Vós somente, ó doce Virgem Maria, que, apesar de minhas faltas, espero e aguardo o único bem que desejo: a união a Jesus no tempo e na eternidade.
É de Vós somente, porque sois Vós aquela a quem meu Divino Salvador escolheu para me dispensar todos os Seus favores, para me conduzir a Ele com segurança.
Sim, sois Vós, minha Mãe, que, após me terdes ensinado a compartilhar as humilhações e sofrimentos de vosso Divino Filho, me introduzireis em Sua glória e em Suas delícias, para O louvar e bendizer, junto a Vós e convosco, pelos séculos dos séculos.
Assim seja.
São Bernardo de Claraval
DIA DE SÃO BERNARDO DE CLARAVAL
São Bernardo nasceu em 1090, no Castelo de Fontaine, região de Borgonha, França. Filho de um nobre chamado Tescelin Sorrel, o Vermelho e de Aleth de Monthbard, mulher virtuosa venerada como bem aventurada. Teve sete irmãos dentre os quais era o terceiro. Bernardo sempre se destacou pela inteligência e pela beleza física. Aos 9 anos foi para a escola canônica, e destacou-se principalmente na literatura.
A vocação de São Bernardo
Em 1112, aos 22 anos, Bernardo entra na Abadia de Cister, também em Borgonha. Esta abadia era um mosteiro cisterciense fundado por São Roberto de Molesme.
Foi então que Bernardo convenceu mais de trinta homens, irmãos, tios e vários amigos a entrarem para a ordem, causando enorme surpresa e alegria para a Abadia e para Santo Estevão Harding, abade sucessor do fundador São Roberto.
São Bernardo de Claraval
Bernardo era homem de estudo e oração, praticando com austeridade a regra do mosteiro, a mesma escrita por São Bento. Bernardo dedicava-se à oração e ao ensino da catequese. Tinha grande dom de oratória e convertia muitos com quem conversava, tanto que levou o para o mosteiro o irmão mais novo e seu pai.
Após dois anos em Cister, Bernardo foi enviado para o vale de Langres em 1115, com a missão de fundar a Abadia de Claraval, (vale claro), tornando o seu primeiro Abade, com apenas 25 anos. Em pouco tempo a Abadia ficou conhecida em toda a França e posteriormente por toda a Europa como um lugar onde se vivia a oração, o trabalho, a humildade, a caridade e a cultura profunda.
Bernardo e os monges de Claraval viviam com amor e integridade os votos de pobreza, castidade e obediência. Certa vez teve uma visão: um menino envolto numa luz divina disse a ele: fala aos outros sempre, pois serás inspirado pelo Espírito Santo e receberás a graça especial de compreender as fraquezas das pessoas e ajudá-las. Assim, Bernardo conseguiu muitas vocações para Claraval. O Mosteiro chegou a ter 700 monges, inclusive Henrique de França, irmão do Rei Luís Vll, que mais tarde foi bispo e arcebispo de Reims.
As obras de São Bernardo
Com o passar dos anos, São Bernardo fundou 72 casas da ordem dos Cistercienses na França e em vários países da Europa. Participou ativamente do Concílio de Latrão, como secretário. Participou também do Concílio de Troyes, onde exerceu grande influência, e do Concílio de Reims, sempre a pedido do Papa, para tratar de todos os assuntos da Igreja.
A convite do Papa, pregou a segunda cruzada. Era conhecido como o Pai dos fiéis, a Coluna da Igreja, o Apoio da Santa Sé, o Anjo Tutelar do Povo de Deus.
Sua devoção para com a Virgem Maria era incomparável. Quando estava na Alemanha, na catedral de Spira, ajoelhou-se por 3 vezes dizendo: Ó Clemente; Ó Piedosa; Ó Doce Virgem Maria!, invocações que foram acrescentadas ao final da oração Salve Rainha.
Por causa de sua fama de santidade e sabedoria reconhecida, São Bernardo torna-se uma personalidade importante e respeitada em toda a Europa. Tanto que ele intervém em assuntos públicos, defende os direitos da Igreja contra abusos de Reis e é chamado para aconselhar Papas e Reis.
