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domingo, 11 de agosto de 2024

11 de agosto - Dia de Santa Clara de Assis

 

12.02.2019🙏Mensagem de Nossa Senhora, São Judas Tadeu e Santa Clara de Assis a Marcos Tadeu Jacareí

Mensagem de Santa Clara de Assis

“Amado irmão Marcos Tadeu, eu, Clara, Clara de Assis, alegro-me por vir hoje no dia do seu aniversário para te abençoar e para te dizer: eu te amo e sempre te amei... Sempre te amei nos momentos difíceis e sempre estive ao seu lado. Você também seguiu-me pelo caminho da pobreza, assim como eu segui o meu Senhor Jesus pelo caminho da pobreza extrema, o Senhor Jesus também te escolheu para desposar a dama pobreza, a senhora pobreza e seguir pelo caminho da pobreza durante todos esses anos, carregando a cruz depois dele, ajudando-o assim a salvar muitas e muitas almas.

Jesus só escolhe as almas que mais ama para desposarem a dama pobreza... Sim, somente aquelas almas que estão destinadas a serem serafins como Francisco e eu no Céu para ocupar o coro que os anjos que caíram deixaram vazio, somente essas almas são escolhidas para desposar a dama pobreza.

Você foi escolhido para desposá-la e você a desposou!


Sim, você amou a pobreza sempre até hoje e por isso os méritos que você ajuntou no Céu são tão grandes que podem, e salvarão, esta nação, esta Terra de Santa Cruz e muitas e muitas almas.

Sim... A salvação do Brasil de tantos males que o assolaram nos últimos anos, se deve ao sacrifício da sua pobreza oferecido com tanta paciência e amor ao Senhor pela salvação das almas...

Continue meu querido irmão, continue amando sempre a senhora pobreza, a dama pobreza pela qual a alma se purifica, se eleva, se santifica e se torna semelhante ao próprio Jesus que durante toda sua vida, teve por sua consorte unicamente a cruz e a pobreza.

A alma então se torna semelhante à nossa Rainha Santíssima que por toda a vida dela sempre teve por companheira e mestra, amiga inseparável e maior bem, a dama pobreza, a senhora pobreza. Então, você verdadeiramente crescerá rapidamente na santidade e com estes méritos você salvará tantas e tantas almas, que somente por este sacrifício de amor poderão ser salvas.

Eu te amo e sempre te amei... Estive sempre ao seu lado e nunca o abandonei... Nos momentos mais difíceis, sempre estive ao seu lado e aqui vou guiar você e todos esses meus amados irmãos pelo caminho da santidade, do amor, da oração, da obediência a Deus que os levará seguramente à salvação. Eu te amo e sempre te amei ! E assim, como sempre ajudei Francisco na obra de salvação que o Senhor confiou a ele, sempre te ajudarei, sempre te ampararei e nunca te deixarei...


Meu amado irmão, se você soubesse... a minha Rainha Santíssima me revelou a sua existência quando eu ainda estava em Assis na Terra... Sim, e ela me pediu que eu oferecesse todos os meus sacrifícios, jejuns e, sobretudo, a minha pobreza em São Damião para você. Sim, pela sua intenção, por você e também na minha última doença, a Mãe de Deus pediu-me que eu oferecesse aquela dolorosíssima enfermidade por você, que era mais causada pelo amor do que por qualquer outro agente natural....

Sim! Morri de amor por você... Verdadeiramente, eu morri de amor por você que tanto amo e que tanto...tanto... tanto protejo.


Por isso, seja feliz! E nunca, nunca se esqueça: sempre te amei e sempre te amarei...


A você e a todos os meus amadíssimos irmãos aqui, agora abençoo generosamente de: de Assis, de São Damião e de Jacareí...

A paz a todos... A paz a você Marcos. Seja também ‘claro’ como eu, ‘luminoso’... Irradie a luz da Mãe de Deus e do Senhor Jesus para o mundo! Sempre clarearei a sua vida, quanto mais você me amar! Eu sou Clara de Jesus, Clara de Maria, Clara de Francisco e Clara de Marcos Tadeu!!

