terça-feira, 23 de julho de 2024

SANTA BRIGIDA - REVELAÇÕES DO PURGATÓRIO - O Purgatório e seus diferentes Graus.


O Purgatório e seus diferentes Graus.

LIVRO 4 - Capítulo 6


REVELAÇÕES DO PURGATÓRIO

Santa Brígida estava rezando, quando numa visão espiritual, viu um palácio muito grande e cheio de gente, todos com roupas brancas resplandecentes e cada um em seu assento. Mas havia um trono judicial superior aos outros, que estava ocupado por um Ser como o SOL. DELE saia uma prodigiosa Luz e o resplendor era de dimensões notáveis na longitude, latitude e profundidade. Próximo ao trono estava uma VIRGEM com uma preciosa coroa na cabeça, e todos do palácio serviam Aquele que estava no trono brilhando como um SOL, dando-LHE mil louvores com hinos e cânticos.

Atrás DELE, vi um negro, como se fosse um etíope, feio e de aspecto abominável, cheio de imundice e inflamado de cólera, que começou a gritar dizendo: “Ó JUIZ justo, julga esta alma e ouve as suas obras, porque pouco lhe resta de estar no corpo, e me dá licença para que atormente a alma e o corpo no que for justo”. Depois, a Santa viu um soldado armado junto ao trono, com aspecto modesto, sábio nas palavras e educado em seus gestos, dizendo: “Ó JUIZ, vês aqui as boas obras que esta alma fez até hoje”. E logo se ouviu uma voz do trono dizendo: “São, pois, os vícios que existem nesta alma, mais que as virtudes. Não é justiça que tenha a soma dos vícios como parte da virtude, nem elas podem se juntar”. Em seguida disse o negro: “Para mim é de justiça que esta alma me seja entregue; que ela tenha vícios não importa, porque estou cheio de maldades, e assim, ela estará bem comigo”. Disse o soldado: “A misericórdia de DEUS acompanha todas as pessoas até a morte, e até que a alma tenha saído do corpo não se pode dar uma sentença; e esta alma, sobre a qual pleiteamos, ainda está no corpo e tem sua liberdade para escolher o seu caminho”.

Replicou o negro: “A Escritura que não pode mentir diz: Amarás a DEUS sobre todas as coisas e a teu próximo como a ti mesmo. E tudo que esta alma tem feito é por temor, não por amor a DEUS, e todos os pecados que ela confessou, foi com pouca contrição e arrependimento. Assim sendo, ela não merece o Céu, justo é que ela seja enviada ao inferno, pois seus pecados estão aqui absolutamente claros diante da Justiça Divina, e deles, ela nunca teve uma verdadeira contrição e arrependimento”. Disse o soldado: “Esta infeliz, esperou e acreditou que assistida pela graça teria essa verdadeira contrição”.

Respondeu o negro: “Tens trazido aqui todo bem feito por esta alma, todas as sua palavras e pensamentos que possam lhe servir para a salvação; mas tudo isto não é suficiente nem com muita boa vontade, comparando ao que vale um verdadeiro ato de contrição e arrependimento, nascido da caridade Divina com fé e esperança; e por conseguinte, não pode servir para apagar todos os seus pecados. Isto porque, a Justiça é de DEUS, definida em sua eternidade, que ninguém se salvará sem arrependimento; e como é possível que DEUS vá contra este seu decreto eterno? Resulta que, com toda razão peço esta alma para ser atormentada com a pena eterna no inferno”.

O soldado não replicou, e logo apareceram inúmeros demônios, semelhantes as centelhas que saem de um fogo ardente, e uma voz clamava dizendo ao que estava no trono: “Bem sabemos que é um DEUS em três Pessoas Divinas, que não tem princípio e nem fim, nem existe outro DEUS senão TU, que é o verdadeiro Amor (Caridade), em Quem se junta a Misericórdia e a Justiça. TU está em TI Mesmo desde o princípio, não há em TI nenhuma modificação ou inconstância, TU és o Mesmo, tudo está em TI perfeitamente acabado e completo como convém a um DEUS; fora de TI não existe nada, e sem TI não existe satisfação e nem alegria”.

