quinta-feira, 10 de abril de 2025

10 de abril - São Macário da Antioquia

+1012

Macário recebeu esse nome por causa de seu tio e padrinho de batismo: o bispo de Antioquia. Mas dele não herdou apenas o nome, como também sua religiosidade e o destino: ser líder e ocupar um posto importante na Igreja. 

Macário nasceu na Armênia, no final do primeiro milênio, foi educado sob a orientação do tio-padrinho e cresceu preparando-se com esmero para tornar-se um sacerdote, o que aconteceu assim que atingiu a idade necessária. Também não causou nenhuma surpresa sua indicação para suceder o tio como bispo. 

Nesse posto, Macário realizou o apostolado que depois seria a causa de sua canonização. Pregava diariamente, visitava todos os hospitais confortando os doentes e dividindo tudo o que tinha com os pobres. O que resultou disso foi a conversão constante de pagãos. Ainda nessa fase, conta a tradição que aconteceu um prodígio presenciado por muitos: Macário, quando se ajoelhava para rezar, ficava tão emocionado que levava constantemente, entre as mãos, um pano para enxugar as lágrimas. 

Um leproso teria aplicado esse pano ainda úmido sobre suas feridas e se curado da terrível doença. Bastou para que, diariamente, uma multidão de doentes procurasse a casa do bispo Macário para receber sua bênção. Assim, outras graças se sucederam. 

Porém a fama desagradava o humilde bispo. Ele, então, empossou um substituto para a diocese, o padre Eleutério, e buscou a solidão. Na companhia de quatro sacerdotes, viajou como penitente à Terra Santa, peregrinou aos lugares sagrados e passou a pregar. Converteu centenas de muçulmanos e com isso provocou a ira dos poderosos. Preso e torturado, foi deixado à noite pregado por enormes pregos que perfuravam seus pés e mãos, no chão de uma cela, numa espécie de crucificação. Entretanto, durante a noite, um anjo apareceu na cela e libertou Macário dos pregos. As portas da prisão se abriram sozinhas e ele ganhou a liberdade. Assim dizem os escritos da tradição cristã. 
Macário ainda evangelizou e praticou curas na Alemanha, Bélgica, Holanda e Itália. 

Foi por essa época que teria apagado um incêndio em Malines, Bélgica, ao fazer o sinal da cruz. Terminou seus dias no convento dos agostinianos de São Bavo, em Ghent, também na Bélgica, mas decidiu que morreria em sua terra natal. Mesmo gravemente doente, conseguiu fazer a viagem de volta enfrentando pelo caminho a peste, que dizimava populações. Sua história se fecha com outro fato prodigioso: comunicou aos companheiros que seria a última vítima da peste. E tudo aconteceu como ele dissera. 

Depois que o bispo Macário morreu, em 10 de abril de 1012, ninguém mais perdeu a vida por causa daquele mal contagioso. Sua festa litúrgica ocorre no dia do seu trânsito, sendo considerado o padroeiro das grandes epidemias.

10 de abril - Dia de Santa Madalena di Canossa


Virgem
Fundadora da Família Canossiana 
Filhos e Filhas da Caridade

Madalena di Canossa, uma mulher que acreditou no amor do Senhor Jesus e, enviada pelo seu Espírito entre os irmãos mais necessitados, os serve com coração de mãe e fervor de apóstola.
Nasceu em Verona no dia 1° de março de 1774, de família nobre e rica, terceira de seis irmãos.
Através de etapas dolorosas, como a morte do pai, o segundo casamento da mãe, a doença, a incompreensão, o Senhor a guia por estradas imprevisíveis que Madalena tenta, com esforço, percorrer.

Uma chamada

Atraída pelo amor de Deus, aos 17 anos deseja consagrar a própria vida a Ele e por duas vezes tenta a experiência do Carmelo.
Mas o Espírito a solicita interiormente a percorrer um caminho novo: deixar-se amar por Jesus, o Crucifixo, pertencer a Ele somente, para ser totalmente disponível aos irmãos afligidos por vários tipos de pobreza.

Retorna em família e, constrangida por acontecimentos dolorosos e pelas circunstâncias históricas trágicas do final do século XVIII, guarda secretamente no fundo do coração a sua chamada e se insere na vida do Palácio Canossa, aceitando a administração do vasto patrimônio familiar.

Um dom
Com empenho e dedicação, Madalena cumpre seus deveres quotidianos e amplia seu círculo de amizades, permanecendo aberta à ação misteriosa do Espírito, que gradualmente plasma o seu coração e a rende participante da paixão do Pai pelo homem, manifestada no dom total e supremo de Jesus na Cruz, no exemplo de Maria, a Virgem Mãe Dolorosa.
Iluminada desta caridade, Madalena se abre ao grito dos pobres famintos de pão, de instrução, de compreensão e da Palavra de Deus. Descobre-os nos bairros periféricos de Verona, onde as repercussões da Revolução Francesa, o alternado domínio de Imperadores estrangeiros, as Páscoas veronesas haviam deixado sinais de evidentes devastações e de sofrimento humano.

