QUEM É A MADRE EUGÊNIA?
Nascida em 1907 em San Gervasio d'Adda, Itália, conheceu muito cedo o sofrimento e sobreviveu, depois de um milagre obtido pelo seu avô junto da Santíssima Virgem, que ela própria vê. O seu avô dá muita importância à oração na família e vai-lhe dando preciosos ensinamentos, que ajudam a criança a crescer religiosamente. Um dia, mostrando-lhe o rio Adda, disse-lhe:
- "Olha para a água, ela corre e afasta-se , se parasse seria um pântano de água estagnada.
Assim sucede com os teus sofrimentos, as tuas lágrimas e as tuas lutas: elas passam, não as pares. Tudo passa, oferece a Deus e aceita cada dia a Sua Vontade. Não olhes para a pessoa que te causa o sofrimento. recebe-o das Suas mãos, nada é por acaso; Deus segue as Suas criaturas passo a passo. Ele nos ama mesmo se nós não compreendemos todos os porquês. Coragem, segue sempre em frente e espera que o sofrimento passe".
Elisabetta aproveita bem estes ensinamentos dados pelo seu querido avô. Ela repetia estas palavras emblemáticas: "Espero que isso passe e, entrementes, canto". Nós, as Irmãs da Madre Eugénia, dizíamos: "A Madre Eugenia está cantando, alguma coisa vai mal".
Depois de oito anos de trabalho numa fábrica, decidiu fazer-se missionária:
No Convento, novas dificuldades. Ela pensa que não se pode pretender que todas sejam santas no Convento, pois a santidade obtém-se lutando e conquistando novas vitórias, a pouco e pouco. Compreendeu que não se deve julgar, que se deve permanecer unido a Deus e observar os regulamentos sem andar a ver se as outras os observam; cada uma responde por si mesma diante de Deus com as suas próprias responsabilidades. Está convencida de que deve ser caridosa para as outras e ajudá-las nas suas necessidades. Deus dar-lhe-á forças para isso:
"Coragem, pois, e em frente!"
Imprevisivelmente, é nomeada, ainda muito nova, mestra das noviças e, em 1935, é eleita Geral por 12 anos. A sua maneira de atuar é a de uma pessoa que tem uma confiança ilimitada em Deus e que não mede as suas forças e as suas capacidades.
A sua instrução não passa da terceira classe e agora que tem de lidar com várias línguas e muitos problemas, a sua confiança em Deus é ainda mais forte e Deus ajuda-a. Quando é preciso, fala todas as línguas, incluindo o latim com os sacerdotes. Escreveu também vários livros de instrução religiosa.
MÃE DOS LEPROSOS
O único guia de todo o seu fervor é o Amor a Deus, pode-se encontrar este impulso em todas as suas obras, sem qualquer medida que possa avaliar as suas possibilidades e as reações à sua volta.
Em 1939, em África, encontra os leprosos relegados para a ilha Désirée, na Costa do Marfim. As pessoas da aldeia, aterrorizadas com este mal, transportam-nos para a ilha donde não poderão escapar, abandonados aí à doença, à solidão e ao desespero. A Madre Eugênia vai ter com eles e pergunta-lhes:
"Que gostaríeis de ter? Falai à vontade, amo-vos e gostaria de vos ajudar. Farei tudo o que puder para vos ajudar, não desespereis. Prometo-vos que voltarei o mais depressa possível".
E toca-lhes, sem temer o contágio, para lhes provar o seu amor.
Raoul Follereau conta este episódio na sua Autobiografia "A única Verdade é Amar". Ele diz: "A ilha Désirée, com a sua luxuriante vegetação, feita para a felicidade, para o repouso e para a paz, este paraíso terrestre é, contudo, um lugar de inferno porque é habitada por seres marcados pelos mais horríveis sofrimentos... "
"Foi perto dela que um dia pousou o hidroavião da Madre Eugênia e então estes 'malditos' viram também descer do céu a Missionária da Caridade. Ela sorri, estende as mãos, fala-lhes, escuta pacientemente a sua pobre história, cada um mostra-lhe as suas feridas e explica-lhe a sua miséria".
Contra todas as dificuldades, a Madre Eugênia descobre como conciliar os regulamentos sanitários com a impressão de liberdade: construir-se-á a cidade dos leprosos em plena floresta virgem e assim eles poderão andar à vontade na cidade, terão verdadeiramente a impressão de estar livres, uma cidade onde não mais serão tratados como animais, mas sim como homens, com todo o respeito e a dignidade que merecem. Tudo isto, hoje, parece muito simples, mas em 1939 era um projeto revolucionário e as pessoas diziam: "É um sonho. uma utopia, uma quimera; esta mulher é generosa, claro, mas não sabe o que faz, a sua caridade fá-la ultrapassar os limites do possível... "
MADRE EUGENIA LANÇA FOLLEREAU A FAVOR DOS LEPROSOS
A Madre Eugénia confia as suas preocupações, com uma voz vibrante e indignada a Raoul Follereau, que nesse momento estava escondido no seu Convento por causa da perseguição alemã. Diz-lhe:
"Na Europa, fazem guerra! Mílhões de francos para bombas e canhões! E ali os seres mais pobres do mundo morrem de fome e de negra miséria. Rapazes de doze anos sem mãos, desfigurados, que dormem nas lixeiras. Mulheres novas, enlouquecidas pela fome. E nós brincamos às guerras! Quero construir uma cidade na floresta africana onde os leprosos não sejam tratados como animais. mas sim como homens, com todo o respeito e dignidade que merecem... "
Follereau sentia na voz da jovem Irmã uma vontade enorme e decidida a tudo fazer e diz-lhe: "Minha Madre. continue o seu trabalho, que eu vou ocupar-me do dinheiro". A partir desse momento deixou corajosamente o Convento sem se preocupar com a perseguição.