“TEU Amor fez os Anjos com o poder de TUA Divindade, e os fizestes segundo a VOSSA infinita Misericórdia. Mas depois que interiormente nos inflamamos com a soberba, inveja e avareza, TUA Caridade, que ama a Justiça, jogou-nos do Céu com o fogo de nossa malícia ao incompreensível e tenebroso abismo que se chama inferno. Assim fez então TUA Caridade, que também não se afastará agora de TEU justo julgamento, que se faz se

gundo a TUA Misericórdia, ou segundo a TUA Justiça. E ainda nos atrevemos a dizer, que se o que amas com preferência a todas as coisas, que é a VIRGEM MARIA, TUA MÃE e que TI gerou, e que nunca pecou, se tivesse pecado mortalmente e morrido sem contrição Divina, amas tanto a Justiça, que sua alma nunca teria subido ao Céu. Logo, ó JUIZ, porque não declaras ser nossa esta alma, para que a atormentemos segundo as suas obras”?

Ouviu-se depois o som de uma trombeta e todos ficaram em silêncio, e uma voz disse: “Calai e ouvi todos vocês, Anjos, almas e demônios, vai falar a MÃE DE DEUS". Em seguida a VIRGEM MARIA apareceu diante do trono do JUIZ, trazendo muitas coisas escondidas embaixo do manto, e disse aos demônios: “Vocês, inimigos, perseguis a misericórdia, e sem nenhuma caridade pregais a justiça. Ainda que seja verdade que esta alma se acha em falta com as boas obras, e por falta delas não possa entrar no Céu, olhe o que trago debaixo de meu manto. E levantando um painel por ambos lados, via-se uma pequena igreja e nela alguns religiosos; e pelo outro lado viam-se homens e mulheres, amigos de DEUS, e todos rezavam a uma só voz, dizendo: SENHOR, tenha misericórdia dessa alma”.

Reinou um grande silêncio e NOSSA SENHORA prosseguiu: “A Sagrada Escritura diz que aquele que tem uma verdadeira fé pode mudar os montes de um lugar para outro. O que não pode fazer então os clamores e súplicas de todos aqueles que tem fé e servem a DEUS com fervoroso amor? O que não podem alcançar os amigos de DEUS, que rogam e pedem por esta alma, para que fosse afastada do inferno e conseguisse o Céu, e bem mais ainda quando por suas boas obras não procuraram outra vantagem que os bens celestes para aquele que necessitava? Porventura, não podem as lágrimas e as orações de todos os bem-aventurados ajudar a levantar esta alma, para que antes de sua morte tenha uma verdadeira contrição com o Amor de DEUS? Eu também unirei os meus rogos as orações de todos os Santos que estão no Céu, a quem esta pessoa honrava com particular veneração”.

“E a vós demônios, os mando da parte do JUIZ e de seu poder, que atendais em sua justiça ao que estão vendo agora”. E todos responderam numa só voz: “Vemos que no mundo as lágrimas e o arrependimento aplacam a ira de DEUS, assim os pedidos que são feitos O inclinam a Misericórdia com Amor”. Depois disto, ouviu-se uma voz que saiu Daquele que estava sentado no Trono resplandecente: “Pelos rogos de Meus amigos, esta pessoa terá contrição antes da morte e não irá para o inferno, irá para o Purgatório com os que ali padecem tormentos por causa de seus pecados: e assim que terminar de pagar todos os seus pecados, receberá seu prêmio no Céu, com aqueles que tiveram fé e esperança, mas com pouca caridade”. E assim que ouviram isto, os demônios fugiram.

Depois, Santa Brígida viu que foi aberto um abismo profundo tenebroso, no qual havia um forno imenso incandescente, e no meio daquele fogo sobrenatural estavam os demônios e as almas vivas, que se abrasavam ardendo num calor insuportável e impiedoso. Sobre aquele forno estava a alma cheia de aflição. Tinha os pés fixos numa haste do forno, com o corpo levantado, e não estava no mais alto nem no mais baixo do forno. Sua figura tinha um aspecto horrível. O fogo parecia sair debaixo dos pés da alma e vir subindo, como a água sobe por um cano; e se comprimindo violentamente, passava por cima da cabeça da alma, de modo que por todos os seus poros e veias corria um fogo abrasador. As orelhas lançavam fogo como de uma forja, que com o contínuo sopro lhe atormentava o cérebro.

