domingo, 24 de dezembro de 2023

24 de dezembro - Dia de São Charbel

São Charbel Makhlouf

Charbel Makhlouf nasceu no dia 8 de maio de 1828 na aldeia de Bigah-Kafra, situada a 1600 metros de altitude, a mais alta do Líbano. Era o quinto filho do casal Antun Zarour Makhlouf e Brígida Al-Chidiac. Tinha dois irmãos e duas irmãs. No batismo recebeu o nome de Youssef (José).

Sua família era modesta, de fé sólida e piedade sincera, e vivia da agricultura. No ambiente rural conscienciosamente religioso, cresceu Youssef. Aos três anos perdeu o pai e passou para a tutela do tio paterno, Tanios. 

Youssef freqüentou a escola paroquial da aldeia, e desde pequeno demonstrou profundo sentimento religioso e propensão para a contemplação. Assim, de vez em quando deixava os jogos e se isolava numa gruta para estar a sós com Deus. Os outros meninos passaram a chamá-la, por ironia, de “a gruta do santo”.

Como em todas as famílias maronitas daquele tempo, à noite Youssef e seus irmãos se ajoelhavam ao redor da mãe e repetiam as preces que ela fazia, enquanto queimava incenso num prato junto ao altarzinho suspenso à parede, dedicado a Nossa Senhora. 

No inverno, com a neve cobrindo os campos e parte das casas — às vezes atingia quatro metros — Youssef ajudava a mãe nos afazeres domésticos. Na primavera levava a vaca e os cordeiros da família para pastar e ajudava o tio no cultivo do campo, sobretudo no de amoreiras para criar o bicho da seda, naquele tempo principal meio de vida da montanha libanesa.
Com o pensamento sempre no divino, enquanto trabalhava Youssef rezava a Nossa Senhora para que o ajudasse a tornar-se monge como seus dois tios maternos.
“Deus me quer inteiramente para Si”



Charbel foi aluno do Beato Pe. Nimatullah Kassab Al-Hardini, tanto em teologia quanto em santidadeAos 23 anos Youssef decidiu, apesar do afeto materno e da oposição de seu tio, que necessitava braços para o campo, fugir de casa e apresentar-se no mosteiro de Nossa Senhora de Mayfouq, da Ordem Maronita, na região de Byblos. Aí começou o noviciado, escolhendo o nome religioso de “Charbel”, em honra ao Santo do mesmo nome martirizado em Edessa no ano 107 de nossa era.
A mãe e outros parentes, descobrindo seu destino, várias vezes tentaram demovê-lo de seu intento, mas ele respondia peremptoriamente: “Deus me quer inteiramente para Si”. 
Depois do primeiro ano de noviciado, o Irmão Charbel foi enviado ao mosteiro de São Maron, de Annaya, para fazer o segundo ano, de provação.
Os monges se dedicavam a cantar o Ofício Divino sete vezes por dia –– em aramaico, a língua falada por Nosso Senhor –– estudar a liturgia e a vida monástica, e a esforçar-se no caminho da perfeição. Além disso dedicavam-se a trabalhos domésticos do mosteiro, como fazer pão, cultivar a terra, ou mesmo ser sapateiro-remendão e lavar a roupa, como também carpinteiro.
Em 1853, aos 25 anos de idade, Charbel pronunciou seus votos solenes de obediência, castidade e pobreza. Foi então enviado para o mosteiro de São Cipriano, em Batroun, onde funcionava na época o Seminário Teológico da Ordem Libanesa Maronita. Aí foi aluno do Beato Pe. Nimatullah Kassab Al-Hardini, tanto em teologia quanto em santidade. Sempre dos primeiros alunos, após seis anos de estudos teológicos Frei Charbel foi ordenado sacerdote em 23 de julho de 1859 em Bekerké, sede patriarcal maronita. 
Não quis ver a mãe, que foi visitá-lo, e limitou-se a falar com ela do interior da capela, sem que um pudesse ver o outro. Dizia que o monge que mantém contacto com seus parentes depois de professo deveria recomeçar o noviciado.

