sábado, 27 de janeiro de 2024

27 de janeiro - Dia de Santa Ângela de Mérici

Santa Ângela de Mérici
1470-1540


Fundou a Congregação
das irmãs de Santa Úrsula


Santa Ângela Merici viveu na época em que o tristemente célebre Martinho Lutero pregava a desobediência à Cátedra de Pedro e a rebelião contra a Igreja Católica. O Renascimento corroborava com os desmandos dos pseudo-reformistas. Deus suscitou então donzelas que levantariam o pendão da pureza e da virgindade numa época em que a corrupção era ostentada com despudor e petulância. Ângela foi a alma dessa verdadeira reforma dos costumes.

Ângela Merici nasceu em 21 de março de 1470, num pequeno porto de pescadores na margem meridional do Lago de Garda (Norte da Itália) chamado Desenzano. Sua família era pobre, mas piedosa. De sua mãe sabe-se apenas seu nome de família, Biancosi, originária da cidade de Salò.

Ela não freqüentou escolas. Seu pai reunia todas as noites os filhos e os servidores para as orações e para a leitura de alguma passagem piedosa. Ângela demonstrou desde cedo muita atração por tais leituras e decidiu seguir a via da santidade.

O traço dominante de sua personalidade era uma extraordinária pureza. Desde a mais tenra idade dedicava-se a uma intensa mortificação, limitando-se apenas ao necessário. Jamais imaginou outro destino para sua vida do que a de permanecer virgem.


Aos treze anos, ainda sob a ação das consolações que recebeu na sua Primeira Comunhão, uma grande provação a atingiu: o falecimento de seu pai, modelo de homem católico. Dois anos após, sua mãe também falecia.



Ângela e sua irmã foram confiadas a um tio materno, em Salò. As duas jovens viviam em casa do tio num tal recolhimento, que eram conhecidas por todos pelo nome "as duas rolinhas de Salò". A profunda amizade que unia as duas irmãs durou pouco: a irmã também deixou esta terra.

Sua missão

Tendo morrido seu tio, Ângela retornou à Desenzano com o intuito de consagrar-se à instrução religiosa da mocidade feminina.

No ano de 1506, Deus lhe fez conhecer Seu desígnio sobre ela. Certo dia, quando trabalhava no campo, por volta do meio-dia separou-se um pouco das jovens que a acompanhavam para rezar sozinha entre as vinhas. 

Numa visão, foi-lhe apresentado um número incontável de virgens rodeadas de luz celeste, trazendo coroas na cabeça e lírios nas mãos, que subiam uma escada que ia da terra ao céu. Anjos, cujos instrumentos enchiam o ar de sons, acompanhavam as virgens, e os movimentos se fundiam numa espécie de apoteose da pureza sem mancha.



Uma delas, que Ângela reconheceu como uma amiga falecida, se destacou dentre as companheiras e lhe disse: 

"Ângela, saiba que Deus te concedeu esta visão para indicar que, antes de morrer, tu deverás fundar em Bréscia uma sociedade de Virgens semelhantes a estas que vês; tal é a disposição da Providência a teu respeito".

Ângela estava ainda em êxtase, quando suas jovens amigas a encontraram. Por inspiração divina, contou a elas a visão que tivera, bem como a missão que recebera de Deus. Tocadas pela graça, as jovens desejaram segui-la nessa via. Ela porem não conhecia Bréscia nem as pessoas que lá moravam, mas estava certa que a fundação se faria lá. Ela decidiu esperar a ocasião suscitada por Deus para isso.

A espera prolongou-se por dez anos, durante os quais sua atividade apostólica se intensificou e se ampliou. Ângela tinha uma graça natural, uma suavidade sorridente, uma afabilidade constante que lhe bastavam para atrair os corações. Deus abençoou o seu apostolado: as famílias confiavam-lhe a educação das filhas e sua fama espalhou-se tão rapidamente, que ela era conhecida por toda região.

Durante esses dez anos um núcleo de discípulos se formou em torno dela. Entre eles, Jerônimo Pentagola e sua esposa Catarina ocupavam lugar de destaque.
Em 1516, os Pentagola perderam seus dois filhos, com breve intervalo entre os falecimentos. Como nada os pudesse consolar em sua imensa dor, pensaram em Ângela. Pediram-lhe então, com insistência, que lhes concedesse a graça de sua presença na casa onde moravam, em Bréscia.

Foi assim que Ângela se dirigiu a Bréscia. A fama de sua santidade lá se difundiu tanto quanto em sua cidade natal ou em Salò.