Os Milagres de São Bernardo
Bernardo reformou a Ordem Cisterciense e levou-a a ser o que é até hoje, quase mil anos depois. Ele mesmo fundou muitos mosteiros na Europa: 35 na França, 14 na Espanha, 10 na Inglaterra e Irlanda, 6 em Flandres, 4 na Itália, 4 na Dinamarca, 2 na Suécia e 1 na Hungria, além de muitos outros que se filiaram à Ordem. Sua Ordem chegou aos cinco continentes.
No Brasil, no Estado de Minas Gerais, existe uma cidade chamada Claraval, que nasceu ao redor de um grande mosteiro da ordem dos Cistercienses.
Durante o concílio de Troyes, Bernardo conseguiu o reconhecimento para a Ordem do Templo, os Templários, cujos estatutos ele mesmo escreveu. Além disso, São Bernardo escreveu grandes obras, tratados de teologia, obras defendendo a Fé Católica e a Igreja contra heresias, além de inúmeros tratados sobre Nossa Senhora.
O falecimento
Quando estava para morrer e os monges rezando para que Deus não deixasse, ele disse:
Porque desejais reter aqui um homem tão miserável? Usai da misericórdia para comigo e deixai-me ir para Deus. Assim, São Bernardo faleceu no dia 20 de agosto de 1153, aos 63 anos de idade.
Devoção a São Bernardo
São Bernardo foi canonizado em 18 de junho de 1174, pelo Papa Alexandre lll e declarado Doutor da Igreja pelo Papa Pio Vlll, em 1830, por causa de suas pregações e obras escritas.
A Festa de São Bernardo é comemorada em 20 de agosto.
DIA DE SÃO BERNARDO DE CLARAVAL
São Bernardo nasceu em 1090, no Castelo de Fontaine, região de Borgonha, França. Filho de um nobre chamado Tescelin Sorrel, o Vermelho e de Aleth de Monthbard, mulher virtuosa venerada como bem aventurada. Teve sete irmãos dentre os quais era o terceiro. Bernardo sempre se destacou pela inteligência e pela beleza física. Aos 9 anos foi para a escola canônica, e destacou-se principalmente na literatura.
A vocação de São Bernardo
Em 1112, aos 22 anos, Bernardo entra na Abadia de Cister, também em Borgonha. Esta abadia era um mosteiro cisterciense fundado por São Roberto de Molesme.
Foi então que Bernardo convenceu mais de trinta homens, irmãos, tios e vários amigos a entrarem para a ordem, causando enorme surpresa e alegria para a Abadia e para Santo Estevão Harding, abade sucessor do fundador São Roberto.
São Bernardo de Claraval
Bernardo era homem de estudo e oração, praticando com austeridade a regra do mosteiro, a mesma escrita por São Bento. Bernardo dedicava-se à oração e ao ensino da catequese. Tinha grande dom de oratória e convertia muitos com quem conversava, tanto que levou o para o mosteiro o irmão mais novo e seu pai.
Após dois anos em Cister, Bernardo foi enviado para o vale de Langres em 1115, com a missão de fundar a Abadia de Claraval, (vale claro), tornando o seu primeiro Abade, com apenas 25 anos. Em pouco tempo a Abadia ficou conhecida em toda a França e posteriormente por toda a Europa como um lugar onde se vivia a oração, o trabalho, a humildade, a caridade e a cultura profunda.
Bernardo e os monges de Claraval viviam com amor e integridade os votos de pobreza, castidade e obediência. Certa vez teve uma visão: um menino envolto numa luz divina disse a ele: fala aos outros sempre, pois serás inspirado pelo Espírito Santo e receberás a graça especial de compreender as fraquezas das pessoas e ajudá-las. Assim, Bernardo conseguiu muitas vocações para Claraval. O Mosteiro chegou a ter 700 monges, inclusive Henrique de França, irmão do Rei Luís Vll, que mais tarde foi bispo e arcebispo de Reims.
As obras de São Bernardo
Com o passar dos anos, São Bernardo fundou 72 casas da ordem dos Cistercienses na França e em vários países da Europa. Participou ativamente do Concílio de Latrão, como secretário. Participou também do Concílio de Troyes, onde exerceu grande influência, e do Concílio de Reims, sempre a pedido do Papa, para tratar de todos os assuntos da Igreja.
