sábado, 21 de outubro de 2023

21 DE OUTUBRO - BEATO BARTOLO LONGO


Numa manhã de outubro de 1872, um homem ainda jovem, profundamente preocupado, passeia pelos arredores de Pompéia. Nada lhe importam as históricas ruínas da cidade sepultada pela erupção do Vesúvio no ano de 79. Uma dúvida o atormenta: "Depois de uma vida péssima, arrependi-me e encetei o caminho da conversão. Mas... conseguirei salvar minha alma?" 

Em determinado momento, uma voz interior lhe fala no fundo da alma: 

"Se queres salvar-te, propague a devoção do Rosário. 

É uma promessa da Santíssima Virgem Maria".

Num sobressalto de júbilo, ele levanta o rosto e as mãos para o Céu e brada: 

"Ó Maria, se é verdade que prometeste a São Domingos que quem difunde o Rosário se salva, eu me salvarei, porque não sairei desta terra de Pompéia sem ter aqui propagado essa santa devoção".


Nesse instante soa o velho sino da igreja próxima, para o Ângelus de meiodia. O homem ajoelha-se, reza e chora. Chora

O corpo do Beato Bártolo Longo, na cripta do Santuário


de alegria, pois compreende que a Rainha dos Apóstolos acabava de lhe dar uma grande missão.

No coração de Bártolo Longo estava plantada a semente do futuro Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, centro internacional de irradiação dessa devoção mariana, e sede de várias obras de beneficência e de formação da juventude.

O reitor do Santuário, Pe. Francesco Soprano, o vice-reitor, Pe. Gennaro Gargiulo, e a chefe do departamento de imprensa, Dra. Loreta Somma, contam para nossa Revista a história do fundador dessa Instituição.

Vivacidade, inteligência e piedade

Bártolo Longo nasceu em 10 de fevereiro de 1841, em Latiano (Itália), e foi batizado três dias depois. Sua infância decorreu piedosa e feliz. Desde tenra idade, manifestou-se muito inteligente, de caráter ardente e decidido. Ele mesmo se definiu como "um menino vivaz, impertinente e quase travesso". Sabia imitar na perfeição os gestos, os sotaques e outras características das pessoas que conhecia.

A par disso, dava mostras de verdadeira piedade. Ouvindo tocar o sino anunciando a hora do Ângelus, interrompia imediatamente qualquer brinquedo e corria para rezá-lo junto de sua mãe. Quando fez a Primeira Comunhão, ficou imóvel durante uma hora e meia, agradecendo essa graça inapreciável. Uma pessoa indiscreta quis interrompê-lo e recebeu esta resposta: "A ação de graças a Jesus, que chega pela primeira vez, deve ser bem feita!"

Deixou de rezar... rolou no extremo do mal

Com todas essas qualidades, concluiu de forma brilhante seus estudos primários e secundários, recebendo aos 17 anos o diploma que o credenciava ao curso superior.

Todavia, nele se realçava sobretudo o temperamento apaixonado. Bártolo não era homem de meios-termos. Sua estrutura psíquica o conduziria ou ao extremo do bem, ou ao do mal.

Decidiu estudar direito em Nápoles. Longe de ser propícia à fé católica, a época era de negação e até mesmo de luta aberta contra a Santa Igreja. O racionalismo e o anti-clericalismo faziam devastações no meio da juventude. Professores ímpios usavam as cátedras universitárias para difundir filosofias atéias.

Nessa conjuntura, Bártolo dedicou-se com ardor aos estudos, às diversões, à música (tocava piano). Inteligente, elegante e de boas maneiras, vivia cercado de muitos amigos.

Não lhe sobrava tempo para a oração... Deus, a Virgem Maria, foram-se apagando até desaparecer de sua memória. Quando terminou seu curso de Direito, em 1864, estava inteiramente desorientado pelas teorias filosóficas do materialismo e do racionalismo.

Não parou aí. A perda da fé na divindade de Jesus criou em sua alma um vazio que ele procurou preencher recorrendo ao espiritismo. Extremista por natureza, tornou-se inimigo acirrado da Santa Igreja. Pronunciava conferências anticlericais e organizava manifestações públicas contra a religião.

Tal era seu ódio que decidiu fazerse "sacerdote" do espiritismo e submeteu- se a um duro regime de jejuns e mortificações corporais, com o objetivo de fazer uma consagração radical ao demônio.

