sábado, 9 de dezembro de 2023

9 de dezembro - Dia de São Pedro Fourier


São Pedro Fourier
1565-1640

Fundou a Congregação de Nossa Senhora das Cônegas de Santo Agostinho

São Pedro Fourier
Pároco, fundador e reformador

Desconhecido no Brasil, foi entretanto um grande santo, em algo semelhante ao Cura d’Ars como pároco, a São João Bosco como fundador, a São Pedro de Alcântara como reformador e a Santo Afonso de Ligório como missionário

Muitas vezes os santos devem a famílias bem formadas e pais piedosos sua propensão para a santidade. São Pedro Fourier não fugiu a essa regra. Seus pais, Domingos Fourier e Ana Nacquart, eram mediocremente dotados dos bens da Terra, mas ricos dos celestes. E legaram a seus cinco filhos, como seu maior tesouro, a integridade da fé.

São Pedro Fourier nasceu a 30 de novembro de 1565 em Mirecourt, nos Vosges, região da Lorena (França), então um ducado independente. Seus pais o consagraram especialmente a Deus e o destinaram — caso correspondesse aos seus anseios — para o serviço dos altares. Deus aceitou benigno esse oferecimento, cumulando o menino de graças especiais.

Pedro teve assim, desde cedo, muita inclinação para a virtude, especialmente para a pureza. Desde muito pequeno, não tolerava que se deixasse descoberta nenhuma parte de seu corpo, mesmo quando se tratava de trocá-lo. Chorava inconsoladamente, sossegando apenas quando inteiramente vestido. Então sorria, e tornava-se meigo e aprazível.

À medida que crescia, tornava-se mais modesto em seus olhares, moderado em seu riso, inocente nos modos de agir, fazendo transparecer, em todos os divertimentos da idade, uma maturidade que provocava a admiração de todos que o observavam.

Mas sobretudo o que nele atraía e encantava era uma profunda bondade de coração. Todos se sentiam bem com ele, e sabia-se que, ele presente, não haveria críticas vãs, rivalidades, brigas, disputas nem outras coisas muito freqüentes entre crianças quando entra o amor próprio.

Aos 15 anos de idade foi enviado à Universidade de Pont-à-Mousson, onde um tio paterno era reitor, a qual gozava na época de grande fama devido a seus excelentes mestres.

Pedro seguiu o curso na universidade como se estivesse num convento. Passou a comer uma só vez ao dia, e de preferência a comida mais grosseira. Suprimiu o uso do vinho, tão comum naquelas terras. Só bebia água, e ainda assim moderadamente. Para preservar a pureza e obter controle sobre si mesmo, passou a flagelar seu corpo e a usar disciplinas, que só tirava para dormir.

A proteção de Nossa Senhora foi para ele fundamental. Sobretudo recorria incessantemente à Rainha do Céu para que o tomasse sob sua proteção e não permitisse que jamais falta voluntária viesse tisnar-lhe a pureza virginal. Por devoção à Virgem, ingressou na Congregação Mariana da universidade. Ao chegar à maturidade, era de estatura alta e majestosa, semblante benévolo e presença muito agradável.

Pedro aprendeu tão bem o latim, que lia correntemente o que os autores haviam escrito de mais difícil nessa língua. Aprendeu também o grego, de modo a ler obras de São João Crisóstomo e de outros Padres gregos da Igreja no original.

Ótimo aluno, com muita facilidade para compreender e bem explicar o que aprendera, alguns gentis-homens rogaram-lhe fosse tutor de seus filhos, o que aceitou. Isso lhe seria de muito proveito no futuro para a congregação que fundaria, dedicada ao ensino.

Mas Pedro queria consagrar-se inteiramente a Deus. Não faltavam então na Lorena conventos e casas religiosas cheias de fervor, que pudessem atraí-lo. Entretanto, escolheu os Cônegos Regulares de Santo Agostinho, de Chaumousey, muito decadentes na época, nela ingressando aos 20 anos de idade.