Os olhos estavam torcidos e afundados, como se estivessem na nuca. A boca estava aberta e a língua enfiada pelas aberturas dos narizes, e pendurada até os lábios. Os dentes eram agudos como cravos de ferro, fixos no paladar. Os braços aumentaram tanto que chegavam até os pés. As mãos estavam cheias e comprimiam sebo e peixe incandescentes. A pele que cobria o corpo da alma, era suja e asquerosíssima, tão feia e fria, que só de ver causava tremor, e dela saía uma matéria como de uma úlcera inflamada com s

angue e pus, com um fedor tão horrível, que não se pode comparar com nada asqueroso do mundo.

Depois de ver este tormento, a Santa ouviu uma voz que saía do íntimo daquela alma, que repetiu cinco vezes: “Ai de mim! Ai de mim"! Clamando com toda força e derramando abundantes lágrimas. "Ai de mim que tão pouco dei atenção e amei a DEUS pelas Suas Supremas Virtudes e pelas graças que me concedeu, e que eu não soube aproveitá-las! Ai de mim, que não temi como devia a Justiça de DEUS! Ai de mim, que amei os prazeres de meu Corpo e de minha carne pecadora! Ai de mim, porque conheci os terríveis Luiz e Juana”!

E logo o Anjo disse a Santa Brígida: Eu vou lhe explicar esta visão. Aquele palácio que você viu é a semelhança do Céu. A multidão que estava nos assentos e tronos com veste branca e resplandecentes são os Anjos e as Almas dos Santos. O SOL que estava no trono mais alto, é JESUS CRISTO na sua Divindade. A mulher é a VIRGEM MÃE DE DEUS. O negro é o diabo que acusa a alma e quer se apossar dela. O soldado é o Anjo da Guarda, que apresenta as boas obras feitas por aquele homem. O forno incandescente é o inferno, que permanece ardendo com suas terríveis chamas em toda pujança, e tão violentas elas são, que se o mundo com tudo o que tem se incendiasse, ainda não podia se comparar com a veemência e o horror daquele fogo. No inferno ouvem-se diversas vozes, todas contra DEUS, e todas principiam e acabam com um ai, um grito de horror, de angústia e de sofrimento. E as almas parecem pessoas, cujos membros se estendem e são atormentados pelos demônios, sem descanso algum. Por outro lado, as almas que estão a se abrasar no fogo que arde na fornalha das trevas eternas, não têm todas as mesmas penas. Tudo é determinado pela Justiça Divina pela grandeza e imensidão dos pecados de cada uma.

Aquele tenebroso lugar que viste ao redor do imenso forno, é o limbo, que participa das trevas do forno, mas não de suas penas, e ambos são lugares do inferno, e os que ali entram, nunca alcançarão à vista de DEUS. Acima dessas trevas, ou seja, bem perto do inferno, está a maior pena que as almas podem sofrer no Purgatório. E para além deste lugar, na outra extremidade, há outro lugar, onde se sofre a pena menor do Purgatório, que somente consiste em faltas menores, de pecados veniais e outras coisas semelhantes.

Existe também um outro lugar no Purgatório, superior a esses dois, onde não se padece outra pena, senão a do desejo de ver DEUS e gozar da Sua adorável companhia. Nesta purificação espiritual a alma sente uma indomável vontade de ver e de se aproximar de DEUS, mas sente que não consegue enquanto não concluir a sua sentença.

