domingo, 15 de setembro de 2024

15 de setembro Santa Teresa Margarida do Coração de Jesus Redi

 

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Nascida na Itália, Arezzo, no dia 15 de julho de 1747 Ana Maria Redi foi uma dos treze filhos do nobre casal Inácio Fernando Redi e Maria Camila.

Em sua dócil infância seus pais e irmãos a surpreendem, em diversas situações, isolada para conversar com Deus em suas orações enquanto executava pequenos trabalhos (costura e tricô), ou entregue a algumas práticas de mortificação as quais ela fazia no escondimento, e quando era surpreendida dissimulava fingindo ser alguma brincadeira de criança. Seu pai Inácio, a qual tinha profunda intimidade e que foi um verdadeiro “diretor espiritual” ao encaminhá-la desde sempre ao Senhor, relata que em seus cinco anos de idade ela já desenvolvera a predileção do amor de Deus a qualquer outro, e perguntava com frequência a seus pais como poderia agrada-Lo.

Estudou dos seus nove aos dezessete anos na Escola de Santa Apolônia em Florença, pertencente às monjas beneditinas, a qual era conhecida por seu método disciplinar rígido e intenso. Foi neste ambiente que Ana fez o discernimento de seu estado de vida e só confirmou, enfim, o que sentia de mais pulsante em seu interior desde a infância: seu desejo era de entregar-se a Deus plenamente na vida religiosa. Ela cogitou entrar no mosteiro das beneditinas, mas ao saber do Carmelo Descalço por uma companheira de estudo, ouviu subitamente a voz de Santa Teresa D’Ávila em dois momentos distintos dizendo que a queria como uma de suas filhas e que a esperava lá. Tal experiência mística a fez discernir, sem sombra de dúvidas, para onde Deus a destinava.

Ingressou no Carmelo aos dezessete anos no Mosteiro de Santa Teresa em Florença para o probandato e rapidamente é admitida ao noviciado, obtendo o nome de Teresa Margarida do Coração de Jesus Redi. Teresa devido à sua experiência sobrenatural com a Santa Madre; Margarida por ter como grande modelo inspirador Santa Margarida Maria Alacoque; Coração de Jesus por seu fidelíssimo amor à manifestação do Coração Incandescente do Senhor (mesmo em uma época impregnada pela heresia de Jansen que por sua vez consistia no acentuado Juízo Divino anteposto à Misericórdia Eterna); e Redi como demonstração de seu amor pela família, principalmente ao seu querido pai.

Sua caminhada foi totalmente marcada pela ascese contínua e insaciável em direção a Deus e, posteriormente, pelo matrimônio espiritual atingido no silêncio de pouquíssimas experiências místicas. A santa sempre rogava a Deus que não lhe abrandasse o peso da caminhada, mas sim que lhe fortalecesse para que ela tudo suportasse sem esperar qualquer consolo, e desta maneira Deus agiu de acordo com seu inefável Desígnio em preservar-lhe de gozos espirituais.

Podemos sintetizar a sua vida em três grandes pilares, a saber: a íntegra obediência, o zeloso absconder-se e a imanente caridade.

Pela santa obediência colocava-se à disposição total das colocações de suas superioras e de seus confessores e diretores espirituais, dos quais se destaca Frei Idelfonso. A Madre Teresa Maria de Jesus a submetia em todos os tipos de provação para além de verificar até onde ia sua dedicação, fortifica-la ainda mais no exercício da humildade, justificado por isso recorrentemente a ordenava que desfizesse o trabalho e recomeçasse novamente e dentre várias outras situações. Em sua cela foram encontrados vários lembretes escritos por ela para que lembrasse sempre das ordens que recebia, visando guardar o mais puro e estrito abandono às vontades de seus superiores.

Seu diretor espiritual, Frei Ildefonso, outorgou o pedido que a santa lhe fizera solicitando permissão para que escrevesse frases com seu próprio sangue, mas colocou a condição de serem breves e não ultrapassar três tênues linhas. Após a morte da santa encontraram que tais escritos seguiram firmemente à observância da concessão, e absolutamente nenhum deles ultrapassou o limite estabelecido.