Apesar da sua profunda humildade, quando noviço foi mal visto pelos outros religiosos, porque sua observância exímia do regulamento era para eles uma constante censura. Enfim, ele perseverou e recebeu a ordenação sacerdotal em 1589. Seu superior enviou-o novamente à universidade de Pont-à-Mousson para completar seus estudos de teologia sob a direção de seu parente, João Fourier, que também teve a glória de haver formado São Francisco de Sales.

Após ter-se aprofundado no estudo da teologia, Sagradas Escrituras e obras dos Padres da Igreja, voltou para seu convento, pelo desejo de seus superiores de que ali ele restabelecesse a antiga regularidade e fervor.

Sem criticar ou queixar-se, procurava conquistar seus confrades pelo exemplo. A tática não surtiu efeito, pois os maus odeiam os bons porque são bons. Três ou quatro membros dos mais irregulares da comunidade ligaram-se contra ele, submetendo-o a toda sorte de confusões, chacotas e maus tratos; inclusive atentaram contra sua vida, procurando envenená-lo. Mas Pedro comia tão pouco, que não lhe fez mal o veneno que lhe ministraram. Sua mortificação salvou-lhe a vida.

Vigário de aldeia, exemplo de vida para todos


São Pedro Fourier
Após dois anos de provações, talvez para livrá-lo dos maus tratos, em relação aos quais Pedro parecia muito fraco para combater, o superior nomeou-o vigário de Mattaincourt, situada num vale risonho regado pelo rio Madon. Essa cidadezinha, a par da indiferença religiosa, estava muito influenciada pelo calvinismo por causa de suas relações comerciais com Genebra, a ruidosa capital dessa heresia na época.

São Pedro Fourrier logo constatou que a ignorância religiosa, a sede de prazeres, a heresia e o ateísmo haviam criado profundas raízes na cidade. Antecedendo o Santo Cura d’Ars em quase 200 anos, começou a reconquistar seus paroquianos, um a um. Ia às casas, onde procurava reunir três ou quatro famílias, ensinando-lhes os preceitos do Evangelho. Inculcava-lhes de tal maneira os princípios de nossa salvação, que emocionava os assistentes.

Ele ia ao encontro dos libertinos e alcoólatras e lhes atirava em face sua impiedade e malícia. Tudo isso fruto de uma caridade, uma ternura e um tal interesse pela salvação de suas almas, que os tocava a fundo.

Mas havia também a conquistar os “espíritos fortes” da cidade. Depois de muito rezar e fazer penitência por eles, Pedro Fourier tomava uma atitude extremamente caridosa: ia à casa desses ímpios e, com voz tonitruante, autoridade e firmeza, os exprobrava, por sua impiedade. Depois, no tribunal da penitência, ele obtinha duradouros frutos.

Todos sabiam que o pároco era tudo para todos. Estava sempre pronto, a qualquer hora do dia ou da noite, a atender qualquer caso. Visitava os doentes e também as escolas, informando-se da conduta dos alunos, aperfeiçoando-lhes os métodos e ensinando ele mesmo o catecismo às crianças.

Os artesãos e comerciantes caídos em desgraça eram por ele socorridos. Criou para socorrê-los um fundo, chamado de Bolsa de São Evre. Os nobres empobrecidos e envergonhados encontravam nele um apoio seguro.

Para conjurar a cólera de Deus, manifestada nos flagelos naturais como enchentes ou secas, recorreu à Santíssima Virgem como advogada e instituiu três sodalícios –– um de São Sebastião para os homens, e dois para as mulheres: do Santo Rosário e da Imaculada Conceição, ou Filhas de Maria. Fez cunhar uma medalha com os dizeres: Maria foi concebida sem pecado”, que distribuiu por toda a Lorena. Assim, mais de 200 anos antes da proclamação desse dogma, ele divulgou essa devoção à Mãe de Deus.