Uma Confissão bem feita

Entretanto, por paradoxal que seja, durante todo esse negro período o jovem Bártolo não cessou de rezar o Rosário e, fato mais extraordinário ainda, conservou a virtude da castidade.

Se falsos amigos o arrastaram à perda da Fé, amigos autênticos foram instrumentos da Providência para reconduzi- lo à Casa Paterna.

Um destes, o Prof. Vincenzo Pepe - que Bártolo qualifica como "o amigo de minha alma, que o Senhor pôs a meu lado em todos os momentos críticos e decisivos de minha vida" - não hesitou em, numa hora oportuna, admoestar severamente o jovem advogado por sua péssima vida.

Fecundada pela graça, essa advertência surtiu efeito. Bártolo decidiu procurar o confessionário para se reconciliar com Deus. Dirigiu-se à Igreja do Rosário, em Nápoles, onde foi atendido pelo Pe. Alberto Radente, religioso dominicano. Era dia da festa do Sagrado Coração de Jesus, em 1865.

O Beato Bártolo Longo apresenta ao Papa Leão XIII a maquete do San-
tuário de Pompéia (afresco desse Santuário)


O ex-inimigo da Igreja confessou se com profundo arrependimento. O Pe. Radente ficou maravilhado ante o poder da graça nessa alma, mas só lhe deu a absolvição depois de um mês de encontros para direção espiritual. Bártolo pôde, então, receber a Sagrada Eucaristia. Em seus escritos, ele contará depois: "Foi como fazer de novo a Primeira Comunhão, foi como se eu tivesse recebido um segundo Batismo!"

Inicia-se a grande missão

Bártolo Longo - homem de decisões radicais, como já foi dito - recusou vantajosas propostas de casamento, abandonou a carreira advocatícia e se dedicou às obras de caridade e ao estudo da Religião.
Tornou-se, com isso, alvo de grosseiras chacotas daqueles mesmos que antes aplaudiam e estimulavam suas atividades anti-religiosas. Mas elas produziram como único resultado um ato de reparação: "Devo reparar pelos meus pecados", dizia o convertido.


Algum tempo depois, travou relações com uma nobre dama napolitana, a Beata Catarina Volpicelli, fundadora das Servas do Sagrado Coração de Jesus. Esta o pôs em contato com outras pessoas de grande fervor, entre as quais a Condessa Mariana Fonseca, viúva do Conde de Fusco, proprietária de terras no Vale de Pompéia.

Por esse meio, a Virgem Maria o foi conduzindo para a realização da grande missão para a qual o havia escolhido. Em 1872 a Condessa de Fusco confiou- lhe a administração de suas propriedades nos arredores de Pompéia. Lá chegando, ele ficou profundamente chocado ante a miséria humana e religiosa dos pobres camponeses da região. 

Nada havia ali, a não ser uma pequena igreja, já muito arruinada e tão pobre que não tinha uma imagem sequer.

Sem tardança, dedicou-se à tarefa nobre e humilde de lhes ensinar o Catecismo, e à divulgação do Santo Rosário.


Era a reconquista espiritual do Vale de Pompéia que se iniciava.

Uma obra grandiosa

Cresceu o número dos fiéis, a igrejinha tornou-se insuficiente, tornara-se necessário construir uma maior e mais

acolhedora. Por sugestão do Bispo de Nola, a cuja diocese pertencia Pompéia, Bártolo Longo começou uma campanha de coleta de contribuições. A pedra fundamental foi colocada em maio de 1876.

Choveram as doações, inicialmente de várias cidades italianas, depois, de quase todas as partes do mundo, deixando espantado até mesmo o Beato Bártolo. Nos arquivos do Santuário, conservam-se cinco volumes com quatro milhões de nomes de doadores! 

Em 1894, ainda faltando alguns arremates de construção, o templo foi consagrado. Com o aumento constante do número de peregrinos, foi ampliado alguns anos depois.
Fruto da fé e da caridade de um santo, e das contribuições de milhões de fiéis,
o Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, tornou-se um foco de
irradiação da devoção mariana (acima à direita, a esplendorosa cúpula, e o 
altar-mor; acima, a fachada com o campanário)

Quando, em 5 de outubro de 1926, faleceu Bártolo Longo, sua obra tinha já atingido proporções grandiosas. O Santuário tornara-se um centro internacional de propagação do Rosário, e fora elevado à categoria de Basílica Pontifícia, para onde os peregrinos acorriam aos milhões. E em torno dele estava construída uma cidade mariana, com numerosos institutos de beneficência.

