quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

24 de janeiro - Dia de São Francisco de Sales

Santo Francisco de Sales
1567-1622
Fundou a Ordem da Visitação




MEDITAÇÕES DOS SANTOS DE DEUS VOL. 04 - OS NOVÍSSIMOS DO HOMEM - SÃO FRANCISCO DE SALES

MEDITAÇÕES DOS SANTOS DE DEUS VOL. 05

ou pelo telefone 0xx12 99701 2427



Francisco de Sales, primogênito dos treze filhos dos Barões de Boisy, nasceu no castelo de Sales, na Sabóia, em 21 de agosto de 1567. A família devota de São Francisco de Assis, escolheu esse para ele, que posteriormente o assumiu como exemplo de vida. A mãe se ocupava pessoalmente da educação de seus filhos. Para cada um escolheu um preceptor. O de Francisco era o padre Deage, que o acompanhou até sua morte, inclusive em Paris, onde o jovem barão fez os estudos universitários no Colégio dos jesuítas. 


Francisco estudou retórica, filosofia e teologia que lhe permitiu ser depois o grande teólogo, pregador, polemista e diretor espiritual que caracterizaram seu trabalho apostólico. Por ser o herdeiro direto do nome e da tradição de sua família, recebeu também lições de esgrima, dança e equitação, para complementar sua já apurada formação. Mas se sentia chamado para servir inteiramente a Deus, por isso fez voto de castidade e se colocou sob a proteção da Virgem Maria. 


Aos 24 anos, Francisco, doutor em leis, voltou para junto da família, que já lhe havia escolhido uma jovem nobre e rica herdeira para noiva e conseguido um cargo de membro do Senado saboiano. Ao vê-lo recusar tudo, seu pai soube do seu desejo de ser sacerdote, através do tio, cônego da catedral de Genebra, com quem Francisco havia conversado antes. Nessa mesma ocasião faleceu o capelão da catedral de Chamberi, e, o cônego seu tio, imediatamente obteve do Papa a nomeação de seu sobrinho para esse posto. 
Só então seu pai, o Barão de Boisy, consentiu que seu primogênito se dedicasse inteiramente ao serviço de Deus. Sem poder prever que ele estava destinado a ser elevado à honra dos altares; e, muito mais, como Doutor da Igreja! 


Durante os cinco primeiros anos de sua ordenação, o então padre Francisco, se ocupou com a evangelização do Chablais, cidade situada às margens do lago de Genebra, convertendo, com o risco da própria vida, os calvinistas. Para isso, divulgava folhetos nos quais refutava suas heresias, mediante as verdades católicas. Conseguindo reconduzir ao seio da verdadeira Igreja milhares de almas que seguiam o herege Calvino. O nome do padre Francisco começava a emergir como grande confessor e diretor espiritual. 


Em 1599, foi nomeado Bispo auxiliar de Genebra; e, três anos depois, assumiu a titularidade da diocese. Seu campo de ação aumentou muito. Assim, Dom Francisco de Sales fundou escolas, ensinou catecismo às crianças e adultos, dirigiu e conduziu à santidade grandes almas da nobreza, que desempenharam papel preponderante na reforma religiosa empreendida na época com madre Joana de Chantal, depois Santa, que se tornou sua co-fundadora da Ordem da Visitação, em 1610. 


Todos queriam ouvir a palavra do Bispo, que era convidado a pregar em toda parte. Até a família real da Sabóia não resistia ao Bispo-Príncipe de Genebra, que era sempre convidado para pregar também na Corte. 


Publicou o livro que se tornaria imortal: "Introdução à vida devota". Francisco de Sales também escreveu para suas filhas da Visitação, o célebre "Tratado do Amor de Deus", onde desenvolveu o lema : "a medida de amar a Deus é amá-lo sem medida". Os contemporâneos do Bispo-Príncipe de Genebra não tinham dúvidas a respeito de sua santidade, dentre eles Santa Joana de Chantal e São Vicente de Paulo, dos quais foi diretor espiritual. 


