São Simão Stock
1165-1265
MANIFESTAÇÃO DE NOSSA SENHORA A SÃO SIMÃO STOCK
Historicamente documentadas são as seguintes datas da Ordem de Nossa Senhora do Carmelo.
Foi no século XII que o calabrez Bertoldo, com alguns companheiros, se estabeleceu no Monte Carmelo.
Não se sabe se encontraram lá a Congregação dos Servos de Maria ou se fundaram uma deste nome; certo é que receberam em 1209 uma regra rigorosíssima, aprovada pelo Patriarca de Jerusalém – Alberto.
Pelas cruzadas esta Congregação tornou-se conhecida também na Europa.
Dois nobres fidalgos da Inglaterra convidaram alguns religiosos do Carmelo, para acompanhá-los e fundar conventos na Inglaterra, o que fizeram.
Pela mesma época vivia no condado de Kent um eremita que, havia vinte anos, habitava na solidão, tendo por residência o tronco oco de uma árvore.
O nome desse eremita era Simão Stock. Atraído pela vida mortificada dos carmelitas recém-chegados, como também pela devoção Mariana que aquela Ordem cultivava, pediu admissão como noviço na Ordem de Nossa Senhora do Carmo.
Em 1225, Simão Stock foi eleito coadjutor Geral da Ordem, já então bastante conhecida e espalhada.
A Ordem começou a sofrer muita oposição, e Simão Stock fez uma viagem para Roma.
Honório III, avisado em misteriosa visão que teve de Nossa Senhora, não só recebeu com toda deferência os religiosos carmelitas, mas aprovou novamente a regra da Ordem.
Simão Stock visitou depois os Irmãos da ordem no Monte Carmelo, e demorou-se com eles seis anos.
Um capítulo geral da Ordem, realizado em 1237, determinou a transferência para a Europa de quase todos os religiosos, os quais, para se verem livres das vexações dos Sarracenos, procuraram a Inglaterra, onde a Ordem possuía já 40 conventos.
No ano de 1245, foi Simão Stock eleito Superior Geral da Ordem e a regra teve aprovação do Papa Inocêncio IV.
A Ordem de Nossa Senhora do Carmo, colocada sob a proteção da Santa Sé, começou a ter, então, uma aceitação extraordinária no mundo católico.
Para isto concorreu poderosamente a Irmandade do Escapulário, que deve a fundação a Simão Stock.
Homem de grandes virtudes, privilegiado por Deus com os dons da profecia e dos milagres, empregou Simão Stock toda energia para propagar, na Ordem e no mundo inteiro, o culto mariano.
Sendo devotíssimo a Maria Santíssima, desejava obter da Rainha celestial um penhor visível de sua benevolência e maternal proteção.
Foi aos 16 de julho de 1251 que, estando em oração fervorosa, a renovar o pedido, Nossa Senhora se dignou aparecer-lhe. Rodeada de espíritos celestes, veio trazer-lhe um escapulário.
“Meu dileto filho – disse-lhe a Rainha do céu – eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno".
Estando-lhe assim satisfeita a maior aspiração, Simão Stock tratou então de divulgar a irmandade do escapulário e convidar o mundo católico a participar dos grandes privilégios anexos.
Extraordinária foi a afluência a tão útil instituição.
Entre os devotos do escapulário de Nossa Senhora do Carmo, vêem-se Papas, Cardeais e Bispos.
Numerosos tem sido os príncipes que pediram ser inscritos na irmandade, como Eduardo III da Inglaterra, os imperadores da Alemanha, Fernando I e II e reis da Espanha, de Portugal e da França, além de muitas rainhas e princesas de diversas nações.
O Escapulário teve uma aceitação favorável e universal entre o povo católico.
Neste sentido, só é comparável ao Rosário. Como este, também teve adversários; como o Rosário, também o escapulário tem sido agredido com todas as armas da impiedade, da malícia, do escárnio e do ódio.
Mas também, como o Rosário tem experimentado o efeito poderosíssimo da proteção da Mãe de Deus; só assim é explicável o fato de ter o escapulário passado incólume através de 750 anos e, hoje em dia, mais do que nunca, gozar da predileção do povo cristão.
Se bem que a visão que São Simão Stock afirma ter tido de Nossa Senhora, não possuía o valor da autoridade de artigo de fé, tão averiguada se apresenta, que desfaz qualquer dúvida que a respeito possa subsistir.
É Relatada com todas as minúcias pelo confessor do Santo, padre Swainton.