O Beato Bártolo Longo é um dos poucos casos na história da Igreja em que um simples leigo é o fundador de uma comunidade religiosa. Em 1897 ele fundou as Filhas do Rosário de Pompéia, sujeitas à regra da Ordem Terceira de São Domingos, para dedicar-se ao cuidado dos meninos e das jovens. E perto já de terminar sua carreira nesta terra, fundou em 1922 o Instituto Feminino Sagrado Coração.

Na cripta do Santuário pode ser visto o corpo do Beato, posto numa urna de vidro, revestido da capa dos Cavaleiros de Malta.

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DEFESA DAS APARIÇÕES DE JACAREI

DEFESA ÀS APARIÇÕES DE JACAREÍ


(FEITA POR UM PEREGRINO, AO CONTEMPLAR UM VÍDEO FALANDO MAL DAS MESMAS CITADAS ACIMA, E SOBRE A CARTINHA DO BISPO DA ÉPOCA, ALEGANDO QUE AS APARIÇÕES NÃO ERAM VERDADEIRAS)


NÃO SEI QUEM FEZ MAS PRA MIM ESSA PESSOA MERECIA UMA MEDALHA DE HONRA DE NOSSA SENHORA POR ESTA BELA DEFESA

"Quando você diz que devemos dar ouvidos ao que os padres dizem a respeito das aparições de Jacareí, corre em um ledo engano, pois, a “opinião pessoal” deles é que não pode ser elevado ao nível de “dogma de fé”. As cartas de Dom Nelson são muito citadas pelos que latem que estas Sagradas Aparições são falsas. Portanto, mister se faz alguns esclarecimentos. Há duas cartas oficiais onde este indigitado bispo trata da matéria “aparições”. Uma primeira, publicada em 1996, enquanto o mesmo ainda era bispo de São José dos Campos (diocese a qual pertence Jacareí). Nesta, não há menção alguma ao nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, muito menos, excomunhão, há somente algumas orientações pastorais. A segunda, publicada em 2007 e republicada em 2011, realmente traz explicitamente o nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, porém, nesta, a palavra “excomunhão” é sequer mencionada.

Ainda há um probleminha com esta segunda carta. O dito bispo (certamente pela providência de Nossa Senhora) foi transferido para a diocese de Santo André/SP em 2003, e, observem, a segunda carta publicada por ele ocorreu no ano de 2007, quando já havia deixado de ter jurisdição eclesiástica sobre a cidade de Jacareí. Portanto, o mesmo, ao editar esta carta, violou a jurisdição eclesiástica conferida a ele pela Igreja, e, ainda, violentou gravemente a autoridade de Dom Moacir, então, bispo da Diocese de São José dos Campos, que, se quisesse, poderia ter criado o maior caso com isso, pois Dom Nelson desrespeitou frontalmente e atropelou sua autoridade eclesiástica, uma verdadeira afronta. Então eu lhes pergunto, vocês ainda vão dar credibilidade a um documento irregular e eivado de vícios como esse?

Vale lembrar, que não é obrigatório seguir estas cartas circulares dos bispos. Não há heresia nem cisma nisso. Um católico somente pode ser acusado de cismático ou herege se atentar contra os Dogmas de Fé. Que eu saiba, carta circular de bispo não é Dogma de Fé. Como a primeira carta de Dom Nelson não condena as Aparições de Jacareí, e a segunda está irregular, pode-se dizer que não pesa condenação oficial e regular da Igreja sobre estas Santas Aparições. Além do mais, até o presente momento, Dom José Valmor, que atualmente tem jurisdição eclesiástica sobre Jacareí, não fez pronunciamento oficial sobre as mesmas. Documento oficial onde o Profeta Marcos foi excomungado, também é inexistente, portanto, qualquer informação que diga o contrário é fruto de pura “fofoca”.