Um projeto 
Madalena procura e encontra as primeiras companheiras chamadas a seguir Cristo pobre, casto, obediente, e enviadas a testemunhar a sua incondicionada caridade entre os irmãos.
Em 1808, superadas as últimas resistências de sua família, Madalena deixa definitivamente o palácio Canossa para dar início, no bairro mais pobre de Verona, àquela que interiormente reconhece ser a vontade do Senhor: servir aos homens mais necessitados com o coração de Cristo!

Uma profecia

A Caridade é um fogo que se propaga! Madalena se torna disponível ao Espírito que a guida até os pobres de outras cidades: Veneza, Milão, Bérgamo, Trento ... Em poucos decênios as fundações da Canossa se multiplicam, a Família religiosa cresce a serviço do Reino!
O Amor do Crucificado Ressuscitado arde no coração de Madalena que, com as companheiras se torna testemunha do mesmo Amor em cinco âmbitos específicos: a escola de caridade para a promoção integral da pessoa; a catequese a todas as categorias, privilegiando os distantes; a assistência voltada principalmente aos enfermos dos hospitais; os seminários residenciais para formar jovens professoras de áreas rurais e preciosas colaboradoras dos párocos nas atividades pastorais; cursos de exercícios espirituais anuais para as damas da alta nobreza, com o objetivo de incentivá-las espiritualmente e envolvê-las nas várias áreas caritativas.
Em seguida, esta atividade se estende a todas as categorias de pessoa.
Em torno à figura e à obra de Madalena gravita uma constelação de outras Testemunhas da Caridade: Naudet, Rosmini, Provolo, Steeb, Bertoni, Campostrini, Verzeri, Renzi, os Cavanis, Leonardi, todos fundadores de outras famílias religiosas.

Uma Família 

A Instituição das Filhas da Caridade entre 1819 e 1820 obtém a aprovação eclesiástica nas várias Dioceses onde as Comunidades existem. Sua Santidade Leão XII aprova a Regra do Instituto com o Breve Si Nobis em 23 de dezembro de 1828.
Perto do fim de sua vida, depois de repetidas tentativas com D. Antonio Rosmini e D. Antonio Provolo, Madalena consegue dar andamento ao Instituto masculino, que havia já projetado no seu primeiro Plano de Caridade.

No dia 23 de maio de 1831 abre em Veneza o primeiro oratório dos Filhos da Caridade para a formação cristã dos jovens e adultos, confiando-o ao Sacerdote veneziano D. Francesco Luzzo, auxiliado por dois leigos de Bérgamo: Giuseppe Carsana e Benedetto Belloni. Madalena encerra sua intensa e fecunda existência terrena com apenas 61 anos.

Morre em Verona, assistida pelas suas Filhas no dia 10 de abril de 1835. Era uma sexta-feira da paixão!

Uma Missão

Sobretudo façam conhecer Jesus Cristo! A grande paixão do coração de Madalena, é a grande herança que as Filhas, e os Filhos da Caridade são chamados a viver, uma disponibilidade radical, "dispostos pelo divino serviço a ir a qualquer país, até mesmo o mais remoto " (Madalena, Ep. II / I, p. 266).

As Filhas da Caridade atravessam o oceano para o extremo-oriente em 1860. Atualmente são cerca 4.000, presentes nos cinco continentes, subdivididas em 24 organismos.
Os Filhos da Caridade são cerca 200 e atuam em diversas cidades da Itália e além-mar.

Irmãs e Irmãos Canossianos chamados "ad Gentes" se fazem atentos e receptivos às "sementes do Verbo" presentes em cada cultura e com o seu testemunho anunciam " aquilo que viram, ouviram, contemplaram... ": o Amor do Pai que em Cristo Jesus atinge cada homem para que tenha a vida. Neste dar e receber, o carisma se enriquece e se torna fecundo para o Reino!

O carisma que o Espírito suscitou em Madalena não esgota certamente a sua vitalidade nas formas dos dois institutos.

Resulta então que diversos grupos de leigos descobrem em Madalena e no seu dom o seu modo particular de viver a fé, de testemunhar a caridade nos vários âmbitos apostólicos das comunidades cristãs.

Um Canto de Gratidão

A Igreja indica Madalena a todos nós, em particular aos seus Filhos e Filhas, como uma Testemunha do amor generoso e fiel do nosso Deus.
A Ele agradecemos o dom desta Mãe e Irmã e pela sua intercessão pedimos, poder amá-Lo, como Ela, acima de todas as coisas e fazer com que os homens do nosso tempo O conheçam, vivendo a nossa específica vocação.
No Brasil sua festa é celebrada no dia 8 de maio.


"A plenitude do Amor"
Verona - Casa Mãe
Filhas da Caridade Canossianas


Onde Nasce
Madalena de Canossa dá início à sua obra aos 34 anos, depois de uma longa e dolorosa procura da missão que Deus lhe destinava.


