quinta-feira, 6 de julho de 2017

06 de Julho - Bem-Aventurada Maria Teresa Ledochowska


Beata Maria Teresa Ledòchowska, Fundadora - Festejada 6 de julho

Fundadora das Missionárias de São Pedro Claver em 1894. Percorreu a Europa inteira e foi capaz de comprometer e sensibilizar para nesta obra a ricos e pobres, livre pen­sadores e fieis, autorida­des religiosas e civis. Sua palavra e sua pena não se detiveram nem diante dos fracassos nem dos triunfos.

A Beata aos 16 anos

Nasceu no dia 29 de abril de 1863 em Loosdorf, Áustria, filha primogênita do Conde polonês Anto­nio Ledóchowski e da Condessa suíça Josefina Salis-Zizers. Teve uma educação muito esmerada e aristocrática. Seu am­biente familiar foi piedoso. A irmã mais nova, Julia, conhecida com o nome de Úrsula († 1939) anos mais tarde, em 1921, fundou as Ursulinas do Sagrado Coração de Jesus Agonizante, e depois foi canonizada pela Igreja. Outro seu irmão, o Padre Vladimir († 1942) foi o vigésimo sexto Geral da Companhia de Jesus.
Maria Teresa se tornou uma requintada fidalga, muito culta e fluente em vários idiomas. Em 1882 se transladou com seus pais para Lipnica, próximo de Cracóvia (Polônia) onde continuou a cultivar as belas artes e a letras, tendo estudado com as Damas Inglesas.
Inscreveu-se na Congregação Mariana e por um certo tempo ajudou o pai doente na administração do patrimônio. Seu pai faleceu em 1885 vitimado pela varíola, que também a acometeu, causando-lhe muito sofrimento. Deus permitia tais sofrimentos para que ela pudesse refletir sobre a vida frívola que levava e a vaidade das coisas. Segundo a irmã, Júlia, naquele tempo se consagrou a Deus com o voto de virgindade.


Aos vinte e dois anos, em 1885, para não ser um peso para a família, que enfrentava dificuldades econômicas, com o consentimento do tio, o Cardeal Miecislao Ledóchowski († 1902), obteve ser nomeada dama de honra da Grã-duquesa da Toscana, Alicia de Bourbon e Parma, que tinha residência na corte austríaca, no palácio imperial de Salzburg. A grã-duquesa não dispensava sua presença alegre e brilhante, e a estimava muito.
Todo o tempo que permaneceu na corte, embora tendo que tomar parte em festas, bailes e caçadas, manteve um comportamento sério, freqüentava a missa diariamente e comungava com freqüência. Sob a orientação do Padre Ralf, o.f.m., confessor da grã-duquesa e seu, se inscreveu na Ordem Terceira Franciscana e, dentro do espírito da Ordem, cultivou uma devoção especial pela Paixão do Senhor e lia livros devotos.
Certa ocasião foi apresentada às Irmãs Missionárias Franciscanas de Maria, que tinham encontro com a grã-duquesa. Logo em seguida recebeu um impresso de uma conferência do Cardeal Lavigèrie, narrando seu árduo trabalho para libertar os escravos da África e pedindo missionárias para ajudá-lo na evangelização. Penalizada com a situação dos escravos, Maria Teresa sentiu o chamado de Deus e abraçou aquela causa.
Em 1888 conheceu o Cardeal Lavigèrie, Arcebispo de Argel, que fundara, em 1868, a Sociedade dos Padres Brancos, para a evangelização da África e, em 1890, aSociedade anti-escravagista. Desde então se dedicou à luta contra a escravidão na África.
Em 1889, influenciada por Lavigèrie, fundou a revista "O Eco da África" e organizou uma imprensa para editar publi­cações religiosas missionárias.
Em 1891 abandonou a corte, apesar da desaprovação de quase todos os amigos, e ingressou para a vida religiosa, sob a direção espiritual dos Jesuítas. Depois a ela se juntaram Melania von Ernest e outras religiosas corajosas.
Durante alguns anos sofreu dificuldades econômicas, mas as suportou pacientemente por amor de Deus. Para viver se servia de uma exígua prebenda concedida pela imperatriz em 1890. Seu finíssimo enxoval doou-o para as missões; suas roupas de seda foram transformadas em paramentos sagrados; colocou no dedo um simples anel de ferro.