Em primeiro lugar, a alma é colocada sobre as trevas do inferno, onde ela sofre a maior pena do Purgatório, conforme viste padecer àquela alma. Ali há vermes peçonhentos e animais selvagens; há calor e frio; existe confusão e trevas vindas das penas do inferno, e umas almas tem ali maiores penas e tormentos que outras, conforme fizeram maior ou menor reparação dos seus próprios pecados, até quando as suas almas deixaram os seus corpos. Logo a Justiça de DEUS tira a alma daquele local e envia a outros lugares, onde permanecem detidas até alcançar algum refrigério e ajuda de seus amigos particulares, ou dos sacrifícios e das continuas boas obras da Santa Igreja. A alma que tem maiores auxílio, mais rápido cumpre sua pena e se livra daquele lugar. Dali a alma vai para o terceiro estágio, onde não existe mais pena além do imenso desejo de chegar na presença de DEUS, e de gozar de sua visão beatífica. Neste lugar existem muitas pessoas há bastante tempo, porque quando viveram no mundo, não tiveram um perfeito desejo de chegar à presença de DEUS e desfrutar da alegria e satisfação de estar na presença DELE.

O Anjo também narrou que muitos morrem tão justos e tão inocentes, que logo após a morte, chegam à presença de DEUS, gozam da alegria e do prazer de estar junto do SENHOR; outros morrem, depois de reparar todos os seus pecados no mundo, de modo que suas almas não recebem nenhuma pena ou castigo. Mas são poucos os que n

ão vão ao lugar aonde se padece o castigo do desejo de encontrar DEUS, de matar a saudade de DEUS. As almas que estão nestes três lugares, participam das orações e boas obras da Santa Igreja, que se faz no mundo; principalmente daquelas que elas fizeram enquanto viveram, e das que seus amigos fazem por elas depois da morte. Dessa forma, como os pecados são diferentes e de muitas classes, assim também as penas são diferentes; significa dizer que no Purgatório existe o local certo para cada alma pagar sua dívida com a Justiça de DEUS. Assim, todas as orações, sacrifícios e Santas Missas que forem celebradas em sufrágio das almas, são providências preciosas, e elas lucram e participam de tudo o que por elas se faz no mundo.

Prosseguiu o Anjo, seja bendito de DEUS todo aquele que no mundo ajuda as almas com suas orações e com os seus sacrifícios. A Justiça de DEUS diz, que as almas que vão se purificar depois da morte com a pena do Purgatório, podem ser ajudadas com as boas obras de seus amigos e da Igreja, para que saiam mais cedo.

Depois disto, ouviram-se muitas vozes do Purgatório que diziam: "Meu SENHOR JESUS CRISTO, justo JUIZ, envie Seu Amor para aqueles que têm o poder espiritual no mundo, e então nós poderemos participar mais que agora de seu canto, das lições e dos oferecimentos".

Em cima, de onde saiam estes clamores havia uma espécie de casa, na qual se ouviam muitas vozes que diziam: "DEUS pague àqueles que nos ajudam e aliviam as nossas faltas". Na mesma casa parecia nascer à aurora, e embaixo desta apareceu uma nuvem que não participava da clareza da aurora, da qual saiu uma grande voz que disse: "Ó SENHOR DEUS, dá de TEU incompreensível poder cento por um, a todos os que no mundo nos ajudam e nos elevam com suas boas obras, para que vejamos a luz de TUA Divindade, e gozemos de TUA presença e da TUA Divina Face".

Continuação da revelação sobre o Purgatório.

LIVRO Nº 4 - Capítulo 7

Disse o Anjo a Santa Brígida: Aquela alma que viste e ouviste a sentença, está na pena mais grave do Purgatório. Isto foi ordenado por DEUS, porque ela se vangloriava muito com as coisas do mundo e de seu corpo; mas das espirituais e de sua alma não fazia caso, porque não se lembrava do muito que devia a DEUS e o desprezava. Por isso sua alma padece no ardor do fogo e treme de frio; as trevas a deixa cega, a horrível e temerosa vista de satanás e seus asseclas, e a vozeria e clamor dos demônios a deixa surda, interiormente padece fome e sede, e exteriormente se sente cheia de confusão e vergonha.