Aprovada por muitos Papas, a irmandade do escapulário foi grandemente elogiada por Benedito XIV; mais de cem escritores dos séculos 13, 14 e 15, dos quais alguns não pertenciam à Ordem Carmelitana, se referem à visão de Simão Stock como a um fato que não admite dúvida.
As universidades mais célebres, as de Paris e Salamanca, declaram-se igualmente a favor.
Dois decretos da Cúria Pontifícia, exarados pelos cardeais Belarmino e de Torres, declararam autêntica e verídica a biografia de São Simão Stock, que contém a narração da maravilhosa visão.
PRIVILÉGIOS CONCEDIDOS PELA VIRGEM MÃE A QUEM USAR O ESCAPULÁRIO
Dois são os privilégios da irmandade do escapulário, privilégios deveras extraordinários, que mereceram à instituição tão grande simpatia por parte do povo cristão.
O primeiro desses privilégios Maria Santíssima frisou-o bem, quando, no ato da entrega do escapulário disse ao seu servo São Simão Stock:
“É este o sinal do privilégio, que alcancei para ti e para todos os filhos do Carmelo. Todos aqueles que estiverem revestidos com este hábito, ver-se-ão salvos do fogo do inferno”.
O sentido desse privilégio é este: Maria Santíssima prometem a todos os que usam o hábito do Carmo, sua proteção especial, principalmente na hora da morte, que decide a história da humanidade.
O pecador, portanto, por mais miserável que seja, pondo a confiança em Maria Santíssima e vestindo seu hábito, tendo aliás a intenção firme de sair do estado do pecado, pode seguramente contar com o auxílio de Nossa Senhora, a qual lhe alcançará a graça da conversão e da perseverança.
O escapulário não é um amuleto que assegure, sob qualquer hipótese, a salvação de quem o usar.
Contam-se milhares as conversões de pecadores na hora da morte, atribuídas unicamente ao escapulário de Nossa Senhora do Carmo; muitos também são os casos que mostram à evidência, que privilégio nenhum favorece a quem, de maneira nenhuma, se quer separar do pecado e levar uma vida digna e cristã.
Santo Agostinho diz a verdade, quando ensina:
“Deus, que nos criou sem nossa cooperação, não nos pode salvar sem que o queiramos e desejemos”.
Quem não quer deixar de ofender a Deus, morrerá na impenitência; e se Maria Santíssima não ver a possibilidade alguma de arrancar a alma do pecador aos vícios e paixões, fará com que na hora da morte, por uma casualidade qualquer, não se encontre o hábito salvador, o que se tem dado muitas vezes.
O Segundo privilégio é o tal chamado “privilégio sabatino”.
Um decreto da Santa Inquisição romana, datado de 20 de janeiro de 1613, dá aos sacerdotes da Ordem Carmelitana autorização para pregar a seguinte doutrina:
“O povo cristão pode crer no auxílio que experimentarão as almas dos Irmãos e membros da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, auxílio este, segundo o qual todos aqueles que morrerem na graça do Senhor, tendo em vida usado o escapulário, conservado a castidade própria do estado, recitado o Ofício Parvo de Nossa Senhora, ou se não souberem ler, tiverem observado fielmente o jejum eclesiástico, bem como a abstinência nas quartas-feiras e sábados (exceto se a festa de Natal cair num destes dias), serão socorridos por uma proteção extraordinária da Santíssima virgem, no primeiro sábado que se lhe seguir ao trânsito, por ser sábado o dia da semana consagrado a Nossa Senhora (Bula sabatina de João XXII. 3, III 1322)
Desse privilégio faz menção o ofício divino da Festa de Nossa Senhora do Carmo, aprovado pelo Papa clemente X e Benedito XIII.
“A bem-aventurada Virgem – diz o ofício – não se limitou a cumular de privilégios aqui na terra e na Ordem Carmelitana. Com carinho verdadeiramente maternal, ela, cujo poder e misericórdia em toda parte são muito grandes, consola também, como piedosamente se crê, aqueles filhos no Purgatório, alcançando-lhes o mais breve possível a feliz entrada na Pátria Celestial”.
Para se tornar membro da Irmandade, é necessário que se cumpra as seguintes condições:
1. Inscrição no registro da Irmandade.
2. Ter recebido o escapulário das mãos de um sacerdote habilitado para fazer a recepção e usá-lo com devoção. No caso da mudança de um escapulário velho e gasto por um novo não carece a bênção. Quem, por descuido, deixou de usar por algum tempo o escapulário, participa dos privilégios da Irmandade, logo que se resolver a pô-lo novamente.
