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“Tu, que te sentes como que arrastado para longe da terra,
ao sabor das ondas deste mundo,
em meio às tempestades e aos furacões,
não cesses de voltar o olhar à luz desta estrela, se não quiseres ser submergido.
Se ergue o vento das tentações
ou se ergue na tua rota
o escolho das tribulações,
olha a estrela, invoca Maria.
Se és sacudido pelas ondas do orgulho,
da ambição, da maledicência, do ciúme,
olha a estrela, invoca Maria.
Se a cólera, a avareza, os desejos impuros
sacodem o pequeno barco da tua alma,
olha Maria.
Se, perturbado pela enormidade dos teus pecados,
humilhado pelas misérias da tua consciência,
apavorado pelo temor do juízo,
começas a entristecer-te,
a deslizar para o desespero,
invoca Maria.
Que o seu nome não saia nunca dos teus lábios,
não saia nunca do teu coração.
E, para conseguir o socorro da sua oração,
Não descuides jamais o exemplo da sua vida.
Seguindo-a, estás seguro de não perder-te;
invocando-a, de não desesperar-te;
consultando-a, de não enganar-te.
Se Ela te sustentar, jamais cairás.
Se Ela te proteger, nada terás a temer.
Se Ela te for favorável, alcançarás a meta...”
São Bernardo de Claraval
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