Passados 10 anos, em 1950, a cidade está pronta, com a boa vontade de muitas pessoas e a confiança que a Madre Eugênia transmitiu e manteve, realizando-se assim o sonho impossível -- e de tal modo se desenvolveu que se transformou no Instituto Nacional da Lepra da Costa do Marfim.
A França atribuiu-lhe a Coroa Cívica, distinção concedida a Obras de reconhecido caráter social. Com a confiança que a Madre Eugênia tinha em Deus e o desejo de ajudar estes doentes, descobriu um novo medicamento, que o Instituto Pasteur de Paris aperfeiçoou, dando deste modo um novo impulso à Ciência.
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MENSAGEM DE DEUS PAI
1 Julho de 1932
Festa do PRECIOSO SANGUE DO NOSSO SENHOR JESUS-CRISTO
Eis por fim o dia para sempre abençoado da Promessa do Pai celestial!
Hoje terminam-se os longos dias de preparação e, sinto-me perto, muito perto da vinda do meu Pai e do Pai dos homens.
Alguns minutos de oração e seguidamente, todas as alegrias muito espirituais! Sede de vê-lo e ouvi-lo.
O meu coração totalmente ardente de amor abre-se com uma confiança tão grande, que constatava que até agora nunca havia estado tão confiada com ninguém.
O pensamento do meu Pai lançava-me como numa loucura d ' alegria.
Por último cantos começam a ouvir-se!
Os Anjos vêm e anunciam-me a feliz chegada! Os seus cânticos eram tão bonitos, que propus-me escreve-lo em quando puder.
Esta harmonia cessou por um momento, e aí está o coro dos eleitos, Querubins e Serafins, com DEUS o NOSSO CRIADOR e o NOSSO PAI!
Prosternado, a face contra a terra, no meu nada, recito o MAGNIFICAT.
Imediatamente após, o Pai diz-me sentar-me com ele para escrever o que decidiu dizer aos homens.
Todo o coro que o acompanhava, desapareceu.
Unicamente o Pai ficou comigo e, antes de sentar-se diz-me:
"Já tenho-o dito e digo-o outra vez: Não posso dar outra vez mais Meus Filho Bem-Amado para provar o Meu Amor pelo homens!
Ora, é para ama-los e para que conheçam este Amor que venho entre eles, tomando a sua semelhança, a sua pobreza.
"vê, deposito em terra a Minha Coroa e toda a Minha glória, para tomar a atitude de um homem comum"!
Após que Ele tomara a atitude de um homem comum depositando a Sua coroa e a Sua glória aos Seus pés, tomou o globo do mundo sobre o Seu Coração, e apoiando-o com a Mão esquerda, seguidamente sentou-se junto de mim. Não posso dizer mais que algumas palavras sobre a Sua chegada e sobre a atitude que Ele se dignou tomar, assim também como sobre o Seu Amor! Na minha ignorância não encontro palavras para exprimir que faz-me compreender.
"PAZ E SALVAÇÃO, diz, nesta casa e o mundo inteiro:" Que A MINHA POTÊNCIA, O MEU AMOR, E O MEU ESPÍRITO-SANTO toquem os corações dos homens, de modo que a humanidade inteira volte-se para salvação e venha para o SEU PAI que procura-a, para ama-la e salva-la!
"Que o Meu Vigário PIO XI compreenda que estes são dias de salvação e bendição." Que não se deixe escapar a ocasião de chamar a atenção das crianças sobre o SEU PAI que vem entre eles para fazer-lhes o bem nesta vida, e preparar a sua felicidade eterna.
EU escolhi este dia para começar a MINHA OBRA entre os homens, porque é A FESTA DO SANGUE PRECIOSO DO MEU FILHO JESUS. Tenho a intenção de banhar neste Sangue a obra que venho de começar, de modo que leve grandes Frutos para a humanidade inteira.
EIS O VERDADEIRO OBJECTIVO da MINHA VINDA
"1. Eu venho para banir o temor excessivo que as minhas criaturas têm de Mim e para lhes fazer compreender que a minha alegria está em ser conhecido e amado pelos Meus filhos...
2. Eu venho trazer a esperança aos homens e às nações...
3. Eu venho para Me dar a conhecer tal como sou. Para que a confiança dos homens cresça, ao mesmo tempo que o seu amor por Mim, seu Pai, que só tenho uma única preocupação: a de velar por todos os homens e amá-los como meus Filhos."
1º) Venho para eliminar o temor excessivo que as minhas criaturas têm de Mim, e para fazer-lhes compreender que a Minha alegria é a de ser conhecido e amado pelas minhas crianças, ou seja por toda a humanidade presente e futura.
2º) Venho trazer a esperança aos homens e as nações. Quantos tem-a perdida desde há muito tempo já! Esta esperança lhes fará viver na paz e a segurança trabalhando pela sua salvação.
3º) Venho para Me fazer conhecer como sou. De modo que a confiança dos homens cresça ao mesmo tempo que o seu amor por MIM o seu PAI, que tem apenas só uma preocupação: velar sobre todos os homens e ama-los como as minhas crianças.