Houve um projeto de São Pedro Fourier que seria muito apropriado para nossos dias, especialmente para o Brasil, onde todos se afogam numa infinidade de leis e processos. O santo via que, quanto mais se multiplicavam os oficiais de justiça, tanto mais lentos eram os processos. Ele adotava a máxima de Santo Agostinho: “Não processos, ou terminá-los depressa”. E concebeu uma associação na qual se engajariam os personagens mais nobres e mais influentes da cidade. Acompanhados de alguns advogados escolhidos entre os mais hábeis, eles deviam trabalhar para terminar amigavelmente os processos e dificuldades surgidas. Se uma das partes envolvidas, julgando ter inteira razão, se recusasse a esse acordo amigável, haveria uma caixa comum da qual a outra parte, se necessitada, pegaria o dinheiro necessário para o prosseguimento do processo, sem que ninguém sofresse dano com isso. As guerras de religião, que se seguiram, impediram a realização desse plano.

São Pedro Fourier mudou a face de Mattaincourt, que se transformou num como que oásis, no qual floresciam as virtudes cristãs. O uso dos sacramentos passou a ser freqüente, os casados viviam em boa harmonia, muitos jejuavam ou usavam instrumentos de mortificação, e mesmo levavam seu cilício e seu terço ao trabalho.

Educar a juventude para salvar a sociedade


Interior da basílica de Mattaincourt
Isso fez com que os prelados da região lhe pedissem que fosse pregar missões em suas dioceses.

Nessa faina, teve contacto profundo com os vícios e a corrupção de costumes da sociedade, o que lhe sangrava o coração. O que podia fazer para solucionar essa situação? Depois de muito rezar e meditar, chegou à conclusão de que era necessário educar a mocidade, logo que capaz de instrução, e submetê-la à direção de pessoas sábias e piedosas. Formando os jovens desde cedo, os preservaria dos males do século. Tentou então fundar uma obra para a educação dos meninos e outra para a das meninas. Entretanto só teve êxito com a obra para as meninas. Estava reservada a São João Batista de la Salle, algum tempo depois, a educação dos meninos.

Um grupo de donzelas, por ele dirigidas, declarou que estavam dispostas a se consagrar a Deus na obra que ele meditava. Surgiu assim a Congregação de Nossa Senhora das Cônegas Regulares de Santo Agostinho, que logo se espalhou pela Lorena e pela França. Antes de sua morte, São Pedro Fourier pôde ver trinta e dois mosteiros solidamente estabelecidos. Foi ele, assim, o precursor das várias congregações dedicadas ao ensino, que surgiram depois na Igreja.



A caridade de São Pedro Fourier era entretanto muito mais ampla, e abraçava outras obras de apostolado. Por isso, em 1621 ele se pôs a trabalhar na reforma da decadente Ordem dos Cônegos Regulares, numa antiga abadia de São Remígio, de Luneville, com seis noviços. Deus abençoou de tal modo essa empresa que, quatro anos depois, já oito casas das mais consideráveis abraçavam sua reforma. Em 1629 formaram a Congregação de Nosso Salvador.

Em 1625 São Pedro foi enviado para tentar a conversão dos habitantes do Principado de Salm, próximo de Nancy, que tinham apostatado e abraçado o calvinismo. Em seis meses todos os protestantes, a quem ele chamava de “pobres estrangeiros”, retornaram à fé.



Uma das suas mais profundas dores nesse tempo foi a de saber que, em sua cara cidade de Mattaincourt, 40 pessoas haviam ficado possessas do demônio e constituíam fontes de desordens na igreja e na paróquia. Acorreu logo em socorro de suas antigas ovelhas, e por meio de exorcismos, jejuns, preces e penitências conseguiu livrar seus antigos paroquianos da possessão diabólica.

Por sua fidelidade à Casa de Lorena, São Pedro Fourier teve que exilar-se no Franco Condado, então espanhol, onde faleceu no dia 9 de dezembro de 1640.