Francisco de Sales faleceu no dia 28 de dezembro de 1622, em Lion, França. O culto ao Santo começou no próprio momento de sua morte. 


Ele é celebrado no dia 24 de janeiro porque neste dia, do ano de 1623, as suas relíquias mortais foram trasladadas para a sepultura definitiva em Anneci. Sua beatificação, em 1661, foi a primeira a ocorrer na basílica de São Pedro em Roma. Foi canonizado quatro anos depois. Pio IX declarou-o Doutor da Igreja e Pio XI proclamou-o o Padroeiro dos jornalistas e dos escritores católicos. Dom Bosco admirava tanto São Francisco de Sales que deu o nome de Congregação Salesiana à Obra que fundou para a educação dos jovens.

Dia a dia com São Francisco de Sales


No dia 14 de setembro de 1594 Francisco de Sales e seu primo Luís de Sales partiram do Castelo de Sales como missionários para o Chablais. 

Levavam apenas a Bíblia, o livro da liturgia das Horas e o livro das "Controvérsias" do Padre Bellarmino. 

Foram a pé e sem nenhum recurso, pois o pai de Francisco tinha proibido ajudar seu filho, para que ele desistisse da missão.

Mais tarde, Francisco dirá numa carta: 

"Tudo o que se faz por amor, é amor. Cansaço e até a morte, aceitos por amor, não é outra coisa que amor! Hoje é o dia da Santa Cruz. Que lindo e digno do nosso amor! Foi um trabalho duro erguer o lenho e plantá-lo no Calvário, mas que felizes são os que amam a cruz e a carregam generosamente. 
Ela aparecerá em toda a sua glória no céu, quando nosso Senhor Jesus Cristo vier para julgar os vivos e os mortos para ensinar-nos que o céu é o altar dos crucificados. Por isso, queiramos bem as cruzes que encontrarmos em nosso caminho." (Cartas 713)

São Francisco de Sales


De família muito rica, nasceu na França, em Saboia, estudou com os jesuítas e não quis mais retornar a vida secular. Era de extrema simplicidade e de inteligência privilegiada. Tornou-se doutor em Direito Canônico ainda jovem, em 1591, aos 24 anos, na Universidade de Pádua. Ordenou-se padre contra a vontade de seus pais, e logo foi indicado reitor em Genebra, Suíça, onde mais tarde, em 1599, seria ordenado Bispo.
Em seu primeiro trabalho como padre jesuíta imprimiu folhetos e os distribuiu à população da Saboia, uma região entre a França, a Suíça e a Itália, explicando os erros do protestantismo exatamente numa área onde os nervos estavam exaltados e os protestantes eram maioria. Conscientemente, colocava sua vida em risco. 
Foi diretor espiritual de um sacerdote de imenso coração que viria a se tornar São Vicente de Paulo. Ajudou Santa Joana Francisca de Chantal, de quem também foi diretor espiritual, a criar a Ordem da Visitação de Santa Maria.


Criou uma linguagem de símbolos para se comunicar com deficientes auditivos, o que o tornou padroeiro deles. Durante o surgimento do calvinismo, uma derivação do protestantismo, conseguiu trazer de volta à Igreja mais de 70 mil almas, na própria Suíça, terra de Calvino.