A convite do Papa, pregou a segunda cruzada. Era conhecido como o Pai dos fiéis, a Coluna da Igreja, o Apoio da Santa Sé, o Anjo Tutelar do Povo de Deus.
Sua devoção para com a Virgem Maria era incomparável. Quando estava na Alemanha, na catedral de Spira, ajoelhou-se por 3 vezes dizendo: Ó Clemente; Ó Piedosa; Ó Doce Virgem Maria!, invocações que foram acrescentadas ao final da oração Salve Rainha.
Por causa de sua fama de santidade e sabedoria reconhecida, São Bernardo torna-se uma personalidade importante e respeitada em toda a Europa. Tanto que ele intervém em assuntos públicos, defende os direitos da Igreja contra abusos de Reis e é chamado para aconselhar Papas e Reis.
Os Milagres de São Bernardo
Bernardo reformou a Ordem Cisterciense e levou-a a ser o que é até hoje, quase mil anos depois. Ele mesmo fundou muitos mosteiros na Europa: 35 na França, 14 na Espanha, 10 na Inglaterra e Irlanda, 6 em Flandres, 4 na Itália, 4 na Dinamarca, 2 na Suécia e 1 na Hungria, além de muitos outros que se filiaram à Ordem. Sua Ordem chegou aos cinco continentes.
No Brasil, no Estado de Minas Gerais, existe uma cidade chamada Claraval, que nasceu ao redor de um grande mosteiro da ordem dos Cistercienses.
Durante o concílio de Troyes, Bernardo conseguiu o reconhecimento para a Ordem do Templo, os Templários, cujos estatutos ele mesmo escreveu. Além disso, São Bernardo escreveu grandes obras, tratados de teologia, obras defendendo a Fé Católica e a Igreja contra heresias, além de inúmeros tratados sobre Nossa Senhora.
O falecimento
Quando estava para morrer e os monges rezando para que Deus não deixasse, ele disse:
Porque desejais reter aqui um homem tão miserável? Usai da misericórdia para comigo e deixai-me ir para Deus. Assim, São Bernardo faleceu no dia 20 de agosto de 1153, aos 63 anos de idade.
Devoção a São Bernardo
São Bernardo foi canonizado em 18 de junho de 1174, pelo Papa Alexandre lll e declarado Doutor da Igreja pelo Papa Pio Vlll, em 1830, por causa de suas pregações e obras escritas.
A Festa de São Bernardo é comemorada em 20 de agosto.
São Bernardo de Claraval
1090-1153
Bernardo nasceu na última década do século XI, no ano 1090, em Dijon, França. Era o terceiro dos sete filhos do cavaleiro Tecelim e de sua esposa Alícia. A sua família era cristã, rica, poderosa e nobre. Desde tenra idade, demonstrou uma inteligência aguçada. Tímido, tornou-se um jovem de boa aparência, educado, culto, piedoso e de caráter reto e piedoso. Mas chamava a atenção pela sabedoria, prudência, poder de persuasão e profunda modéstia.
Quando sua mãe morreu, seus irmãos quiseram seguir a carreira militar, enquanto ele preferiu a vida religiosa, ouvindo o chamado de Deus. Na ocasião, todos os familiares foram contra, principalmente seu pai. Porém, com uma determinação poucas vezes vista, além de convencê-los, trouxe consigo: o pai, os irmãos, primos e vários amigos. Ao todo, trinta pessoas seguiram seus passos, sua confiança na fé em Cristo, e ingressaram no Mosteiro da Ordem de Cister, recém-fundada.
A contribuição de Bernardo dentro da ordem foi de tão grande magnitude que ele passou a ser considerado o seu segundo fundador. No seu ingresso, em 1113, eram apenas vinte membros e um mosteiro. Dois anos depois, foi enviado para fundar outro na cidade de Claraval, do qual foi eleito abade, ficando na direção durante trinta e oito anos. Foi um período de abundante florescimento da Ordem, que passou a contar com cento e sessenta e cinco mosteiros. Bernardo sozinho fundou sessenta e oito e, em suas mãos, mais de setecentos religiosos professaram os votos.