3. Convém rezar diariamente algumas orações marianas, como sejam: A ladainha lauretana ou seis Pai-Nossos e Ave-Marias ou sejam, ainda, o Símbolo dos Apóstolos (Credo), seguida da recitação de um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e Glória. As bulas pontifícias nada prescrevem a este respeito desde o princípio, porém, se tem observado a praxe de fazer essas devoções diárias.
4. O privilégio sabatino exige ainda que se conserve a castidade própria do estado de cada um, e que se rezem as horas marianas. Quem não puder cumprir esta segunda condição, observe a abstinência de carnes nas quartas-feiras e sábados. As duas obrigações de recitar o ofício mariano e a abstinência de carne nas quartas-feiras e sábados podem, se para isso subsistirem razões suficientes, ser comutadas em outras equivalentes.
5. Aos sábados, o papa Pio X concedeu o seguinte privilégio: Para se tornarem membros da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, é suficiente que usem um escapulário bento por um sacerdote que possua a faculdade respectiva. Não se exige para eles a cerimônia da recepção e da inscrição no registro da irmandade. Como os demais membros, também devem rezar diariamente algumas orações em honra de Maria Santíssima. (4-1-1908).
A Irmandade de Nossa Senhora do Carmo é enriquecida de muitas indulgências, podendo todas ser aplicadas às almas do Purgatório, com exceção da indulgência plenária na hora da morte.
REFLEXÕES
O fim, pois, que a irmandade de Nossa Senhora do Carmo se propõe é: propagar o reino de Deus, por meio da devoção a Maria Santíssima, meditar nas virtudes da Mãe de Deus e imitá-las, merecer uma proteção especial de Nossa Senhora, em todos os perigos do corpo e da alma, alcançar-lhe bênção na hora da morte e a libertação das penas do Purgatório.
O Escapulário é o hábito da salvação. Para que o possa ser, é preciso que seja a vestimenta da justiça. Se o maior interesse de Maria Santíssima é salvar almas, desejo maior não tem, senão que seus filhos se apliquem à prática das virtudes, do amor de Deus e do próximo, que sejam pacientes, humildes, mansos e puros e trabalhem pela santificação de sua alma.
A história da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo é uma epopéia de feitos maravilhosos, na ordem sobrenatural.
O escapulário tem sido a salvação de milhares e milhares de cristãos nas suas necessidades espirituais e materiais.
Para que nas mãos de Nossa Senhora possa ser efetivamente instrumento de salvação, indispensável é o renascimento espiritual de quem o leva, o cumprimento fiel dos deveres do estado de quem se diz devoto a Nossa Senhora do Carmo.
Certamente, não é devoto a Maria Santíssima quem vive em pecado e ofende a Deus sem cessar.
ORAÇÃO À NOSSA SENHORA DO CARMO
Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo!
Vós que olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto da vossa maternal proteção.
Fortificai minha fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade.
Ornai minha alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho.
Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a eternidade.
Nossa Senhora do Carmo, libertai as benditas almas do purgatório. Amém!
(3 Ave-Marias e Glória ao Pai)
Simão nasceu em 1165, no castelo da família em Kent, Inglaterra. O seu pai era governador local, e tinha parentesco com a casa real do seu país.
A família, cristã e pia, proporcionou-lhe uma formação intelectual e religiosa aprimorada. Aluno aplicado e inteligente, freqüentou o colégio de Oxford desde os sete anos de idade. Mesmo sendo conduzido para uma carreira que trouxesse glórias terrenas, o que Simão desejava era poder seguir a vida religiosa: para servir a Deus, para a glória de Deus.
Aos doze anos, deixou o castelo paterno para viver como eremita. Retirou-se para o interior da floresta perto de Oxford, e nela viveu sua existência consagrada ao Senhor. A morada escolhida era o velho tronco oco de um carvalho. Logo essa notícia se empalhou e o estranho monge passou a ser chamado de Simão "Stock". Assim ele viveu por vinte anos, empenhado na contemplação, na oração e penitência.
Certa noite, sonhou com Nossa Senhora, que lhe dizia para juntar-se aos monges vindos do mosteiro de Monte Carmelo. A Ordem dos Carmelitas é uma das mais antigas e a primeira criada em homenagem a Maria naquele mosteiro na Palestina. Mesmo não entendendo direito o sonho, Simão obedeceu a Maria. Voltou para o castelo e aos estudos, formou-se em teologia e recebeu as sagradas ordens. Enquanto aguardava a chegada dos monges, percorria as aldeias visitando pobres e doentes, e evangelizando. Em 1213, os carmelitas chegaram à Inglaterra. Simão pôde, finalmente, receber o hábito da Ordem.