Por seu brilhante conhecimento doutrinário, foi considerado pelo Papa Paulo VI como um grande preparador das deliberações e decisões do Concílio Vaticano II. Dois de seus livros são considerados clássicos espirituais pela Igreja, que ainda hoje são impressos: 'Introdução à vida devota', também chamado de 'Filotéia', e 'Tratado do Amor de Deus'.
Tão grande era a sua grande inspiração que era reconhecido por ser capaz de ensinar a piedade aos impiedosos. A clareza de suas idéias e a quantidade de seus escritos, ao todo 30 volumes compostos de cartas, pregações e ensaios, fizeram dele o padroeiro dos escritores católicos. Os jornalistas também o têm como patrono.
Morreu em 1622, aos 55 anos, em Lyon, França, mas em 1632, quando exumaram seu corpo, o encontraram incorrupto, suas articulações ainda estavam flexíveis e todo o esquife tinha uma agradável fragrância.
Dom Bosco, chamado pelo Papa João Paulo II de 'Pai e Mestre da juventude', inspirado por suas obras fundou em 1865 a Pia Sociedade São Francisco de Sales, chamada de salesiana. Luis de Brisson, sacerdote francês, fundou em 1872 os Oblatos de São Francisco de Sales, ordem religiosa que divulga suas obras. Mais tarde, foi criada também as Oblatas de São Francisco de Sales, ordem feminina.
Ele escreveu: "Não perca a sua paz interior por nada, nem se todo o seu mundo parece vir abaixo. Se se dá conta que se afastou da proteção de Deus, conduza o seu coração de volta para Ele de modo tranquilo e simples."
É amplamente reconhecido como um dos maiores entre os Doutores da Igreja. Tinha em Nossa Senhora sua grande inspiradora, além de protetora contra as tentações do inimigo.


Reflexão Salesiana para o domingo da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria – 21 de agosto

No dia de hoje, 21 de agosto, lembramos o nascimento de São Francisco de Sales. Ele nasceu numa quinta-feira, entre oito e nove horas da noite do dia 21 de agosto de 1567, num quarto dedicado a São Francisco de Assis, castelo de Sales. Nasceu prematuro. Batizaram-no imediatamente. O batismo solene foi realizado no domingo seguinte, na igreja de Thorens. São Francisco de Sales é considerado o “pai da espiritualidade moderna”. Por isso neste dia, colocamos alguns pensamentos dele referente à Maria, “a mais amante e a mais amada das criaturas”.
Olhando as inúmeras pinturas de São Francisco de Sales poderíamos dizer que se destacam aquelas em que ele aparece com Nossa Senhora. Quando estive em Chieri, em 2004, vi um destes quadros, fotografei e depois fiquei sabendo que, diante dele, o seminarista João Bosco, nosso Pai e Fundador, esteve ali muitas vezes rezando e pedindo luzes para realizar a sua vocação. Com este quadro desejo homenagear São Francisco de Sales no dia em que lembramos o seu nascimento.


Celebramos hoje a Assunção de Maria. A este propósito, São Francisco de Sales observa:

A sagrada tradição ensina que Maria morreu e foi para o céu em um estado de glória. Maria se elevou em honra do seu Filho, e também para despertar a santidade em nós. Todas as suas ações tinham como objetivo glorificar o seu Filho. Maria também deseja que cada uma de nossas ações sirva para glorificar a Deus.

Após a morte de seu Filho, a Mãe de Jesus tornou-se irrefutável testemunho da verdade de sua natureza humana. Converteu-se também numa luz para os fiéis que estavam profundamente angustiados. Com que devoção ela deve ter amado o seu corpo sagrado, sabendo que era a fonte viva do corpo de Salvador. Ainda assim, para servir bem a Deus, ela deveria dar uma trégua ao seu corpo cansado, a fim de recuperar suas forças. Sem sombra de dúvida, cuidar de nossos corpos é um dos melhores atos de caridade que podemos realizar. Como o grande Santo Agostinho, o amor sagrado de Deus em nós se reflete na obrigação de amar o nosso corpo adequadamente, uma vez que é necessário para realizar boas obras, faz parte da nossa pessoa, e compartilhará conosco a felicidade eterna.

Na verdade, o cristão deve amar o seu corpo, porque é a imagem viva do Salvador encarnado. Somos descendentes da mesma linhagem, e, portanto, nossa origem e nosso sangue pertencem a ele. Como Maria, devemos estar conscientes de nossa excelência humana para poder dar glória a Deus usando os dons que Ele nos deu. Na ressurreição geral nossos corpos mortais serão imortais, e serão refeitos à imagem e semelhança de Nosso Senhor.