Ressalto que em Jacareí, realmente, não damos tanta importância aos documentos do Vaticano. O que nós realmente valorizamos é a doutrina que nos foi transmitida pelos santos, como Santo Afonso, São Luiz, Santa Teresa, São João da Cruz, etc... Outro adendo que gostaria de acrescentar, diz respeito ao fato da obrigatoriedade ou não das Sagradas Mensagens Celestiais. A orientação predominante entre os teólogos católicos, de que não é obrigatório seguir as Aparições de Nossa Senhora, se funda em meras opiniões pessoais de alguns clérigos a respeito do assunto. Esta orientação não tem o caráter da infalibilidade papal e muito menos é um Dogma de Fé. Realmente, o catecismo atual traz algo nesse sentido, mas vale lembrar que o mesmo não recebeu o caráter da infalibilidade pelo Concílio Vaticano II. Bem ao contrário do Santo Catecismo do Concílio de Trento. Este sim, recebeu o caráter de infalível. Ocorre que nossa amada Igreja há muito se transviou de uma tradição bíblica milenar, através da qual o “Deus dos Exércitos” sempre manifestou sua vontade ao povo de Israel por meio de suas aparições aos profetas (mesmo fenômeno que ocorre com o, também, profeta Marcos Tadeu, pois os fenômenos miraculosos e de aparições que ocorrem naquele Santuário, são da mesma espécie dos verificados na Sagrada Bíblia).

Ora, nos tempos bíblicos não era através dos fariseus, saduceus, príncipes e doutores da lei (a Igreja oficial da época) que Deus dava as suas diretrizes ao povo eleito, mas sim, através dos profetas, em outras palavras, dos videntes. Nos primórdios do cristianismo, também ocorria assim, pois, a própria origem da nossa amada Igreja se funda nas “aparições” de Jesus aos apóstolos e discípulos. Então, por que esta tradição bíblica foi quebra? Será que é porque as aparições aos profetas cessaram? Errado, pois nos últimos 100 anos ocorreram mais de 1000 aparições de Nossa Senhora, dos santos e anjos, e até de Deus.
A pergunta correta é, por que o clero tenta abafar isso, pois grande parte, senão todas, destas aparições também foram acompanhadas de sinais miraculosos, como, curas inexplicáveis pela ciência, sinais na natureza, etc... Se Deus usava deste expediente nos tempos bíblicos, certamente deveria continuar a usá-lo nos tempos do catolicismo, pois uma grande verdade que a Teologia professa é que Deus é imutável. Não citarei as passagens bíblicas onde Deus manifesta sua vontade através dos videntes/profetas, pois se assim fizesse, teria que citar a Bíblia inteira, pois a própria formação e ensinamentos nela transmitidos se dão por este meio. Gostaria apenas de citar um pequeno exemplo de qual atitude deveremos tomar frente às Aparições de Jacareí, tomando por base a Bíblia. Saulo, quando se dirigia à cidade de Damasco e Jesus lhe “aparece” exclama: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9, 6). Naquela ocasião, Jesus disse a ele para procurar os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! O ordenou que entrasse na cidade de Damasco e ali lhe seria dito o que deveria fazer. Beleza. E quem Deus enviou para Saulo? Os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! Mas Ananias, um vidente. Como eu sei que Ananias era um vidente? As Sagradas Escrituras nos contam que foi uma aparição de Jesus que disse para ele ir procurar Saulo. É só conferir At 9, 10-16ss.

Outro exemplo foi Judas Iscariotes; este preferiu errar com a Igreja oficial da época (lembra né, fariseus e saduceus) que acertar sem ela. Bom... Errou mesmo! E segundo alguns santos místicos, como Maria de Ágreda, sua alma se encontra no inferno. Assim, a posição teológica defendida pela maioria dos teólogos atuais, de que as aparições não são obrigatórias, falando em termos de estudo teológico da atualidade, é perfeitamente passível de questionamento, e, inclusive, daria uma boa tese de doutoramento. É um posicionamento que pode ser mudado. Não é Dogma de Fé. Gostaria de finalizar este ponto dizendo o seguinte. Jesus tolerou para sempre aquela Igreja oficial da época (o judaísmo) que rejeitou o projeto que suas aparições aos Apóstolos (que também eram videntes) propunha? Claro que não!!! Por causa disso, Deus se retirou do meio daquela Igreja e passou a habitar no meio dos seus videntes, os apóstolos e discípulos, e, assim, surgiu a nossa amada Igreja Católica (Mt 21, 39-45).