Bernardo viveu uma época muito conturbada na Igreja. Muitas vezes teve de deixar a reclusão contemplativa do mosteiro para envolver-se em questões que agitavam a sociedade. Foi pregador, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de papas, reis, bispos e também polemista político e tenaz pacificador. Nada conseguia abater ou afetar sua fé, imprimindo sua marca na história da espiritualidade católica romana.
Ao lado dessas atividades, nesse mesmo período teve uma atividade literária muito expressiva, em quantidade de obras e qualidade de conteúdo.
Tornou-se o maior escritor do seu tempo, apesar de sua saúde sempre estar comprometida. Isso porque Bernardo era um religioso de vida muito austera, dormia pouco, jejuava com freqüência e impunha-se severa penitência.
Tornou-se o maior escritor do seu tempo, apesar de sua saúde sempre estar comprometida. Isso porque Bernardo era um religioso de vida muito austera, dormia pouco, jejuava com freqüência e impunha-se severa penitência.
Em 1153, participando de uma missão em Lorena, adoeceu. Percebendo a gravidade do seu estado, pediu para ser conduzido para o seu Mosteiro de Claraval, onde pouco tempo depois morreu, no dia 20 de agosto do mesmo ano. Foi sepultado na igreja do mosteiro, mas teve suas relíquias dispersadas durante a Revolução Francesa. Depois, sua cabeça foi entregue para ser guardada na catedral de Troyes, França.
São Bernardo de Claraval, canonizado em 1174, recebeu, com toda honra e justiça, o título de doutor da Igreja em 1830.
LOUVORES A MARIA
“Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Que ela não se afaste dos teus lábios, não se afaste do teu coração”.
“Tudo o que temos de benefícios de Deus, nós o recebemos pela intercessão de Maria. E por que é assim? Porque Deus assim o quer”.
“Quem somos nós, e qual a nossa força para resistirmos a tantas tentações? Certamente era isso que Deus queria: que nós, vendo a nossa insuficiência e a falta de auxílio, recorrêssemos com toda a humildade à sua misericórdia”.
“Maria recebeu de Deus uma dupla plenitude de graça. A primeira foi o Verbo eterno feito homem nas suas puríssimas entranhas. A segunda é a plenitude das graças que, por intermédio desta divina Mãe, recebemos de Deus”.
“O avarento está sempre faminto como um mendigo, nunca chega a ficar satisfeito com os bens que deseja. O pobre, como senhor de tudo, despreza-os, pois não deseja nada”.
“A oração controla os nossos afectos e dirige as nossas acções para Deus”
“Não consideres tanto o que sofres, mas o que Jesus sofreu por ti”.
“O que é Deus? Ele é ao mesmo tempo comprimento, largura, altura e profundidade… Esse comprimento, o que é ele? A eternidade, pois ela é tão longa que não tem limites seja quanto ao lugar, seja quanto ao tempo. É Deus também largura? E essa largura, o que é ela senão a caridade que se estende até ao infinito? Deus é altura e profundidade; e por essa altura deveis entender o seu poder; e por profundeza, a sua sabedoria. Ó sabedoria cheia de poder que chega a todos os recantos com força. Ó poder cheio de sabedoria que tudo dispõe com doçura”
“Os clérigos que estudam por puro amor da ciência: é uma curiosidade ignominiosa; outros o fazem para alardear um renome de sábios: é uma vaidade vergonhosa… outros ainda estudam e vendem o seu saber em troca de dinheiro e honras: é um tráfico vergonhoso. Mas há também os que estudam para edificar o seu próximo: é uma obra de caridade; outros, finalmente, para edificar a si mesmos: é uma atitude de prudência…”
“Se a pobreza não fosse um grande bem, Jesus Cristo não teria escolhido para si, nem a teria deixado em herança para os seus preferidos”.
“Fica sabendo, ó cristão, que mais se merece em participar devotamente de uma só Missa do que com distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar por toda a terra”
“Amo porque amo, amo para amar. Grande coisa é o amor, contanto que vá ao seu princípio, volte à sua origem, mergulhe na sua fonte, sempre beba donde corre sem cessar”.
“Deus é sabedoria e quer ser amado não só suave mas também sapientemente… Aliás com muita facilidade o espírito do erro escarnecerá do teu zelo, se desprezares a ciência; nem o astuto inimigo tem instrumento mais eficaz para arrancar do coração o amor, do que conseguir que no mesmo amor se ande incautamente, e não com a razão”
“O servo de Maria não pode perecer”.