O pintor faz as suas delícias na contemplação do quadro que tem pintado ele mesmo; assim Eu também, ponho a Minha complacência e alegria vivendo entre os homens, obra mestra da MINHA criação.
O tempo transcorre, Eu quereria que o homem o mais depressa possível soubesse que o amo e que ponho minha mais grande felicidade em estar com ele e em conversar com ele, como um Pai com as suas crianças.
Eu sou o Eterno e quando vivia sá, já tinha resolvido de empregar a Minha Omnipotência para criar seres à Minha Imagem. Mas previamente, era necessária a criação material de modo que estes seres pudessem encontrar a sua subsistência: então foi a criação do mundo!
Preenchia-o do que sabia que seria necessário para os homens: o ar, o sol e a chuva e tantas outras coisas que sabia necessárias para a sua vida.
Por fim o homem é criado! Eu ME comprazi na Minha obra. O homem comete pecado, mas é então que a Minha infinita Bondade vai mostrar-se.
Para viver entre os homens que criei, Eu escolhi no Antigo Testamento, Profetas à quem comuniquei os Meus desejos, as Minhas penas e as minhas alegrias, de modo que fizessem-o conhecer à todos. Tanto mais o mal crescia, tanto mais a Minha Bondade Me pressionava para Me comunicar à almas justas de modo que transmitam as minhas ordens aos que causavam a desordem. Também devi às vezes gastar severidade para repreende-los, não para puni-los o que teria feito apenas o mal, mas para desvia-los do mal e volta-los para o seu Pai e o seu Criador, esquecido e ignorado na sua ingratitude.
Mais tarde, o mal submergiu tanto o coração dos homens, que fui obrigado a enviar desgraças sobre o mundo de modo que o homem fosse purificado pelo sofrimento, pela destruição dos seus bens ou mesmo pela perda da vida; foi o dilúvio, a destruição de Sodoma e de Gomorra, as guerras do homem contra o homem, etc., etc...
Eu quis ficar sempre neste mundo, entre os homens. Durante o Dilúvio, Eu estava junto de Noé, o único Justo então. Nas outras calamidades, Eu encontrava sempre um Justo junto de quem permanecer e por seu intermédio Eu ficava entre os homens desse tempo. E foi sempre assim.
O mundo foi muitas vezes purificado da sua corrupção pela minha infinita Bondade para com a humanidade. Então, Eu continuava a escolher almas nas quais Me comprazia, para que, por elas, Eu Me pudesse comprazer nas minhas criaturas , os homens.
Eu tinha prometido ao Mundo o Messias. O que Eu fiz para preparar a sua Vinda, mostrando-Me nas figuras que O representavam, mesmo mil e dois mil anos antes da Sua Vinda! Porquê, este Messias? Quem é Ele? Donde vem? Que fará Ele na Terra? Quem é que vem representar?
O Messias é Deus
- Quem é Deus? Deus é o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
- Donde vem Ele, ou melhor, quem Lhe deu ordem para vir ter com os homens? Fui Eu, Seu Pai, Deus.
- Quem representará Ele na Terra? O Seu Pai.- Deus.
- Que fará Ele na Terra? Fará conhecer e amar o Pai: Deus.
Não disse Ele:
"Não sabeis que Eu devo cuidar das coisas de meu Pai? Nesciebatis quia in his, quae Patris mei sunt oportet me esse" (em São Lucas cap. 2, vers. 49).
- Vim para fazer a vontade de meu Pai.
- Tudo o que pedirdes a meu Pai em meu Nome Ele vo-lo concederá (Jo 15,16).
Rezai-lhe assim: "Pai Nosso, que estais nos Céus...", e como veio para glorificar o Pai e dá-Lo a conhecer aos homens, disse:
- Quem Me vê, vê o Pai (Jo., 14,9)
- Eu estou no Pai e o Pai está em Mim (Jo, 14,10).
- Ninguém vem ao Pai senão por Mim -- " Nemo venit ad Patrem nisi per me": em São João, cap. 14,vers. 6.
- Quem está coMigo, está também com meu Pai , etc., etc.
Concluí, ó homens, que desde toda a Eternidade Eu só tive um desejo: o de Me dar a conhecer aos homens e de Me fazer amar, desejando permanecer permanentemente junto deles.
Quereis uma prova real deste desejo que acabo de exprimir?
Porque ordenei a Moisés a construção do Tabernáculo e a Arca da Aliança a não ser por causa do meu ardente desejo de vir habitar como um Pai, um Irmão, um Amigo confiante, com as minhas criaturas, os homens? Apesar disso eles esqueceram-Me, ofenderam-Me com inumeráveis pecados. E para que eles se lembrassem, apesar de tudo, do seu Pai, Deus, e do único desejo que Ele tem de os salvar, dei os meus Mandamentos a Moisés, para que, observando-os, eles pudessem lembrar-se do Pai infinitamente bom, sempre ocupado com a sua salvação atual e eterna.
Tudo isso caiu de novo no esquecimento e os homens perderam-se no erro e no temor, achando difícil observar as Leis que Eu lhes tinha dado através de Moisés. Forjaram outras leis de acordo com os seus vícios para as cumprir com maior facilidade. A pouco e pouco, no temor exagerado que tinham de Mim, voltaram a esquecer-Me e a encher-Me de ultrajes.
