quinta-feira, 9 de novembro de 2023

9 de novembro - Dia da Bem-Aventurada Elisabete da Trindade Catez

Elisabete da Trindade Catez
Bem-aventurada
1880-1906


Foi num Domingo, dia 18 de julho de 1880, no campo militar de Champ d´Avor, França, que nasceu Elisabeth Catez. Filha do casal Francisco José Catez e Maria Rolland.

Seu pai era militar, de família humilde, senso de responsabilidade e vontade firme e resoluta. Morre dia 02 de outubro de 1887, de um ataque cardíaco. A morte do marido foi para a Senhora Catez um golpe que a abalou física e moralmente, de modo que nunca mais recuperou totalmente.

Foi batizada no dia 22 de julho, festa de Santa Maria Madalena.

Filha e neta de oficiais, herda um temperamento ardente, pronto à replica. Sua infância foi caracterizada por grandes e irreprimíveis manifestações de cólera, no que constratava com a doçura extrema da irmãzinha Margarida, mais jovem dois anos. Preciso fora que tudo cedesse à sua vontade. Felizmente o amor inteligente e firme da mãe soube plasmar o coração e a vontade de sua filha, guiando-lhe os impulsos naturais de seu caráter vivo e difícil. Aprendeu a vencer-se por amor.

A Primeira Confissão, Primeira Comunhão e Crisma

A alma de Elisabeth é tocada pela graça dos três Sacramentos , o que mais tarde ela chamará de suaconversão. A criança sentiu uma impressão profunda, que deu origem a um verdadeiro despertar nas coisas divinas. Resolveu desde então lutar energicamente contra o seu defeito dominante, a sensibilidade.

Aos sete anos, confidenciou ao Cônego de Carcassone, amigo da família: "Quero ser freira".

Mais se aproximava a data do grande dia, mais se multiplicavam as vitórias de uma vontade já senhora de si. A Primeira Comunhão se deu em 19 de abril de 1891. Na véspera à noite, confessara-se com o piedoso capelão do campo de Avor.

À tarde, esteve no Carmelo, com aquela que, como Priora, oito anos mais tarde deveria ampará-la durante os dois longos anos de espera. Foi ela que lhe escreveu neste dia, no verso de uma estampa, o significado de seu nome: Elisabeth, Casa de Deus.



"Teu nome bendito, esconde um mistério
Que se cumpre neste grande dia.
Pequena, teu coração é sobre a terra
'Casa de Deus', do Deus que é Amor."

Havia se transformado! Crescia sempre mais no exercício das virtudes. Tornou-se doce, obediente, uma menina aplicada, submissa, serviçal e responsável.

"Durante o dia, dizia, pode-se sempre se contrariar em qualquer coisa sem que ninguém perceba, nunca se deve passar uma hora sem fazer um sacrifício, nem que seja um grampo espetando a cabeça, um fósforo dentro do sapato."

O dia a dia de Elisabeth transcorre na normalidade. Dedica-se ao estudo, cultiva o talento musical. Gostava muito de brincar com as amiguinhas, e ninguém melhor do que ela sabia animar uma brincadeira.


 Memória da Beata Elisabete da Trindade, religiosa carmelita…


Isabel Catez Rolland, filha de Francisco José e de Maria, nasceu perto de Bourges, França, num acampamento militar do campo de Avor, na manhã de domingo, dia 18 de julho de 1880, tendo sido batizada no dia 22 de julho, na capela do mesmo acampamento. Desde menina distinguiu-se por seu temperamento apaixonado, um tanto agressivo, mas por outro lado marcado por uma agradável sensibilidade. 

Sua mãe conta: “Quando tinha um ano, já se manifestava a sua natureza ardente e colérica… Foi pregada uma missão durante a nossa estadia devendo terminar com a bênção das crianças. Uma religiosa veio-me pedir uma boneca para representar o Menino Jesus, no presépio, devendo vestir-se com um traje cheio de estrelas douradas e irreconhecível aos olhos da menina. Levei-a à cerimônia.