“Maria é a omnipotência suplicante”.
“Quem não medita não julga com severidade a si mesmo, porque não se conhece”
“Há o espírito de sabedoria e de inteligência que, à maneira da abelha que produz cera e mel, tem com que acender a luz da ciência e infundir o sabor da graça. Não espere, portanto, receber o beijo, nem o que compreende a verdade, mas não a ama; nem o que a ama, mas não a compreende”
“Quando Deus ama não quer outra coisa senão ser amado, já que ama para ser amado; porque bem sabe que serão felizes pelo amor aqueles que O amarem”.
“Ó Virgem cheia de bondade, o pobre Adão, expulso do paraíso com a sua mísera descendência, implora a tua resposta; Abraão a implora, Davi a implora. Os outros patriarcas, teus antepassados, que também habitam a região da sombra da morte, suplicam esta resposta. O mundo inteiro a espera, prostrado aos teus pés”.
“A Eucaristia é o amor que supera todos os outros amores no céu e na terra”
“Deus depositou em Maria a plenitude de todo o bem”.
“Onde há amor, não há canseira, mas gosto”.
“São fortes as potências do inferno, entretanto, a oração é mais forte do que todos os demónios”.
“Possuireis todas as coisas sobre as quais se estender a vossa confiança. Se esperais muito de Deus, Ele fará muito por vós. Se esperais pouco, Ele fará pouco”.
“O amor do Esposo, ou melhor, o Esposo-Amor, somente procura a resposta do amor e a fidelidade. Seja permitido à amada corresponder ao amor! Por que a esposa e esposa do Amor não deveria amar? Por que não seria amado o Amor?”
“A causa para amar a Deus é o próprio Deus; a medida, é amá-lo sem medida”.
“Oh! amor santo e casto! Oh! doce e suave afecto!… Tanto mais doce e suave, porque é todo divino o sentimento que se prova. Experimentá-lo é divinizar-se”.
“É melhor para mim, Senhor, abraçar-te na tribulação e estar contigo na fornalha, do que estar sem ti até mesmo no Céu”.
“Que faria a ciência sem o amor? Envaideceria. Que faria o amor sem a ciência? Erraria”.
“Por vós, Maria, temos acesso ao Filho, por vós que achaste a graça, Mãe da Salvação, para que por vós nos receba Aquele que por vós nos foi dado”.
“Da cruz e das chagas do nosso Redentor sai um grito para nos fazer entender o amor que Ele nos tem”.
“Busquemos a graça, mas busquemos por intermédio de Maria! Por ela acha-se o que se busca e não se pode ser desatendido”.
“Todo o nosso mérito consiste em confiarmos plenamente em Deus”.
“A nossa esperança não pode ser incerta, pois que ela se apóia nas promessas divinas”.
“Com a oração a alma consegue o auxílio divino, diante do qual desaparece todo o poder das criaturas”.
“Existe indubitavelmente uma espantosa analogia entre o azeite e o nome do Amado, pelo que a comparação apresentada pelo Espirito Santo não é arbitrária. A não ser que possais sugerir algo de melhor, afirmarei que o nome de Jesus possui semelhança com o azeite na tripla utilidade deste último, nomeadamente, para iluminar, na alimentação e como lenitivo. Mantém a chama, alimenta o corpo, alivia a dor. É luz, alimento e medicina. Observai como as mesmas propriedades podem ser encontradas no nome do noivo divino. Quando pronunciado fornece luz; quando meditado, alimenta; quando invocado, serena e abranda”.
“Deus quis que não recebêssemos nada que não passe pelas mãos de Maria”
“A vista ofuscada pela raiva não vê bem”.
“Quando estou dividido em mim mesmo é porque não estou unido a Deus”.
“Quando se vê uma pessoa perturbada, a causa da perturbação não é outra coisa senão a incapacidade de satisfazer a própria vontade”.
“Não é a pobreza que é considerada virtude, mas o amor à pobreza”.
“Ninguém tenha em pouca conta a oração, porquanto Deus não a tem em pouca conta; pois Ele ou dá o que pedimos, ou dá o que deve ser-nos mais útil”.