No entanto, o meu amor por estes homens, filhos Meus, não se extinguiu. Quando verifiquei que nem os Patriarcas, nem os Profetas, conseguiam fazer-Me amar e conhecer pelos homens, resolvi ir Eu próprio.
Mas como fazer para andar no meio dos homens? Não havia outro meio senão ir Eu próprio, na Segunda Pessoa da minha Divindade.
E os homens conhecer-Me-iam, escutar-Me-iam?
Para Mim, nada estava escondido no futuro e conhecia a resposta a estas duas perguntas. Eu respondia a Mim mesmo.
Eles ignorarão a minha presença, apesar de estarem ao pé de Mim. No Meu Filho, hão-de maltratar-Me, apesar de todo o bem que Ele lhes fizer. No Meu Filho hão-de caluniar-Me e crucificar-Me para Me dar a morte.
Havia de parar por causa disso? Não! O meu Amor é excessivamente grande pelos meus Filhos, os homens!
Não parei, mas reconhecei que vos amei, por assim dizer, mais que ao meu Filho Bem-Amado, ou melhor, mais que a Mim mesmo.
O que vos acabo de revelar é de tal modo verdadeiro que se tivesse bastado uma das minhas criaturas para expiar o pecado dos outros homens, com uma vida e uma morte como a do meu Filho, Eu teria hesitado. Porquê? Porque Eu atraiçoaria o meu Amor fazendo sofrer outra criatura que amo em vez de sofrer Eu próprio, no meu Filho. Eu jamais teria querido fazer assim sofrer os meus filhos.
Eis, pois, em resumo o relato do meu Amor até a minha vinda, por meio do meu Filho, para o meio dos homens.
Todos estes acontecimentos são conhecidos pela maior parte dos homens, mas eles ignoram o essencial, ou seja, que foi o Amor que tudo conduziu!
Sim, é Amor. É isso que quero esclarecer neste relato que acabais de ler.
Este Amor é esquecido. Quero recordá-lo para que aprendais a conhecer-Me tal como sou. Para que não tenhais medo, como escravos, de um Pai que vos ama a este ponto.
Mirai nesta história nós estamos unicamente no primeiro dia do primeiro século e, quereria conduzi-la até aos nossos dias: até o século XX.
Oh! Como o Meu Amor de Pai foi esquecido entre os homens! No entanto que os amo tão ternamente! No Meu FILHO, ou seja na Pessoa do Meu FILHO feito homem, que não tenho feito ainda! A divindade, nesta humanidade, encobriu-se, ficou pequena, pobre, humilhada. Efectuava com o Meus FILHO Jesus, uma vida de sacrifício, de trabalho. Recebia as Suas orações de modo que o homem tivesse um caminho traçado, para andar sempre na justiça, a fim de vir em segurança até MIM.
Certamente, Eu sei compreender bem a fraqueza dos meus filhos! Por isso pedi a Meu Filho para lhes dar os meios de sustentar a sua fraqueza. Estes meios ajudar-os-ão a purificar os seus pecados, de modo que sejam ainda as crianças do Meu Amor. São principalmente os sete Sacramentos e sobretudo o grande meio para salvá-los, apesar das vossas quedas: o Crucifixo, é o sangue do Meu FILHO que, à cada momento cai sobre vocês, se assim o quereis, no Sacramento da Penitência, e também o Santo Sacrifício da Missa.
As minhas caras crianças, há vinte séculos que vos preencho destes bens com graças especiais e o resultado é bem mínimo!
Quantas das minhas criaturas, que têm-se tornado crianças do Meu Amor pelo Meu FILHO, lançaram-se muito rapidamente no abismo eterno! Em verdade, não conheceram a minha Infinita Bondade. Eu amo-vos tanto! (expressão preferida de Sor Eugénia e que se repite frequentemente).
Ah! vocês pelo menos, que sabem que venho eu mesmo para falar-vos, indicar-vos o Meu Amor, por piedade de vocês mesmos, não se lançem no precipício. Sou o Vosso Pai!
Seria possível que após Me ter chamado o Vosso Pai e Me ter testemunhado o vosso amor, encontreis em Mim um coração bastante duro e bastante insensível para deixar-vos perecer? Não, não! não o crêais! Eu sou o melhor dos Pais. Conheço as fraquezas das minhas criaturas. Venham, venham à mim com confiança e amor! E Eu perdoarei após o vosso arrependemento. Ainda que vossos pecados sejam repugnantes como a lama, a vossa confiança e o vosso amor Mos farão esquecer, de modo que não sejais julgados. Eu sou justo, certamente, mas o Amor paga todo.
Ouçam, minhas crianças, façamos uma suposição e tereis a segurança do Meu Amor. Para Mim, os vossos pecados são como ferro; para Mim, os vossos atos de amor são como ouro. Se Me entregásseis mil quilos de ferro nunca seria tanto como se Me désseis dez quilos de ouro!. O que significa, que com um pouco de amor pagam-se imensas iniquidades.
Este é um muito pequeno exemplo do Meu Julgamento sobre as minhas crianças os homens todos sem excepção. É necessário por conseguinte chegar até Mim. Sou tão perto de vocês! É necessário por conseguinte Me amar e Me honrar de modo que não não sejais julgados ou, no máximo, julgados com Amor infinitamente Misericordioso!
Não duvideis! Se o Meu Coração não for feito assim, já teria exterminado o mundo tantas vezes como tiver cometido o pecado! Enquanto, sois testemunhos, à cada momento manifesta-se a Minha protecção com graças e benefícios.