DEUS concedeu a esta alma uma graça especial, não permitindo que os demônios a tocassem e a atormentasse, quando ocorreu o óbito. Isto aconteceu porque ela se encontrava em início de conversão. Todo o bem que fez e tudo o que prometeu e deu dos seus bens adquiridos licitamente, e principalmente as orações dos amigos de DEUS, diminuíram e aliviaram a sua pena, segundo foi determinado pela justiça Divina. Mas quanto aos bens que deu os quais não foram adquiridos corretamente, ficou em proveito daqueles que justamente os possuíam antes, ou lhes servem em seu corpo, se são dignos disso, segundo a disposição do SENHOR.



Conclusão do assunto sobre o Purgatório.

LIVRO 4 - Capítulo 8

Disse o Anjo a Santa Brígida: Já ouviste como pelos rogos dos amigos de DEUS aquela alma antes de morrer teve arrependimento de seus pecados. Nascida do amor de DEUS, o seu arrependimento a livrou do inferno. Assim, a Justiça de DEUS sentenciou que ela ardesse no Purgatório por seis períodos de tempo, ou seja, por seis vezes a quantidade de anos que ela viveu, desde que com pleno conhecimento cometeu o primeiro pecado mortal até o dia em que por amor a DEUS começou a se arrepender da transgressão. Este tempo poderá ser reduzido, se receber auxílio do mundo e dos amigos de DEUS (na Igreja ou no lar).

O primeiro período se compreende por aquele em que não amou a DEUS por sua Divina paixão e morte, e pelas muitas tribulações que o SENHOR sofreu para a salvação das almas.


O segundo período é aquele em que não amou a sua própria alma como deveria fazer um cristão responsável, nem dava graças a DEUS por ter recebido o Batismo, e porque não era judeu e nem pagão. O terceiro período abraça aquele tempo em que sabendo bem o que DEUS tinha mandado, teve pouco interesse em fazer ou proceder daquele modo. O quarto período é aquele em que sabia bem o que DEUS tinha proibido aos que quisessem ir para o Céu, e atrevidamente fez exatamente aquilo que não podia e nem devia fazer, se deixando levar pelo desejo sexual e desobedecendo a voz de sua consciência. O quinto período foi aquele em que não usou a graça Divina que se lhe oferecia, nem da Confissão, como é absolutamente normal a todas as pessoas, embora tivesse muito tempo para isso, para revelar o seu arrependimento pelos pecados cometidos. O sexto período compreende aquele no qual recebia com pouca frequência o Corpo e Sangue de JESUS porque não deixava de pecar, nem teve a devida caridade ao recebê-LO no final de sua vida.

Há um lugar no Purgatório, onde não se padece outra pena senão o desejo de ver e estar junto de DEUS.

LIVRO 4 - Capítulo 91



Santa Brígida estava rezando por um sacerdote idoso ermitão, seu amigo, que acabava de morrer, e tinha tido uma vida exemplar, cheia de grandes virtudes, e já estava num caixão na Igreja pronto para ser sepultado.

Então lhe apareceu à SANTA VIRGEM MARIA e lhe disse: “Saiba minha filha, que a alma deste ermitão, seu amigo, teria entrado no Céu no momento em que deixou o seu corpo, mas no instante de sua morte ele não teve o desejo de se apresentar à presença de DEUS e de ver o SENHOR. E por esta razão encontra-se detido no “Purgatório do desejo”, onde não há nenhuma pena, senão somente a retenção do desejo de ir ao encontro de DEUS. Com tudo, antes que seja sepultado o seu corpo, a sua alma pelos méritos adquiridos em vida entrará na glória eterna”.

A VIRGEM MARIA aproveitou para instruir Santa Brígida de quanto é importante deixar os acontecimentos nas Mãos de DEUS como manifestação de amor a DEUS, não se esfalfando preocupadamente em solucionar dificuldades que fogem totalmente ao controle humano. A confiança em DEUS é fundamental e necessária como demonstração de amor a DEUS, e ela se concretiza desde os menores atos de colocar confiantemente nas Mãos do SENHOR, a súplica de uma orientação, para a solução de algum problema.