Nasce em Verona, no dia 1 de Março de 1774, numa família nobre. É a terceira de cinco filhos do Conde Ottavio e da Condesas Szluha.
Deus guia Madalena por estradas imprevisíveis que ela com esforço e dificuldade procura compreender, desde a morte do pai, ao abandono da mãe, à doença e à incompreensão.
Aos 17 anos, pensa ser chamada à vida de clausura e por duas vezes faz a experiência no Carmelo.
Os seus sonhos

Na sua indefesa actividade e grande responsabilidade familiar, Madalena, encontra tempo para se dedicar à oração, à contemplação do Amor de Cristo na Cruz e de Nossa Senhora das Dores.
Estimulada pelo Amor imenso de Deus, abre-se ao grito dos pobres famintos de pão, de instrução e de Deus.

As suas realizações
Em 1808, depois de superar as últimas resistências da parte da sua família, deixa o palácio Canossa para dar início, em Verona, ao que ela interiormente reconhece ser a vontade do Senhor, servir Cristo nos pobres.



O Amor em Madalena é como o fogo que se espalha cada vez mais e leva-a a abrir o coração às urgentes necessidades de outras cidades como Veneza, Milão, Bérgamo, Trento ...
E em poucas décadas de anos funda novas casas, novas comunidades, onde as Madres Canossianas, com o mesmo zelo da Fundadora, procuram fazer com que "Jesus seja conhecido e amado". Madalena obtém a aprovação da regra em 1828. Morreu em Verona, assistida pelas primeiras irmãs que com ela iniciaram o Instituto, morre a 10 de Abril de 1835. A 7 de Dezembro de 1941, foi proclamada Beata pelo Papa Pio XII. No dia 2 de Outubro de 1988, é proclamada Santa, pelo Papa João Paulo II.


Madalena aberta ao mundo
O Espírito das Filhas da Caridade é "serem desapegadas de tudo... e, pelo serviço de Deus, disponíveis para ir até ao país mais longínquo".
(Madalena, Ep.II/1, p. 266) 

S. Maddalena di Canossa

Animadas pelo fervor apostólico de Madalena, as Filhas da Caridade embarcaram pela primeira vez, em 1860, para o Extremo Oriente,a fim de difundir "a Boa Nova" entre os povos que ainda não conheciam o anúncio evangélico.
Hoje, o Instituo das Filhas da Caridade está presente nos cinco continentes.
Filhas da Caridade

Madalena de Canossa é também Fundadora do Instituto dos Filhos da Caridade. Eles, durante cerca de um século, resistiram às dificuldades próprias do seu crescimento na Igreja.
Mas, como é necessário que o grão de trigo morra para dar muito fruto, os Canossianos viveram este tempo de espera na fidelidade ao Carisma e sobretudo no humilde e generoso serviço aos pobres e desprotegidos.
Nos nossos dias, os Filhos da Caridade estão presentes em diversos países do mundo, a testemunhar aquele grandeAmor Grande que abraça sem distinção, todos os irmãos.


Movimento Laical Canossiano
"Jesus não é amado porque não é conhecido"
(Madalena, R.s.s., I, p. 180)
O chamanento apostólico de Santa Madalena estende-se aos leigos, que, em sintonia com o seu Carisma radicado no Espírito de Jesus Crucificado, querem colaborar no seu ambiente de vida e de trabalho na difusão do Reino de Deus.


Oração
Ó Deus, Pai de bondade,
que quiseste manifestar
aos humildes e às crianças
o Teu amor,
suscitando na Igreja
SANTA MADALENA
DE CANOSSA
como serva dos pobres,
concede-nos a graça
de Te procurarmos acima de tudo
e de servir os pobres e os desprotegidos
em espírito de caridade e de humildade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Teu Filho,
que é Deus, e vive e reina contigo
na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos.
Ámen.

quarta-feira, 9 de abril de 2025

9 de abril - Santa Maria de Cléofas

Santa Maria de Cléofas
Século I


Maria de Cléofas, também chamada "de Cléopas", ou ainda "Clopas". É destas três formas que consta dos evangelhos o nome de seu marido, Cléofas Alfeu, irmão do carpinteiro José. Maria de Cléofas era, portanto, cunhada da Virgem Maria e mãe de três apóstolos: Judas Tadeu, Tiago Menor e Simão, também chamados de "irmãos do Senhor", expressão semítica que indica também os primos, segundo o historiador palestino Hegésipo. 



Por sua santidade, ela uniu-se à Mãe de Deus também na dor do Calvário, merecendo ser uma das testemunhas da ressurreição de Jesus (Mc 16,1): "E passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo". O mensageiro divino anunciou às piedosas mulheres: "Por que procuram o vivo entre os mortos?" 

Esse é um fato incontestável: nas Sagradas Escrituras vemos Maria de Cléofas acompanhando Jesus em toda a sua sofrida e milagrosa caminhada de pregação. Estava com Nossa Senhora aos pés da cruz e junto ao grupo das "piedosas mulheres" que acompanharam seus últimos suspiros. Estava, também, com as poucas mulheres que visitaram o túmulo de Cristo para aplicar-lhe perfumes e ungüentos, constatando o desaparecimento do corpo e presenciando, ainda, o anjo anunciar a ressurreição do Senhor. 


Assim, Maria de Cléofas tornou-se uma das porta-vozes do cumprimento da profecia. Tem, portanto, o carinho e um lugar singular e especial no coração dos católicos, neste dia que a Igreja lhe reserva para a veneração litúrgica.