Maria nos pede que permitamos ao Seu Filho reinar em nossos corações. Examinemos os afetos do nosso coração para ver se eles estão em sintonia, de modo que, como Maria possamos cantar os grandes feitos que Deus está fazendo em nós. Em meio a todos os perigos, em meio a tempestades, "Voltem seus olhos para a estrela do mar e a invoquem." Com a sua ajuda seus barcos chegarão ao porto sem sofrer desastre nem o naufrágio.

(Adaptação dos Sermões de São Francisco de Sales, L.Fiorelli, Edições)



Alguns trechos de sermões onde São Francisco de Sales fala sobre Maria:

“É costume a gente dizer: ‘Tal vida, tal morte’. Em minha opinião, que morte então teve Nossa Senhora a não ser uma morte de amor? Não resta dúvida que ela morreu de amor. Na sua vida não se percebem raptos nem êxtases, porque toda a sua vida foi um rapto de amor ardente, mas tranquilo e acompanhado de uma grande paz. Ainda que este amor fosse sempre crescendo, este aumento não ia aos saltos, mas avançava como uma corrente, quase imperceptivelmente. Chegando a hora de deixar esta vida, o amor fez a sua alma separar-se do corpo, e a morte não sendo outra coisa que essa separação. Já que era toda pura, sem mancha alguma de pecado, ela foi levada diretamente para o céu”. (Sermões 21; O. C. IX, pp. 182-183)

“Na presença de nossa Rainha, assunta para o céu, apresentemos humildemente o nosso coração como o ‘orvalho do Hermon’ (Sl 132,3) que destila por tudo da sua santa plenitude de graças. Que sublime é a perfeição desta pomba em comparação com todos nós. Oh, como tenho desejado que, no meio do dilúvio das nossas misérias, ela nos alcance o ramo do santo amor, da pureza, amabilidade e oração, para levá-lo, como sinal da paz, ao seu querido Jesus. Jesus viva! Maria viva, o sustento da minha vida!” (Cartas 1230; O.C. XVII, p. 271)

A mais amante e a mais amada das criaturas

São Francisco de Sales inicia sua obra Tratado do Amor de Deus com uma oração dedicada a Virgem Maria, “Rainha do amor soberano”, “a mais amável, a mais amante e a mais amada de todas as criaturas”.

A devoção mariana de São Francisco de Sales tem raízes profundas. Provém de uma profunda fé, viva, enraizada no mistério de Cristo e de Maria. Maria é a criatura mais amada de Deus: Ele colocou nela suas complacências desde toda a eternidade, escolhendo-a e destinando-a para ser a mãe de seu único Filho. Por ser a amada de Deus, é a amante por antonomásia do Filho de suas entranhas: o ama com ternura maternal, da mesma maneira que amou o Pai. J. P. Camus diz que SFS desde seus mais tenros anos a honrou e se alistou nas confrarias e congregações a ela dedicadas. Aprendeu desde os sete anos a rezar o rosário que para ele era verdadeira oração contemplativa, que fazia devagar, lentamente, saboreando os mistérios que contempla. Ainda estudante fez o voto de rezar todos os dias de sua vida o rosário. No Colégio Clermont de Paris fazia parte da Congregação de Maria. Depois veio o combate, a crise. É a Maria que recorre, rezando diante do seu altar (Virgem negra) na Igreja de Santo Estevão de Gres o “Lembrai-vos...” Ali faz o voto de castidade que é renovado em Loreto. Maria o conduz e guia ao sacerdócio. Está presente no seu trabalho missionário no Chablais, como o está depois em sua pregação e ensinamento como Bispo. “Recebi a consagração episcopal no dia da Concepção da Virgem Maria, Nossa Senhora, em cujas mãos coloquei a minha sorte”. Depois funda em 06 de junho de 1610 a Ordem da Visitação de Santa Maria.

Na sua doutrina mariana, dois princípios são muito claros: Maria é infinitamente inferior a Deus e ao Verbo encarnado, a Jesus; Ela é criatura, mas ao mesmo tempo é extremamente superior a qualquer criatura, incluídos os anjos e os santos. É Mãe de Deus e, portanto, inigualável a todos os demais seres criados. A escolha de Deus e sua incomparável vocação a ser a Mãe de seu Filho, a situam num lugar único na vida da Igreja.