Ciência infundida pelo Espírito Santo

Devido à ação do Espírito Santo sobre a alma de Ângela, que ignorava as letras e as ciências humanas, de repente ela foi capaz de ler, não somente em italiano, mas também em latim; comentava a teologia, especialmente a teologia mística, de tal sorte que lia não apenas nos textos, mas nas próprias almas, que eram para ela como livros abertos.

Em vista disso, aos visitantes habituais, as notabilidades e o bom povo de Bréscia, se juntaram caravanas de eruditos, teólogos, legistas, diretores de consciência e filósofos. Nem uma só vez, durante os minuciosos interrogatórios a que era submetida, Ângela caiu em erro. A ciência infusa daquela mulher humilde causava admiração em todos. A sua integridade doutrinária contrapunha-se aos erros de Lutero, que dividiam a Cristandade.
A guerra entre o rei da França, Francisco I, e o futuro Imperador alemão, Carlos V, estendia-se por todas as províncias italianas do Norte. Em meio àqueles conflitos, Ângela se esmerou em opor ao sensualismo a pureza virginal, e à heresia uma dócil e total submissão à ortodoxia doutrinária.


Em Roma, com o Papa

Por ocasião do ano jubilar de 1525, a Santa fez uma peregrinação a Roma. O Papa Clemente VII recebeu-a em audiência, tomou conhecimento da visão que ela tivera em 1506 e da missão que recebera de Deus. Ele examinou os seus projetos e, convencido da origem sobrenatural dessa missão, o Papa abençoou a sua obra.



Pouco depois de seu regresso, foi obrigada a deixar novamente a cidade ameaçada de pilhagem em conseqüência das devastações que a guerra fazia em todo o norte da Itália. Parte então para Cremona como refugiada com seus amigos mais próximos. Durante o êxodo é sua força de alma que ergue os abatidos, animando-os e consolando a todos.
Em Cremona também a procuram no lugar onde reside. O próprio duque Francesco Sforza, de Milão, também refugiado em Cremona, recebe de Ângela a direção espiritual iniciada pouco antes em Bréscia.

Em 23 de dezembro de 1529, a paz é assinada em Cambrai e Carlos V é sagrado Imperador pelo Papa Clemente VII. Ângela pôde então voltar a Bréscia.

As companheiras da Santa Fundadora

A fundação


É chegada a hora de cumprir o que lhe fora indicado na visão. Vinte e quatro anos haviam se passado (1506-1530). 

No ano de 1530, reuniu as doze moças que escolhera para serem o núcleo original da Companhia de Virgens que tinha por missão fundar.

Ângela tinha em mente uma congregação totalmente diferente do que até então tinha havido: não procurou um lugar para instalar um convento para aí residir com suas religiosas, mas apenas um local onde elas pudessem reunir-se para receber uma orientação adequada e fazer certas orações em comum.


Suas filhas espirituais continuariam a residir em suas próprias casas, no mundo, para ali serem exemplo eloqüente de uma virtude tipicamente contra-revolucionária: a pureza. Elas combateriam a dissolução dos costumes no próprio âmbito familiar e social; não seriam religiosas de clausura, mas deveriam praticar uma pureza ilibada e virginal, vencendo o mundo em seu próprio reduto.

Embora a vigilância pela conservação dos bons costumes fosse a principal meta de sua obra, suas filhas trabalhariam também na instrução religiosa, na assistência aos pobres e enfermos. Mais tarde seu instituto tomaria a feição de Ordem religiosa, com clausura e votos. Mas o fim conservou-se o mesmo: a educação da mocidade. Foi o primeiro instituto religioso de ensino na Europa.

Em 25 de novembro de 1535 já eram 27 as virgens reunidas em torno de Ângela. No ano seguinte ela submeteu a Regra da nova sociedade ao Cardeal Francesco Cornaro, bispo de Bréscia, que a aprovou em 8 de agosto de 1536.

Ângela foi eleita Superiora Geral por unanimidade, apesar dos protestos de sua humildade. Ela fez entretanto duas exigências: a de não ser apontada como Fundadora, e a de colocar o novo Instituto sob o patrocínio de Santa Úrsula. Ela esperava assim ver seu nome desaparecer, substituído pelo da gloriosa padroeira, virgem e mártir.
Até sua morte, ocorrida em 27 de janeiro de 1540, Ângela continuou a ser um modelo perfeito de santidade para suas filhas espirituais.