Podeis concluir que há um Pai acima todos os pais, que de vos ama e que não cessará nunca de vos amar, se vos assim o quereis.
Venho ter convosco por meio de dois caminhos: a Cruz e a Eucaristia.
A CRUZ é o Meu caminho para descer entre as Minhas crianças, porque é por ela que fiz-vos resgatar pelo Meus FILHO. E para vocês, a Cruz, é o vosso caminho que sobe aos Meu FILHO e do Meu FILHO até Mim. Sem ela nunca poderiais vir, porque o homem, com o pecado, atraiu sobre ele a punição da separação de Deus.
Na EUCARISTIA vivo entre vocês, como um Pai na sua família. Quis que o Meu FILHO instituisse a Eucaristia para fazer de cada Tabernáculo um depósito das Minhas graças, as minhas riquezas e o Meu Amor, para dar-o aos homens as minhas crianças.
É sempre por estes dois caminhos que faço descer sem cessação, a Minha Potência, e a Minha infinita Misericórdia.
Agora que mostrei-os que os Meu FILHO Jesus representa-me entre os homens, e que, por Ele, resido sem cessação entre eles, quero mostrar-vos também que venho entre vocês pelo MEU ESPÍRITO SANTO.
A obra desta terceira pessoa da Minha Divindade realiza-se sem barulho e o homem frequentemente não a apercebe. Mas para mim, é um meio muito idóneo para residir não somente no Tabernáculo, mas também na alma todos os que estão em estado de graça, para estabelecer o Meu Trono e lá residir sempre como o Verdadeiro Pai que ama, protege e apoia à sua criança. Ninguém pode compreender a alegria que sinto quando estou em companhia duma alma. Ninguem até agora compreendeu ainda os desejos infinitos do Meu Coração de DEUS PAI, de ser conhecido, amado e honrado dos homens, justos e pecadores. No entanto são estas três Homenagens que desejo receber do homem de modo que Eu continue a ser misericordioso e bom, mesmo para com os mais grandes pecadores.
Que coisa Eu não fiz pelo meu Povo desde Adam até José, Pai adoptivo de Jesus, e desde José até agora, de modo que o homem Me desse o CULTO ESPECIAL que Me é devido como Pai, Criador e Salvador!
Porém, este Culto Especial que desejei tanto e que ainda desejo, ainda não me foi dado!
No Êxodo lê-se que é necessário honrar Deus com um Culto especial. Os Salmos de David sobretudo, contêm o mesmo ensino. Nos Mandamentos que
dei eu mesmo a Moises, tenho posto em primeiro lugar; "Só um Deus adorarás e amarás perfeitamente".
Ora, amar e honrar uma pessoa são duas coisas que vão juntas. Dado que preenchi-vos de tantos benefícios, devo por conseguinte ser honrado por vocês dum modo particular!
Ao dar-vos a vida, quis criar à minha semelhança. O vosso coração é, portanto, sensível como o Meu, e o Meu como o vosso!
Que não faríeis vós se um dos vossos próximos vos prestasse algum pequeno serviço para vos ser agradável? O homem mais frio conservaria sempre para com essa pessoa um reconhecimento inesquecível. Qualquer homem em geral procuraria mesmo o que lhe desse mais prazer para o recompensar pelo serviço prestado. Ora bem, Eu serei muito mais grato para convosco, assegurando-vos a vida eterna, se Me prestardes o pequeno serviço de Me honrar como vo-lo peço.
Reconheço que Me honrais através do meu Filho e há quem saiba fazer subir tudo até Mim por meio d'Ele, mas é um bem pequeno número! Contudo não penseis que ao honrar o meu Filho não Me honrais! Sim, vós Me honrais, pois Eu permaneço no meu Filho! Portanto, tudo o que é glória para Ele, é-o também para Mim!
Mas Eu gostaria de ver o homem honrar o seu Pai e Criador com um Culto Especial. Quanto mais Me honrardes, tanto mais honrareis o meu Filho, porque segundo a minha Vontade, Ele fez-Se Verbo Incarnado e veio até vós para vos dar a conhecer Aquele que O enviou.
Se Me conhecerdes, amar-Me-eis e amareis o meu Filho Bem-Amado, mais do que o fazeis agora. Vede quantas das minhas criaturas, tornadas minhas filhas pelo mistério da Redenção, ainda não estão nas pastagens que Eu estabeleci, por meio de meu Filho, para todos os homens. Vede quantos outros -- e vós os conheceis -ignoram ainda estas pastagens; e tantas criaturas saídas das minhas Mãos, de que só Eu conheço a existência, e vós não, que nem sequer conhecem a Mão que as criou!
Ah! Como Eu gostaria de Me dar a conhecer como o Pai Onipotente que sou para vós e que serei também para eles, pelos meus benefícios! Eu gostaria de os fazer viver uma vida mais doce, pela minha Lei. Gostaria que fosseis ter com eles em meu Nome e que lhes falásseis de MIM. Sim, dizei-lhes que têm um Pai que, depois de os ter criado, lhes quer dar os tesouros que possui. Sobretudo dizei-lhes que Eu penso neles, que os amo e que lhes quero dar a felicidade eterna.
Ah! Eu vos prometo: os homens converter-se-ão mais depressa!