São Francisco de Sales é testemunho preclaro do equilíbrio que a Igreja manifesta no culto que tributa a Virgem Maria. Mostra-se em desacordo com aqueles que, movidos por um excesso de devoção, “oferecem um sacrifício” a Maria, bem como com os que, por defeito, “recusam a honra que lhe tributam os católicos”. E escreve neste sentido: “A uns, a Igreja mostra que a Virgem é criatura, mas tão santa, tão perfeita, tão perfeitamente aliada e unida a seu Filho, tão amada e querida por Deus, que não se pode amar ao Filho mais do que pelo amor dela... e aos outros ela lhes diz que: o sacrifício e o culto supremo de latria só pode ser dado ao Criador...” (Sermão da festa da Assunção, 1602, OEA VII, 458)

Nestes princípios básicos se assenta a teologia e a espiritualidade salesiana. O magistério pontifício se baseou em seus textos para declarar alguns dos dogmas marianos, como o da Imaculada Conceição e o da Assunção. Duzentos e cinquenta anos antes da promulgação do dogma, a doutrina salesiana defende com clareza: que Maria, em consideração dos méritos de seu Filho, Jesus Cristo, foi revestida desde o primeiro instante de sua existência com a graça santificante e que, por conseguinte, foi preservada de todo o pecado; foi concebida sem mancha, sem pecado original. Desde o começo de sua existência possuiu a vida divina da graça para que assim pudesse chegar a ser a Mãe do Redentor, tal como Deus mesmo quis. Uma vez consumada sua carreira terrena, foi elevada em corpo e alma a glória dos céus. Também aqui, unido a uma firma tradição eclesial, o Bispo de Genebra se adianta no ensinamento do dogma católico.

“Maria já não é mais do que amor”. A prova definitiva do amor da Mãe para com seu filho se encontra no Calvário, “o monte dos amantes”, “a verdadeira academia da caridade”. (TAD, XII, 13) Ali o amor se empapa de dor, e a dor, de amor. O maravilhoso intercâmbio: “Filho, eis ai tua mãe”. “Mãe, eis ai teu filho”. Não se trata de uma substituição, mas de uma incorporação real. Maria que está oferecendo e entregando seu Filho ao Pai, tem que renunciar ao Filho amado e aceitar, em seu lugar, toda a humanidade, representada em João.

Na devoção e na espiritualidade mariana trata-se de chegar a viver em plenitude o amor que Deus tem por nós, como o viveu Maria. Trata-se de buscar e cumprir a vontade de Deus como Ela. De tentar chegar à perfeição. Para São Francisco de Sales, Maria é a “mestra da santidade”. Na escola de Maria aprenderemos a amar a Deus de todo o coração como ela o fez. “É a particular auxiliadora das almas que se dedicam a Nosso Senhor.” (Sermão da festa da Anunciação, Obras seletas de SFS, I, 360). A atitude amante de Maria infunde e inspira as atitudes de confiança amorosa. A espiritualidade mariana é sempre missionária. Maria está vinculada à missão da Igreja, porque no centro de toda a atividade apostólica está Cristo. Toda a ação missionária orienta para Cristo: para conhecê-lo e para fazê-lo conhecer, para anunciar seu amor e testemunhá-lo no meio das pessoas. E neste caminho se encontra Maria.