Santa Maria de Cléofas


Nos grandiosos eventos da Redenção, durante o dramático epílogo sobre o Calvário, um coro silencioso e doloroso de piedosas mulheres aguarda, não muito distante, que tudo seja consumado: “Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas e Maria Madalena”, diz o evangelista São João. Era o grupo daquelas “que o seguiam desde quando estava na Galiléia para servi-lo, e muitas outras que tinham vindo de Jerusalém juntamente com ele.” Entre as espectadoras estava, portanto, a santa de hoje, cuja presença contínua e vigilante ao lado do Salvador mereceu-lhe um lugar especial na devoção dos cristãos, mais do que pelo seu parentesco com Nossa Senhora e São José. Maria de Cléofas (ou Cléopas) é considerada a mãe dos “irmãos de Jesus”, termo semítico para indicar também os primos, Tiago Menor, Apóstolo e bispo de Jerusalém e José. O historiador palestino Hegésipo, diz que Cléopas era irmão de são José e pai de Judas Tadeu e Simão.

Este último sucedeu a seu irmão Tiago Menor na sede episcopal de Jerusalém. A identificação de Alfeu com Cléopas sustentada prevalentemente pelos antigos, traz como conseqüência a identificação de Maria de Cléofas como cunhada de Nossa Senhora e mãe de três apóstolos. Cléopas Alfeu é, além disso, um dos discípulos que no dia da ressurreição de Jesus, indo à cidade natal Emaús, foram alcançados e acompanhados pelo próprio Jesus, havendo-o reconhecido “na fração do pão”. Enquanto o marido se afastava de Jerusalém, com o coração pesado de melancolia e desilusão, a esposa Maria Cléofas, segundo o impulso do seu coração, apressava-se ma ir ao túmulo do Redentor para prestar-lhe a extrema homenagem da unção ritual com várias ungentos. Na sexta-feira à tarde tinha se demorado em companhia de Madalena para ver “onde o haviam colocado.”

Passado o sábado, de manhã bem cedo, enquanto o marido voltava a casa, Maria de Cléofas e as outras companheiras “compraram perfumes e foram até o seu sepulcro para fazer-lhe unções.” Mas: “não está aqui, ressuscitou!”, anunciou-lhes o mensageiro divino. Coube às piedosas mulheres, que tinham ido ao sepulcro com seus ungüentos e sua dor, o privilégio do testemunho mais empenhativo: “Por que procuram o vivo entre os mortos?” Se Cristo não ressuscitou a nossa fé não vale nada e nós seremos mentirosos, dirá são Paulo. Mas Cristo ressuscitou dos mortos, primícias dos que adormeceram e ressurgirão. Essa é a grande alegria que foi dada “aos onze e a todos os outros” pelas mulheres que tinham ido ao sepulcro, e entre elas Maria de Cléofas.


Outros Santos do mesmo dia: São Valdetrudes, São Hugo de Ruão, São Gautério, Beato Ubaldo de Florença, Beato Tomás de Tolentino, Beato Antonio Pavoni, Santa Cacilda, Beata Celestina Faron e Beata Lindalva Justo de Oliveira.

terça-feira, 8 de abril de 2025

08 de Abril - Santa Júlia Billiart


Santa Júlia Billiart
1751-1816

Fundou a Congregação
das Irmãs de Nossa Senhora de Namur

Na cidade de Cuvilly, França, em 12 de julho de 1751, nasceu Maria Rosa Júlia Billiart, filha de Francisco e Maria Antonieta, pobres e muito religiosos, que a batizaram no mesmo dia. Júlia fez a primeira comunhão aos sete anos. Desde então, Jesus foi o único alimento para sua vida. Aprendeu apenas a ler e a escrever, porque ajudava a sustentar a família.

Aos treze anos, Júlia sofreu sérios problemas e, subnutrida, ficou, lentamente, paraplégica, por vinte e dois anos. Durante esse tempo aprendeu os mistérios da vida mística, do calvário, da glória e da luz. Sempre engajada na catequese da paróquia, preocupava-se com a educação dos pobres. Cultivava amizades na família, com os religiosos, com as carmelitas, com as damas da nobreza que lhe conseguiam os donativos.


Nesta época, decidiu ingressar na vida religiosa, com uma meta estabelecida: fundar uma congregação destinada a educar os pobres e a formar bons educadores. Mesmo não sendo letrada, possuía uma pedagogia nata, aprendida na escola dos vinte e dois anos de paralisia, nos contatos com as autoridades civis e eclesiásticas e com os terrores da destruição da Revolução Francesa e de Napoleão Bonaparte. Assim, ainda paralítica, em 1804 fundou a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora.

Júlia foi incapaz de amarrar sua instituição aos limites das exigências das fundações de seu tempo. Sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus a curou. Depois de trinta anos, voltou a caminhar. 

A Mãe de Deus era sua grande referência e modelo, e a eucaristia era o centro de sua vida de fé inabalável. Mas viver com ela não era fácil. Era um desafio constante, devido à firmeza de metas foi considerada teimosa e temperamental. 

Principalmente por não aceitar que a congregação fosse só diocesana, ou seja, sem superiora geral. Custou muito para que tivesse Tal direito, mas, por fim, foi eleita superiora geral.