Por seu amor ao Coração Manso, Humilde e Obediente de Jesus ela escreveu (e viveu plenamente segundo todas as testemunhas) em seu caderno de propósitos: “Conservai sempre no interior esta máxima que é seguríssima: quando não tiverdes nem fizerdes coisa alguma por vossa satisfação, então estará tudo de acordo com a vontade de Deus “.

absconder-se era para santa uma fiel tentativa de imitação de Cristo (O qual tinha como aspiração e modelo sua vida eclipsada antes de suas atividades públicas) e de sua Mãe (a qual guardava e meditava tudo em seu coração). Sua natureza era contrária a seu propósito, ela era explosiva e isso era perceptível pela incontrolada ruborização de sua face. Para tanto tinha como lema de vida a seguinte expressão tirada de Colossenses 3,3-4: “porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”.

Com o véu do sorriso dissimulava sua constante virtude pondo-se a pedir permissão para realizar as tarefas menos estimadas por todas as monjas e as mais cansativas com a justificativa que ela tinha facilidade para tal. Também aderiu o propósito de jamais desculpar-se ou defender-se mesmo não havendo em si culpa (novamente tomando como modelo Jesus Cristo ante Pilatos – Mat 27, 14). Para ela o padecer em silêncio favorecia o diálogo entre  Deus e a alma, também a servia como reconhecimento que era a menor de todas, fato que considerava com tanta veemência que ao receber qualquer elogio a fazia sofrer intensamente, pois achava que as pessoas viam nela virtudes as quais não possuía. Ela dizia em seus propósitos: “Padecer tudo quanto Ele houver disposto, em altíssimo silêncio entre mim e o próprio Deus”.

caridade sempre foi sua principal característica. Ela adiantava o máximo que podia de seus afazeres para auxiliar as demais irmãs em todos os tipos de serviço, até mesmo quando estava exausta. Exercia caridade também ao que cerne o interior do próximo, procurando sempre ver as características positivas das pessoas em detrimento de qualquer coisa negativa. As monjas diziam: “Com a Teresa Margarida todos têm suas costas protegidas”.

A santa que já demonstrava desde o início peculiar inclinação à caridade foi designada, desde o noviciado, como auxiliar das atividades de enfermagem as quais eram extremamente desgastantes para alguém de sua tenra idade (dezoito anos), privando-a muitas vezes dos momentos de recreio e do tempo que dedicava à contemplação de Deus no céu, na pequena horta e no estimado jardim. O cume de sua caridade visível era perceptível no auxílio constante a uma irmã que tinha problemas mentais e a agredia com toda sorte de ofensas verbais e físicas. Tal situação só foi notada pelos barulhos que a irmã fazia ao jogar na santa os objetos que conseguia em mãos, tais como os pratos de comida, e também por testemunhas oculares dos fatos. Já a santa por si mesma jamais havia dito uma palavra sequer contra a enferma para que ela não fosse penalizada ou privada de algo como consequência.

Santa Teresa Margarida do Coração de Jesus Redi, nos últimos anos de sua vida, teve uma experiência mística com Deus. Em um domingo de 1767 enquanto rezavam no coro sua alma entrou em êxtase ao ouvir as palavras de São João Evangelista: “Deus é Caridade, e quem permanece na caridade permanece em Deus, e Deus nele”. Teve sua alma arrebatada pela ciência do Amor Divino, e ficou três dias em uma espécie de transe, os quais todas as monjas a viam perfeitamente compenetrada, recitando silenciosamente: “Deus Charitas est!” (Deus é caridade). Depois de tal honrosa experiência e passada aquele transe, sentiu-se em um permanente deserto, com sede muito mais insaciável de amá-Lo por ter notado a discrepância do amor de Deus e das migalhas que chamamos de “amor” com que nós O retribuímos. Escreveu, por fim, um poema que exprimia tal dissabor de sua alma.

“…

Anseio por aprender

Como amar aquele Bem

….

Procuro-o sem encontrá-Lo

Esforço-me por amá-Lo

Mas como amar, não atino”.

Sua morte foi tal qual sua vida, um completo eclipse do seu ser. No dia 04 de março de 1770 ela pediu ajoelhada à Madre que lhe apontasse seu maior defeito, posteriormente solicitou uma confissão geral e extraordinária com Frei Ildefonso, na qual rompeu-se em lágrimas acusando-se de não sentir que amava a Deus como Ele merecia, e instou que o referido Padre rogasse por sua morte, pois não havia nada que ela mais desejasse. No dia seguinte ela comungou com tal devoção e ardor que foi perceptível por todas as suas companheiras, foi como se fosse sua última comunhão devido àquela explosão de amor visível. Ela faleceu no dia 07 de março de 1770, aos vinte e três anos, beijando o Coração de Jesus de seu Crucifixo e voltada com o rosto para o Sacrário (como sempre dormira desde sua chegada ao mosteiro) três dias depois da referida confissão. A causa da morte foi uma gangrena interna e repentina que atingiu sem qualquer sinal prévio ou explicação até mesmo dos médicos da época.