Após dois anos, por seu mérito e virtudes, foi nomeado coadjutor na direção da Ordem. E finalmente, em 1216, ocupou o cargo de vigário-geral de todas as províncias européias.
Era o período dos mais delicados para esses monges, pois eram perseguidos por outras ordens, e a dos carmelitas quase foi extinta. Diante das circunstâncias, Simão Stock, então prior-geral, enviou delegados ao papa Honório III para informá-lo da situação crucial, e pedir sua proteção. Ao mesmo tempo, convidou todos os carmelitas a rezarem pedindo ajuda a Maria para a Ordem que lhe foi dedicada, até que viesse a resposta de Roma.
Primeiro veio a resposta da Santíssima Virgem. Simão estava em profunda oração contemplativa quando viu aparecer a Mãe de Deus, cercada de anjos, que lhe mostrou o santo escapulário da Ordem, dizendo-lhe: "Este será o privilégio para ti e todos os carmelitas; quem morrer vestindo-o, se salvará". Mandou distribuí-lo aos monges da Ordem para tranqüilizá-los. Segundo a tradição, a aparição ocorreu no dia 16 de julho de 1251.
Depois chegou a decisão do papa Inocêncio, por meio de uma mensagem datada de 13 de janeiro de 1252, entregue a ele pelos representantes que voltaram. Nela, o sumo pontífice informava que declarava a existência legal da Ordem dos Carmelitas e autorizava a continuar a criação dos seus mosteiros na Europa. Foi assim que Simão agiu, inclusive promovendo a mudança estrutural da Ordem, que passou da vida monástica eremítica oriental, para aquela seguida no Ocidente, dos mendicantes ou apostólicos.
A devoção ao escapulário se difundiu rapidamente à cristandade toda, do Ocidente ao Oriente, como um sinal da proteção maternal de Maria e do próprio empenho de seguir Jesus como sua Santíssima Mãe. Simão morreu, com quase cem anos, em 16 de maio de 1265, no mosteiro de Bordeaux, na França, onde foi enterrado. A festa a são Simão Stock é celebrada, no dia 16 de maio, desde 1524, culto que a Igreja depois confirmou e incluiu no seu calendário litúrgico.
SÃO SIMÃO STOCK, Presbítero
“Vós sois meus amigos, se praticais o que eu vos ordeno.”
O caminho doloroso do Messias é também o caminho do discípulo e de todo cristão.
São Simão Stock foi eleito Geral da Ordem em 1245. Alcançou de Sua Santidade, o Papa Inocêncio IV, três Breves honoríficos para a Ordem. Como nessa época desejassem anular o título de Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria, estando em oração na noite de 15 para 16 de julho, pediu à Santíssima Virgem que concedesse à sua Ordem um sinal que a distinguisse e defendesse. A Santíssima Virgem apareceu-lhe tendo nas mãos o hábito da Ordem e lhe disse: “Este será o privilégio para ti e todos os Carmelitas; quem morrer com ele, não padecerá o fogo eterno.” Faleceu a 16 de maio de 1265, tendo passado toda a sua vida no serviço da Santíssima Virgem Maria.