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DEFESA DAS APARIÇÕES DE JACAREI

DEFESA ÀS APARIÇÕES DE JACAREÍ


(FEITA POR UM PEREGRINO, AO CONTEMPLAR UM VÍDEO FALANDO MAL DAS MESMAS CITADAS ACIMA, E SOBRE A CARTINHA DO BISPO DA ÉPOCA, ALEGANDO QUE AS APARIÇÕES NÃO ERAM VERDADEIRAS)


NÃO SEI QUEM FEZ MAS PRA MIM ESSA PESSOA MERECIA UMA MEDALHA DE HONRA DE NOSSA SENHORA POR ESTA BELA DEFESA

"Quando você diz que devemos dar ouvidos ao que os padres dizem a respeito das aparições de Jacareí, corre em um ledo engano, pois, a “opinião pessoal” deles é que não pode ser elevado ao nível de “dogma de fé”. As cartas de Dom Nelson são muito citadas pelos que latem que estas Sagradas Aparições são falsas. Portanto, mister se faz alguns esclarecimentos. Há duas cartas oficiais onde este indigitado bispo trata da matéria “aparições”. Uma primeira, publicada em 1996, enquanto o mesmo ainda era bispo de São José dos Campos (diocese a qual pertence Jacareí). Nesta, não há menção alguma ao nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, muito menos, excomunhão, há somente algumas orientações pastorais. A segunda, publicada em 2007 e republicada em 2011, realmente traz explicitamente o nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, porém, nesta, a palavra “excomunhão” é sequer mencionada.

Ainda há um probleminha com esta segunda carta. O dito bispo (certamente pela providência de Nossa Senhora) foi transferido para a diocese de Santo André/SP em 2003, e, observem, a segunda carta publicada por ele ocorreu no ano de 2007, quando já havia deixado de ter jurisdição eclesiástica sobre a cidade de Jacareí. Portanto, o mesmo, ao editar esta carta, violou a jurisdição eclesiástica conferida a ele pela Igreja, e, ainda, violentou gravemente a autoridade de Dom Moacir, então, bispo da Diocese de São José dos Campos, que, se quisesse, poderia ter criado o maior caso com isso, pois Dom Nelson desrespeitou frontalmente e atropelou sua autoridade eclesiástica, uma verdadeira afronta. Então eu lhes pergunto, vocês ainda vão dar credibilidade a um documento irregular e eivado de vícios como esse?

Vale lembrar, que não é obrigatório seguir estas cartas circulares dos bispos. Não há heresia nem cisma nisso. Um católico somente pode ser acusado de cismático ou herege se atentar contra os Dogmas de Fé. Que eu saiba, carta circular de bispo não é Dogma de Fé. Como a primeira carta de Dom Nelson não condena as Aparições de Jacareí, e a segunda está irregular, pode-se dizer que não pesa condenação oficial e regular da Igreja sobre estas Santas Aparições. Além do mais, até o presente momento, Dom José Valmor, que atualmente tem jurisdição eclesiástica sobre Jacareí, não fez pronunciamento oficial sobre as mesmas. Documento oficial onde o Profeta Marcos foi excomungado, também é inexistente, portanto, qualquer informação que diga o contrário é fruto de pura “fofoca”.

Ressalto que em Jacareí, realmente, não damos tanta importância aos documentos do Vaticano. O que nós realmente valorizamos é a doutrina que nos foi transmitida pelos santos, como Santo Afonso, São Luiz, Santa Teresa, São João da Cruz, etc... Outro adendo que gostaria de acrescentar, diz respeito ao fato da obrigatoriedade ou não das Sagradas Mensagens Celestiais. A orientação predominante entre os teólogos católicos, de que não é obrigatório seguir as Aparições de Nossa Senhora, se funda em meras opiniões pessoais de alguns clérigos a respeito do assunto. Esta orientação não tem o caráter da infalibilidade papal e muito menos é um Dogma de Fé. Realmente, o catecismo atual traz algo nesse sentido, mas vale lembrar que o mesmo não recebeu o caráter da infalibilidade pelo Concílio Vaticano II. Bem ao contrário do Santo Catecismo do Concílio de Trento. Este sim, recebeu o caráter de infalível. Ocorre que nossa amada Igreja há muito se transviou de uma tradição bíblica milenar, através da qual o “Deus dos Exércitos” sempre manifestou sua vontade ao povo de Israel por meio de suas aparições aos profetas (mesmo fenômeno que ocorre com o, também, profeta Marcos Tadeu, pois os fenômenos miraculosos e de aparições que ocorrem naquele Santuário, são da mesma espécie dos verificados na Sagrada Bíblia).