 A criança esteve distraída com as pessoas que chegavam, mas quando o prior do alto do púlpito anunciou a Bênção, Elisabeth deitou um olhar sobre o presépio e reconheceu a boneca e, num ímpeto de cólera, com o olhar furioso, exclamou: ‘Jeanette! Dêem-me a minha boneca!” A babá teve de a levar no meio duma risada geral. Esta natureza ardente e colérica cada vez mais se acentuou…”
Seu pai faleceu no dia 2 de outubro de 1887, de repente, vítima de uma crise cardíaca. Elisabeth, que tinha então sete anos e dois meses relembrará dez anos mais tarde essa hora trágica. A morte do pai causará a “conversão” e mudança de caráter de Elisabeth. como fruto de sua vida de ascese e oração. Faz sua primeira comunhão no dia 19 de abril de 1891, em 
Dijon. Indo com outras companheiras visitar o Carmelo recebe um “santinho” da Priora, Madre Maria de Jesus, que na dedicatória traduz o nome Elisabeth por “Casa de Deus”. Sete anos depois da sua primeira comunhão, Elisabeth escreverá:

… Nesse dia
Em que Deus fez de mim sua morada,
Em que Deus se apoderou de meu coração,
E de tal modo o fez que, desde então,
Desde esse misterioso colóquio,
Essa conversa divina, deliciosa,
Só aspirava a dar a minha vida,
a retribuir um pouco o Seu grande amor
ao Bem-Amado da Eucaristia
Que residia no meu pobre coração

Inundando-o de favores.


Desde os oito anos estudou música no Conservatório de Dijon. Todos os dias passava horas ao piano. Muitas vezes participou em concertos organizados na cidade. Seu talento precoce merece elogios nos jornais locais. No dia 24 de julho de 1893, apesar da sua pouca idade, obteve o primeiro prêmio de piano do Conservatório. 

A jovem Elisabeth freqüentará a sociedade local. No decorrer de uma festa, enquanto dançava e se divertia, a Sra. Avout, surpreendeu o seu olhar e lhe segredou: “Elisabeth, não estás aqui, estás vendo Deus…”Havia nos seus olhos “um não sei quê de luminoso que irradiava”, disse Louise de moulin, que Elisabeth preparava para a Primeira Comunhão. 

Elisabeth PostulanteUm de seus amigos de juventude, que a tinha encontrado várias vezes quando todos os dias ia ver a sua grande amiga, a vizinha Marie Louise Hallo, Charles, irmão desta, não economiza superlativos quando descreve Elisabeth como “muito simples e duma espantosa franqueza… muito querida pelas suas companheiras… muito alegre, muito musical… a sua doçura refletia-se-lhe no olhar extraordinário e luminoso… a pureza transparecia-lhe no olhar”. 

A Senhora Hallo confirmará o esplendor do olhar de Elisabeth, especialmente quando voltava da comunhão: “nunca poderei esquecer o seu olhar. 

O rosto de Elisabeth, quando voltava da comunhão, não se pode explicar”.

No dia 2 de janeiro de 1901, aos 21 anos, ingressou no Carmelo Descalço de Dijon, cidade onde vivia com sua sua família.

Recebeu o hábito no dia 8 de dezembro de 1902 e no dia 11 de janeiro de 1903 emitiu seus votos religiosos na Ordem do Carmelo, que já amava com toda sua alma.
Com sua vida e doutrina, breve mas sólida, exerce grande influência na espiritualidade atual, especialmente por sua experiência trinitária. Em sua obra distinguem-se: Elevações, Retiros, Notas Espirituais e Cartas.

Foi beatificada pelo papa João Paulo II, no dia 25 de novembro de 1984, festa de Cristo Rei. Sua festa é celebrada no dia 8 de novembro. Irmã Elisabeth é uma alma que se transformou dia a dia no mistério trinitário. 

Enamorada por Jesus Cristo, que é “seu livro preferido”, eleva-se à Trindade, até que “Isabel desaparece, perde-se e se deixa invadir pelos Três”. “A Trindade: aquí está nossa morada, nosso lugar, a casa paterna de onde jamais devemos sair… 

Ir. Elisabeth noviçaEncontrei meu céu na terra,  ue o céu é Deus e Deus está em minha alma. No dia em que compreendi isto, tudo se iluminou para mim”. 

“Crer que um ser que se chama Amor habita em nós a todo instante do dia e da noite, e nos pede que vivamos em sociedade com Ele, eis aquí, garanto-vos, o que tem feito de minha vida um céu antecipado”.

Amou intensamente sua vocação carmelita e também amou e imitou a “Janua Coeli”, como chamava Nossa Senhora. 

Andou a passos largos no caminho da perfeição. 

Faleceu no dia 9 de novembro de 1906 vítima de úlcera estomacal, murmurando, quase cantando: “Vou à luz, ao amor, à vida”.