Júlia abriu, em Amiens, a primeira escola gratuita e depois não parou mais. Viajava pela França e pela Bélgica fundando pensionatos e escolas, pois naqueles tempos de miséria a necessidade era muito grande. 

Não aceitava qualquer donativo que pudesse tirar a independência da congregação. Para ter recursos, criava pensionatos e, ao lado deles, a escola para pobres. Perseguida e injustiçada pelo bispo de Amiens, foi por ele afastada da congregação. 

Todas as irmãs decidiram seguir com ela para a cidade de Namur, na Bélgica, onde se fixaram definitivamente.

Júlia, incansável, continuou criando pensionatos, fundando escolas, formando crianças e educadores, ficando conhecidas como as "Irmãs da Nossa Senhora de Namur". 

Ali a fundadora consolidou a diretriz pedagógica da congregação: a educação como o caminho da plenitude da vida. Morreu em paz no dia 8 de abril de 1816 na cidade de Namur.

"Por meio do seu batismo, de sua consagração religiosa e por sua vida inteira de fé em Deus, que é bom, Júlia foi colocada na trilha da opção divina pelos pobres." Foram as palavras do papa Paulo VI para declarar santa, em 1969, Maria Rosa Júlia Billiart, que no dia 8 de abril deve receber as homenagens litúrgicas.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

07.04.2025🙏Mensagem de Nossa Senhora Rainha e Mensageira da Paz a Marcos Tadeu nas Aparições de Jacareí


 

07 de abril - Dia de São João Batista de La Salle

São João Batista de La Salle
Nasceu no Castelo de Salles em Thoresn em 30 de abril de 1651 e morreu em Lyon em 7 de abril 1719.

Beatificado no mesmo ano e formalmente indicado Doutor da Igreja em 1877. 
Educador e fundador do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, nascido em Reims, França, o mais velho dos filhos de uma nobre família, João dedicava desde a idade de 11 anos a vida religiosa e foi ordenado com 24 anos. 

Em Reims ele participou na fundação de duas escolas e cresceu consternado com destino dos filhos das famílias pobres. 

Como ele estava convencido que a vida espiritual deveria ser cultivada em primeiro lugar pelos professores, em ele formou um associação de professores dedicada a aprender a ensinar. 

O seu primeiro esforço falhou, mas sua segunda tentativa foi um sucesso. Em 1623 ele deu toda o sua fortuna, e dedicou totalmente a treinar jovens para o seu serviço. Isto marcou a fundação dos Irmãos das Escolas Cristãs. Ele proibiu padres e sacerdotes entrarem na sua congregação e escreveu a Regra da Fundação em 1625 em Paris. Os métodos de João Batista de la Salle revolucionaram as técnicas de ensino do seu tempo, incluindo o uso do vernáculo em vez do Latin e ficou largamente conhecido em toda a Europa.



Ele instituiu o processo de dividir o estudo em anos e os estudantes em classes. Também criou a primeira escola para ensinar e treinar professores.


Ele foi indicado Arcebispo coadjutor de Genebra, Suíça e aceitou mas, estava seriamente doente e quase morreu. Finalmente se recuperou e viajou até Roma onde foi examinado pelo Cardeal Baronius, São Roberto Belarmino, Cardeal Frederico Borromeu, primo de São Borromeu. Eles propuseram a Francisco 35 obtusas questões de teologia e ele respondeu com a maior clareza e simplicidade, surpreendendo a todos, e sua indicação foi confirmada por toda a banca examinadora, o que é até hoje, uma raridade.


Como Arcebispo em Genebra, ele seguia uma estrita regra de vida e cumpria os seus deveres episcopais com generosidade e energia. Levantava as 4 da manhã e estudava as escrituras, visitava os pobres da Diocese e em Annecy dava lições às crianças.

Ele era extremamente influente e fundou a "Ordem das Irmãs Visitantes" em 1610. Até aquela época as irmãs levavam uma vida contemplativa e de orações e ele queria formar um grupo de freiras que se engajasse nos trabalhos de caridade, educação e outros trabalhos comunitários e era contrário a tradicional idéia de que elas deveriam ficar enclausuradas, mas essas idéias já estavam muito incrustadas na mente das pessoas e era muito difícil de mudar.

Nota: Em 1622 São Vicente de Paula conseguiu mudar esta limitação nas suas "Irmãs de Caridade", acabando com a obrigatoriedade do uso do habito e dos votos perpétuos.

Ele permaneceu ativo até 1717 quando renunciou, por causa de sua saúde e veio a falecer em Saint-Yon em 1719.

Seu corpo foi trasladado em 1937 para um santuário em Roma. Após sua morte vários milagres se seguiram e quando seu caixão foi aberto para ser trasladado, seu corpo estava incorrupto e uma suave fragrância exalava do mesmo, espalhando o perfume por todo o convento.
Canonizado em 1900, ele foi indicado em 1950, como o padroeiro dos professores pelo Papa Pio XII. Foi indicado também patrono dos escritores e jornalistas devido ao seu trabalho em:

"A Controvérsia" onde "sempre argumenta com vigor, mas com moderação e caridade." (palavras de Pio XII ao confirmar a sua indicação).