Nasceu em 1165 em Aylesford, no Condado de Kent, Inglaterra. Muito pouco se conhece da mocidade deste santo. A lenda diz que ele começou a viver como eremita em um buraco dentro do tronco de um gigantesco carvalho. O nome Stock seria derivado do inglês antigo para determinar um tronco de uma árvore. Era um pregador itinerante. Fez uma peregrinação na Terra Santa, mas teve que sair quando os muçulmanos começaram a perseguir os cristãos. Voltou à Inglaterra e entrou para a Ordem dos Carmelitas. Viveu e estudou vários anos em Roma e no Monte Carmelo. Eleito o Sexto Superior Geral dos carmelitas em 1245 com aproximadamente 82 anos. Ainda com grande energia ajudou a Ordem a se espalhar através da Inglaterra e o sul e oeste da Europa. Fundou casas em Cambridge em 1248, Oxford em 1253, Paris em 1260 e Bolonha em 1260. Revisou a regra da Ordem para incluir nelas os frades mendicantes, no lugar dos eremitas. Apesar do seu sucesso a Ordem estava oprimida por todos os lados inclusive pelo Clero e outras Ordens. Os frades Carmelitas levaram seus pedidos a sua padroeira, a Virgem Maria. A tradição diz que em resposta, ela apareceu para São Simão trazendo para ele o “escapulário marrom dos Carmelitas. “Isto será um privilégio para você e todos os Carmelitas, disse ela, “aquele que morrer com este escapulário será salvo!” A partir dessa misericordiosa intervenção da Mãe de Deus, a Ordem carmelita refloresceu em todo o mundo eo Escapulário passou a percorrer sua milagrosa trajetória, como sinal de aliança de Nossa Senhora com os Carmelitas e com toda a humanidade. Setenta anos mais tarde, Nossa Senhora apareceu ao Papa João XXII e lhe fez nova romessa, considerada como complemento da primeira: "Eu, como tema Mãe dos Carmelitas, descerei ao purgatório no primeiro sábado depois de sua morte e os livrarei e os conduzirei ao Monte Santo da vida eterna." O notável Santo Alfonso Maria Liguori tinha grande devoção ao santo escapulário. Em várias fotos suas ele aparece segurando o santo escapulário com as duas mãos, e propagava esta tradição como realidade, dizendo que deseja morrer em uma sexta feira, porque no dia seguinte a Virgem Maria o levaria para junto de Jesus. Em 13 de janeiro de 1252 a Ordem recebeu uma “Bula de Proteção” do Papa Inocêncio IV protegendo a Ordem de quaisquer embaraços. Diz a tradição que São Simão, às vezes, perdia a paciência, e quando estava a pregar e a multidão não prestava atenção, no poder de Jesus com o qual ele estava , ele simplesmente curava um paralítico ou um cego com sua oração e benção, para mostrar ao povo o poder de Jesus. Por isso ele era amado e venerado como um homem santo, mesmo antes de sua morte. São Simão faleceu de causas naturais durante uma visita a um dos seus Monastérios da Ordem, em Bordeux na França em 16 de maio de 1265. O seu crânio foi trasladado para o Mosteiro Carmelita em Aylesford, devidamente restaurado, Inglaterra, em 1951. Ele é padroeiro de Bordeux, França. Não foi, formalmente, canonizado, mas é venerado pelos Carmelitas desde 1564 e o Vaticano aprovou a celebração de sua festa no dia 16 de maio. Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado 1) como um Carmelita segurando o escapulário; ou como um Carmelita recebendo o escapulário da Virgem Maria, ou 3) como um Carmelita rodeado de almas do purgatório ; ou 4) Como um velho Carmelita em prece.
“A união da alma não consiste pois, em recreações, nem gozos, nem sentimentos espirituais, e sim numa viva morte de cruz para o sentido e para o espírito no interior e no exterior.”
São João da Cruz – 2S 7,11
Cartas de Santa Teresa de Jesus em 16
1582 – C 426 – À Irmã Leonor de La Misericórdia, em Soria. Aconselha-me que trate com toda sinceridade das coisas de sua alma com Padre Gracián, que ia a Soria. Sobre o casamento de D. Frances de Beaumont. Lembranças. A fundação de Pamplona.
Destacam-se entre os Papas devotos do Escapulário Inocêncio IV, João XXII, Alexandre V, Bento XIV, Pio VI, Clemente VII, Urbano VII, Nicolau V, Sixto IV, Clemente VII, Paulo III, São Pio V, Leão XI, Alexandre VII, Pio IX, Leão XIII, Pio X, Bento XV, Pio XI e Pio XII, que com bulas apostólicas aprovaram os seus privilégios, e cumularam de favores as Confrarias do Carmo.
As declarações dos Papas, são expressões mais autorizadas do autêntico pensar da Igreja. Eles não têm apenas dado o exemplo, usando o hábito do Carmo, como também estimularam e aconselharam a usá-lo e premiaram esta devoção.
Podemos citar entre os nomes dos santos que usaram o Escapulário, os de S. Afonso, S. Pedro Claver, São Carlos Borromeu, São Francisco de Salles, S. João Vianney, B. Batista Mantovano, S. Pompilio Pirrotti, S. João Bosco e todos os santos carmelitas.
A ele deve-se por direito a Aparição e Promessa do Santo Escapulário do Carmo, com os enormes benefícios que proporcionam a toda a humanidade. Diz o Santoral que São Simão Stock rezava assim , diariamente, pedindo por sua Ordem:
"Flor do Carmelo
Vinha florida, esplendor do céu;
Virgem fecunda e singular;
ó doce Mãe, de varão não conhecida;
aos carmelitasproteja seu nome,estrela do mar.