Espalha-se a fama de taumaturgo
O Pe. Charbel voltou então para o mosteiro de São Maron de Annaya, onde deveria permanecer até o fim de sua vida.
O novo sacerdote exercia com muita edificação o múnus sacerdotal, encarregando-se também, por humildade, dos trabalhos manuais da comunidade. Logo começaram rumores de milagres operados por ele.
Certo dia, por exemplo, os monges trabalhavam num campo quando descobriram perigosa serpente. Quiseram espantá-la, sem sucesso. O Pe. Charbel foi chamado, e mandou à serpente que fosse embora sem molestar ninguém. E ela obedeceu. Outra vez, gafanhotos estavam devastando a região quando receberam ordem do Pe. Charbel de se afastarem. E o fizeram imediatamente.
Por ordem dos superiores, curou vários doentes desenganados pela medicina. Certa vez chegou ao convento um louco furioso, Jibrail Saba. Estava acorrentado, era agressivo e perigoso. O Pe. Charbel ordenou-lhe pôr-se de joelhos, e ele obedeceu. Colocou a mão na cabeça do infeliz e rezou. Depois disso entregou-o aos parentes, inteiramente curado.
“Quero viver ignorando os prazeres deste mundo”


Milagre da lamparina: esta acendeu tendo água em lugar de azeiteSentindo desde cedo o chamado para a solidão, o Pe. Charbel pediu várias vezes permissão para retirar-se para um eremitério. Mas era muito útil à comunidade, e a permissão foi sendo adiada. 
Finalmente, em 1875, após 16 anos de vida em comum, um fato miraculoso iria obter-lhe a desejada permissão. Depois de mais uma insistência do Pe. Charbel, o superior pediu-lhe que esperasse um pouco mais e deu-lhe um processo urgente para estudar, dizendo que lhe dava licença para fazê-lo até mais tarde, à noite.
O Pe. Charbel foi então à cozinha para que abastecessem de azeite sua lamparina. O servente, querendo zombar do sisudo monge, em vez de azeite, pôs água. São Charbel, distraído em seus profundos pensamentos, nada percebeu e retirou-se. Foi à cela e acendeu naturalmente a lamparina sem nada desconfiar, e pôs-se a rezar. O servente, que estava à espreita, viu perplexo a lamparina acesa... Correu então para contar o acontecido ao padre superior, que foi imediatamente à cela e constatou o fato maravilhoso. No dia seguinte o Geral da Ordem, avisado do milagre, imediatamente autorizou o Pe. Charbel a ocupar no eremitério de São Pedro e São Paulo, pertencente ao próprio mosteiro, a cela do Pe. Eliseo Kassab Al-Hardini, irmão do Beato Al-Hardini, então falecido. 
O eremitério ficava situado a 1.400 metros de altitude. O eremita permanecia sob a jurisdição do superior do convento e fazendo parte da comunidade, apesar de sua vida retirada. Fazia ele uma só refeição por dia, composta de legumes verdes ou cozidos, cereais e azeitonas. Por penitência, nunca comeu frutas. A refeição era entregue pelo mosteiro.
Ele sempre dizia: “A pobreza favorece a salvação. A frugalidade fortalece a alma. Quero viver nas privações, ignorando os prazeres e as doçuras deste mundo. Quero ser o servidor de Cristo e de meus irmãos”.
Um de seus piores tormentos, na altitude em que vivia e com o rigoroso inverno libanês, era o frio. “O padre Charbel, mal vestido mas com vestes limpas, mal alimentado, mas com boa saúde, exposto sem defesa ao frio e ao calor, privado de qualquer conforto e qualquer ternura humana, era entretanto o homem mais feliz do mundo, pois o Senhor tornara-se sua verdade, sua força, sua riqueza, sua alegria e a razão de sua vida”.