Sua "Congregação Irmãos Cristãos" (CIC) é a maior congregação religiosa de leigos do mundo e não deve ser confundida com a Congregação dos Cristãos Irmãos ( CCI ) fundada na Irlanda, em 1802, pelo Beato Edmundo Ignatius Rice .

Tão grande era o seu cuidado para com as pessoas que alguns dos seus devotos fizeram de seus ensinamentos um livro chamado "Tratado do Amor de Deus".


Seus mais importantes escritos são:

1)Introdução a uma vida de devoto , para as suas Irmãs Visitantes.

2)Philothea O amor a Deus

Ele insiste na necessidade da pobreza mas dizia :

"Se você é realmente pobre, cara Philothea, para o bem de Deus faça da virtude uma necessidade e valorize esta sua preciosa jóia da pobreza porque o seu lustro não será descoberto neste mundo, mas brilhará no outro."

3)"Tratado do amor a Deus"

No qual ele se dirige a um fictício "Timotimus" para contrabalançar o fato dos homens não lerem conselhos dados as mulheres e assim ele muitas vezes não se referia ao sexo, mas ao espírito humano.

Antes que um estar sempre fazendo jejum, muito defendido na época por vários, como Benedito e Macarius, ele recomendava :


"Coma o que estiver a sua frente. É minha opinião que o corpo deve estar forte para que o espírito pense e vença. É virtude comer, sem escolher o que tem diante de você na mesa, o que se apresentar, seja mais ou menos agradável ao seu paladar, MAS sempre escolha o pior em vez do melhor, para que aprenda a viver com austeridade mas bem alimentado, e com resignação, pois você renunciou ao melhor do seu paladar, e uma pequena mortificação foi feita, MAS nas isto não pode nem deve ser interpretado como uma competição entre nós e nem uma disputa para não dar problemas a ninguém , e nem ao seu corpo".

4)Falando da santidade em ‘’Introdução", ele dizia :

É um erro dizer que a devoção é incompatível com a vida de um soldado, ou de um viajante, ou de um comerciante, ou de um príncipe, ou de uma mulher casada. 

É verdade minha cara Philotea que a devoção puramente contemplativa, monástica e religiosa, não poderá ser exercida nessas profissões, mas várias outras devoções próprias para conduzir a perfeição, no estado secular, podem ser exercidas .

Ele acrescenta ainda:

" A contemplação é ainda mais necessário ao leigo do que ao religioso, onde a clausura tende a ser um escudo para dissipar a vida, e as atividades sociais. Os pássaros, para onde voam sempre encontram o ar que necessitam, assim nós para onde formos, sempre encontraremos o nosso Deus presente".

Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um bispo, calvo e uma barba longa; 2)As vezes segurando um coroa de espinhos e uma cruz de gloria sobre ele; 3)ainda segurando um retrato da Virgem; 4)segurando um pouco de terra em suas mãos.

Sua festa é celebrada no dia 7 de abril.

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DEFESA DAS APARIÇÕES DE JACAREI

DEFESA ÀS APARIÇÕES DE JACAREÍ


(FEITA POR UM PEREGRINO, AO CONTEMPLAR UM VÍDEO FALANDO MAL DAS MESMAS CITADAS ACIMA, E SOBRE A CARTINHA DO BISPO DA ÉPOCA, ALEGANDO QUE AS APARIÇÕES NÃO ERAM VERDADEIRAS)


NÃO SEI QUEM FEZ MAS PRA MIM ESSA PESSOA MERECIA UMA MEDALHA DE HONRA DE NOSSA SENHORA POR ESTA BELA DEFESA

"Quando você diz que devemos dar ouvidos ao que os padres dizem a respeito das aparições de Jacareí, corre em um ledo engano, pois, a “opinião pessoal” deles é que não pode ser elevado ao nível de “dogma de fé”. As cartas de Dom Nelson são muito citadas pelos que latem que estas Sagradas Aparições são falsas. Portanto, mister se faz alguns esclarecimentos. Há duas cartas oficiais onde este indigitado bispo trata da matéria “aparições”. Uma primeira, publicada em 1996, enquanto o mesmo ainda era bispo de São José dos Campos (diocese a qual pertence Jacareí). Nesta, não há menção alguma ao nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, muito menos, excomunhão, há somente algumas orientações pastorais. A segunda, publicada em 2007 e republicada em 2011, realmente traz explicitamente o nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, porém, nesta, a palavra “excomunhão” é sequer mencionada.

Ainda há um probleminha com esta segunda carta. O dito bispo (certamente pela providência de Nossa Senhora) foi transferido para a diocese de Santo André/SP em 2003, e, observem, a segunda carta publicada por ele ocorreu no ano de 2007, quando já havia deixado de ter jurisdição eclesiástica sobre a cidade de Jacareí. Portanto, o mesmo, ao editar esta carta, violou a jurisdição eclesiástica conferida a ele pela Igreja, e, ainda, violentou gravemente a autoridade de Dom Moacir, então, bispo da Diocese de São José dos Campos, que, se quisesse, poderia ter criado o maior caso com isso, pois Dom Nelson desrespeitou frontalmente e atropelou sua autoridade eclesiástica, uma verdadeira afronta. Então eu lhes pergunto, vocês ainda vão dar credibilidade a um documento irregular e eivado de vícios como esse?