Acreditai que se tivésseis começado desde a Igreja Primitiva a honrar-Me e a fazer-Me honrar por um culto especial, decorridos vinte séculos bem poucos homens teriam permanecido na idolatria, no paganismo e em tantas seitas falsas e más, nas quais o homem corre de olhos fechados para se precipitar nos abismos do fogo eterno! E vede quanto trabalho há ainda para fazer!
A minha hora chegou! É preciso que Eu seja conhecido, amado e honrado pelos homens, para que, depois de os ter criado, Eu possa ser o seu Pai, depois o seu Salvador, e por fim o Objeto das suas delícias eternas!
Até agora falei-vos de coisas que já sabíeis; quis recordá-las para que vos convençais realmente de que Eu sou um Pai muito bom e não terrível, como julgais, e também que Eu sou o Pai de todos os homens atualmente vivos e dos que hei-de criar até ao fim do mundo.
Sabei também que Eu quero ser conhecido, amado, e sobretudo, honrado. Que todos reconheçam as minhas infinitas Bondades para com todos e sobretudo para com os pobres pecadores, os doentes, os moribundos e todos os que sofrem. Que eles saibam que Eu só tenho um desejo: amá-los a todos, dar-lhes as minhas graças, perdoar-lhes quando estão arrependidos e sobretudo não os julgar com a minha Justiça, mas sim com a minha Misericórdia, para que todos sejam salvos e colocados no número dos meus eleitos.
Para concluir esta pequena exposição, faço-vos uma promessa cujo efeito será eterno:
Chamai-me pelo nome de Pai,
com confiança e Amor,
e recebereis tudo deste Pai
com amor e misericórdia.
Que o meu filho, o teu pai espiritual, saiba ocupar-se da minha Glória e pôr frase por frase o que te fiz escrever e também o que ainda te farei escrever, para que os homens achem fácil e agradável ler o relato daquilo que Eu quero que eles saibam, sem contudo acrescentar nada.
Todos os dias te falarei um pouco acerca dos meus desejos sobre os homens, das minhas alegrias, das minhas penas e sobretudo mostrarei aos homens as minhas infinitas Bondades e a ternura do meu Amor Compassivo.
Gostaria também que as tuas Superioras te permitissem empregar os teus momentos de liberdade para estares comigo e que pudesses, todos os dias, durante meia hora, consolar-Me e amar-Me e obter assim que os corações dos homens, meus filhos, fiquem bem dispostos para trabalhar para a extensão deste Culto, de que vos venho revelar a forma, para que chegueis a uma grande confiança neste Pai que quer ser amado pelos seus filhos.
Para que esta Obra, que desejo instituir entre os homens, se possa espalhar a todas as nações o mais rapidamente possível, sem que contudo aqueles que estiverem encarregados de a estender cometam a mais pequena imprudência, peço-te que passes os teus dias num grande recolhimento. Serás feliz por falar pouco com as criaturas e, mesmo quando estiveres no meio delas, falar-Me-ás e escutar-Me-ás no segredo do teu coração.
Eis, aliás, o que Eu quero que faças: Quando, por vezes, Eu te falar, escreverás as minhas confidências num caderno especial. Mas aqui, desejo falar aos homens: Vivo com os homens numa maior intimidade que uma mãe com os seus Filhos.
Desde a criação do homem não deixei um só instante de viver junto dele; como Criador e Pai do homem, sinto como que uma necessidade de o amar. Não é que Eu precise dele, mas o meu Amor de Pai e Criador faz-Me sentir esta necessidade de amar o homem. Vivo portanto junto do homem, sigo-o por toda parte, ajudo-o em tudo, supro a tudo. Vejo as suas necessidades, os seus sofrimentos, todos os seus desejos, e a minha maior felicidade é socorrê-lo e salvá-lo.
Os homens julgam que Eu sou o Deus terrível e que precipito toda a humanidade no inferno. Que surpresa, no fim dos tempos, quando virem tantas almas, que julgavam perdidas, usufruir da eterna felicidade, no meio dos eleitos!
Gostaria que todas as minhas criaturas tivessem a convicção que há um Pai que vela por elas e que gostaria de lhes dar mesmo nesta Terra, uma antecipação da felicidade eterna.
Uma mãe nunca esquece a pequena criatura que acaba de dar à luz. Não é ainda mais belo da minha parte lembrar-Me de todas as criaturas que coloco no mundo?
Ora, se a mãe ama este pequeno ser que Eu lhe dei, Eu o amo mais do que ela porque o criei. Se uma mãe amasse menos o seu filho por causa de algum defeito, Eu, pelo contrário, amá-lo-ia ainda mais. Ainda que ela o viesse a esquecer ou só raramente a pensar nele, sobretudo quando a idade o subtraísse à sua vigilância, Eu nunca o esquecerei. Amo-o sempre, e ainda que ele não mais se lembre de Mim, seu Pai e seu Criador, Eu lembro-me dele e continuo a amá-lo.
Disse-vos mais acima que queria dar-vos mesmo nesta Terra a felicidade eterna, mas vós não compreendestes esta frase. Eis o seu significado:
Se Me amais e Me chamais com confiança com o doce Nome de Pai, começais já nesta Terra a viver no amor e na confiança que farão a vossa felicidade na Eternidade e que cantareis no Céu na companhia dos eleitos. Não é isso uma antecipação da felicidade do Céu que durará eternamente?