A vida pós-morte de São Charbel

Depois de 23 anos de vida eremítica, em que sua obediência foi quase legendária, sua castidade angélica transparecendo em todo seu ser, pobreza na qual imitou os maiores santos da Igreja, e oração contínua, entregou ele sua alma a Deus no dia 24 de dezembro, vigília de Natal do ano 1898.

Ao dar início ao seu processo de beatificação, Pio XII disse que “o Pe. Charbel já gozava em vida, sem o querer, da honra de o chamarem santo, pois a sua existência era verdadeiramente santificada por sacrifícios, jejuns e abstinências. Foi vida digna de ser chamada cristã e, portanto, santa. 

Agora, após a sua morte, ocorre este extraordinário sinal deixado por Deus: seu corpo transpira sangue há já 79 anos, sempre que se lhe toca, e todos os que, doentes, tocam com um pedaço de pano suas vestes constantemente úmidas de sangue, alcançam alívio em suas doenças, e não poucos até se vêem curados”.

Em 1952, quando foi feita a terceira exumação do corpo de São Charbel, “o corpo foi retirado do caixão e sentado numa cadeira, diz testemunha ocular. Os braços e as pernas dobrados, curvados. A cabeça inclinada balançava dum lado para outro. As vestes sacerdotais e as roupas interiores estavam encharcadas de sangue”.
O número de milagres nessa ocasião foi tão grande, que Anaya, onde está seu mosteiro, foi chamada de “A Lourdes libanesa”. Somente entre 22 de abril de 1950 e 25 de junho de 1955, foram registradas nos anais do Convento São Maron 237 curas, muitas constatadas e confirmadas por médicos.


Após a morte, bem como durante a vida, padre Charbel foi considerado um santo. No dia de sua inumação, o superior do convento de São Maron de Annaya, Padre Tanios Almechemchany anotou no diário do mosteiro o seguinte: “ Hoje 24 de dezembro de 1898, faleceu na misericórdia do Senhor o Padre Charbel de Biqahkafra, eremita. .. Recebeu os últimos sacramentos e morreu aos 70 anos de idade. Foi sepultado no cemitério da comunidade. 
O que ele realizará após a morte dispensa maiores comentários sobre a santidade de sua vida”.
O corpo de São Charbel permaneceu intato durante muitos anos após sua morte e inclusive transpirava. Esse fenômeno de conservação e de transpiração do corpo, desafiando as leis da natureza, fascinou os médicos, os homens da ciência. Que um cadáver se conserve não é um fenômeno único, porem que os restos mortais se conservem flexíveis, tenros, transpirando incessantemente é um caso extraordinário e único no gênero. Esse foi o caso de nosso santo. Muitos milagres aconteceram com pessoas de varias nacionalidades e religiões que rezaram sobre o tumulo deste eremita.

O Padre Charbel foi beatificado no dia 5 de dezembro de 1965 pelo Papa Paulo VI. No dia 9 de outubro de 1977 , o mesmo Papa o canonizou, declarando-o santo do Líbano, santo para a Igreja Universal. Celebramos sua festa no terceiro Domingo de Julho. Mas no Brasil, na Argentina e em outros países, sua festa coincide com o dia de sua canonização, 9 de outubro.
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DEFESA DAS APARIÇÕES DE JACAREI

DEFESA ÀS APARIÇÕES DE JACAREÍ


(FEITA POR UM PEREGRINO, AO CONTEMPLAR UM VÍDEO FALANDO MAL DAS MESMAS CITADAS ACIMA, E SOBRE A CARTINHA DO BISPO DA ÉPOCA, ALEGANDO QUE AS APARIÇÕES NÃO ERAM VERDADEIRAS)


