domingo, 22 de julho de 2018

22 de julho - Dia de Santa Maria Madalena

Santa Maria Madalena-Século I
 
Embora fosse apenas uma pecadora famosa de sua cidade, Maria Madalena, nascida em Magdala, na Galiléia, teve uma participação importantíssima na passagem de Jesus pela Terra. Ela foi perdoada publicamente por ele, que a tomou como exemplo de que seu Pai acolhia a todos, desde que chegassem ao arrependimento. Além disso, foi, ainda, a escolhida para ser a primeira testemunha da ressurreição. 

Madalena ouvira falar de Jesus, pois a fama dos milagres dele corria entre o povo. Ele já ressuscitara mortos, devolvera a visão a cegos, colocara voz na boca de mudos e audição nos ouvidos de surdos, além de fazer andar paralíticos e curar doentes de todos os tipos. Assim, no dia em que Jesus participava de um banquete na casa de Simão, o fariseu, Maria Madalena resolveu fazer uma confissão pública de arrependimento, porque o seu pecado era público, como diz a Sagrada Escritura. 



Invadindo o local da ceia, ela não ousou olhar para Jesus. Apenas ajoelhou-se na sua frente, banhou seus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos, num pedido de perdão mudo. Impressionados, os presentes imaginavam que ela fosse ser repudiada pelo Mestre, que, todavia, disse à mulher: "Foram-lhes perdoados os seus muitos pecados, porque você muito amou". Com o coração em paz, ela saiu dali ainda em prantos, mas feliz. A partir desse dia, tornou-se uma das mais fiéis seguidoras do Messias. 

Ela estava ao lado de Maria quando da crucificação do Senhor e, na madrugada da Páscoa, era tanta a saudade que sentia de Jesus que foi chorar à porta do sepulcro. De repente, ouviu a voz, que jamais esqueceria, chamar seu nome. Assim, as profecias cumpriram-se diante de seus olhos. Jesus ressuscitara! 
Está escrito: "No dia da Páscoa, Jesus apareceu a ela e a mandou ir anunciar a sua ressurreição aos discípulos". Depois disso, segundo uma antiga tradição grega, Maria Madalena teria ido viver em Éfeso, onde morreu. Lá, tinham ido morar também João, o apóstolo predileto de Jesus, e Maria, Mãe de Jesus. 







A liturgia bizantina celebra-a como "Apóstola dos Apóstolos", para que continue a sua missão de anunciar a ressurreição do Senhor no seu rito apostólico. Festejada no dia 22 de julho, santa Maria Madalena tornou-se a padroeira de muitas ordens religiosas, sendo venerada até mesmo pelos padres predicadores.





24/07/2006  Maria Madalena

Revelações - 20 Maria Madalena

MARIA MADALENA

Tirado do livro: 'Os Cadernos de 1944' escrito por Maria Valtorta

Grande exemplo do sofrer por amor a Jesus. Exemplo de que o martírio não precisa ser de sangue, quem sabe uma alavanca para os tempos que chegam.

Vejo uma caverna na rocha. Na caverna estão folhas esmagadas sobre uma espécie de padiola feita de ramos entrelaçados e amarrados com juncos. Deve ser uma cama 'cômoda' como um instrumento de tortura. Na gruta ou caverna está também uma grande pedra que faz de mesa e outra pedra menor que faz de assento. No lado mais interno há uma outra grande pedra, aliás, é um pedaço saliente da rocha como fosse prateleira. Não sei se é assim por natureza ou se foi obra humana. Sobre esta prateleira, que parece um rústico altar, está pousada uma Cruz feita com dois ramos, segurados juntos por vimes. Numa fenda terrosa há planta de hera. 

Quem a plantou cuidou que os ramos formassem um enfeite à Cruz quase como se abraçasse, enquanto em dois rústicos vasos, que parecem modelados na argila por mão inexperiente, estão flores silvestres, e próprio ao pé da Cruz, numa concha gigante, está uma pequena planta de jasmim selvagem com as pequenas folhas bem limpas e dois botões próximo a desabrochar. Aos pés deste altar está um feixe de ramos espinhosos e um flagelo de cordas nodosas. Na gruta há também uma rústica vasilha de barro, com água dentro. E nada mais. Da estreita e baixa abertura da gruta se vê ao longe uns montes. A abertura é quase completamente escondida pelos ramos pendentes das plantas de hera, de caprifoliáceas e de roseiras selvagens. Parece uma cortina toda rasgada com fio que pende e se agitam por qualquer sopro de vento.

Uma mulher magra, vestida de uma rústica veste escura sobre a qual está pousada uma pele de cabra como manto, entra na gruta afastando os ramos pendentes. Parece exausta. É difícil identificar a sua idade. Se se deve julgar pelos rosto ressequido deveria ter bem mais de sessenta anos. Se se devesse julgar pelos cabelos compridos, densos dourados, longo as costas curvas se diria que tem quarenta anos. Os cabelos pendem em duas tranças longa às costas curvas e magras. Os cabelos são a única coisa que resplandecem naquela esqualidez. A mulher certamente deve ter sido uma bela mulher porque a fronte é ainda alta e lisa. O nariz bem feito e oval, porquanto emagrecida pela penitência, é regular. 

Mas os olhos não tem mais fulgor. Estão muito afundados na órbita e assinalados por dois bistres quase azuis. Dois olhos que denunciam as muitas lágrimas derramadas. Duas rugas (quase duas cicatrizes) se gravaram do ângulo do olho passando ao longo do nariz, vão se perder naquela outra característica ruga de quem sofreu muito que das narinas desce como um acento circunflexo aos ângulos da boca. As Têmporas são como escavadas e as veias róseo palidíssimo. Um tempo deve ter sido uma bonita boca, agora é desflorada. A curva dos lábios é semelhante àquela de duas asas que pendem cortadas. Uma boca dolorosa. 