Em 29 de abril de 1894, Leão XIII a recebeu em audiên­cia e abençoou sua idéia de fundar um Institu­to missionário para lutar contra a escra­vidão na África. Entregou-se totalmente a esta obra. Assim, fundou o Instituto das Irmãs Missionárias de São Pedro Claver, ou melhor, das Irmãs Claverianas, para dar apoio e orientação às missões africanas. Concebeu um núcleo de Irmãs consagradas, outro de membros externos com promessa de serviço às missões de África e outro de zeladores dispostos a colaborar em tudo que a obra das missionárias precisasse.
Seu Instituto foi aprovado em 8 de abril de 1897 pelo bispo de Salzburg, o Cardeal João Haller.
Recrutou adeptas em Viena, Estalingrado e em diversos lugares. Realizou viagens promovendo a obra: Viena, Paris, Cracóvia, Breslava, Praga, Ins­bruck, Bolzano, Trieste... Sua mensagem entusiasmada cativava as pessoas que a escutavam.
Ela estava tão convencida de cumprir a vontade de Deus, que um dia confidenciou a Mons. Ugo Mioni († 1935), seu colaborador por trinta anos em Trieste: “Se a Igreja julgasse oportuno dissolver o meu Instituto, eu me resignaria no mesmo instante, mas suplicaria ao Santo Padre que me permitisse começar de novo”.
Em 1899, a Beata obteve o decreto da Sagrada Congregação de Propaganda da Fé; em 10 de junho de 1904, obteve de São Pio X que Nossa Senhora do Bom Conselho e São Pedro Claver, apóstolo dos negros, fossem proclamados patronos do Instituto. No dia 7 de março de 1910, obteve a aprovação definitiva do Instituto e das constituições elaboradas por ela com a ajuda de um jesuíta da Sagrada Congregação dos Religiosos.
Em 1901 adoeceu e teve que se transladar para Roma, na casa adquirida como sede central do Instituto. Sua vida ficou centralizada em dirigir as obras missionárias que iam surgindo.
Maria Teresa, sempre brilhante e ativa, sabia que precisava divulgar muito mais aquela obra. Rezou muito e, inspirada pela Mãe de Deus, fundou em 1908 uma tipografia e passou a publicar dois boletins missionários mensais: o "Eco da África", direcionado para os adultos, e o "Juventude Africana", especial para os jovens, ambos editados em nove idiomas europeus. Ela mesma escrevia os artigos e apelos para difundir a idéia missionária. Logo passou a participar conferências em diversas línguas e paises. Foram centenas e centenas até sua morte.
Em 1909 iniciou o Almanaque missionário, que pratica­mente circulava por toda a Europa. O Instituto se tornava cada vez mais inter­na­cional e a Fundadora animava as diver­sas ativida­des para promo­ver o amor às missões e para recolher do­nativos.
Sua incansável dedicação frutificou e pode enviar aos missionários da África milhões em dinheiro, numerosos objetos sagrados, além de milhares de livros impressos em línguas indígenas africanas, utilizados para a catequização e alfabetização dos nativos.
De toda parte vinham elogios a sua obra, mas ela dizia a Mons. Mioni: “Sou um instrumento inútil nas mãos do Senhor; não admirem a granada que estoura bem”. A Beata confidenciava as suas colaboradoras: “Oh, como Deus me ajuda!”
No processo canônico, Mons. Mioni atestou: "Embora tendo uma alma de artista, nas longas viagens não mais podia ela visitar um monumento, uma obra de arte, nem museus, nem artísticas igrejas. Nestas ela entrava somente para rezar”. Toda a vida de Madre Teresa não foi senão trabalho e oração. Antes mesmo do decreto de São Paio X sobre a comunhão diária (1905), ela comungava diariamente e exortava suas filhas a fazer o mesmo. Era fiel à confissão semanal.
Ao aceitar e admitir postulantes e noviças, a Beata reparava se elas demonstravam zelo pelas missões e tinham espírito de humildade. Nas suas casas o ócio era desconhecido, mas a nenhuma Irmã eram impostos trabalhos excessivos que fossem danosos a saúde. Ela dizia: “Preferiria que a casa queimasse a vê-la na discórdia”. Ao contrário das penitências corporais, recomendava o espírito de pobreza e outras mortificações da alma.
Por ocasião do 25º aniversário da fundação do Instituto, declarou a comunidade reunida: “Se por qualquer motivo o nosso Instituto tivesse que se dissolver, o que eu faria? Eu, com a graça de Deus, começaria de novo, porque não conheço nada de mais belo e que valha a pena de ser vivido quanto trabalhar com Deus pela salvação das almas”.
O Padre Eligio da Penne, capuchinho, confessor da comunidade afirmou: "Estou certo, pelo meu conhecimento, que ela rezava quase continuamente, apesar de suas múltiplas ocupações".
A Beata deixou 8.000 cartas em polonês, italiano, francês, inglês e alemão, as quais atestam sua solicitude viril pelo bem espiritual das suas filhas e pelo seu progresso principalmente na virtude da obediência.
Madre Teresa dirigiu o Instituto por vinte e oito anos, em meio às turbulências do tempo e do sacrifício pessoal, até morrer no dia 6 de julho de 1922 em Roma, na Itália. Poucos dias antes de morrer, disse a quem a assistia: “Não sei se isto é presunção, mas eu não temo a morte”. Na câmara ardente onde foi velada, o irmão, Padre Vladimir Ledóchowski, celebrou a primeira missa em seu sufrágio. Desde então, Maria Teresa, passou a ser invocada para interceder por graças e milagres, principalmente nos paises africanos, aos quais dedicou toda a sua vida de missionária.
Paulo VI beatificou aquela que era conhecida em todo o mundo católico como a "Mãe dos Africanos" em 19 de outubro de 1975, e a declarou padroeira da Cooperação Missionária da Igreja na Polônia.
Alem de seus artigos de revista e notas de con­ferên­cias, deixou também alguns escritos: "Minha Polônia", "Zaida, Drama missionário". Desde 1934, as suas relíquias são veneradas em Roma, na capela da casa generalícia das Missionárias de São Pedro Claver.