O grande educador, fundador e pregador Pedro Fourier morreu no dia 9 de dezembro de 1640, em Gray. Foi canonizado, em 1897, pelo papa Leão XIII.
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DEFESA DAS APARIÇÕES DE JACAREI

DEFESA ÀS APARIÇÕES DE JACAREÍ


(FEITA POR UM PEREGRINO, AO CONTEMPLAR UM VÍDEO FALANDO MAL DAS MESMAS CITADAS ACIMA, E SOBRE A CARTINHA DO BISPO DA ÉPOCA, ALEGANDO QUE AS APARIÇÕES NÃO ERAM VERDADEIRAS)


NÃO SEI QUEM FEZ MAS PRA MIM ESSA PESSOA MERECIA UMA MEDALHA DE HONRA DE NOSSA SENHORA POR ESTA BELA DEFESA

"Quando você diz que devemos dar ouvidos ao que os padres dizem a respeito das aparições de Jacareí, corre em um ledo engano, pois, a “opinião pessoal” deles é que não pode ser elevado ao nível de “dogma de fé”. As cartas de Dom Nelson são muito citadas pelos que latem que estas Sagradas Aparições são falsas. Portanto, mister se faz alguns esclarecimentos. Há duas cartas oficiais onde este indigitado bispo trata da matéria “aparições”. Uma primeira, publicada em 1996, enquanto o mesmo ainda era bispo de São José dos Campos (diocese a qual pertence Jacareí). Nesta, não há menção alguma ao nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, muito menos, excomunhão, há somente algumas orientações pastorais. A segunda, publicada em 2007 e republicada em 2011, realmente traz explicitamente o nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, porém, nesta, a palavra “excomunhão” é sequer mencionada.

Ainda há um probleminha com esta segunda carta. O dito bispo (certamente pela providência de Nossa Senhora) foi transferido para a diocese de Santo André/SP em 2003, e, observem, a segunda carta publicada por ele ocorreu no ano de 2007, quando já havia deixado de ter jurisdição eclesiástica sobre a cidade de Jacareí. Portanto, o mesmo, ao editar esta carta, violou a jurisdição eclesiástica conferida a ele pela Igreja, e, ainda, violentou gravemente a autoridade de Dom Moacir, então, bispo da Diocese de São José dos Campos, que, se quisesse, poderia ter criado o maior caso com isso, pois Dom Nelson desrespeitou frontalmente e atropelou sua autoridade eclesiástica, uma verdadeira afronta. Então eu lhes pergunto, vocês ainda vão dar credibilidade a um documento irregular e eivado de vícios como esse?

Vale lembrar, que não é obrigatório seguir estas cartas circulares dos bispos. Não há heresia nem cisma nisso. Um católico somente pode ser acusado de cismático ou herege se atentar contra os Dogmas de Fé. Que eu saiba, carta circular de bispo não é Dogma de Fé. Como a primeira carta de Dom Nelson não condena as Aparições de Jacareí, e a segunda está irregular, pode-se dizer que não pesa condenação oficial e regular da Igreja sobre estas Santas Aparições. Além do mais, até o presente momento, Dom José Valmor, que atualmente tem jurisdição eclesiástica sobre Jacareí, não fez pronunciamento oficial sobre as mesmas. Documento oficial onde o Profeta Marcos foi excomungado, também é inexistente, portanto, qualquer informação que diga o contrário é fruto de pura “fofoca”.

Ressalto que em Jacareí, realmente, não damos tanta importância aos documentos do Vaticano. O que nós realmente valorizamos é a doutrina que nos foi transmitida pelos santos, como Santo Afonso, São Luiz, Santa Teresa, São João da Cruz, etc... Outro adendo que gostaria de acrescentar, diz respeito ao fato da obrigatoriedade ou não das Sagradas Mensagens Celestiais. A orientação predominante entre os teólogos católicos, de que não é obrigatório seguir as Aparições de Nossa Senhora, se funda em meras opiniões pessoais de alguns clérigos a respeito do assunto. Esta orientação não tem o caráter da infalibilidade papal e muito menos é um Dogma de Fé. Realmente, o catecismo atual traz algo nesse sentido, mas vale lembrar que o mesmo não recebeu o caráter da infalibilidade pelo Concílio Vaticano II. Bem ao contrário do Santo Catecismo do Concílio de Trento. Este sim, recebeu o caráter de infalível. Ocorre que nossa amada Igreja há muito se transviou de uma tradição bíblica milenar, através da qual o “Deus dos Exércitos” sempre manifestou sua vontade ao povo de Israel por meio de suas aparições aos profetas (mesmo fenômeno que ocorre com o, também, profeta Marcos Tadeu, pois os fenômenos miraculosos e de aparições que ocorrem naquele Santuário, são da mesma espécie dos verificados na Sagrada Bíblia).