Elevação à Santíssima Trindade

Ó meu Deus, Trindade que eu adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente para me fixar em Vós, imóvel a pacifica como se a minha alma estivesse já na eternidade. Que nada possa perturbar a minha paz, nem fazer-me sair de Vós, ó meu Imutável, mas que cada minuto me faça penetrar mais na profundidade do vosso Mistério. Pacificai a minha alma, fazei nela o vosso céu, a vossa morada querida e o lugar do vosso repouso. Que eu nunca Vos deixe só, mas que aí permaneça com todo o meu ser, bem desperta na minha fé, toda em adoração, toda entregue à vossa Ação criadora.
Ó meu Cristo amado, crucificado por amor, quereria ser uma esposa para o vosso Coração, quereria cobrir-Vos de glória, quereria amar-Vos… até morrer de amor ! Mas sinto a minha impotência a peço-Vos para me “revestir de Vós mesmos”, para identificar a minha alma com todos os movimentos da Vossa alma, para me submergir, invadindo-me, a substituindo-Vos a mim, para que a minha vida não seja senão uma irradiação da vossa Vida. Vinde a mim como Adorador, como Reparador, a como Salvador.

Ó Verbo eterno, Palavra do meu Deus, quero passar a minha vida a escutar-Vos, quero tornar-me inteiramente dócil, para tudo aprender de Vós. Depois, através de todas as noites, de todos os vazios, de todas as impotências, quero fixar-Vos sempre a permanecer sob a vossa grande luz; ó meu Astro amado, fascinai-me para que eu não possa jamais sair da vossa irradiação.


Ó Fogo consumador, Espírito de amor, “descei sobre mim”, para que na minha alma se faça como que uma encarnação do Verbo: que eu seja para Ele uma humanidade de acréscimo na qual Ele renove todo o seu Mistério. E Vós, ó Pai, debruçai-vos sobre a vossa pequena criatura, “cobri-a com a vossa sombra”, não vendo nela senão o “Bem-Amado no qual pusestes todas as vossas complacências”.
Ó meus Três, meu Tudo, minha Beatitude, Solidão infinita, Imensidade onde me perco, entrego-me a Vós como uma presa. Sepultai-Vos em mim para que eu me sepulte em Vós, enquanto espero ir contemplar na vossa luz o abismo das vossas grandezas.

Sua mensagem

que corramos no caminho da santidade.
que o Espírito Santo eleve nosso espírito.
que sejamos sempre um louvor à glória da Ssma. Trindade.
que sejamos dóceis às moções do Espírito Santo.



Processo de Canonização




“No dia 11 de julho de 2011, no Arcebispado de Dijon, na presença do Monsenhor Roland Minnerah, Arcebispo da Diocese, teve início o processo “Super Miro” para a canonização da Beata Elisabete da Trindade (1880-1906).

Depois de uma breve oração, estando na presença de uma relíquia da carmelita de Dijon, os membros do tribunal prestaram juramento: Monsenhor Ennio Apeciti, da Arquidiocese de Milão, como juiz delegado arquidiocesano, o Cônego Paul Chadeuf, como promotor de justiça, e Dom Yves Frot como notário.

O Chanceler Arquidiocesano, Cônego Marc Galen, leu o “Supplice Libello” do Vice-Postulador da Causa, Padre Antonio de la Madre de Dios, OCD, com o qual pediu o início do processo em virtude do suposto milagre, atribuído à intercessão da Beata.

Logo na primeira sessão, ocorreu o interrogatório das três carmelitas descalças do Carmelo de Dijon-Flavignerot, onde ocorreu o suposto milagre da cura da senhorita belga Marie-Paul Stevens. Professora de ensino religioso no Instituto dos Irmãos Maristas de Malmedy (Bélgica), Marie-Paul começou, em maio de 1997, a experimentar problemas na salivação e dificuldade para articular as palavras.

Algumas semanas depois, uma amiga médica lhe aconselhou a fazer alguns exames clínicos. Constatou-se, então, que ela havia contraído a síndrome de Sjogren, a qual atinge gradualmente o organismo. Durante a doença, muitas pessoas fizeram a novena da Irmã Elisabete da Trindade pedindo a cura de Marie-Paul. Por sugestão de vários médicos, ela iniciou a quimioterapia, a qual não obteve nenhum resultado.