Após ter indicado a Condessa Lucrécia Lodroni como sua sucessora e reunindo em torno de si as 150 virgens que formavam sua Companhia, entregou a alma ao Criador, não sem antes recomendar expressamente a suas filhas:


"Obedecendo a vossas superioras é a mim mesmo que obedecereis; e, ao me obedecer, obedecereis a Jesus Cristo, cuja misericordiosa bondade me escolheu para ser, viva ou morta, a Mãe desta Companhia, ainda que, de mim mesma, fosse muito indigna disso".
A notícia de seu falecimento espalhou-se rapidamente por toda a região e uma multidão participou de seu sepultamento, que se realizou no dia seguinte. Seus santos despojos foram sepultados na Igreja de Santa Afra. Nessa ocasião, durante três noites consecutivas apareceu no céu uma estrela de brilho extraordinário, cujos raios convergiam para o ponto onde estava o corpo.

ALTAR ONDE REPOUSA O CORPO DE SANTA ANGELA


É interessante notar a similitude da obra de Ângela com a de Santo Inácio de Loyola: ambos fundaram Ordens com o nome de companhia. Assim como o nome Companhia de Jesus indicava seu caráter militante, o nome do instituto fundado por Santa Ângela indicava sua luta contra o sensualismo renascentista.
Ela foi beatificada em 1768 e o Papa Pio VII a canonizou em 1807. É festejada a 27 de janeiro.


Fonte: G. Bernoville, Sainte Angèle Merici; Les Ursulines de France et l'Union Romaine, Bernard Grasset Éd., Paris, 1947.


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DEFESA DAS APARIÇÕES DE JACAREI

DEFESA ÀS APARIÇÕES DE JACAREÍ


(FEITA POR UM PEREGRINO, AO CONTEMPLAR UM VÍDEO FALANDO MAL DAS MESMAS CITADAS ACIMA, E SOBRE A CARTINHA DO BISPO DA ÉPOCA, ALEGANDO QUE AS APARIÇÕES NÃO ERAM VERDADEIRAS)


NÃO SEI QUEM FEZ MAS PRA MIM ESSA PESSOA MERECIA UMA MEDALHA DE HONRA DE NOSSA SENHORA POR ESTA BELA DEFESA

"Quando você diz que devemos dar ouvidos ao que os padres dizem a respeito das aparições de Jacareí, corre em um ledo engano, pois, a “opinião pessoal” deles é que não pode ser elevado ao nível de “dogma de fé”. As cartas de Dom Nelson são muito citadas pelos que latem que estas Sagradas Aparições são falsas. Portanto, mister se faz alguns esclarecimentos. Há duas cartas oficiais onde este indigitado bispo trata da matéria “aparições”. Uma primeira, publicada em 1996, enquanto o mesmo ainda era bispo de São José dos Campos (diocese a qual pertence Jacareí). Nesta, não há menção alguma ao nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, muito menos, excomunhão, há somente algumas orientações pastorais. A segunda, publicada em 2007 e republicada em 2011, realmente traz explicitamente o nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, porém, nesta, a palavra “excomunhão” é sequer mencionada.

Ainda há um probleminha com esta segunda carta. O dito bispo (certamente pela providência de Nossa Senhora) foi transferido para a diocese de Santo André/SP em 2003, e, observem, a segunda carta publicada por ele ocorreu no ano de 2007, quando já havia deixado de ter jurisdição eclesiástica sobre a cidade de Jacareí. Portanto, o mesmo, ao editar esta carta, violou a jurisdição eclesiástica conferida a ele pela Igreja, e, ainda, violentou gravemente a autoridade de Dom Moacir, então, bispo da Diocese de São José dos Campos, que, se quisesse, poderia ter criado o maior caso com isso, pois Dom Nelson desrespeitou frontalmente e atropelou sua autoridade eclesiástica, uma verdadeira afronta. Então eu lhes pergunto, vocês ainda vão dar credibilidade a um documento irregular e eivado de vícios como esse?

Vale lembrar, que não é obrigatório seguir estas cartas circulares dos bispos. Não há heresia nem cisma nisso. Um católico somente pode ser acusado de cismático ou herege se atentar contra os Dogmas de Fé. Que eu saiba, carta circular de bispo não é Dogma de Fé. Como a primeira carta de Dom Nelson não condena as Aparições de Jacareí, e a segunda está irregular, pode-se dizer que não pesa condenação oficial e regular da Igreja sobre estas Santas Aparições. Além do mais, até o presente momento, Dom José Valmor, que atualmente tem jurisdição eclesiástica sobre Jacareí, não fez pronunciamento oficial sobre as mesmas. Documento oficial onde o Profeta Marcos foi excomungado, também é inexistente, portanto, qualquer informação que diga o contrário é fruto de pura “fofoca”.