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DEFESA DAS APARIÇÕES DE JACAREI

DEFESA ÀS APARIÇÕES DE JACAREÍ


(FEITA POR UM PEREGRINO, AO CONTEMPLAR UM VÍDEO FALANDO MAL DAS MESMAS CITADAS ACIMA, E SOBRE A CARTINHA DO BISPO DA ÉPOCA, ALEGANDO QUE AS APARIÇÕES NÃO ERAM VERDADEIRAS)


NÃO SEI QUEM FEZ MAS PRA MIM ESSA PESSOA MERECIA UMA MEDALHA DE HONRA DE NOSSA SENHORA POR ESTA BELA DEFESA

"Quando você diz que devemos dar ouvidos ao que os padres dizem a respeito das aparições de Jacareí, corre em um ledo engano, pois, a “opinião pessoal” deles é que não pode ser elevado ao nível de “dogma de fé”. As cartas de Dom Nelson são muito citadas pelos que latem que estas Sagradas Aparições são falsas. Portanto, mister se faz alguns esclarecimentos. Há duas cartas oficiais onde este indigitado bispo trata da matéria “aparições”. Uma primeira, publicada em 1996, enquanto o mesmo ainda era bispo de São José dos Campos (diocese a qual pertence Jacareí). Nesta, não há menção alguma ao nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, muito menos, excomunhão, há somente algumas orientações pastorais. A segunda, publicada em 2007 e republicada em 2011, realmente traz explicitamente o nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, porém, nesta, a palavra “excomunhão” é sequer mencionada.

Ainda há um probleminha com esta segunda carta. O dito bispo (certamente pela providência de Nossa Senhora) foi transferido para a diocese de Santo André/SP em 2003, e, observem, a segunda carta publicada por ele ocorreu no ano de 2007, quando já havia deixado de ter jurisdição eclesiástica sobre a cidade de Jacareí. Portanto, o mesmo, ao editar esta carta, violou a jurisdição eclesiástica conferida a ele pela Igreja, e, ainda, violentou gravemente a autoridade de Dom Moacir, então, bispo da Diocese de São José dos Campos, que, se quisesse, poderia ter criado o maior caso com isso, pois Dom Nelson desrespeitou frontalmente e atropelou sua autoridade eclesiástica, uma verdadeira afronta. Então eu lhes pergunto, vocês ainda vão dar credibilidade a um documento irregular e eivado de vícios como esse?

Vale lembrar, que não é obrigatório seguir estas cartas circulares dos bispos. Não há heresia nem cisma nisso. Um católico somente pode ser acusado de cismático ou herege se atentar contra os Dogmas de Fé. Que eu saiba, carta circular de bispo não é Dogma de Fé. Como a primeira carta de Dom Nelson não condena as Aparições de Jacareí, e a segunda está irregular, pode-se dizer que não pesa condenação oficial e regular da Igreja sobre estas Santas Aparições. Além do mais, até o presente momento, Dom José Valmor, que atualmente tem jurisdição eclesiástica sobre Jacareí, não fez pronunciamento oficial sobre as mesmas. Documento oficial onde o Profeta Marcos foi excomungado, também é inexistente, portanto, qualquer informação que diga o contrário é fruto de pura “fofoca”.

Ressalto que em Jacareí, realmente, não damos tanta importância aos documentos do Vaticano. O que nós realmente valorizamos é a doutrina que nos foi transmitida pelos santos, como Santo Afonso, São Luiz, Santa Teresa, São João da Cruz, etc... Outro adendo que gostaria de acrescentar, diz respeito ao fato da obrigatoriedade ou não das Sagradas Mensagens Celestiais. A orientação predominante entre os teólogos católicos, de que não é obrigatório seguir as Aparições de Nossa Senhora, se funda em meras opiniões pessoais de alguns clérigos a respeito do assunto. Esta orientação não tem o caráter da infalibilidade papal e muito menos é um Dogma de Fé. Realmente, o catecismo atual traz algo nesse sentido, mas vale lembrar que o mesmo não recebeu o caráter da infalibilidade pelo Concílio Vaticano II. Bem ao contrário do Santo Catecismo do Concílio de Trento. Este sim, recebeu o caráter de infalível. Ocorre que nossa amada Igreja há muito se transviou de uma tradição bíblica milenar, através da qual o “Deus dos Exércitos” sempre manifestou sua vontade ao povo de Israel por meio de suas aparições aos profetas (mesmo fenômeno que ocorre com o, também, profeta Marcos Tadeu, pois os fenômenos miraculosos e de aparições que ocorrem naquele Santuário, são da mesma espécie dos verificados na Sagrada Bíblia).