Seu corpo logo após a morte exalou um odor forte de flores, o qual podia sentir-se de longe e durou por cerca de 20 dias e da qual a forte fragrância provinha além de seu corpo, do peito do crucifixo que morreu beijando. Logo após sua morte seu corpo adquiriu um semblante tão natural quando viva, e chamaram uma pintora de renome para representá-la como se estivesse em plena consciência, uma vez que parecia estar dormindo. Atualmente seu corpo encontra-se incorrupto.

Foi beatificada em 9 de junho de 1929,  e canonizada no dia 19 de março de 1934 pelo Papa Pio XI definindo-a como “neve ardente”.

O referido Papa também declarou a seu respeito: Santa Teresa Margarida, ardente do amor divino, mais se assemelhou a um anjo que a uma criatura humana, podendo assim ajudar muitas almas a alcançar as virtudes.

Por: Victor Hugo Peixoto de Oliveira, postulante carmelita 

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DEFESA DAS APARIÇÕES DE JACAREI

DEFESA ÀS APARIÇÕES DE JACAREÍ


(FEITA POR UM PEREGRINO, AO CONTEMPLAR UM VÍDEO FALANDO MAL DAS MESMAS CITADAS ACIMA, E SOBRE A CARTINHA DO BISPO DA ÉPOCA, ALEGANDO QUE AS APARIÇÕES NÃO ERAM VERDADEIRAS)


NÃO SEI QUEM FEZ MAS PRA MIM ESSA PESSOA MERECIA UMA MEDALHA DE HONRA DE NOSSA SENHORA POR ESTA BELA DEFESA

"Quando você diz que devemos dar ouvidos ao que os padres dizem a respeito das aparições de Jacareí, corre em um ledo engano, pois, a “opinião pessoal” deles é que não pode ser elevado ao nível de “dogma de fé”. As cartas de Dom Nelson são muito citadas pelos que latem que estas Sagradas Aparições são falsas. Portanto, mister se faz alguns esclarecimentos. Há duas cartas oficiais onde este indigitado bispo trata da matéria “aparições”. Uma primeira, publicada em 1996, enquanto o mesmo ainda era bispo de São José dos Campos (diocese a qual pertence Jacareí). Nesta, não há menção alguma ao nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, muito menos, excomunhão, há somente algumas orientações pastorais. A segunda, publicada em 2007 e republicada em 2011, realmente traz explicitamente o nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, porém, nesta, a palavra “excomunhão” é sequer mencionada.

Ainda há um probleminha com esta segunda carta. O dito bispo (certamente pela providência de Nossa Senhora) foi transferido para a diocese de Santo André/SP em 2003, e, observem, a segunda carta publicada por ele ocorreu no ano de 2007, quando já havia deixado de ter jurisdição eclesiástica sobre a cidade de Jacareí. Portanto, o mesmo, ao editar esta carta, violou a jurisdição eclesiástica conferida a ele pela Igreja, e, ainda, violentou gravemente a autoridade de Dom Moacir, então, bispo da Diocese de São José dos Campos, que, se quisesse, poderia ter criado o maior caso com isso, pois Dom Nelson desrespeitou frontalmente e atropelou sua autoridade eclesiástica, uma verdadeira afronta. Então eu lhes pergunto, vocês ainda vão dar credibilidade a um documento irregular e eivado de vícios como esse?

Vale lembrar, que não é obrigatório seguir estas cartas circulares dos bispos. Não há heresia nem cisma nisso. Um católico somente pode ser acusado de cismático ou herege se atentar contra os Dogmas de Fé. Que eu saiba, carta circular de bispo não é Dogma de Fé. Como a primeira carta de Dom Nelson não condena as Aparições de Jacareí, e a segunda está irregular, pode-se dizer que não pesa condenação oficial e regular da Igreja sobre estas Santas Aparições. Além do mais, até o presente momento, Dom José Valmor, que atualmente tem jurisdição eclesiástica sobre Jacareí, não fez pronunciamento oficial sobre as mesmas. Documento oficial onde o Profeta Marcos foi excomungado, também é inexistente, portanto, qualquer informação que diga o contrário é fruto de pura “fofoca”.