NÃO SEI QUEM FEZ MAS PRA MIM ESSA PESSOA MERECIA UMA MEDALHA DE HONRA DE NOSSA SENHORA POR ESTA BELA DEFESA

"Quando você diz que devemos dar ouvidos ao que os padres dizem a respeito das aparições de Jacareí, corre em um ledo engano, pois, a “opinião pessoal” deles é que não pode ser elevado ao nível de “dogma de fé”. As cartas de Dom Nelson são muito citadas pelos que latem que estas Sagradas Aparições são falsas. Portanto, mister se faz alguns esclarecimentos. Há duas cartas oficiais onde este indigitado bispo trata da matéria “aparições”. Uma primeira, publicada em 1996, enquanto o mesmo ainda era bispo de São José dos Campos (diocese a qual pertence Jacareí). Nesta, não há menção alguma ao nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, muito menos, excomunhão, há somente algumas orientações pastorais. A segunda, publicada em 2007 e republicada em 2011, realmente traz explicitamente o nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, porém, nesta, a palavra “excomunhão” é sequer mencionada.

Ainda há um probleminha com esta segunda carta. O dito bispo (certamente pela providência de Nossa Senhora) foi transferido para a diocese de Santo André/SP em 2003, e, observem, a segunda carta publicada por ele ocorreu no ano de 2007, quando já havia deixado de ter jurisdição eclesiástica sobre a cidade de Jacareí. Portanto, o mesmo, ao editar esta carta, violou a jurisdição eclesiástica conferida a ele pela Igreja, e, ainda, violentou gravemente a autoridade de Dom Moacir, então, bispo da Diocese de São José dos Campos, que, se quisesse, poderia ter criado o maior caso com isso, pois Dom Nelson desrespeitou frontalmente e atropelou sua autoridade eclesiástica, uma verdadeira afronta. Então eu lhes pergunto, vocês ainda vão dar credibilidade a um documento irregular e eivado de vícios como esse?

Vale lembrar, que não é obrigatório seguir estas cartas circulares dos bispos. Não há heresia nem cisma nisso. Um católico somente pode ser acusado de cismático ou herege se atentar contra os Dogmas de Fé. Que eu saiba, carta circular de bispo não é Dogma de Fé. Como a primeira carta de Dom Nelson não condena as Aparições de Jacareí, e a segunda está irregular, pode-se dizer que não pesa condenação oficial e regular da Igreja sobre estas Santas Aparições. Além do mais, até o presente momento, Dom José Valmor, que atualmente tem jurisdição eclesiástica sobre Jacareí, não fez pronunciamento oficial sobre as mesmas. Documento oficial onde o Profeta Marcos foi excomungado, também é inexistente, portanto, qualquer informação que diga o contrário é fruto de pura “fofoca”.

Ressalto que em Jacareí, realmente, não damos tanta importância aos documentos do Vaticano. O que nós realmente valorizamos é a doutrina que nos foi transmitida pelos santos, como Santo Afonso, São Luiz, Santa Teresa, São João da Cruz, etc... Outro adendo que gostaria de acrescentar, diz respeito ao fato da obrigatoriedade ou não das Sagradas Mensagens Celestiais. A orientação predominante entre os teólogos católicos, de que não é obrigatório seguir as Aparições de Nossa Senhora, se funda em meras opiniões pessoais de alguns clérigos a respeito do assunto. Esta orientação não tem o caráter da infalibilidade papal e muito menos é um Dogma de Fé. Realmente, o catecismo atual traz algo nesse sentido, mas vale lembrar que o mesmo não recebeu o caráter da infalibilidade pelo Concílio Vaticano II. Bem ao contrário do Santo Catecismo do Concílio de Trento. Este sim, recebeu o caráter de infalível. Ocorre que nossa amada Igreja há muito se transviou de uma tradição bíblica milenar, através da qual o “Deus dos Exércitos” sempre manifestou sua vontade ao povo de Israel por meio de suas aparições aos profetas (mesmo fenômeno que ocorre com o, também, profeta Marcos Tadeu, pois os fenômenos miraculosos e de aparições que ocorrem naquele Santuário, são da mesma espécie dos verificados na Sagrada Bíblia).