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DEFESA DAS APARIÇÕES DE JACAREI

DEFESA ÀS APARIÇÕES DE JACAREÍ


(FEITA POR UM PEREGRINO, AO CONTEMPLAR UM VÍDEO FALANDO MAL DAS MESMAS CITADAS ACIMA, E SOBRE A CARTINHA DO BISPO DA ÉPOCA, ALEGANDO QUE AS APARIÇÕES NÃO ERAM VERDADEIRAS)


NÃO SEI QUEM FEZ MAS PRA MIM ESSA PESSOA MERECIA UMA MEDALHA DE HONRA DE NOSSA SENHORA POR ESTA BELA DEFESA

"Quando você diz que devemos dar ouvidos ao que os padres dizem a respeito das aparições de Jacareí, corre em um ledo engano, pois, a “opinião pessoal” deles é que não pode ser elevado ao nível de “dogma de fé”. As cartas de Dom Nelson são muito citadas pelos que latem que estas Sagradas Aparições são falsas. Portanto, mister se faz alguns esclarecimentos. Há duas cartas oficiais onde este indigitado bispo trata da matéria “aparições”. Uma primeira, publicada em 1996, enquanto o mesmo ainda era bispo de São José dos Campos (diocese a qual pertence Jacareí). Nesta, não há menção alguma ao nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, muito menos, excomunhão, há somente algumas orientações pastorais. A segunda, publicada em 2007 e republicada em 2011, realmente traz explicitamente o nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, porém, nesta, a palavra “excomunhão” é sequer mencionada.

Ainda há um probleminha com esta segunda carta. O dito bispo (certamente pela providência de Nossa Senhora) foi transferido para a diocese de Santo André/SP em 2003, e, observem, a segunda carta publicada por ele ocorreu no ano de 2007, quando já havia deixado de ter jurisdição eclesiástica sobre a cidade de Jacareí. Portanto, o mesmo, ao editar esta carta, violou a jurisdição eclesiástica conferida a ele pela Igreja, e, ainda, violentou gravemente a autoridade de Dom Moacir, então, bispo da Diocese de São José dos Campos, que, se quisesse, poderia ter criado o maior caso com isso, pois Dom Nelson desrespeitou frontalmente e atropelou sua autoridade eclesiástica, uma verdadeira afronta. Então eu lhes pergunto, vocês ainda vão dar credibilidade a um documento irregular e eivado de vícios como esse?

Vale lembrar, que não é obrigatório seguir estas cartas circulares dos bispos. Não há heresia nem cisma nisso. Um católico somente pode ser acusado de cismático ou herege se atentar contra os Dogmas de Fé. Que eu saiba, carta circular de bispo não é Dogma de Fé. Como a primeira carta de Dom Nelson não condena as Aparições de Jacareí, e a segunda está irregular, pode-se dizer que não pesa condenação oficial e regular da Igreja sobre estas Santas Aparições. Além do mais, até o presente momento, Dom José Valmor, que atualmente tem jurisdição eclesiástica sobre Jacareí, não fez pronunciamento oficial sobre as mesmas. Documento oficial onde o Profeta Marcos foi excomungado, também é inexistente, portanto, qualquer informação que diga o contrário é fruto de pura “fofoca”.