Ressalto que em Jacareí, realmente, não damos tanta importância aos documentos do Vaticano. O que nós realmente valorizamos é a doutrina que nos foi transmitida pelos santos, como Santo Afonso, São Luiz, Santa Teresa, São João da Cruz, etc... Outro adendo que gostaria de acrescentar, diz respeito ao fato da obrigatoriedade ou não das Sagradas Mensagens Celestiais. A orientação predominante entre os teólogos católicos, de que não é obrigatório seguir as Aparições de Nossa Senhora, se funda em meras opiniões pessoais de alguns clérigos a respeito do assunto. Esta orientação não tem o caráter da infalibilidade papal e muito menos é um Dogma de Fé. Realmente, o catecismo atual traz algo nesse sentido, mas vale lembrar que o mesmo não recebeu o caráter da infalibilidade pelo Concílio Vaticano II. Bem ao contrário do Santo Catecismo do Concílio de Trento. Este sim, recebeu o caráter de infalível. Ocorre que nossa amada Igreja há muito se transviou de uma tradição bíblica milenar, através da qual o “Deus dos Exércitos” sempre manifestou sua vontade ao povo de Israel por meio de suas aparições aos profetas (mesmo fenômeno que ocorre com o, também, profeta Marcos Tadeu, pois os fenômenos miraculosos e de aparições que ocorrem naquele Santuário, são da mesma espécie dos verificados na Sagrada Bíblia).

Ora, nos tempos bíblicos não era através dos fariseus, saduceus, príncipes e doutores da lei (a Igreja oficial da época) que Deus dava as suas diretrizes ao povo eleito, mas sim, através dos profetas, em outras palavras, dos videntes. Nos primórdios do cristianismo, também ocorria assim, pois, a própria origem da nossa amada Igreja se funda nas “aparições” de Jesus aos apóstolos e discípulos. Então, por que esta tradição bíblica foi quebra? Será que é porque as aparições aos profetas cessaram? Errado, pois nos últimos 100 anos ocorreram mais de 1000 aparições de Nossa Senhora, dos santos e anjos, e até de Deus.
A pergunta correta é, por que o clero tenta abafar isso, pois grande parte, senão todas, destas aparições também foram acompanhadas de sinais miraculosos, como, curas inexplicáveis pela ciência, sinais na natureza, etc... Se Deus usava deste expediente nos tempos bíblicos, certamente deveria continuar a usá-lo nos tempos do catolicismo, pois uma grande verdade que a Teologia professa é que Deus é imutável. Não citarei as passagens bíblicas onde Deus manifesta sua vontade através dos videntes/profetas, pois se assim fizesse, teria que citar a Bíblia inteira, pois a própria formação e ensinamentos nela transmitidos se dão por este meio. Gostaria apenas de citar um pequeno exemplo de qual atitude deveremos tomar frente às Aparições de Jacareí, tomando por base a Bíblia. Saulo, quando se dirigia à cidade de Damasco e Jesus lhe “aparece” exclama: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9, 6). Naquela ocasião, Jesus disse a ele para procurar os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! O ordenou que entrasse na cidade de Damasco e ali lhe seria dito o que deveria fazer. Beleza. E quem Deus enviou para Saulo? Os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! Mas Ananias, um vidente. Como eu sei que Ananias era um vidente? As Sagradas Escrituras nos contam que foi uma aparição de Jesus que disse para ele ir procurar Saulo. É só conferir At 9, 10-16ss.

Outro exemplo foi Judas Iscariotes; este preferiu errar com a Igreja oficial da época (lembra né, fariseus e saduceus) que acertar sem ela. Bom... Errou mesmo! E segundo alguns santos místicos, como Maria de Ágreda, sua alma se encontra no inferno. Assim, a posição teológica defendida pela maioria dos teólogos atuais, de que as aparições não são obrigatórias, falando em termos de estudo teológico da atualidade, é perfeitamente passível de questionamento, e, inclusive, daria uma boa tese de doutoramento. É um posicionamento que pode ser mudado. Não é Dogma de Fé. Gostaria de finalizar este ponto dizendo o seguinte. Jesus tolerou para sempre aquela Igreja oficial da época (o judaísmo) que rejeitou o projeto que suas aparições aos Apóstolos (que também eram videntes) propunha? Claro que não!!! Por causa disso, Deus se retirou do meio daquela Igreja e passou a habitar no meio dos seus videntes, os apóstolos e discípulos, e, assim, surgiu a nossa amada Igreja Católica (Mt 21, 39-45).