Não é objetivo do Profeta Marcos Tadeu, nem de sua Ordem e muito menos de nós, a Milícia da Paz (formada por todos os fiéis seguidores daquele Santuário) provocar um cisma na Igreja. Nós apenas denunciamos os erros (prerrogativa esta, conferida aos leigos pelo próprio Concílio Vaticano II), lutamos para que a devoção a Nossa Senhora, aos santos e anjos seja colocada em seu devido lugar, e que as suas mensagens, e as dos demais santos, e até as de Deus, seja acolhida como nos tempos Bíblicos, pois acreditamos que se isto não for feito, irá se abater gigantescos cataclismos sobre a Terra, de uma tal magnitude que nunca houve, nem jamais haverá. Acreditamos que esta “palavra de Deus” transmitida nas aparições é o caminho e a única forma de salvar o mundo, e qualquer obra, ou pessoa, que ensine ou faça diferente do que elas dizem, é desprezada por nós. O motivo para isto é muito simples. Desde tempos remotos, as Aparições de Nossa Senhora (inclusive as não aprovadas pela Igreja) vêm dizendo o que aconteceria ao mundo se esta “palavra de Deus” não fosse obedecida. Resultado, tudo o que elas disseram, em um passado remoto, está se cumprindo na atualidade. Então, não há outra conclusão a se fazer, a não ser admitir que elas eram verdadeiras, e que o clero errou. Aliás, o histórico de erro do clero é algo realmente interessante. Basta citar a condenação que pesou durante 20 anos sobre as Santas Aparições de Jesus Misericordioso à Santa Faustina, e não foi por um “bispozinho” qualquer. Foi pelo próprio papa da época. Se não fosse a atuação do então Cardeal Karol Józef Wojtyła, futuro Papa João Paulo II, estas aparições estariam condenadas até os tempos atuais, e, certamente, você seria um grande opositor delas, não é? Infelizmente, como atualmente o número de Cardeais, e clérigos em geral, com este nível de espiritualidade é praticamente nulo... tadinha das aparições... snif. Praticamente nenhum deles entende de Teologia Mística, o estudo apropriado para se avaliar as aparições e estudá-las.

Além do mais, as aparições de La Salette, Lourdes e Fátima, para quem conhece mais a fundo sua história, verá que elas na verdade não foram aceitas pelo clero. Muito pelo contrário, este as combateu com todas as suas forças. Na realidade, o que ocorreu, é que os fiéis praticamente as fizeram descer goela abaixo na garganta do clero, de tal modo, que eles não tiveram outra opção a não ser aprová-las. E, mesmo nestas que foram aprovadas, o estrago que o clero fez é algo incomensurável. Não as divulgou como deveria; se o corpo incorrupto de Santa Bernadete estivesse no Santuário de Lourdes iria converter milhões de fiéis, no entanto está praticamente escondido no convento de Nevers; o corpo incorrupto de Santa Jacinta foi escondido dos fiéis; a esmagadora maioria dos vaticanistas da Itália é de acordo que, até hoje, o terceiro segredo de Fátima não foi revelado em sua integralidade; a consagração da Rússia não foi feita como Nossa Senhora pediu até os dias atuais, etc... E isso, só para citar os danos que me vem à mente neste momento.

No Santuário das Aparições de Jacareí, o Profeta Marcos está resgatando tudo aquilo que a Igreja e a sociedade tanto se esforçaram para extinguir, os escapulários, medalhas, mensagens, enfim, a salvação do mundo que Nossa Senhora nos revelou e ofereceu com tanto amor ao longo de suas aparições na história. Sem dúvida, lá está se cumprido a passagem da Escritura na qual se diz: “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas...” Mt 13,52 É uma nova aparição que resgata todas, até as mais antigas. Portanto, se ainda quiserem seguir a doutrina da cabeça deste cara de que não precisamos de aparições, o problema é de vocês. Aliás, se formos pensar bem, porquê Deus, Nossa Senhora os anjos e os santos apareceriam, né? Afinal de contas, nosso mundo está uma verdadeira maravilha, não é? Não temos problemas de droga, prostituição, corrupção, degradação moral, depressão, decadência da Igreja, violência, roubos, assassinatos, guerras, miséria..., todos os sacerdotes são verdadeiros Serafins de santidade, enfim, o Vaticano está dando conta do recado... Só não está apresentando um desempenho melhor devido a um “pequeno” probleminha de tráfico de influência entre os altos clérigos, desvio de verbas do banco do Vaticano, looby gay entre os padres, pedofilia generalizada, um papa progressista e comunista..., mas, afinal de contas, são probleminhas fáceis de serem solucionados, né? É... Em um mundo maravilhoso e em ótimo funcionamento como esse, realmente não entendo o motivo de tantas aparições..."