A situação piorava e havia risco de morte. Por isso, ela decidiu viajar ao Carmelo de Flavignerot para agradecer à Irmã Isabel por tê-la sustentado durante esse tempo de doença. No dia 2 de abril de 2002, depois de ter rezado na capela do Carmelo e ter agradecido à Irmã Isabel, sentou-se em uma pequena pedra do jardim do mosteiro. De repente, e diante da admiração dos amigos que lhe acompanhavam, levantou-se e, com as mãos elevadas ao céu, exclamou cheia de alegria: “Não tenho mais nenhuma doença!” Desde então, retomou sua vida normal.”

Oração

Deus, rico em misericórdia, que revelastes à beata Elisabeth da Trindade o mistério de vossa presença escondida na alma do justo, e dela fizestes uma adoradora em espírito e verdade, concedei-nos, por sua intercessão, que também nós, perseverando no amor de Cristo, mereçamos ser transformados em templos do Espírito de Amor, para louvor de vossa glória. Amém.

Beata Elisabeth da Trindade, rogai por nós!
















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DEFESA DAS APARIÇÕES DE JACAREI

DEFESA ÀS APARIÇÕES DE JACAREÍ


(FEITA POR UM PEREGRINO, AO CONTEMPLAR UM VÍDEO FALANDO MAL DAS MESMAS CITADAS ACIMA, E SOBRE A CARTINHA DO BISPO DA ÉPOCA, ALEGANDO QUE AS APARIÇÕES NÃO ERAM VERDADEIRAS)


NÃO SEI QUEM FEZ MAS PRA MIM ESSA PESSOA MERECIA UMA MEDALHA DE HONRA DE NOSSA SENHORA POR ESTA BELA DEFESA

"Quando você diz que devemos dar ouvidos ao que os padres dizem a respeito das aparições de Jacareí, corre em um ledo engano, pois, a “opinião pessoal” deles é que não pode ser elevado ao nível de “dogma de fé”. As cartas de Dom Nelson são muito citadas pelos que latem que estas Sagradas Aparições são falsas. Portanto, mister se faz alguns esclarecimentos. Há duas cartas oficiais onde este indigitado bispo trata da matéria “aparições”. Uma primeira, publicada em 1996, enquanto o mesmo ainda era bispo de São José dos Campos (diocese a qual pertence Jacareí). Nesta, não há menção alguma ao nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, muito menos, excomunhão, há somente algumas orientações pastorais. A segunda, publicada em 2007 e republicada em 2011, realmente traz explicitamente o nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, porém, nesta, a palavra “excomunhão” é sequer mencionada.

Ainda há um probleminha com esta segunda carta. O dito bispo (certamente pela providência de Nossa Senhora) foi transferido para a diocese de Santo André/SP em 2003, e, observem, a segunda carta publicada por ele ocorreu no ano de 2007, quando já havia deixado de ter jurisdição eclesiástica sobre a cidade de Jacareí. Portanto, o mesmo, ao editar esta carta, violou a jurisdição eclesiástica conferida a ele pela Igreja, e, ainda, violentou gravemente a autoridade de Dom Moacir, então, bispo da Diocese de São José dos Campos, que, se quisesse, poderia ter criado o maior caso com isso, pois Dom Nelson desrespeitou frontalmente e atropelou sua autoridade eclesiástica, uma verdadeira afronta. Então eu lhes pergunto, vocês ainda vão dar credibilidade a um documento irregular e eivado de vícios como esse?

Vale lembrar, que não é obrigatório seguir estas cartas circulares dos bispos. Não há heresia nem cisma nisso. Um católico somente pode ser acusado de cismático ou herege se atentar contra os Dogmas de Fé. Que eu saiba, carta circular de bispo não é Dogma de Fé. Como a primeira carta de Dom Nelson não condena as Aparições de Jacareí, e a segunda está irregular, pode-se dizer que não pesa condenação oficial e regular da Igreja sobre estas Santas Aparições. Além do mais, até o presente momento, Dom José Valmor, que atualmente tem jurisdição eclesiástica sobre Jacareí, não fez pronunciamento oficial sobre as mesmas. Documento oficial onde o Profeta Marcos foi excomungado, também é inexistente, portanto, qualquer informação que diga o contrário é fruto de pura “fofoca”.