Ora, nos tempos bíblicos não era através dos fariseus, saduceus, príncipes e doutores da lei (a Igreja oficial da época) que Deus dava as suas diretrizes ao povo eleito, mas sim, através dos profetas, em outras palavras, dos videntes. Nos primórdios do cristianismo, também ocorria assim, pois, a própria origem da nossa amada Igreja se funda nas “aparições” de Jesus aos apóstolos e discípulos. Então, por que esta tradição bíblica foi quebra? Será que é porque as aparições aos profetas cessaram? Errado, pois nos últimos 100 anos ocorreram mais de 1000 aparições de Nossa Senhora, dos santos e anjos, e até de Deus.
A pergunta correta é, por que o clero tenta abafar isso, pois grande parte, senão todas, destas aparições também foram acompanhadas de sinais miraculosos, como, curas inexplicáveis pela ciência, sinais na natureza, etc... Se Deus usava deste expediente nos tempos bíblicos, certamente deveria continuar a usá-lo nos tempos do catolicismo, pois uma grande verdade que a Teologia professa é que Deus é imutável. Não citarei as passagens bíblicas onde Deus manifesta sua vontade através dos videntes/profetas, pois se assim fizesse, teria que citar a Bíblia inteira, pois a própria formação e ensinamentos nela transmitidos se dão por este meio. Gostaria apenas de citar um pequeno exemplo de qual atitude deveremos tomar frente às Aparições de Jacareí, tomando por base a Bíblia. Saulo, quando se dirigia à cidade de Damasco e Jesus lhe “aparece” exclama: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9, 6). Naquela ocasião, Jesus disse a ele para procurar os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! O ordenou que entrasse na cidade de Damasco e ali lhe seria dito o que deveria fazer. Beleza. E quem Deus enviou para Saulo? Os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! Mas Ananias, um vidente. Como eu sei que Ananias era um vidente? As Sagradas Escrituras nos contam que foi uma aparição de Jesus que disse para ele ir procurar Saulo. É só conferir At 9, 10-16ss.

Outro exemplo foi Judas Iscariotes; este preferiu errar com a Igreja oficial da época (lembra né, fariseus e saduceus) que acertar sem ela. Bom... Errou mesmo! E segundo alguns santos místicos, como Maria de Ágreda, sua alma se encontra no inferno. Assim, a posição teológica defendida pela maioria dos teólogos atuais, de que as aparições não são obrigatórias, falando em termos de estudo teológico da atualidade, é perfeitamente passível de questionamento, e, inclusive, daria uma boa tese de doutoramento. É um posicionamento que pode ser mudado. Não é Dogma de Fé. Gostaria de finalizar este ponto dizendo o seguinte. Jesus tolerou para sempre aquela Igreja oficial da época (o judaísmo) que rejeitou o projeto que suas aparições aos Apóstolos (que também eram videntes) propunha? Claro que não!!! Por causa disso, Deus se retirou do meio daquela Igreja e passou a habitar no meio dos seus videntes, os apóstolos e discípulos, e, assim, surgiu a nossa amada Igreja Católica (Mt 21, 39-45).