12.05.2019🙏Mensagem de Nossa Senhora e Santa Clara a Marcos Tadeu nas Aparições de Jacareí

Mensagem de Santa Clara de Assis nas Aparições de Jacareí em 12/05/2019

Santa Clara de Assis

“Meus queridos irmãos, sejam pobres de espírito banindo dos corações de vocês todo desejo dos bens terrenos e dos prazeres terrenos para que então, verdadeiramente, Deus possa encher os corações de vocês com a graça e os bens celestiais dele.

Sejam verdadeiramente pobres de espírito, banindo dos corações de vocês todo apego às criaturas, todo apego ao dinheiro, ao luxo, a vaidade, ao cuidado exagerado com as coisas do dia a dia, as coisas mundanas, confiando sempre em Deus, fazendo da parte de vocês todo o possível, mas tudo esperando de Deus como se nada dependesse de vocês e tudo do Senhor, para que assim, verdadeiramente, vocês cresçam na infância espiritual e também na total dependência do amor de Deus que abrirá para vocês a porta de tantas graças como abriu para mim.

Sejam pobres de espírito renunciando aos desejos de vocês para fazerem a vontade do Senhor. Assim, vocês morrerão todos os dias sempre mais para si mesmos e viverão só, e cada vez mais para o Senhor.

Sejam pobres de espírito, por fim, renunciando a própria vontade e dando a Deus o governo de todo o ser de vocês, dizendo sempre sim como a nossa Rainha Santíssima sempre disse, como os Pastorinhos de Fátima disseram e como eu própria também, sempre disse ao Senhor. Então, verdadeiramente, vocês serão completamente do Senhor. Serão completamente livres do mundo, serão totalmente dele! E na pobreza de vocês, ele poderá mostrar o seu poder, a sua glória, a sua força, como mostrou através de mim e de meu santo pai Francisco. E então, verdadeiramente, o mundo conhecerá o valor da santa pobreza, que longe de tornar o homem infeliz e de privá-lo da felicidade e dos prazeres, torna-o livre! Livre de toda a escravidão às coisas desse mundo e o homem enfim, pode saborear, pode sentir a felicidade da liberdade dos filhos de Deus.

Então, como um pássaro: Livre! Poderá voar velozmente na direção do céu do amor e como uma águia veloz, cada vez mais subirá em direção ao sol eterno do amor divino e quanto mais se aproximar desse sol, mais adquirirá o dourado dos seus raios luminosos. E a alma então será bela, valiosa! Será verdadeiramente preciosa aos olhos de Deus e então, a sua beleza, o seu valor, a sua santidade atraíra os olhos do Altíssimo e ele derramará não só sobre ela, mas sobre toda a Terra, uma chuva abundante de graça e santidade,... salvação, paz e amor!

Por fim, sejam pobres de espírito como eu, vivendo unicamente o dia de hoje e procurando amar a Deus com o máximo de amor, servi-lo com o máximo de dedicação e perfeição somente hoje. Para que assim, meus irmãos, vivendo um dia de cada vez, a cada dia vocês irão crescendo cada vez mais na perfeita santidade que agrada e alegra o Senhor.

Eu, Clara, amo muito a todos vocês e sempre estou no trono do Senhor e da minha Rainha Santíssima rezando por vocês, mas especialmente rezo por você: meu amadíssimo Marcos! Como amo a sua pobreza de espírito! Desde o começo das aparições você baniu do seu coração todo amor das riquezas, todo desejo delas, dos bens terrenos, das honras, da fama, da estima das criaturas e só quis o amor da nossa Rainha Santíssima. Por isso, a sua alma é bela para ela, é preciosa e quanto mais você sobe na direção do sol deste amor, mais as penas desta águia real que você é, tomam o dourado dos seus raios luminosos e a sua alma se torna bela, preciosa para o Senhor!

Como amo a sua pobreza de espírito, esquecendo sempre de você mesmo para pensar só na nossa Rainha, nos planos dela e na salvação dos filhos dela. E nada, nada cumulando para você, mas só procurando acumular méritos para ajudar aos seus irmãos e especialmente a alma que você mais ama no mundo que é o pai que ela deu a você.