“Tal é a vontade de Deus, que quis que tenhamos tudo por Maria”.
“Toda a alma que ama a Deus, torna-se sua esposa”.
“A humilhação leva-nos à humildade, assim como a paciência à paz e o estudo à ciência. Quereis experimentar se a vossa humildade é verdadeira, até onde vai, se adianta ou recua? As humilhações vos fornecerão o meio”.
“Quando a caridade vem e é perfeita, realiza a união espiritual, e serão dois (Deus e alma) não numa só carne mas num só espírito, tal como diz o apóstolo: ‘Quem nos aproximamos de Deus tornamo-nos um só espírito com Ele’ (I Cor 6,17). Se ama perfeitamente, a alma está desposada com Deus. Amor mútuo, íntimo, válido, que não vive numa só carne, mas que une num só espírito, e de dois faz um só”.
“Poderíamos definir a humildade assim: ‘É uma virtude que estimula o homem a menosprezar-se diante da clara verdade do seu próprio conhecimento'”.
“Tu encontrarás mais coisas nas florestas do que nos livros; as árvores e as pedras ensinar-te-ão mais do que qualquer mestre te poderá dizer”.
“Amemos e seremos amados. Naqueles que amamos encontraremos repouso, e o mesmo repouso ofereceremos a todos os que amamos. Amar em Deus é ter caridade; procurar ser amado por Deus é servir à caridade”.
“Só nos casos de confiança o Senhor deita o azeite da sua misericórdia”.
“Quereis um advogado junto a Jesus? Recorrei a Maria, pois nela não há senão pura compaixão pelos males alheios. Pura não só porque ela é imaculada, mas porque nela só existe compaixão pura e simples. Digo-o sem hesitar: Maria será ouvida devido à consideração que lhe é devida. O Filho ouvirá a Mãe, e o Pai, seu Filho. Eis, pois, a escada dos pecadores, minha absoluta confiança; eis todo o fundamento da minha esperança”.
“‘Senhor, que queres que eu faça?’ (pergunta Paulo). É esta certamente a forma de uma perfeita conversão. Quão poucos se ajustam a esta forma de perfeita obediência que, de tal modo tenham abdicado dà vontade-própria que nem sequer mais tenham o seu próprio coração e a toda a hora se perguntem, não o que eles querem, mas o que o Senhor quer”.
“Que união feliz! Que união feliz, se já a experimentaste! Bem a conhecia, por experiência, o Salmista ao exclamar: ‘ A minha felicidade, ó Deus, é estar junto de Ti’ (Sl 72,28). Sim, é muito bom se te unes a Deus com todo o teu ser. E quem então adere tão perfeitamente a Deus? Aquele que, habitando em Deus, sendo amado por Deus, atrai Deus a si com um amor recíproco”.
“O amor não busca outro motivo e nenhum fruto fora de si; ele é o seu próprio fruto, o seu próprio deleite”.
“Ser deificado é tornar-se caridade porque Deus é caridade; por isso todos os esforços da alma devem ter como alvo a caridade. A caridade dá a visão de Deus e a semelhança a Deus”.
“Recorre a Maria! Sem a menor dúvida eu digo, certamente o Filho atenderá a sua Mãe”.
“Para chegarmos à perfeição temos necessidade da meditação e da petição; pela meditação vemos o que nos falta; pela súplica recebemos o que nos é necessário”.
“Quem recorreu à Vossa proteção e foi por Vós desamparado, ó Maria?”
“Desapareça a vontade própria e não haverá inferno”.
“Se os homens fizessem guerra à vontade própria, ninguém se condenaria”.
“Não há música mais suave, palavra mais jubilosa, pensamento mais doce que Jesus, Filho de Deus!”.
“Não se poderiam encontrar palavras mais suaves para exprimir as doces e recíprocas relações que se dão entre Deus e a alma unida ao seu corpo ressuscitado, que as de esposo e esposa. Como estes possuem tudo em comum, nada de particular, nada de dividido, ambos têm uma herança, uma casa, uma mesa, um quarto conjugal, um mesmo corpo”
Enquanto Maria vos sustenta, não caís; enquanto vos protege, não temeis; enquanto vos conduz, não vos fatigais; e sendo-vos propícia, chegareis ao porto da salvação.