Não é objetivo do Profeta Marcos Tadeu, nem de sua Ordem e muito menos de nós, a Milícia da Paz (formada por todos os fiéis seguidores daquele Santuário) provocar um cisma na Igreja. Nós apenas denunciamos os erros (prerrogativa esta, conferida aos leigos pelo próprio Concílio Vaticano II), lutamos para que a devoção a Nossa Senhora, aos santos e anjos seja colocada em seu devido lugar, e que as suas mensagens, e as dos demais santos, e até as de Deus, seja acolhida como nos tempos Bíblicos, pois acreditamos que se isto não for feito, irá se abater gigantescos cataclismos sobre a Terra, de uma tal magnitude que nunca houve, nem jamais haverá. Acreditamos que esta “palavra de Deus” transmitida nas aparições é o caminho e a única forma de salvar o mundo, e qualquer obra, ou pessoa, que ensine ou faça diferente do que elas dizem, é desprezada por nós. O motivo para isto é muito simples. Desde tempos remotos, as Aparições de Nossa Senhora (inclusive as não aprovadas pela Igreja) vêm dizendo o que aconteceria ao mundo se esta “palavra de Deus” não fosse obedecida. Resultado, tudo o que elas disseram, em um passado remoto, está se cumprindo na atualidade. Então, não há outra conclusão a se fazer, a não ser admitir que elas eram verdadeiras, e que o clero errou. Aliás, o histórico de erro do clero é algo realmente interessante. Basta citar a condenação que pesou durante 20 anos sobre as Santas Aparições de Jesus Misericordioso à Santa Faustina, e não foi por um “bispozinho” qualquer. Foi pelo próprio papa da época. Se não fosse a atuação do então Cardeal Karol Józef Wojtyła, futuro Papa João Paulo II, estas aparições estariam condenadas até os tempos atuais, e, certamente, você seria um grande opositor delas, não é? Infelizmente, como atualmente o número de Cardeais, e clérigos em geral, com este nível de espiritualidade é praticamente nulo... tadinha das aparições... snif. Praticamente nenhum deles entende de Teologia Mística, o estudo apropriado para se avaliar as aparições e estudá-las.

Além do mais, as aparições de La Salette, Lourdes e Fátima, para quem conhece mais a fundo sua história, verá que elas na verdade não foram aceitas pelo clero. Muito pelo contrário, este as combateu com todas as suas forças. Na realidade, o que ocorreu, é que os fiéis praticamente as fizeram descer goela abaixo na garganta do clero, de tal modo, que eles não tiveram outra opção a não ser aprová-las. E, mesmo nestas que foram aprovadas, o estrago que o clero fez é algo incomensurável. Não as divulgou como deveria; se o corpo incorrupto de Santa Bernadete estivesse no Santuário de Lourdes iria converter milhões de fiéis, no entanto está praticamente escondido no convento de Nevers; o corpo incorrupto de Santa Jacinta foi escondido dos fiéis; a esmagadora maioria dos vaticanistas da Itália é de acordo que, até hoje, o terceiro segredo de Fátima não foi revelado em sua integralidade; a consagração da Rússia não foi feita como Nossa Senhora pediu até os dias atuais, etc... E isso, só para citar os danos que me vem à mente neste momento.

No Santuário das Aparições de Jacareí, o Profeta Marcos está resgatando tudo aquilo que a Igreja e a sociedade tanto se esforçaram para extinguir, os escapulários, medalhas, mensagens, enfim, a salvação do mundo que Nossa Senhora nos revelou e ofereceu com tanto amor ao longo de suas aparições na história. Sem dúvida, lá está se cumprido a passagem da Escritura na qual se diz: “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas...” Mt 13,52 É uma nova aparição que resgata todas, até as mais antigas. Portanto, se ainda quiserem seguir a doutrina da cabeça deste cara de que não precisamos de aparições, o problema é de vocês. Aliás, se formos pensar bem, porquê Deus, Nossa Senhora os anjos e os santos apareceriam, né? Afinal de contas, nosso mundo está uma verdadeira maravilha, não é? Não temos problemas de droga, prostituição, corrupção, degradação moral, depressão, decadência da Igreja, violência, roubos, assassinatos, guerras, miséria..., todos os sacerdotes são verdadeiros Serafins de santidade, enfim, o Vaticano está dando conta do recado... Só não está apresentando um desempenho melhor devido a um “pequeno” probleminha de tráfico de influência entre os altos clérigos, desvio de verbas do banco do Vaticano, looby gay entre os padres, pedofilia generalizada, um papa progressista e comunista..., mas, afinal de contas, são probleminhas fáceis de serem solucionados, né? É... Em um mundo maravilhoso e em ótimo funcionamento como esse, realmente não entendo o motivo de tantas aparições..."