Como amo esta sua pobreza de espírito: Não tem nada e dá tudo!

É isso que eu desejo: que você verdadeiramente continue a ser tudo para todos! E então, o Senhor reinará em todos e o seu reino de amor se estabelecerá e não haverá mais adversário que poderá derrubá-lo.

Rezo tanto por ti! Segue na verdadeira pobreza de espírito, para que assim a Mãe de Deus que já tanto te encheu dos bens celestiais, ainda mais te encha e do seu coração transborde esta riqueza incomensurável sobre toda a Terra.

Rezo também especialmente por ti, meu amadíssimo irmão Carlos Tadeu. Também te acompanho, te protejo e te defendo. Seja também sempre muito pobre de espírito, porque quanto mais pobre você for da Terra, mais rico será do Céu.

Eu te acompanho e nunca te deixo.


 
Sim, reze a mim! Estou atenta a voz das suas súplicas! A cada dia 24 de cada mês virei do Céu para te dar uma bênção especial às 7 horas da noite. E também no dia de Natal e no dia da minha festa, te darei verdadeiramente uma graça especial que será extensiva a qualquer pessoa que você me apresentar.

Eu te amo tanto e nunca te deixarei.

Eu te abençoo e abençoo a todos os meus irmãos aqui: de Assis, da Porciúncula e de Jacareí.”

Nossa Senhora Rainha e Mensageira da Paz:

“Até breve, meus filhos, rezem 10 terços pela paz do mundo e pela salvação do Brasil. Até breve!”





Santa Clara de Assis
1193-1253
Fundou a Ordem das Clarissas 

Clara nasceu em Assis, no ano 1193, no seio de uma família da nobreza italiana, muito rica, onde possuía de tudo. Porém o que a menina mais queria era seguir os ensinamentos de Francisco de Assis. Aliás, foi Clara a primeira mulher da Igreja a entusiasmar-se com o ideal franciscano. Sua família, entretanto, era contrária à sua resolução de seguir a vida religiosa, mas nada a demoveu do seu propósito.

No dia 18 de março de 1212, aos dezenove anos de idade, fugiu de casa e, humilde, apresentou-se na igreja de Santa Maria dos Anjos, onde era aguardada por Francisco e seus frades. Ele, então, cortou-lhe o cabelo, pediu que vestisse um modesto hábito de lã e pronunciasse os votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência.
Depois disso, Clara, a conselho de Francisco, ingressou no Mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas, para ir se familiarizando com a vida em comum. Pouco depois foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde Inês, sua irmã de sangue, juntou-se a ela.

Pouco tempo depois, Francisco levou-as para o humilde Convento de São Damião, destinado à Ordem Segunda Franciscana, das monjas. Em agosto, quando ingressou Pacífica de Guelfúcio, Francisco deu às irmãs sua primeira forma de vida religiosa. Elas, primeiramente, foram chamadas de "Damianitas", depois, como Clara escolheu, de "Damas Pobres", e finalmente, como sempre serão chamadas, de "Clarissas".

Em 1216, sempre orientada por Francisco, Clara aceitou para a sua Ordem as regras beneditinas e o título de abadessa. Mas conseguiu o "privilégio da pobreza" do papa Inocêncio III, mantendo, assim, o carisma franciscano. O testemunho de fé de Clara foi tão grande que sua mãe, Ortolana, e mais uma de suas irmãs, Beatriz, abandonaram seus ricos palácios e foram viver ao seu lado, ingressando também na nova Ordem fundada por ela.
A partir de 1224, Clara adoeceu e, aos poucos, foi definhando. Em 1226, Francisco de Assis morreu e Clara teve visões projetadas na parede da sua pequena cela. Lá, via Francisco e os ritos das solenidades do seu funeral que estavam acontecendo na igreja. Anteriormente, tivera esse mesmo tipo de visão numa noite de Natal, quando viu, projetado, o presépio e pôde assistir ao santo ofício que se desenvolvia na igreja de Santa Maria dos Anjos. Por essas visões, que pareciam filmes projetados numa tela, santa Clara é considerada Padroeira da Televisão e de todos os seus profissionais.