Vale lembrar, que não é obrigatório seguir estas cartas circulares dos bispos. Não há heresia nem cisma nisso. Um católico somente pode ser acusado de cismático ou herege se atentar contra os Dogmas de Fé. Que eu saiba, carta circular de bispo não é Dogma de Fé. Como a primeira carta de Dom Nelson não condena as Aparições de Jacareí, e a segunda está irregular, pode-se dizer que não pesa condenação oficial e regular da Igreja sobre estas Santas Aparições. Além do mais, até o presente momento, Dom José Valmor, que atualmente tem jurisdição eclesiástica sobre Jacareí, não fez pronunciamento oficial sobre as mesmas. Documento oficial onde o Profeta Marcos foi excomungado, também é inexistente, portanto, qualquer informação que diga o contrário é fruto de pura “fofoca”.

Ressalto que em Jacareí, realmente, não damos tanta importância aos documentos do Vaticano. O que nós realmente valorizamos é a doutrina que nos foi transmitida pelos santos, como Santo Afonso, São Luiz, Santa Teresa, São João da Cruz, etc... Outro adendo que gostaria de acrescentar, diz respeito ao fato da obrigatoriedade ou não das Sagradas Mensagens Celestiais. A orientação predominante entre os teólogos católicos, de que não é obrigatório seguir as Aparições de Nossa Senhora, se funda em meras opiniões pessoais de alguns clérigos a respeito do assunto. Esta orientação não tem o caráter da infalibilidade papal e muito menos é um Dogma de Fé. Realmente, o catecismo atual traz algo nesse sentido, mas vale lembrar que o mesmo não recebeu o caráter da infalibilidade pelo Concílio Vaticano II. Bem ao contrário do Santo Catecismo do Concílio de Trento. Este sim, recebeu o caráter de infalível. Ocorre que nossa amada Igreja há muito se transviou de uma tradição bíblica milenar, através da qual o “Deus dos Exércitos” sempre manifestou sua vontade ao povo de Israel por meio de suas aparições aos profetas (mesmo fenômeno que ocorre com o, também, profeta Marcos Tadeu, pois os fenômenos miraculosos e de aparições que ocorrem naquele Santuário, são da mesma espécie dos verificados na Sagrada Bíblia).

Ora, nos tempos bíblicos não era através dos fariseus, saduceus, príncipes e doutores da lei (a Igreja oficial da época) que Deus dava as suas diretrizes ao povo eleito, mas sim, através dos profetas, em outras palavras, dos videntes. Nos primórdios do cristianismo, também ocorria assim, pois, a própria origem da nossa amada Igreja se funda nas “aparições” de Jesus aos apóstolos e discípulos. Então, por que esta tradição bíblica foi quebra? Será que é porque as aparições aos profetas cessaram? Errado, pois nos últimos 100 anos ocorreram mais de 1000 aparições de Nossa Senhora, dos santos e anjos, e até de Deus.
A pergunta correta é, por que o clero tenta abafar isso, pois grande parte, senão todas, destas aparições também foram acompanhadas de sinais miraculosos, como, curas inexplicáveis pela ciência, sinais na natureza, etc... Se Deus usava deste expediente nos tempos bíblicos, certamente deveria continuar a usá-lo nos tempos do catolicismo, pois uma grande verdade que a Teologia professa é que Deus é imutável. Não citarei as passagens bíblicas onde Deus manifesta sua vontade através dos videntes/profetas, pois se assim fizesse, teria que citar a Bíblia inteira, pois a própria formação e ensinamentos nela transmitidos se dão por este meio. Gostaria apenas de citar um pequeno exemplo de qual atitude deveremos tomar frente às Aparições de Jacareí, tomando por base a Bíblia. Saulo, quando se dirigia à cidade de Damasco e Jesus lhe “aparece” exclama: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9, 6). Naquela ocasião, Jesus disse a ele para procurar os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! O ordenou que entrasse na cidade de Damasco e ali lhe seria dito o que deveria fazer. Beleza. E quem Deus enviou para Saulo? Os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! Mas Ananias, um vidente. Como eu sei que Ananias era um vidente? As Sagradas Escrituras nos contam que foi uma aparição de Jesus que disse para ele ir procurar Saulo. É só conferir At 9, 10-16ss.

Outro exemplo foi Judas Iscariotes; este preferiu errar com a Igreja oficial da época (lembra né, fariseus e saduceus) que acertar sem ela. Bom... Errou mesmo! E segundo alguns santos místicos, como Maria de Ágreda, sua alma se encontra no inferno. Assim, a posição teológica defendida pela maioria dos teólogos atuais, de que as aparições não são obrigatórias, falando em termos de estudo teológico da atualidade, é perfeitamente passível de questionamento, e, inclusive, daria uma boa tese de doutoramento. É um posicionamento que pode ser mudado. Não é Dogma de Fé. Gostaria de finalizar este ponto dizendo o seguinte. Jesus tolerou para sempre aquela Igreja oficial da época (o judaísmo) que rejeitou o projeto que suas aparições aos Apóstolos (que também eram videntes) propunha? Claro que não!!! Por causa disso, Deus se retirou do meio daquela Igreja e passou a habitar no meio dos seus videntes, os apóstolos e discípulos, e, assim, surgiu a nossa amada Igreja Católica (Mt 21, 39-45).