Ora, nos tempos bíblicos não era através dos fariseus, saduceus, príncipes e doutores da lei (a Igreja oficial da época) que Deus dava as suas diretrizes ao povo eleito, mas sim, através dos profetas, em outras palavras, dos videntes. Nos primórdios do cristianismo, também ocorria assim, pois, a própria origem da nossa amada Igreja se funda nas “aparições” de Jesus aos apóstolos e discípulos. Então, por que esta tradição bíblica foi quebra? Será que é porque as aparições aos profetas cessaram? Errado, pois nos últimos 100 anos ocorreram mais de 1000 aparições de Nossa Senhora, dos santos e anjos, e até de Deus.
A pergunta correta é, por que o clero tenta abafar isso, pois grande parte, senão todas, destas aparições também foram acompanhadas de sinais miraculosos, como, curas inexplicáveis pela ciência, sinais na natureza, etc... Se Deus usava deste expediente nos tempos bíblicos, certamente deveria continuar a usá-lo nos tempos do catolicismo, pois uma grande verdade que a Teologia professa é que Deus é imutável. Não citarei as passagens bíblicas onde Deus manifesta sua vontade através dos videntes/profetas, pois se assim fizesse, teria que citar a Bíblia inteira, pois a própria formação e ensinamentos nela transmitidos se dão por este meio. Gostaria apenas de citar um pequeno exemplo de qual atitude deveremos tomar frente às Aparições de Jacareí, tomando por base a Bíblia. Saulo, quando se dirigia à cidade de Damasco e Jesus lhe “aparece” exclama: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9, 6). Naquela ocasião, Jesus disse a ele para procurar os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! O ordenou que entrasse na cidade de Damasco e ali lhe seria dito o que deveria fazer. Beleza. E quem Deus enviou para Saulo? Os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! Mas Ananias, um vidente. Como eu sei que Ananias era um vidente? As Sagradas Escrituras nos contam que foi uma aparição de Jesus que disse para ele ir procurar Saulo. É só conferir At 9, 10-16ss.

Outro exemplo foi Judas Iscariotes; este preferiu errar com a Igreja oficial da época (lembra né, fariseus e saduceus) que acertar sem ela. Bom... Errou mesmo! E segundo alguns santos místicos, como Maria de Ágreda, sua alma se encontra no inferno. Assim, a posição teológica defendida pela maioria dos teólogos atuais, de que as aparições não são obrigatórias, falando em termos de estudo teológico da atualidade, é perfeitamente passível de questionamento, e, inclusive, daria uma boa tese de doutoramento. É um posicionamento que pode ser mudado. Não é Dogma de Fé. Gostaria de finalizar este ponto dizendo o seguinte. Jesus tolerou para sempre aquela Igreja oficial da época (o judaísmo) que rejeitou o projeto que suas aparições aos Apóstolos (que também eram videntes) propunha? Claro que não!!! Por causa disso, Deus se retirou do meio daquela Igreja e passou a habitar no meio dos seus videntes, os apóstolos e discípulos, e, assim, surgiu a nossa amada Igreja Católica (Mt 21, 39-45).