Depois da morte de são Francisco, Clara viveu mais vinte e sete anos, dando continuidade à obra que aprendera e iniciara com ele. Outro feito de Clara ocorreu em 1240, quando, portando nas mãos o Santíssimo Sacramento, defendeu a cidade de Assis do ataque do exercito dos turcos muçulmanos.



No dia 11 de agosto de 1253, algumas horas antes de morrer, Clara recebeu das mãos de um enviado do papa Inocêncio IV a aguardada bula de aprovação canônica, deixando, assim, as sua "irmãs clarissas" asseguradas. Dois anos após sua morte, o papa Alexandre IV proclamou santa Clara de Assis. 

Santa Clara de Assis (em italiano, Santa Chiara d'Assisi) nascida como Chiara d'Offreducci em Assis (Itália), no dia 16 de Julho de 1194, e falecida em Assis, no dia 11 de Agosto de 1253, foi a fundadora do ramo feminino da Ordem Franciscana.

Segundo a tradição, o seu nome vem de uma inspiração dada à sua religiosa mãe, de que haveria de ter uma filha que iluminaria o mundo.

Pertencia a uma nobre família e era dotada de grande beleza.

Destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos, tanto que, ao deparar-se com a pobreza evangélica vivida por São Francisco de Assis, foi tomada pela irresistível tendência religiosa de segui-lo.

Enfrentando a oposição da família, que pretendia arranjar-lhe um casamento vantajoso, aos dezoito anos Clara abandonou o seu lar para seguir Jesus mais radicalmente.
Para isto foi ao encontro de São Francisco de Assis na Porciúncula e fundou o ramo feminino da Ordem Franciscana, também conhecido por "Damas Pobres" ou Clarissas. Viveu na prática e no amor da mais estrita pobreza.

O seu primeiro milagre foi em vida, demonstrando a sua grande fé. Conta-se que uma das irmãs da sua congregação havia saído para pedir esmolas para os pobres que iam ao mosteiro.

Como não conseguiu quase nada, voltou desanimada e foi consolada por Santa Clara que lhe disse: "Confia em Deus!".

Quando a santa se afastou, a outra freira foi pegar no embrulho que trouxera e não conseguiu levantá-lo, pois tudo havia se multiplicado.

Em outra ocasião, aquando da invasão de Assis pelos sarracenos, Santa Clara apanhou o cálice com hóstias consagradas e enfrentou o chefe deles, dizendo que Jesus Cristo era mais forte que eles.
Os agressores, tomados de repente por inexplicável pânico, fugiram. Por este milagre é que Santa Clara segura o cálice na mão.

Um ano antes de sua morte em 1253, Santa Clara assistiu a Celebração da Eucaristia sem precisar sair do seu leito.

Neste sentido é que é aclamada como protetora da televisão.

Diversos episódios da vida de Santa Clara e São Francisco compõem os Fioretti de São Francisco.

Escrito muito anos após a morte de ambos, é dificl atestar a correção destes relatos, mas, com certeza, retratam bem o espírito de ambos e os primeiros acontecimentos quando da criação das Ordens Franciscanas.

Irmã Clara de Assis e as Senhoras Pobres

O estilo de vida de Francisco não poderia ser privilégio dos homens. Muitas mulheres escutavam sua pregação, observavam seu estilo de viver o Evangelho e também queriam essa oportunidade. Uma delas foi Clara.

Nasceu Clara em torno de 1193 em Assis, filha de Ortolana di Fiumi e Faverone Offreduccio.

Recebera da mãe uma sólida religiosidade e do pai a força de caráter. Tinha mais três irmãs e um irmão. A caçula era Inês.

Francisco a conhecia de vista, pois em Assis todos se conheciam.

Admirava nela os longos cabelos dourados e seus olhos decididos. Quando queria uma coisa, era porque queria.
Aos 18 anos, Clara ouviu Francisco pregar os sermões da Quaresma na igreja de São Jorge, em Assis.