Ressalto que em Jacareí, realmente, não damos tanta importância aos documentos do Vaticano. O que nós realmente valorizamos é a doutrina que nos foi transmitida pelos santos, como Santo Afonso, São Luiz, Santa Teresa, São João da Cruz, etc... Outro adendo que gostaria de acrescentar, diz respeito ao fato da obrigatoriedade ou não das Sagradas Mensagens Celestiais. A orientação predominante entre os teólogos católicos, de que não é obrigatório seguir as Aparições de Nossa Senhora, se funda em meras opiniões pessoais de alguns clérigos a respeito do assunto. Esta orientação não tem o caráter da infalibilidade papal e muito menos é um Dogma de Fé. Realmente, o catecismo atual traz algo nesse sentido, mas vale lembrar que o mesmo não recebeu o caráter da infalibilidade pelo Concílio Vaticano II. Bem ao contrário do Santo Catecismo do Concílio de Trento. Este sim, recebeu o caráter de infalível. Ocorre que nossa amada Igreja há muito se transviou de uma tradição bíblica milenar, através da qual o “Deus dos Exércitos” sempre manifestou sua vontade ao povo de Israel por meio de suas aparições aos profetas (mesmo fenômeno que ocorre com o, também, profeta Marcos Tadeu, pois os fenômenos miraculosos e de aparições que ocorrem naquele Santuário, são da mesma espécie dos verificados na Sagrada Bíblia).

Ora, nos tempos bíblicos não era através dos fariseus, saduceus, príncipes e doutores da lei (a Igreja oficial da época) que Deus dava as suas diretrizes ao povo eleito, mas sim, através dos profetas, em outras palavras, dos videntes. Nos primórdios do cristianismo, também ocorria assim, pois, a própria origem da nossa amada Igreja se funda nas “aparições” de Jesus aos apóstolos e discípulos. Então, por que esta tradição bíblica foi quebra? Será que é porque as aparições aos profetas cessaram? Errado, pois nos últimos 100 anos ocorreram mais de 1000 aparições de Nossa Senhora, dos santos e anjos, e até de Deus.
A pergunta correta é, por que o clero tenta abafar isso, pois grande parte, senão todas, destas aparições também foram acompanhadas de sinais miraculosos, como, curas inexplicáveis pela ciência, sinais na natureza, etc... Se Deus usava deste expediente nos tempos bíblicos, certamente deveria continuar a usá-lo nos tempos do catolicismo, pois uma grande verdade que a Teologia professa é que Deus é imutável. Não citarei as passagens bíblicas onde Deus manifesta sua vontade através dos videntes/profetas, pois se assim fizesse, teria que citar a Bíblia inteira, pois a própria formação e ensinamentos nela transmitidos se dão por este meio. Gostaria apenas de citar um pequeno exemplo de qual atitude deveremos tomar frente às Aparições de Jacareí, tomando por base a Bíblia. Saulo, quando se dirigia à cidade de Damasco e Jesus lhe “aparece” exclama: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9, 6). Naquela ocasião, Jesus disse a ele para procurar os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! O ordenou que entrasse na cidade de Damasco e ali lhe seria dito o que deveria fazer. Beleza. E quem Deus enviou para Saulo? Os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! Mas Ananias, um vidente. Como eu sei que Ananias era um vidente? As Sagradas Escrituras nos contam que foi uma aparição de Jesus que disse para ele ir procurar Saulo. É só conferir At 9, 10-16ss.

Outro exemplo foi Judas Iscariotes; este preferiu errar com a Igreja oficial da época (lembra né, fariseus e saduceus) que acertar sem ela. Bom... Errou mesmo! E segundo alguns santos místicos, como Maria de Ágreda, sua alma se encontra no inferno. Assim, a posição teológica defendida pela maioria dos teólogos atuais, de que as aparições não são obrigatórias, falando em termos de estudo teológico da atualidade, é perfeitamente passível de questionamento, e, inclusive, daria uma boa tese de doutoramento. É um posicionamento que pode ser mudado. Não é Dogma de Fé. Gostaria de finalizar este ponto dizendo o seguinte. Jesus tolerou para sempre aquela Igreja oficial da época (o judaísmo) que rejeitou o projeto que suas aparições aos Apóstolos (que também eram videntes) propunha? Claro que não!!! Por causa disso, Deus se retirou do meio daquela Igreja e passou a habitar no meio dos seus videntes, os apóstolos e discípulos, e, assim, surgiu a nossa amada Igreja Católica (Mt 21, 39-45).