Não é objetivo do Profeta Marcos Tadeu, nem de sua Ordem e muito menos de nós, a Milícia da Paz (formada por todos os fiéis seguidores daquele Santuário) provocar um cisma na Igreja. Nós apenas denunciamos os erros (prerrogativa esta, conferida aos leigos pelo próprio Concílio Vaticano II), lutamos para que a devoção a Nossa Senhora, aos santos e anjos seja colocada em seu devido lugar, e que as suas mensagens, e as dos demais santos, e até as de Deus, seja acolhida como nos tempos Bíblicos, pois acreditamos que se isto não for feito, irá se abater gigantescos cataclismos sobre a Terra, de uma tal magnitude que nunca houve, nem jamais haverá. Acreditamos que esta “palavra de Deus” transmitida nas aparições é o caminho e a única forma de salvar o mundo, e qualquer obra, ou pessoa, que ensine ou faça diferente do que elas dizem, é desprezada por nós. O motivo para isto é muito simples. Desde tempos remotos, as Aparições de Nossa Senhora (inclusive as não aprovadas pela Igreja) vêm dizendo o que aconteceria ao mundo se esta “palavra de Deus” não fosse obedecida. Resultado, tudo o que elas disseram, em um passado remoto, está se cumprindo na atualidade. Então, não há outra conclusão a se fazer, a não ser admitir que elas eram verdadeiras, e que o clero errou. Aliás, o histórico de erro do clero é algo realmente interessante. Basta citar a condenação que pesou durante 20 anos sobre as Santas Aparições de Jesus Misericordioso à Santa Faustina, e não foi por um “bispozinho” qualquer. Foi pelo próprio papa da época. Se não fosse a atuação do então Cardeal Karol Józef Wojtyła, futuro Papa João Paulo II, estas aparições estariam condenadas até os tempos atuais, e, certamente, você seria um grande opositor delas, não é? Infelizmente, como atualmente o número de Cardeais, e clérigos em geral, com este nível de espiritualidade é praticamente nulo... tadinha das aparições... snif. Praticamente nenhum deles entende de Teologia Mística, o estudo apropriado para se avaliar as aparições e estudá-las.

Além do mais, as aparições de La Salette, Lourdes e Fátima, para quem conhece mais a fundo sua história, verá que elas na verdade não foram aceitas pelo clero. Muito pelo contrário, este as combateu com todas as suas forças. Na realidade, o que ocorreu, é que os fiéis praticamente as fizeram descer goela abaixo na garganta do clero, de tal modo, que eles não tiveram outra opção a não ser aprová-las. E, mesmo nestas que foram aprovadas, o estrago que o clero fez é algo incomensurável. Não as divulgou como deveria; se o corpo incorrupto de Santa Bernadete estivesse no Santuário de Lourdes iria converter milhões de fiéis, no entanto está praticamente escondido no convento de Nevers; o corpo incorrupto de Santa Jacinta foi escondido dos fiéis; a esmagadora maioria dos vaticanistas da Itália é de acordo que, até hoje, o terceiro segredo de Fátima não foi revelado em sua integralidade; a consagração da Rússia não foi feita como Nossa Senhora pediu até os dias atuais, etc... E isso, só para citar os danos que me vem à mente neste momento.

No Santuário das Aparições de Jacareí, o Profeta Marcos está resgatando tudo aquilo que a Igreja e a sociedade tanto se esforçaram para extinguir, os escapulários, medalhas, mensagens, enfim, a salvação do mundo que Nossa Senhora nos revelou e ofereceu com tanto amor ao longo de suas aparições na história. Sem dúvida, lá está se cumprido a passagem da Escritura na qual se diz: “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas...” Mt 13,52 É uma nova aparição que resgata todas, até as mais antigas. Portanto, se ainda quiserem seguir a doutrina da cabeça deste cara de que não precisamos de aparições, o problema é de vocês. Aliás, se formos pensar bem, porquê Deus, Nossa Senhora os anjos e os santos apareceriam, né? Afinal de contas, nosso mundo está uma verdadeira maravilha, não é? Não temos problemas de droga, prostituição, corrupção, degradação moral, depressão, decadência da Igreja, violência, roubos, assassinatos, guerras, miséria..., todos os sacerdotes são verdadeiros Serafins de santidade, enfim, o Vaticano está dando conta do recado... Só não está apresentando um desempenho melhor devido a um “pequeno” probleminha de tráfico de influência entre os altos clérigos, desvio de verbas do banco do Vaticano, looby gay entre os padres, pedofilia generalizada, um papa progressista e comunista..., mas, afinal de contas, são probleminhas fáceis de serem solucionados, né? É... Em um mundo maravilhoso e em ótimo funcionamento como esse, realmente não entendo o motivo de tantas aparições..."