As palavras dele inflamaram tanto seu coração, que o procurou em segredo, pois também ela desejava viver "segundo a maneira do santo Evangelho".

Francisco lhe falou sobre o desprezo do mundo e o amor de Deus, e fortaleceu-lhe o desejo nascente de abandonar tudo por amor a Cristo.

Encerrou a conversa dizendo: "Quero contar-te um segredo, Clara: desposei a Senhora Pobreza e quero ser-lhe fiei para sempre".

Clara respondeu que "queria viver a mesma vida, a mesma oração e sobretudo a mesma pobreza".

Acompanhada de Bona di Gueifuccio, amiga íntima, para escutar Francisco passou a freqüentar a capela da Porciúncula. Estava decidida a viver o Evangelho ao pé da letra.
Mas, como sair de casa?

Francisco e os irmãos ensinaram-lhe o modo.

O dia 18/19 de março de 1212 era Domingo de Ramos. Rica e belamente vestida, Clara participou da Missa da manhã.

Não havia meio de sair desapercebida do castelo de seus pais, mas encontrou a única saída possível pela porta de trás do palacete: a saída dos mortos.

Toda casa medieval tinha esta saída, por onde passava o caixão dos defuntos.

À noite, quando todos dormiam, a nobre jovem Clara de Favarone fugiu de casa por esse buraco, percorrendo uma milha fora da cidade, até chegar à Porciúncula, onde foi recebida com muita festa pelos irmãos franciscanos, que tinham ido ao seu encontro com tochas acesas e a acompanharam até à porta da igreja.


CLARA RECEBENDO O VÉU DE FRANCISCO


Ali se desfez das vestes elegantes e São Francisco, com uma grande tesoura, lhe corto os cabelos, causando-lhe dó cortar tão maravilhosacabeleira.

Em seguida, deu-lhe o hábito da penitência: uma túnica de aniagem amarrada em volta por uma corda e um par de tamancos de madeira. Clara se consagrou pelos três votos: pobreza, obediência e castidade.
Os familiares, enfurecidos, foram procurá-la. Entrando na capela, viram Clara agarrada ao p do altar Puxaram-na com tanta força que arrancaram o véu, percebendo então a cabeça raspada Concluíram que nada mais poderiam fazer Não conseguiriam mudar-lhe a idéia.
Como Francisco não tinha convento para freiras, irmã Clara ficou alguns dias no mosteiro de São Paulo e algumas semanas no mosteiro beneditino de Panzo.

Por fim, recolheu-se a São Damião, numa casa pobre contígua à capela, onde ficou at sua morte em 1253.

Seguiu-a na vocação a irmã Inês, 16 dias depois, e mais tarde sua irmã Beatriz e a mãe Ortolana.

A obra tornou-se conhecida e diversas mulheres e jovens vieram fazer-lhe companhia.

Ficaram conhecidas como as Senhoras Pobres, ou Irmãs Clarissas.

Em pouco tempo, havia mosteiros em diversas localidades da Itália, França, Alemanha.

Inês, filha do rei da Boêmia também fundou um convento em Praga, e ela mesma tomou o hábito. 

As Senhoras Pobres e a pobreza

CLARA COM SUAS IRMÃS REZANDO PARA QUE DEUS PROTEJA ELAS E A CIDADE DE ASSIS DOS SARRACENOS

Clara e sua comunidade praticavam austeridades desconhecidas entre as mulheres da época: não usavam meias, sapatos, ou qualquer outra proteção para os pés.

Dormiam no chão: a cama era um monte de baraços de videira e o travesseiro uma acha de lenha. Observavam a abstinência completa de carnes, e falavam apenas quando obrigadas pela necessidade e pela caridade.

Clara aconselhava o silêncio como meio de evitar os pecados da língua e de conservar a mente sempre concentrada em Deus. Jejuava tanto que Francisco teve de obrigá-la a não passar um dia sequer sem comer ao menos um pedaço de pão.
Clara mesmo percebeu seu exagero e mais tarde escreveu para Inês da Boêmia:
"Nossos corpos não são feitos de bronze e nossas forças não são iguais à da pedra; por isso vos imploro, no Senhor, que vos abstenhais desse rigor excessivo da abstinência que praticais".