Não é objetivo do Profeta Marcos Tadeu, nem de sua Ordem e muito menos de nós, a Milícia da Paz (formada por todos os fiéis seguidores daquele Santuário) provocar um cisma na Igreja. Nós apenas denunciamos os erros (prerrogativa esta, conferida aos leigos pelo próprio Concílio Vaticano II), lutamos para que a devoção a Nossa Senhora, aos santos e anjos seja colocada em seu devido lugar, e que as suas mensagens, e as dos demais santos, e até as de Deus, seja acolhida como nos tempos Bíblicos, pois acreditamos que se isto não for feito, irá se abater gigantescos cataclismos sobre a Terra, de uma tal magnitude que nunca houve, nem jamais haverá. Acreditamos que esta “palavra de Deus” transmitida nas aparições é o caminho e a única forma de salvar o mundo, e qualquer obra, ou pessoa, que ensine ou faça diferente do que elas dizem, é desprezada por nós. O motivo para isto é muito simples. Desde tempos remotos, as Aparições de Nossa Senhora (inclusive as não aprovadas pela Igreja) vêm dizendo o que aconteceria ao mundo se esta “palavra de Deus” não fosse obedecida. Resultado, tudo o que elas disseram, em um passado remoto, está se cumprindo na atualidade. Então, não há outra conclusão a se fazer, a não ser admitir que elas eram verdadeiras, e que o clero errou. Aliás, o histórico de erro do clero é algo realmente interessante. Basta citar a condenação que pesou durante 20 anos sobre as Santas Aparições de Jesus Misericordioso à Santa Faustina, e não foi por um “bispozinho” qualquer. Foi pelo próprio papa da época. Se não fosse a atuação do então Cardeal Karol Józef Wojtyła, futuro Papa João Paulo II, estas aparições estariam condenadas até os tempos atuais, e, certamente, você seria um grande opositor delas, não é? Infelizmente, como atualmente o número de Cardeais, e clérigos em geral, com este nível de espiritualidade é praticamente nulo... tadinha das aparições... snif. Praticamente nenhum deles entende de Teologia Mística, o estudo apropriado para se avaliar as aparições e estudá-las.

Além do mais, as aparições de La Salette, Lourdes e Fátima, para quem conhece mais a fundo sua história, verá que elas na verdade não foram aceitas pelo clero. Muito pelo contrário, este as combateu com todas as suas forças. Na realidade, o que ocorreu, é que os fiéis praticamente as fizeram descer goela abaixo na garganta do clero, de tal modo, que eles não tiveram outra opção a não ser aprová-las. E, mesmo nestas que foram aprovadas, o estrago que o clero fez é algo incomensurável. Não as divulgou como deveria; se o corpo incorrupto de Santa Bernadete estivesse no Santuário de Lourdes iria converter milhões de fiéis, no entanto está praticamente escondido no convento de Nevers; o corpo incorrupto de Santa Jacinta foi escondido dos fiéis; a esmagadora maioria dos vaticanistas da Itália é de acordo que, até hoje, o terceiro segredo de Fátima não foi revelado em sua integralidade; a consagração da Rússia não foi feita como Nossa Senhora pediu até os dias atuais, etc... E isso, só para citar os danos que me vem à mente neste momento.

No Santuário das Aparições de Jacareí, o Profeta Marcos está resgatando tudo aquilo que a Igreja e a sociedade tanto se esforçaram para extinguir, os escapulários, medalhas, mensagens, enfim, a salvação do mundo que Nossa Senhora nos revelou e ofereceu com tanto amor ao longo de suas aparições na história. Sem dúvida, lá está se cumprido a passagem da Escritura na qual se diz: “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas...” Mt 13,52 É uma nova aparição que resgata todas, até as mais antigas. Portanto, se ainda quiserem seguir a doutrina da cabeça deste cara de que não precisamos de aparições, o problema é de vocês. Aliás, se formos pensar bem, porquê Deus, Nossa Senhora os anjos e os santos apareceriam, né? Afinal de contas, nosso mundo está uma verdadeira maravilha, não é? Não temos problemas de droga, prostituição, corrupção, degradação moral, depressão, decadência da Igreja, violência, roubos, assassinatos, guerras, miséria..., todos os sacerdotes são verdadeiros Serafins de santidade, enfim, o Vaticano está dando conta do recado... Só não está apresentando um desempenho melhor devido a um “pequeno” probleminha de tráfico de influência entre os altos clérigos, desvio de verbas do banco do Vaticano, looby gay entre os padres, pedofilia generalizada, um papa progressista e comunista..., mas, afinal de contas, são probleminhas fáceis de serem solucionados, né? É... Em um mundo maravilhoso e em ótimo funcionamento como esse, realmente não entendo o motivo de tantas aparições..."