Ressalto que em Jacareí, realmente, não damos tanta importância aos documentos do Vaticano. O que nós realmente valorizamos é a doutrina que nos foi transmitida pelos santos, como Santo Afonso, São Luiz, Santa Teresa, São João da Cruz, etc... Outro adendo que gostaria de acrescentar, diz respeito ao fato da obrigatoriedade ou não das Sagradas Mensagens Celestiais. A orientação predominante entre os teólogos católicos, de que não é obrigatório seguir as Aparições de Nossa Senhora, se funda em meras opiniões pessoais de alguns clérigos a respeito do assunto. Esta orientação não tem o caráter da infalibilidade papal e muito menos é um Dogma de Fé. Realmente, o catecismo atual traz algo nesse sentido, mas vale lembrar que o mesmo não recebeu o caráter da infalibilidade pelo Concílio Vaticano II. Bem ao contrário do Santo Catecismo do Concílio de Trento. Este sim, recebeu o caráter de infalível. Ocorre que nossa amada Igreja há muito se transviou de uma tradição bíblica milenar, através da qual o “Deus dos Exércitos” sempre manifestou sua vontade ao povo de Israel por meio de suas aparições aos profetas (mesmo fenômeno que ocorre com o, também, profeta Marcos Tadeu, pois os fenômenos miraculosos e de aparições que ocorrem naquele Santuário, são da mesma espécie dos verificados na Sagrada Bíblia).

Ora, nos tempos bíblicos não era através dos fariseus, saduceus, príncipes e doutores da lei (a Igreja oficial da época) que Deus dava as suas diretrizes ao povo eleito, mas sim, através dos profetas, em outras palavras, dos videntes. Nos primórdios do cristianismo, também ocorria assim, pois, a própria origem da nossa amada Igreja se funda nas “aparições” de Jesus aos apóstolos e discípulos. Então, por que esta tradição bíblica foi quebra? Será que é porque as aparições aos profetas cessaram? Errado, pois nos últimos 100 anos ocorreram mais de 1000 aparições de Nossa Senhora, dos santos e anjos, e até de Deus.
A pergunta correta é, por que o clero tenta abafar isso, pois grande parte, senão todas, destas aparições também foram acompanhadas de sinais miraculosos, como, curas inexplicáveis pela ciência, sinais na natureza, etc... Se Deus usava deste expediente nos tempos bíblicos, certamente deveria continuar a usá-lo nos tempos do catolicismo, pois uma grande verdade que a Teologia professa é que Deus é imutável. Não citarei as passagens bíblicas onde Deus manifesta sua vontade através dos videntes/profetas, pois se assim fizesse, teria que citar a Bíblia inteira, pois a própria formação e ensinamentos nela transmitidos se dão por este meio. Gostaria apenas de citar um pequeno exemplo de qual atitude deveremos tomar frente às Aparições de Jacareí, tomando por base a Bíblia. Saulo, quando se dirigia à cidade de Damasco e Jesus lhe “aparece” exclama: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9, 6). Naquela ocasião, Jesus disse a ele para procurar os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! O ordenou que entrasse na cidade de Damasco e ali lhe seria dito o que deveria fazer. Beleza. E quem Deus enviou para Saulo? Os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! Mas Ananias, um vidente. Como eu sei que Ananias era um vidente? As Sagradas Escrituras nos contam que foi uma aparição de Jesus que disse para ele ir procurar Saulo. É só conferir At 9, 10-16ss.

Outro exemplo foi Judas Iscariotes; este preferiu errar com a Igreja oficial da época (lembra né, fariseus e saduceus) que acertar sem ela. Bom... Errou mesmo! E segundo alguns santos místicos, como Maria de Ágreda, sua alma se encontra no inferno. Assim, a posição teológica defendida pela maioria dos teólogos atuais, de que as aparições não são obrigatórias, falando em termos de estudo teológico da atualidade, é perfeitamente passível de questionamento, e, inclusive, daria uma boa tese de doutoramento. É um posicionamento que pode ser mudado. Não é Dogma de Fé. Gostaria de finalizar este ponto dizendo o seguinte. Jesus tolerou para sempre aquela Igreja oficial da época (o judaísmo) que rejeitou o projeto que suas aparições aos Apóstolos (que também eram videntes) propunha? Claro que não!!! Por causa disso, Deus se retirou do meio daquela Igreja e passou a habitar no meio dos seus videntes, os apóstolos e discípulos, e, assim, surgiu a nossa amada Igreja Católica (Mt 21, 39-45).