Ora, nos tempos bíblicos não era através dos fariseus, saduceus, príncipes e doutores da lei (a Igreja oficial da época) que Deus dava as suas diretrizes ao povo eleito, mas sim, através dos profetas, em outras palavras, dos videntes. Nos primórdios do cristianismo, também ocorria assim, pois, a própria origem da nossa amada Igreja se funda nas “aparições” de Jesus aos apóstolos e discípulos. Então, por que esta tradição bíblica foi quebra? Será que é porque as aparições aos profetas cessaram? Errado, pois nos últimos 100 anos ocorreram mais de 1000 aparições de Nossa Senhora, dos santos e anjos, e até de Deus.
A pergunta correta é, por que o clero tenta abafar isso, pois grande parte, senão todas, destas aparições também foram acompanhadas de sinais miraculosos, como, curas inexplicáveis pela ciência, sinais na natureza, etc... Se Deus usava deste expediente nos tempos bíblicos, certamente deveria continuar a usá-lo nos tempos do catolicismo, pois uma grande verdade que a Teologia professa é que Deus é imutável. Não citarei as passagens bíblicas onde Deus manifesta sua vontade através dos videntes/profetas, pois se assim fizesse, teria que citar a Bíblia inteira, pois a própria formação e ensinamentos nela transmitidos se dão por este meio. Gostaria apenas de citar um pequeno exemplo de qual atitude deveremos tomar frente às Aparições de Jacareí, tomando por base a Bíblia. Saulo, quando se dirigia à cidade de Damasco e Jesus lhe “aparece” exclama: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9, 6). Naquela ocasião, Jesus disse a ele para procurar os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! O ordenou que entrasse na cidade de Damasco e ali lhe seria dito o que deveria fazer. Beleza. E quem Deus enviou para Saulo? Os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! Mas Ananias, um vidente. Como eu sei que Ananias era um vidente? As Sagradas Escrituras nos contam que foi uma aparição de Jesus que disse para ele ir procurar Saulo. É só conferir At 9, 10-16ss.

Outro exemplo foi Judas Iscariotes; este preferiu errar com a Igreja oficial da época (lembra né, fariseus e saduceus) que acertar sem ela. Bom... Errou mesmo! E segundo alguns santos místicos, como Maria de Ágreda, sua alma se encontra no inferno. Assim, a posição teológica defendida pela maioria dos teólogos atuais, de que as aparições não são obrigatórias, falando em termos de estudo teológico da atualidade, é perfeitamente passível de questionamento, e, inclusive, daria uma boa tese de doutoramento. É um posicionamento que pode ser mudado. Não é Dogma de Fé. Gostaria de finalizar este ponto dizendo o seguinte. Jesus tolerou para sempre aquela Igreja oficial da época (o judaísmo) que rejeitou o projeto que suas aparições aos Apóstolos (que também eram videntes) propunha? Claro que não!!! Por causa disso, Deus se retirou do meio daquela Igreja e passou a habitar no meio dos seus videntes, os apóstolos e discípulos, e, assim, surgiu a nossa amada Igreja Católica (Mt 21, 39-45).