Não é objetivo do Profeta Marcos Tadeu, nem de sua Ordem e muito menos de nós, a Milícia da Paz (formada por todos os fiéis seguidores daquele Santuário) provocar um cisma na Igreja. Nós apenas denunciamos os erros (prerrogativa esta, conferida aos leigos pelo próprio Concílio Vaticano II), lutamos para que a devoção a Nossa Senhora, aos santos e anjos seja colocada em seu devido lugar, e que as suas mensagens, e as dos demais santos, e até as de Deus, seja acolhida como nos tempos Bíblicos, pois acreditamos que se isto não for feito, irá se abater gigantescos cataclismos sobre a Terra, de uma tal magnitude que nunca houve, nem jamais haverá. Acreditamos que esta “palavra de Deus” transmitida nas aparições é o caminho e a única forma de salvar o mundo, e qualquer obra, ou pessoa, que ensine ou faça diferente do que elas dizem, é desprezada por nós. O motivo para isto é muito simples. Desde tempos remotos, as Aparições de Nossa Senhora (inclusive as não aprovadas pela Igreja) vêm dizendo o que aconteceria ao mundo se esta “palavra de Deus” não fosse obedecida. Resultado, tudo o que elas disseram, em um passado remoto, está se cumprindo na atualidade. Então, não há outra conclusão a se fazer, a não ser admitir que elas eram verdadeiras, e que o clero errou. Aliás, o histórico de erro do clero é algo realmente interessante. Basta citar a condenação que pesou durante 20 anos sobre as Santas Aparições de Jesus Misericordioso à Santa Faustina, e não foi por um “bispozinho” qualquer. Foi pelo próprio papa da época. Se não fosse a atuação do então Cardeal Karol Józef Wojtyła, futuro Papa João Paulo II, estas aparições estariam condenadas até os tempos atuais, e, certamente, você seria um grande opositor delas, não é? Infelizmente, como atualmente o número de Cardeais, e clérigos em geral, com este nível de espiritualidade é praticamente nulo... tadinha das aparições... snif. Praticamente nenhum deles entende de Teologia Mística, o estudo apropriado para se avaliar as aparições e estudá-las.

Além do mais, as aparições de La Salette, Lourdes e Fátima, para quem conhece mais a fundo sua história, verá que elas na verdade não foram aceitas pelo clero. Muito pelo contrário, este as combateu com todas as suas forças. Na realidade, o que ocorreu, é que os fiéis praticamente as fizeram descer goela abaixo na garganta do clero, de tal modo, que eles não tiveram outra opção a não ser aprová-las. E, mesmo nestas que foram aprovadas, o estrago que o clero fez é algo incomensurável. Não as divulgou como deveria; se o corpo incorrupto de Santa Bernadete estivesse no Santuário de Lourdes iria converter milhões de fiéis, no entanto está praticamente escondido no convento de Nevers; o corpo incorrupto de Santa Jacinta foi escondido dos fiéis; a esmagadora maioria dos vaticanistas da Itália é de acordo que, até hoje, o terceiro segredo de Fátima não foi revelado em sua integralidade; a consagração da Rússia não foi feita como Nossa Senhora pediu até os dias atuais, etc... E isso, só para citar os danos que me vem à mente neste momento.

No Santuário das Aparições de Jacareí, o Profeta Marcos está resgatando tudo aquilo que a Igreja e a sociedade tanto se esforçaram para extinguir, os escapulários, medalhas, mensagens, enfim, a salvação do mundo que Nossa Senhora nos revelou e ofereceu com tanto amor ao longo de suas aparições na história. Sem dúvida, lá está se cumprido a passagem da Escritura na qual se diz: “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas...” Mt 13,52 É uma nova aparição que resgata todas, até as mais antigas. Portanto, se ainda quiserem seguir a doutrina da cabeça deste cara de que não precisamos de aparições, o problema é de vocês. Aliás, se formos pensar bem, porquê Deus, Nossa Senhora os anjos e os santos apareceriam, né? Afinal de contas, nosso mundo está uma verdadeira maravilha, não é? Não temos problemas de droga, prostituição, corrupção, degradação moral, depressão, decadência da Igreja, violência, roubos, assassinatos, guerras, miséria..., todos os sacerdotes são verdadeiros Serafins de santidade, enfim, o Vaticano está dando conta do recado... Só não está apresentando um desempenho melhor devido a um “pequeno” probleminha de tráfico de influência entre os altos clérigos, desvio de verbas do banco do Vaticano, looby gay entre os padres, pedofilia generalizada, um papa progressista e comunista..., mas, afinal de contas, são probleminhas fáceis de serem solucionados, né? É... Em um mundo maravilhoso e em ótimo funcionamento como esse, realmente não entendo o motivo de tantas aparições..."