Não é objetivo do Profeta Marcos Tadeu, nem de sua Ordem e muito menos de nós, a Milícia da Paz (formada por todos os fiéis seguidores daquele Santuário) provocar um cisma na Igreja. Nós apenas denunciamos os erros (prerrogativa esta, conferida aos leigos pelo próprio Concílio Vaticano II), lutamos para que a devoção a Nossa Senhora, aos santos e anjos seja colocada em seu devido lugar, e que as suas mensagens, e as dos demais santos, e até as de Deus, seja acolhida como nos tempos Bíblicos, pois acreditamos que se isto não for feito, irá se abater gigantescos cataclismos sobre a Terra, de uma tal magnitude que nunca houve, nem jamais haverá. Acreditamos que esta “palavra de Deus” transmitida nas aparições é o caminho e a única forma de salvar o mundo, e qualquer obra, ou pessoa, que ensine ou faça diferente do que elas dizem, é desprezada por nós. O motivo para isto é muito simples. Desde tempos remotos, as Aparições de Nossa Senhora (inclusive as não aprovadas pela Igreja) vêm dizendo o que aconteceria ao mundo se esta “palavra de Deus” não fosse obedecida. Resultado, tudo o que elas disseram, em um passado remoto, está se cumprindo na atualidade. Então, não há outra conclusão a se fazer, a não ser admitir que elas eram verdadeiras, e que o clero errou. Aliás, o histórico de erro do clero é algo realmente interessante. Basta citar a condenação que pesou durante 20 anos sobre as Santas Aparições de Jesus Misericordioso à Santa Faustina, e não foi por um “bispozinho” qualquer. Foi pelo próprio papa da época. Se não fosse a atuação do então Cardeal Karol Józef Wojtyła, futuro Papa João Paulo II, estas aparições estariam condenadas até os tempos atuais, e, certamente, você seria um grande opositor delas, não é? Infelizmente, como atualmente o número de Cardeais, e clérigos em geral, com este nível de espiritualidade é praticamente nulo... tadinha das aparições... snif. Praticamente nenhum deles entende de Teologia Mística, o estudo apropriado para se avaliar as aparições e estudá-las.

Além do mais, as aparições de La Salette, Lourdes e Fátima, para quem conhece mais a fundo sua história, verá que elas na verdade não foram aceitas pelo clero. Muito pelo contrário, este as combateu com todas as suas forças. Na realidade, o que ocorreu, é que os fiéis praticamente as fizeram descer goela abaixo na garganta do clero, de tal modo, que eles não tiveram outra opção a não ser aprová-las. E, mesmo nestas que foram aprovadas, o estrago que o clero fez é algo incomensurável. Não as divulgou como deveria; se o corpo incorrupto de Santa Bernadete estivesse no Santuário de Lourdes iria converter milhões de fiéis, no entanto está praticamente escondido no convento de Nevers; o corpo incorrupto de Santa Jacinta foi escondido dos fiéis; a esmagadora maioria dos vaticanistas da Itália é de acordo que, até hoje, o terceiro segredo de Fátima não foi revelado em sua integralidade; a consagração da Rússia não foi feita como Nossa Senhora pediu até os dias atuais, etc... E isso, só para citar os danos que me vem à mente neste momento.

No Santuário das Aparições de Jacareí, o Profeta Marcos está resgatando tudo aquilo que a Igreja e a sociedade tanto se esforçaram para extinguir, os escapulários, medalhas, mensagens, enfim, a salvação do mundo que Nossa Senhora nos revelou e ofereceu com tanto amor ao longo de suas aparições na história. Sem dúvida, lá está se cumprido a passagem da Escritura na qual se diz: “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas...” Mt 13,52 É uma nova aparição que resgata todas, até as mais antigas. Portanto, se ainda quiserem seguir a doutrina da cabeça deste cara de que não precisamos de aparições, o problema é de vocês. Aliás, se formos pensar bem, porquê Deus, Nossa Senhora os anjos e os santos apareceriam, né? Afinal de contas, nosso mundo está uma verdadeira maravilha, não é? Não temos problemas de droga, prostituição, corrupção, degradação moral, depressão, decadência da Igreja, violência, roubos, assassinatos, guerras, miséria..., todos os sacerdotes são verdadeiros Serafins de santidade, enfim, o Vaticano está dando conta do recado... Só não está apresentando um desempenho melhor devido a um “pequeno” probleminha de tráfico de influência entre os altos clérigos, desvio de verbas do banco do Vaticano, looby gay entre os padres, pedofilia generalizada, um papa progressista e comunista..., mas, afinal de contas, são probleminhas fáceis de serem solucionados, né? É... Em um mundo maravilhoso e em ótimo funcionamento como esse, realmente não entendo o motivo de tantas aparições..."