Como Francisco, Clara não aceitava qualquer propriedade.

Quando o Papa Gregório IX lhe ofereceu uma renda, Clara protestou veementemente, dizendo:

"Eu preciso ser absolvida dos meus pecados, mas não desejo ser absolvida da obrigação de seguir a Jesus Cristo".

Em 1228, o Papa lhe concedeu o "Privilégio da Pobreza". Tinha sido um pedido insistente de Clara.

Na Cúria romana, onde se pediam privilégios de títulos, propriedades, honrarias, causou até espanto alguém pedindo o "privilégio de ser pobre".

Clara e Francisco conheciam a alma do mundo e sabiam que qualquer exceção à regra da pobreza desencadearia sua negação. Francisco o exemplificou com o caso do livro que um frade queria ter: primeiro se quer um livro, depois mais livros, depois uma estante, vem uma biblioteca, segue-se uma casa para guardá-la e, adeus pobreza evangélica.

Mais tarde, em 1247, o papa Inocência IV queria impor às Senhoras Pobres uma Regra que de certo modo permitisse a propriedade comum. Preocupada, Clara mesma redigiu uma Regra, lembrada de tudo o que vira e aprendera com Francisco.

E pede, por amor de Deus, que concedam ao Convento de São Damião o "Privilégio da Pobreza".

Esta Regra foi aprovada dois dias antes de sua morte, valendo o privilégio para São Damião. Para os outros conventos, permitiu-se uma espécie de propriedade comum.

Francisco e Clara, amizade de Santos


A obra de Clara estava sempre no coração de Francisco.

Muitas vezes ele enviou doentes e enfermos que ela conseguia curar à força de delicados cuidados.
Apesar de sua humildade, Francisco era obrigado a reconhecer a grande admiração que Clara e as outras irmãs tinham por ele. Era uma admiração espiritual, mas também humana.

Para evitar qualquer tipo de dependência e para deixá-las totalmente livres dele, passou a visitá-las cada vez mais raramente.

As irmãs sofriam sua ausência e alguns frades acharam que isso era falta de caridade, mas Francisco disse que a finalidade da ausência era "no futuro não haver nenhum intermediário entre Cristo e as irmãs".

Após longa ausência e depois de muitos pedidos das irmãs, num dia Francisco aceitou ir pregar em São Damião.

Entrou na igreja e ficou um momento de pé, rezando de olhos levantados para o céu. Depois pediu um pouco de cinza. Com ela desenhou um círculo à sua volta e o resto passou na cabeça.

E então rompeu o silêncio, não para pregar, mas para rezar o Salmo da Penitência (Sl 50).

Depois foi embora, feliz por ter ensinado à Clara e às irmãs que nada mais podiam ver nele do que um pecador que fazia penitência.

Em março de 1225, já muito doente, Francisco visitou Clara em São Damião e manifestou o desejo de ali permanecer, mas a doença exigia tratamentos em outros lugares.

Foi ali, sofrendo terrivelmente com a doença e o barulho dos ratos que lhe impediam o sono, que explodiu num hino de alegria ao Criador, o "Cântico do Irmão Sol".

Foi no jardinzinho de Clara, e pela última vez, que os dois conversaram. No ano seguinte morreu o pai Francisco e Clara viveu mais 27 anos na paz e na saudade de Francisco.
Clara de Assis, mãe e adoradora

A si própria Clara gostava de se denominar "uma plantinha do bem-aventurado pai Francisco".

Ela nunca deixou os muros do convento de São Damião.

Designada abadessa (superiora) por Francisco, em 1215, Clara dirigiu o convento durante 40 anos.

Sempre quis ser serva das servas, submissa a todas e beijando os pés das irmãs leigas quando regressavam do trabalho de esmolar, servindo à mesa, assistindo aos que estivessem doentes.
Enquanto as irmãs descansavam, ela ficava em oração e as cobria, caso as cobertas lhes caíssem.