Ressalto que em Jacareí, realmente, não damos tanta importância aos documentos do Vaticano. O que nós realmente valorizamos é a doutrina que nos foi transmitida pelos santos, como Santo Afonso, São Luiz, Santa Teresa, São João da Cruz, etc... Outro adendo que gostaria de acrescentar, diz respeito ao fato da obrigatoriedade ou não das Sagradas Mensagens Celestiais. A orientação predominante entre os teólogos católicos, de que não é obrigatório seguir as Aparições de Nossa Senhora, se funda em meras opiniões pessoais de alguns clérigos a respeito do assunto. Esta orientação não tem o caráter da infalibilidade papal e muito menos é um Dogma de Fé. Realmente, o catecismo atual traz algo nesse sentido, mas vale lembrar que o mesmo não recebeu o caráter da infalibilidade pelo Concílio Vaticano II. Bem ao contrário do Santo Catecismo do Concílio de Trento. Este sim, recebeu o caráter de infalível. Ocorre que nossa amada Igreja há muito se transviou de uma tradição bíblica milenar, através da qual o “Deus dos Exércitos” sempre manifestou sua vontade ao povo de Israel por meio de suas aparições aos profetas (mesmo fenômeno que ocorre com o, também, profeta Marcos Tadeu, pois os fenômenos miraculosos e de aparições que ocorrem naquele Santuário, são da mesma espécie dos verificados na Sagrada Bíblia).

Ora, nos tempos bíblicos não era através dos fariseus, saduceus, príncipes e doutores da lei (a Igreja oficial da época) que Deus dava as suas diretrizes ao povo eleito, mas sim, através dos profetas, em outras palavras, dos videntes. Nos primórdios do cristianismo, também ocorria assim, pois, a própria origem da nossa amada Igreja se funda nas “aparições” de Jesus aos apóstolos e discípulos. Então, por que esta tradição bíblica foi quebra? Será que é porque as aparições aos profetas cessaram? Errado, pois nos últimos 100 anos ocorreram mais de 1000 aparições de Nossa Senhora, dos santos e anjos, e até de Deus.
A pergunta correta é, por que o clero tenta abafar isso, pois grande parte, senão todas, destas aparições também foram acompanhadas de sinais miraculosos, como, curas inexplicáveis pela ciência, sinais na natureza, etc... Se Deus usava deste expediente nos tempos bíblicos, certamente deveria continuar a usá-lo nos tempos do catolicismo, pois uma grande verdade que a Teologia professa é que Deus é imutável. Não citarei as passagens bíblicas onde Deus manifesta sua vontade através dos videntes/profetas, pois se assim fizesse, teria que citar a Bíblia inteira, pois a própria formação e ensinamentos nela transmitidos se dão por este meio. Gostaria apenas de citar um pequeno exemplo de qual atitude deveremos tomar frente às Aparições de Jacareí, tomando por base a Bíblia. Saulo, quando se dirigia à cidade de Damasco e Jesus lhe “aparece” exclama: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9, 6). Naquela ocasião, Jesus disse a ele para procurar os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! O ordenou que entrasse na cidade de Damasco e ali lhe seria dito o que deveria fazer. Beleza. E quem Deus enviou para Saulo? Os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! Mas Ananias, um vidente. Como eu sei que Ananias era um vidente? As Sagradas Escrituras nos contam que foi uma aparição de Jesus que disse para ele ir procurar Saulo. É só conferir At 9, 10-16ss.

Outro exemplo foi Judas Iscariotes; este preferiu errar com a Igreja oficial da época (lembra né, fariseus e saduceus) que acertar sem ela. Bom... Errou mesmo! E segundo alguns santos místicos, como Maria de Ágreda, sua alma se encontra no inferno. Assim, a posição teológica defendida pela maioria dos teólogos atuais, de que as aparições não são obrigatórias, falando em termos de estudo teológico da atualidade, é perfeitamente passível de questionamento, e, inclusive, daria uma boa tese de doutoramento. É um posicionamento que pode ser mudado. Não é Dogma de Fé. Gostaria de finalizar este ponto dizendo o seguinte. Jesus tolerou para sempre aquela Igreja oficial da época (o judaísmo) que rejeitou o projeto que suas aparições aos Apóstolos (que também eram videntes) propunha? Claro que não!!! Por causa disso, Deus se retirou do meio daquela Igreja e passou a habitar no meio dos seus videntes, os apóstolos e discípulos, e, assim, surgiu a nossa amada Igreja Católica (Mt 21, 39-45).