Desejo, pois, que o homem se recorde muitas vezes que Eu estou onde ele está. Que não poderia viver se Eu não estivesse com ele, vivendo como ele. Apesar da sua incredulidade nunca deixo de estar ao pé dele.
Ah! Como eu desejo ver realizar-se o projeto que vos quero comunicar e que é o seguinte: Até agora o homem nunca pensou em dar a Deus, seu Pai, o prazer que vou revelar:
Eu queria ver estabelecer-se, uma grande confiança entre o homem e o seu Pai dos Céus, um verdadeiro espírito de familiaridade e de delicadeza para não se abusar da minha grande Bondade. Eu conheço as vossas necessidades, os vossos desejos, e tudo o que tendes em vós. Mas como ficaria contente e reconhecido se vos visse vir ter comigo e fazer-Me as confidências das vossas necessidades, como um filho confiante faz com o seu pai! Como vos poderia recusar fosse o que fosse, de menor ou de maior importância, se Mo pedísseis?
Ainda que não Me vejais, não Me sentis ao pé de vós através dos acontecimentos? Como seria meritório para vós, um dia, o fato de terdes acreditado em Mim sem Me terdes visto!
Mesmo agora, que Eu estou aqui, em pessoa, no meio de todos vós, que vos falo, repetindo-vos sem cessar, sob todas as formas, que vos amo e quero ser conhecido, amado e honrado com um Culto Especial, vós não Me vedes, exceto uma única pessoa, aquela a quem dito a Mensagem! Uma única, em toda a Humanidade! No entanto, Eu vos falo e naquela que Eu vejo e a quem falo, vejo-vos a vós todos e falo-vos a todos e a cada um e amo-vos como se Me vísseis!
Desejo, pois, que os homens Me possam conhecer e sentir que Eu estou junto de cada um deles! Lembrai-vos ó homens, que Eu desejaria ser a esperança da Humanidade -e não o sou já? Se Eu não fosse a esperança do homem, o homem estaria perdido! Mas é preciso que Eu seja conhecido como tal, para que a Paz, a Confiança e o Amor, entrem no coração dos homens e cheguem a pô-los em relação com o seu Pai do Céu e da Terra!
Não penseis que Eu sou aquele terrível velho que os homens representam nas suas imagens e livros. Não, não! Eu não sou nem mais velho, nem mais novo, que o meu Filho e o meu Espírito Santo!
É por isso que Eu gostaria que todos, desde a criança ao idoso, Me chamassem pelo nome familiar de Pai e de Amigo, pois estou sempre convosco, e de Irmão, pois Me faço semelhante a vós, para vos ver fazer semelhantes a mim.
Como ficaria contente se visse os pais ensinarem aos seus filhos, a chamar-Me muitas vezes pelo Nome de Pai, como Eu o sou! Como Eu desejaria ver colocar nessas almas jovens uma confiança, um amor todo filial para comigo! Fiz tudo por vós; não fareis isso por Mim?
Gostaria de Me estabelecer em cada família como num domínio Meu, para que todos pudessem dizer, com toda a segurança: "Temos um Pai que é infinitamente Bom, imensamente rico e altamente misericordioso. Ele pensa em nós, está junto de nós, ama-nos, observa-nos sustenta-nos, dar-nos-á tudo o que nos faz falta , se Lho pedirmos. Todas as Suas riquezas são nossas, teremos tudo o que precisamos".
Eu estou expressamente presente para que Me peçais o que vos faz falta: "Pedi e recebereis".
Na minha paternal Bondade dar-vos-ei tudo , desde que todos saibam considerar-Me como um verdadeiro Pai, que vive no meio dos seus, como de fato faço.
Desejo ainda que cada família exponha à vista de todos a Imagem que mais tarde Eu darei a conhecer à minha "filhinha". Desejo que todas as famílias se coloquem, assim, sob a minha especialíssima proteção, para Me poderem honrar mais facilmente. Junto dela, todos os dias, a família deverá expor as suas necessidades, os seus trabalhos, as suas penas, os seus sofrimentos, os seus desejos, e também as suas alegrias, porque um Pai deve conhecer tudo o que diz respeito aos seus filhos.
Claro que Eu o sei, mas gosto tanto da simplicidade, e sei conformar-Me com a vossa condição. Faço-Me pequeno com os pequenos, maduro com os homens de idade madura, com os velhos torno-Me semelhante a eles, para que todos compreendam o que lhes quero dizer, para sua santificação e para minha glória.
Não tendes a prova do que acabo de vos dizer no meu Filho, que se fez pequeno e fraco como vós? Não a tendes ainda agora vendo-Me aqui a falar-vos? E para que possais compreender o que vos quero dizer, não tomei para vos falar uma pobre criatura como vós? Não Me faço agora semelhante a vós?
Vede: Pus a minha Coroa aos meus Pés, o mundo sobre o meu Coração. Deixei a minha Glória no Céu e vim aqui, fazendo-Me todo para todos, pobre com os pobres e rico com os ricos.
Quero proteger a juventude como um terno Pai. Há tanto mal no mundo! Estas pobres almas sem experiência deixam-se seduzir pelos atrativos do vício que, a pouco e pouco, as conduzem à ruína total.
Ó vós que tendes especial necessidade de alguém que vos guarde na vida para poderdes evitar o mal, vinde a Mim! Eu sou o vosso Pai que vos ama mais que qualquer criatura vos amará alguma vez! Refugiai-vos junto de Mim, confiai-Me os vossos pensamentos e os vossos desejos.