Ora, nos tempos bíblicos não era através dos fariseus, saduceus, príncipes e doutores da lei (a Igreja oficial da época) que Deus dava as suas diretrizes ao povo eleito, mas sim, através dos profetas, em outras palavras, dos videntes. Nos primórdios do cristianismo, também ocorria assim, pois, a própria origem da nossa amada Igreja se funda nas “aparições” de Jesus aos apóstolos e discípulos. Então, por que esta tradição bíblica foi quebra? Será que é porque as aparições aos profetas cessaram? Errado, pois nos últimos 100 anos ocorreram mais de 1000 aparições de Nossa Senhora, dos santos e anjos, e até de Deus.
A pergunta correta é, por que o clero tenta abafar isso, pois grande parte, senão todas, destas aparições também foram acompanhadas de sinais miraculosos, como, curas inexplicáveis pela ciência, sinais na natureza, etc... Se Deus usava deste expediente nos tempos bíblicos, certamente deveria continuar a usá-lo nos tempos do catolicismo, pois uma grande verdade que a Teologia professa é que Deus é imutável. Não citarei as passagens bíblicas onde Deus manifesta sua vontade através dos videntes/profetas, pois se assim fizesse, teria que citar a Bíblia inteira, pois a própria formação e ensinamentos nela transmitidos se dão por este meio. Gostaria apenas de citar um pequeno exemplo de qual atitude deveremos tomar frente às Aparições de Jacareí, tomando por base a Bíblia. Saulo, quando se dirigia à cidade de Damasco e Jesus lhe “aparece” exclama: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9, 6). Naquela ocasião, Jesus disse a ele para procurar os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! O ordenou que entrasse na cidade de Damasco e ali lhe seria dito o que deveria fazer. Beleza. E quem Deus enviou para Saulo? Os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! Mas Ananias, um vidente. Como eu sei que Ananias era um vidente? As Sagradas Escrituras nos contam que foi uma aparição de Jesus que disse para ele ir procurar Saulo. É só conferir At 9, 10-16ss.

Outro exemplo foi Judas Iscariotes; este preferiu errar com a Igreja oficial da época (lembra né, fariseus e saduceus) que acertar sem ela. Bom... Errou mesmo! E segundo alguns santos místicos, como Maria de Ágreda, sua alma se encontra no inferno. Assim, a posição teológica defendida pela maioria dos teólogos atuais, de que as aparições não são obrigatórias, falando em termos de estudo teológico da atualidade, é perfeitamente passível de questionamento, e, inclusive, daria uma boa tese de doutoramento. É um posicionamento que pode ser mudado. Não é Dogma de Fé. Gostaria de finalizar este ponto dizendo o seguinte. Jesus tolerou para sempre aquela Igreja oficial da época (o judaísmo) que rejeitou o projeto que suas aparições aos Apóstolos (que também eram videntes) propunha? Claro que não!!! Por causa disso, Deus se retirou do meio daquela Igreja e passou a habitar no meio dos seus videntes, os apóstolos e discípulos, e, assim, surgiu a nossa amada Igreja Católica (Mt 21, 39-45).