Não é objetivo do Profeta Marcos Tadeu, nem de sua Ordem e muito menos de nós, a Milícia da Paz (formada por todos os fiéis seguidores daquele Santuário) provocar um cisma na Igreja. Nós apenas denunciamos os erros (prerrogativa esta, conferida aos leigos pelo próprio Concílio Vaticano II), lutamos para que a devoção a Nossa Senhora, aos santos e anjos seja colocada em seu devido lugar, e que as suas mensagens, e as dos demais santos, e até as de Deus, seja acolhida como nos tempos Bíblicos, pois acreditamos que se isto não for feito, irá se abater gigantescos cataclismos sobre a Terra, de uma tal magnitude que nunca houve, nem jamais haverá. Acreditamos que esta “palavra de Deus” transmitida nas aparições é o caminho e a única forma de salvar o mundo, e qualquer obra, ou pessoa, que ensine ou faça diferente do que elas dizem, é desprezada por nós. O motivo para isto é muito simples. Desde tempos remotos, as Aparições de Nossa Senhora (inclusive as não aprovadas pela Igreja) vêm dizendo o que aconteceria ao mundo se esta “palavra de Deus” não fosse obedecida. Resultado, tudo o que elas disseram, em um passado remoto, está se cumprindo na atualidade. Então, não há outra conclusão a se fazer, a não ser admitir que elas eram verdadeiras, e que o clero errou. Aliás, o histórico de erro do clero é algo realmente interessante. Basta citar a condenação que pesou durante 20 anos sobre as Santas Aparições de Jesus Misericordioso à Santa Faustina, e não foi por um “bispozinho” qualquer. Foi pelo próprio papa da época. Se não fosse a atuação do então Cardeal Karol Józef Wojtyła, futuro Papa João Paulo II, estas aparições estariam condenadas até os tempos atuais, e, certamente, você seria um grande opositor delas, não é? Infelizmente, como atualmente o número de Cardeais, e clérigos em geral, com este nível de espiritualidade é praticamente nulo... tadinha das aparições... snif. Praticamente nenhum deles entende de Teologia Mística, o estudo apropriado para se avaliar as aparições e estudá-las.

Além do mais, as aparições de La Salette, Lourdes e Fátima, para quem conhece mais a fundo sua história, verá que elas na verdade não foram aceitas pelo clero. Muito pelo contrário, este as combateu com todas as suas forças. Na realidade, o que ocorreu, é que os fiéis praticamente as fizeram descer goela abaixo na garganta do clero, de tal modo, que eles não tiveram outra opção a não ser aprová-las. E, mesmo nestas que foram aprovadas, o estrago que o clero fez é algo incomensurável. Não as divulgou como deveria; se o corpo incorrupto de Santa Bernadete estivesse no Santuário de Lourdes iria converter milhões de fiéis, no entanto está praticamente escondido no convento de Nevers; o corpo incorrupto de Santa Jacinta foi escondido dos fiéis; a esmagadora maioria dos vaticanistas da Itália é de acordo que, até hoje, o terceiro segredo de Fátima não foi revelado em sua integralidade; a consagração da Rússia não foi feita como Nossa Senhora pediu até os dias atuais, etc... E isso, só para citar os danos que me vem à mente neste momento.

No Santuário das Aparições de Jacareí, o Profeta Marcos está resgatando tudo aquilo que a Igreja e a sociedade tanto se esforçaram para extinguir, os escapulários, medalhas, mensagens, enfim, a salvação do mundo que Nossa Senhora nos revelou e ofereceu com tanto amor ao longo de suas aparições na história. Sem dúvida, lá está se cumprido a passagem da Escritura na qual se diz: “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas...” Mt 13,52 É uma nova aparição que resgata todas, até as mais antigas. Portanto, se ainda quiserem seguir a doutrina da cabeça deste cara de que não precisamos de aparições, o problema é de vocês. Aliás, se formos pensar bem, porquê Deus, Nossa Senhora os anjos e os santos apareceriam, né? Afinal de contas, nosso mundo está uma verdadeira maravilha, não é? Não temos problemas de droga, prostituição, corrupção, degradação moral, depressão, decadência da Igreja, violência, roubos, assassinatos, guerras, miséria..., todos os sacerdotes são verdadeiros Serafins de santidade, enfim, o Vaticano está dando conta do recado... Só não está apresentando um desempenho melhor devido a um “pequeno” probleminha de tráfico de influência entre os altos clérigos, desvio de verbas do banco do Vaticano, looby gay entre os padres, pedofilia generalizada, um papa progressista e comunista..., mas, afinal de contas, são probleminhas fáceis de serem solucionados, né? É... Em um mundo maravilhoso e em ótimo funcionamento como esse, realmente não entendo o motivo de tantas aparições..."