Eu vos amarei ternamente. Dar-vos-ei as graças para o presente e abençoarei o vosso futuro. Podeis ter a certeza de que Eu não vos esqueço, desde os 15, 20 ou 30 anos que vos criei.
Vinde! Vejo que tendes uma grande necessidade de um Pai doce e infinitamente Bom como Eu.
Sem Me deter em tantas outras coisas que seria muito a propósito dizer aqui, mas que poderei dizer mais tarde, quero agora falar especialmente às almas que Eu escolhi para Mim, Sacerdotes e Religiosos: a vós, os filhos queridos do meu Amor. Tenho grandes desígnios sobre vós!
Ao Papa
Antes de todos os outros, dirijo- Me a ti, meu filho, meu Vigário, para colocar nas tuas mãos esta Obra, que deveria ser a primeira de todas e que, pelo receio que o demônio inspirou ao homem, só com o tempo verá a sua concretização.
Ah, Eu desejaria que tu compreendesses a extensão desta Obra, a sua grandeza, a sua amplitude, a sua profundidade, a sua altura! Desejaria que compreendesses os desejos imensos que tenho sobre a humanidade presente e futura! Se soubesses como desejo ser conhecido, amado e honrado pelos homens, com um Culto Especial! Este desejo, tenho-o em Mim desde toda a Eternidade e desde a criação do primeiro homem. Este desejo exprimi-o várias vezes aos homens, sobretudo no Antigo Testamento. Mas o homem nunca o compreendeu.
Hoje, este desejo faz-Me esquecer todo o passado, desde que se cumpra agora nas minhas criaturas do mundo inteiro. Desço até à mais pobre das minhas criaturas para poder, na sua ignorância, falar-lhe e, através dela, aos homens, sem que ela se aperceba da grandeza da Obra que Eu desejaria estabelecer no meio deles! Não posso falar de Teologia com ela, teria a certeza de fracassar, ela não compreenderia. Permito que ela seja assim para que Eu possa realizar a minha Obra com a simplicidade e a inocência.
Mas a ti compete pôr esta Obra em estudo e de a levar a cabo o mais depressa possível. Para ser conhecido, amado e honrado com um culto especial, não peço nada de extraordinário.
Eis somente o que desejo:
1. Que um dia, ou pelo menos um Domingo, seja consagrado a honrar-Me especialmente com o Nome de Pai de toda a humanidade. Desejaria, para esta Festa, uma Missa e um Oficio próprios. Não é difícil encontrar textos na Sagrada Escritura. Se preferis prestar-Me este Culto Especial num Domingo, Eu escolho o primeiro Domingo de Agosto; se quereis num dia de semana, prefiro que seja sempre no dia 7 de Agosto.
2. Que todo o Clero se dedique a desenvolver este Culto e, sobretudo, que Me dê a conhecer aos homens tal como sou e tal como serei sempre para eles, quer dizer, o Pai mais terno e amante de todos os pais.
3. Desejo que Me façam entrar nos hospitais, até mesmo nas oficinas e nas fábricas, nas casernas, nas salas de deliberação dos ministros das Nações, enfim, em toda a parte onde se encontram as minhas criaturas, nem que seja uma só!
Que o sinal sensível da minha invisível Presença seja uma Imagem, que demonstra que Eu estou realmente presente. Assim todos os homens farão todas as suas ações sob o olhar do seu Pai e Eu próprio terei assim, diante dos Meus olhos, a criatura que Eu adotei depois de a ter criado; assim todos os meus filhos estarão como que sob o olhar do seu terno Pai. Sem dúvida, Eu estou em toda a parte mesmo agora, mas queria ser representado de uma maneira sensível.
4. Que durante o ano o Clero e os fiéis adotem alguns exercícios de piedade em Minha Honra, sem prejuízo das ocupações habituais.
Que, sem temor, os meus sacerdotes vão por todo o lado, a todas as nações, levar aos homens o facho do Meu Amor Paternal. Então as almas serão iluminadas, ganhas -- não só entre os infiéis -- mas em todas as seitas, que não estão na verdadeira Igreja. Sim, que também estes homens que são meus Filhos, vejam brilhar este facho diante deles. Que eles conheçam a Verdade, que abracem e pratiquem sempre as virtudes cristãs.
5. Queria ser honrado especialmente nos Seminários, nos Noviciados, nas escolas, nos colégios. Que todos, do maior ao mais pequenino, possam conhecer- Me e amar como seu Pai, seu Criador e seu Salvador.
6. Que os sacerdotes se apliquem a procurar na Sagrada Escritura o que Eu disse outrora e que permaneceu ignorado até a atualidade, relativamente ao culto que desejo receber dos homens. Que trabalhem para fazer chegar os Meus desejos e a minha Vontade a todos os fiéis e a todos os homens, especificando o que Eu direi para todos os homens conjuntamente e para os sacerdotes, religiosos e religiosas em particular. Estas são as almas que Eu escolho para Me prestarem grandes homenagens, mais do que os homens do mundo.
Sim, será preciso tempo para se chegar a uma completa realização destes desejos que concebi sobre a humanidade e que te dei a conhecer! Mas um dia, com as orações e sacrifícios das almas generosas que se imolarão por esta Obra do Meu Amor, sim, um dia, EU serei satisfeito. Eu te abençoarei, Meu Filho Bem Amado, e te darei o cêntuplo de tudo o que fizeres pela Minha Glória.