Não é objetivo do Profeta Marcos Tadeu, nem de sua Ordem e muito menos de nós, a Milícia da Paz (formada por todos os fiéis seguidores daquele Santuário) provocar um cisma na Igreja. Nós apenas denunciamos os erros (prerrogativa esta, conferida aos leigos pelo próprio Concílio Vaticano II), lutamos para que a devoção a Nossa Senhora, aos santos e anjos seja colocada em seu devido lugar, e que as suas mensagens, e as dos demais santos, e até as de Deus, seja acolhida como nos tempos Bíblicos, pois acreditamos que se isto não for feito, irá se abater gigantescos cataclismos sobre a Terra, de uma tal magnitude que nunca houve, nem jamais haverá. Acreditamos que esta “palavra de Deus” transmitida nas aparições é o caminho e a única forma de salvar o mundo, e qualquer obra, ou pessoa, que ensine ou faça diferente do que elas dizem, é desprezada por nós. O motivo para isto é muito simples. Desde tempos remotos, as Aparições de Nossa Senhora (inclusive as não aprovadas pela Igreja) vêm dizendo o que aconteceria ao mundo se esta “palavra de Deus” não fosse obedecida. Resultado, tudo o que elas disseram, em um passado remoto, está se cumprindo na atualidade. Então, não há outra conclusão a se fazer, a não ser admitir que elas eram verdadeiras, e que o clero errou. Aliás, o histórico de erro do clero é algo realmente interessante. Basta citar a condenação que pesou durante 20 anos sobre as Santas Aparições de Jesus Misericordioso à Santa Faustina, e não foi por um “bispozinho” qualquer. Foi pelo próprio papa da época. Se não fosse a atuação do então Cardeal Karol Józef Wojtyła, futuro Papa João Paulo II, estas aparições estariam condenadas até os tempos atuais, e, certamente, você seria um grande opositor delas, não é? Infelizmente, como atualmente o número de Cardeais, e clérigos em geral, com este nível de espiritualidade é praticamente nulo... tadinha das aparições... snif. Praticamente nenhum deles entende de Teologia Mística, o estudo apropriado para se avaliar as aparições e estudá-las.

Além do mais, as aparições de La Salette, Lourdes e Fátima, para quem conhece mais a fundo sua história, verá que elas na verdade não foram aceitas pelo clero. Muito pelo contrário, este as combateu com todas as suas forças. Na realidade, o que ocorreu, é que os fiéis praticamente as fizeram descer goela abaixo na garganta do clero, de tal modo, que eles não tiveram outra opção a não ser aprová-las. E, mesmo nestas que foram aprovadas, o estrago que o clero fez é algo incomensurável. Não as divulgou como deveria; se o corpo incorrupto de Santa Bernadete estivesse no Santuário de Lourdes iria converter milhões de fiéis, no entanto está praticamente escondido no convento de Nevers; o corpo incorrupto de Santa Jacinta foi escondido dos fiéis; a esmagadora maioria dos vaticanistas da Itália é de acordo que, até hoje, o terceiro segredo de Fátima não foi revelado em sua integralidade; a consagração da Rússia não foi feita como Nossa Senhora pediu até os dias atuais, etc... E isso, só para citar os danos que me vem à mente neste momento.

No Santuário das Aparições de Jacareí, o Profeta Marcos está resgatando tudo aquilo que a Igreja e a sociedade tanto se esforçaram para extinguir, os escapulários, medalhas, mensagens, enfim, a salvação do mundo que Nossa Senhora nos revelou e ofereceu com tanto amor ao longo de suas aparições na história. Sem dúvida, lá está se cumprido a passagem da Escritura na qual se diz: “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas...” Mt 13,52 É uma nova aparição que resgata todas, até as mais antigas. Portanto, se ainda quiserem seguir a doutrina da cabeça deste cara de que não precisamos de aparições, o problema é de vocês. Aliás, se formos pensar bem, porquê Deus, Nossa Senhora os anjos e os santos apareceriam, né? Afinal de contas, nosso mundo está uma verdadeira maravilha, não é? Não temos problemas de droga, prostituição, corrupção, degradação moral, depressão, decadência da Igreja, violência, roubos, assassinatos, guerras, miséria..., todos os sacerdotes são verdadeiros Serafins de santidade, enfim, o Vaticano está dando conta do recado... Só não está apresentando um desempenho melhor devido a um “pequeno” probleminha de tráfico de influência entre os altos clérigos, desvio de verbas do banco do Vaticano, looby gay entre os padres, pedofilia generalizada, um papa progressista e comunista..., mas, afinal de contas, são probleminhas fáceis de serem solucionados, né? É... Em um mundo maravilhoso e em ótimo funcionamento como esse, realmente não entendo o motivo de tantas aparições..."