Saía da oração com o semblante tão iluminado que chegava a ofuscar a vista das que a olhavam. Falava com tanto fervor que chegava a inflamar os que mal ouviam sua voz.

A exemplo de Francisco, nutria fervorosa devoção ao Santíssimo Sacramento.

Mesmo quando estava doente e acamada (esteve sempre doente nos últimos 27 anos de vida), ficava confeccionando belos corporais e toalhas para o serviço do altar, que depois distribuía pelas igrejas de Assis.

A força e a eficácia poderosa de sua oração pode ser sentida em 1244, quando o imperador Frederico II atacou o vale de Espoleto, tendo a seu serviço um exército de sarracenos.

Lançaram-se ao saque de Assis, e como São Damião ficava fora dos muros, resolveram começar por ali.

Embora muito doente, Clara fez colocar o Santíssimo num ostensório, bem à vista do inimigo.

E Clara orou com grande fervor, pedindo a Cristo que salvasse suas irmãs do saque e do estupro.

Em seguida, orou pela cidade de Assis. No mesmo instante, o terror se apoderou dos assaltantes, que fugiram em debandada.

A morte de uma Santa

Clara suportou os longos anos de enfermidade com sublime paciência. Em 1253, teve

início uma longa e interminável agonia. O papa Inocêncio IV deu-lhe duas vezes a absolvição com o perdão dos pecados, e comentou:

"Queira Deus que eu necessitasse de perdão tão pouco assim".

Doente e pobre, as mais altas autoridades da Igreja sentiam sua sabedoria e santidade e vinham aconselhar-se com ela em São Damião.

Durante os últimos 17 dias não conseguiu tomar nenhum alimento. A fé e a devoção do povo aumentavam cada vez mais.

Diariamente cardeais e prelados chegavam para visitá-la, pois todos tinham certeza de que era uma santa que estava para morrer

Irmã Inês, sua irmã, estava presente, bem como os três companheiros de Francisco, os freis Leão, Ângelo e Junípero. Vendo que a vida de Clara estava chegando ao fim, emocionados, leram a Paixão de Jesus segundo João, como tinham feito 27 anos antes, na morte de Francisco.

Clara consolou e abençoou suas filhas espirituais. E, para si, disse: "Caminhas pois tens um bom guia. ó Senhor, eu vos agradeço e bendigo pela graça que vos conceder-me de poder viver'.

E foi recebida na corte celeste. Era Senhora Pobre, tinha 60 anos de vida.

Dois anos após sua morte, o papa Alexandre IV canonizou-a em Anagni. Era o ano de 1255.

Corpo de Santa Clara
mumificado com uma camada de cera.


Basílica de Santa Clara, Assis


Santa Clara recebida por Francisco e seus irmãos


MILAGRES DE SANTA CLARA, LEIA



A Virgem Maria e Santas Virgens aparecem para Clara antes de sua morte 


Clara com o Santíssimo em oração expulsa os sarracenos 

 

Bênção de Santa Clara: 

O Senhor vos abençoe e vos proteja! 
O Senhor faça resplandecer sobre vós a sua face! 
O Senhor vos dê sua misericórdia! 
O Senhor volva para vós seu olhar e vos dê a paz! 
O Senhor derrame sobre vós as suas bênçãos e no céu vos coloque entre os santos! 
O Senhor esteja sempre convosco 
e vós estejais sempre com ele! 
Amém! 


O Bispo Guido no Domingo de Ramos 

dando o ramo na mão de Clara como sinal 

de que ela pode fugir

Relíquia dos cabelos de Clara 

Clara vendo o corpo morto de Francisco 

 

Relíquias: 

túnica de Francisco 

vestido da fuga de Clara 

túnica de Clara 

Frnacisco corta os cabelos de Clara 
Milagre de Santa Clara 
salva menino de lobo feroz 


 

Santa Clara e Santa Isabel da Hungria 

Relíquia : túnica de Santa Clara 
Milagre de Santa Clara diante do Papa: 

Clara benze os pães e neles aparecem uma cruz.