Não é objetivo do Profeta Marcos Tadeu, nem de sua Ordem e muito menos de nós, a Milícia da Paz (formada por todos os fiéis seguidores daquele Santuário) provocar um cisma na Igreja. Nós apenas denunciamos os erros (prerrogativa esta, conferida aos leigos pelo próprio Concílio Vaticano II), lutamos para que a devoção a Nossa Senhora, aos santos e anjos seja colocada em seu devido lugar, e que as suas mensagens, e as dos demais santos, e até as de Deus, seja acolhida como nos tempos Bíblicos, pois acreditamos que se isto não for feito, irá se abater gigantescos cataclismos sobre a Terra, de uma tal magnitude que nunca houve, nem jamais haverá. Acreditamos que esta “palavra de Deus” transmitida nas aparições é o caminho e a única forma de salvar o mundo, e qualquer obra, ou pessoa, que ensine ou faça diferente do que elas dizem, é desprezada por nós. O motivo para isto é muito simples. Desde tempos remotos, as Aparições de Nossa Senhora (inclusive as não aprovadas pela Igreja) vêm dizendo o que aconteceria ao mundo se esta “palavra de Deus” não fosse obedecida. Resultado, tudo o que elas disseram, em um passado remoto, está se cumprindo na atualidade. Então, não há outra conclusão a se fazer, a não ser admitir que elas eram verdadeiras, e que o clero errou. Aliás, o histórico de erro do clero é algo realmente interessante. Basta citar a condenação que pesou durante 20 anos sobre as Santas Aparições de Jesus Misericordioso à Santa Faustina, e não foi por um “bispozinho” qualquer. Foi pelo próprio papa da época. Se não fosse a atuação do então Cardeal Karol Józef Wojtyła, futuro Papa João Paulo II, estas aparições estariam condenadas até os tempos atuais, e, certamente, você seria um grande opositor delas, não é? Infelizmente, como atualmente o número de Cardeais, e clérigos em geral, com este nível de espiritualidade é praticamente nulo... tadinha das aparições... snif. Praticamente nenhum deles entende de Teologia Mística, o estudo apropriado para se avaliar as aparições e estudá-las.

Além do mais, as aparições de La Salette, Lourdes e Fátima, para quem conhece mais a fundo sua história, verá que elas na verdade não foram aceitas pelo clero. Muito pelo contrário, este as combateu com todas as suas forças. Na realidade, o que ocorreu, é que os fiéis praticamente as fizeram descer goela abaixo na garganta do clero, de tal modo, que eles não tiveram outra opção a não ser aprová-las. E, mesmo nestas que foram aprovadas, o estrago que o clero fez é algo incomensurável. Não as divulgou como deveria; se o corpo incorrupto de Santa Bernadete estivesse no Santuário de Lourdes iria converter milhões de fiéis, no entanto está praticamente escondido no convento de Nevers; o corpo incorrupto de Santa Jacinta foi escondido dos fiéis; a esmagadora maioria dos vaticanistas da Itália é de acordo que, até hoje, o terceiro segredo de Fátima não foi revelado em sua integralidade; a consagração da Rússia não foi feita como Nossa Senhora pediu até os dias atuais, etc... E isso, só para citar os danos que me vem à mente neste momento.

No Santuário das Aparições de Jacareí, o Profeta Marcos está resgatando tudo aquilo que a Igreja e a sociedade tanto se esforçaram para extinguir, os escapulários, medalhas, mensagens, enfim, a salvação do mundo que Nossa Senhora nos revelou e ofereceu com tanto amor ao longo de suas aparições na história. Sem dúvida, lá está se cumprido a passagem da Escritura na qual se diz: “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas...” Mt 13,52 É uma nova aparição que resgata todas, até as mais antigas. Portanto, se ainda quiserem seguir a doutrina da cabeça deste cara de que não precisamos de aparições, o problema é de vocês. Aliás, se formos pensar bem, porquê Deus, Nossa Senhora os anjos e os santos apareceriam, né? Afinal de contas, nosso mundo está uma verdadeira maravilha, não é? Não temos problemas de droga, prostituição, corrupção, degradação moral, depressão, decadência da Igreja, violência, roubos, assassinatos, guerras, miséria..., todos os sacerdotes são verdadeiros Serafins de santidade, enfim, o Vaticano está dando conta do recado... Só não está apresentando um desempenho melhor devido a um “pequeno” probleminha de tráfico de influência entre os altos clérigos, desvio de verbas do banco do Vaticano, looby gay entre os padres, pedofilia generalizada, um papa progressista e comunista..., mas, afinal de contas, são probleminhas fáceis de serem solucionados, né? É... Em um mundo maravilhoso e em ótimo funcionamento como esse, realmente não entendo o motivo de tantas aparições..."