Não é objetivo do Profeta Marcos Tadeu, nem de sua Ordem e muito menos de nós, a Milícia da Paz (formada por todos os fiéis seguidores daquele Santuário) provocar um cisma na Igreja. Nós apenas denunciamos os erros (prerrogativa esta, conferida aos leigos pelo próprio Concílio Vaticano II), lutamos para que a devoção a Nossa Senhora, aos santos e anjos seja colocada em seu devido lugar, e que as suas mensagens, e as dos demais santos, e até as de Deus, seja acolhida como nos tempos Bíblicos, pois acreditamos que se isto não for feito, irá se abater gigantescos cataclismos sobre a Terra, de uma tal magnitude que nunca houve, nem jamais haverá. Acreditamos que esta “palavra de Deus” transmitida nas aparições é o caminho e a única forma de salvar o mundo, e qualquer obra, ou pessoa, que ensine ou faça diferente do que elas dizem, é desprezada por nós. O motivo para isto é muito simples. Desde tempos remotos, as Aparições de Nossa Senhora (inclusive as não aprovadas pela Igreja) vêm dizendo o que aconteceria ao mundo se esta “palavra de Deus” não fosse obedecida. Resultado, tudo o que elas disseram, em um passado remoto, está se cumprindo na atualidade. Então, não há outra conclusão a se fazer, a não ser admitir que elas eram verdadeiras, e que o clero errou. Aliás, o histórico de erro do clero é algo realmente interessante. Basta citar a condenação que pesou durante 20 anos sobre as Santas Aparições de Jesus Misericordioso à Santa Faustina, e não foi por um “bispozinho” qualquer. Foi pelo próprio papa da época. Se não fosse a atuação do então Cardeal Karol Józef Wojtyła, futuro Papa João Paulo II, estas aparições estariam condenadas até os tempos atuais, e, certamente, você seria um grande opositor delas, não é? Infelizmente, como atualmente o número de Cardeais, e clérigos em geral, com este nível de espiritualidade é praticamente nulo... tadinha das aparições... snif. Praticamente nenhum deles entende de Teologia Mística, o estudo apropriado para se avaliar as aparições e estudá-las.

Além do mais, as aparições de La Salette, Lourdes e Fátima, para quem conhece mais a fundo sua história, verá que elas na verdade não foram aceitas pelo clero. Muito pelo contrário, este as combateu com todas as suas forças. Na realidade, o que ocorreu, é que os fiéis praticamente as fizeram descer goela abaixo na garganta do clero, de tal modo, que eles não tiveram outra opção a não ser aprová-las. E, mesmo nestas que foram aprovadas, o estrago que o clero fez é algo incomensurável. Não as divulgou como deveria; se o corpo incorrupto de Santa Bernadete estivesse no Santuário de Lourdes iria converter milhões de fiéis, no entanto está praticamente escondido no convento de Nevers; o corpo incorrupto de Santa Jacinta foi escondido dos fiéis; a esmagadora maioria dos vaticanistas da Itália é de acordo que, até hoje, o terceiro segredo de Fátima não foi revelado em sua integralidade; a consagração da Rússia não foi feita como Nossa Senhora pediu até os dias atuais, etc... E isso, só para citar os danos que me vem à mente neste momento.

No Santuário das Aparições de Jacareí, o Profeta Marcos está resgatando tudo aquilo que a Igreja e a sociedade tanto se esforçaram para extinguir, os escapulários, medalhas, mensagens, enfim, a salvação do mundo que Nossa Senhora nos revelou e ofereceu com tanto amor ao longo de suas aparições na história. Sem dúvida, lá está se cumprido a passagem da Escritura na qual se diz: “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas...” Mt 13,52 É uma nova aparição que resgata todas, até as mais antigas. Portanto, se ainda quiserem seguir a doutrina da cabeça deste cara de que não precisamos de aparições, o problema é de vocês. Aliás, se formos pensar bem, porquê Deus, Nossa Senhora os anjos e os santos apareceriam, né? Afinal de contas, nosso mundo está uma verdadeira maravilha, não é? Não temos problemas de droga, prostituição, corrupção, degradação moral, depressão, decadência da Igreja, violência, roubos, assassinatos, guerras, miséria..., todos os sacerdotes são verdadeiros Serafins de santidade, enfim, o Vaticano está dando conta do recado... Só não está apresentando um desempenho melhor devido a um “pequeno” probleminha de tráfico de influência entre os altos clérigos, desvio de verbas do banco do Vaticano, looby gay entre os padres, pedofilia generalizada, um papa progressista e comunista..., mas, afinal de contas, são probleminhas fáceis de serem solucionados, né? É... Em um mundo maravilhoso e em ótimo funcionamento como esse, realmente não entendo o motivo de tantas aparições..."