A mulher se arrasta até a pedra que faz de mesa e pousa sobre a mesa umas frutinhas de murtas e de moranguinhos selvagens. Depois vai até ao altar e se ajoelha. Mas está tão fraca que quase cai e deve se sustentar com uma mão à pedra. Reza olhando a Cruz e umas lágrimas descem pelo sulco da ruga até a boca que a bebe. Depois deixa cair a pele de cabra e permanece só com a rústica túnica. Pega os flagelos e os espinhos. Aperta os ramos espinhosos ao redor da cabeça e ao redor dos lombos e flagela-se com as cordas. Mas é demais fraca, para e os flagelos caem-lhe das mãos. 

Está para desmaiar. Com ambas as mãos se segura no altar apoiando também a cabeça. Diz: 'Não aguento mais Raboni! Não posso mais sofrer. Mais sofrer em memória dos teus sofrimentos!'

Pela voz a reconheço. É Maria de Mágdala. Estou na sua gruta de p
enitência. Maria de Mágdala chora. Chama por Jesus com amor. Não pode mais fazer penitência. Mas amar pode ainda. A sua carne triturada pela penitência não resiste mais à fadiga de flagelar-se mas o coração tem ainda pulsações de amor e se consome nas suas últimas forças amando. E ela ama, permanecendo com a cabeça coroada de espinhos e os lombos apertados pelos espinhos, ama falando com seu Mestre em uma contínua profissão de amor e em renovado ato de dor. 

Escorregou com a fronte por terra. A mesma posição que tinha no Calvário defronte à Jesus deposto sobre o seio de Maria, na mesma posição que tinha na casa do Cenáculo em Jerusalém quando a Verônica abriu o véu com a imagem de Jesus, a mesma posição que tinha no horto de José de Arimatéia quando Jesus a chamou depois da Ressurreição e ela o reconheceu e o adorou. Mas agora chora porque Jesus não está. 'A vida me foge Mestre meu. E deverei morrer sem te rever? Quando poderei alegrar-me por ver teu Rosto? Os meus pecados estão defronte a mim e me acusam. Tu me perdoaste e creio que o inferno não poderá me possuir. Mas quanta espera no Purgatório antes de vir a Ti! Oh! Mestre bom! Pelo amor que me deste, conforta a minha alma! A hora da morte chegou. Pelo teu morrer desolado na Cruz, conforta a tua criatura! Tu me geraste. Tu. Não minha mãe. Tu me ressuscitaste mais que a Lázaro, meu irmão. Porque ele era bom e a morte não podia senão ser uma espera no limbo. Mas eu era morta na alma, e morrer queria dizer morrer eternamente. Jesus nas tuas mãos recomendo meu espírito! É teu, porque Tu o remiste. Aceito por última expiação de conhecer a dureza do Teu morrer abandonado. Mas dá-me um sinal que a minha vida serviu para expiar os meus pecados'.

'Maria!' Jesus aparece. É belo. Parece que desceu da rústica Cruz. Mas não é ferido e nem morrente. É belo como na manhã da Ressurreição. Desce do altar e vai para a prostrada no chão. Se curva sobre ela. A chama ainda, e dado que ela parece crer que aquela voz é espiritual, e, com o rosto por terra como está não vê a luz que Cristo emana. Ele a toca com uma mão na cabeça e tomando-a por um cotovelo, como a Betânia, para levantá-la. Quando ela se sente tocar e reconhece pelo comprimento aquelas Mãos, há um grande grito. 

E levanta o rosto transfigurado pela alegria. E logo o abaixa para beijar os pés do seu Senhor. 'Levanta-te, Maria, sou Eu mesmo. A vida foge. É verdade. Mas Eu venho para dizer-te que o Cristo te espera. Não há espera no Purgatório para Maria. Tudo já é perdoado a ela. Desde o primeiro momento foi perdoado. Mas agora é mais que perdoado. O teu lugar já está pronto no meu Reino. Maria, vim para te dizer isto. Não dei ordem ao anjo de comunicar-te isto porque Eu dou o cêntuplo de quanto recebo, e Eu lembro quanto recebi de ti. Maria, revivamos juntos uma hora do passado. Lembra Betânia. Era noite depois do sábado. Faltavam seis dias para a minha morte. A tua casa, a lembras? Era toda bela na cintura florida do teu pomar. A água cantava nos tanques e as primeiras rosas cheiravam ao redor dos seus muros. Lázaro me havia convidado à Ceia e tu havia despojado o jardim das flores mais lindas para ornar a mesa onde teu Mestre haveria de consumar o seu alimento. Marta não te disse nada porque lembrava as minhas palavras e te olhava com uma doce inveja porque tu resplandecias de amor, andando e voltando nos preparativos. 

E quando Eu cheguei tu correstes mais rápido que uma gazela ao meu encontro, precedendo os servos, para abrir a porteira com teu grito costumeiro. Parecia sempre o grito de uma prisioneira libertada. De fato Eu era a tua libertação e tu eras uma prisioneira libertada. Os Apóstolos estavam comigo. Todos. Também aquele que já era como um membro podre do corpo apostólico. Mas estavas tu para tomar aquele lugar. E tu não sabias que Eu olhando a tua cabeça abaixada para me beijar os pés, Eu esquecia o desgosto de ter ao meu lado o traidor. Quis que tu estivesse no Calvário por este motivo. Porque ver-te era ser seguro que a Minha morte não era sem resultado. E mostrar-me a ti era 
agradecimento pelo teu fiel amor... 
Maria, tu bendita que nunca traíste, depois da conversão e que me confirmaste na esperança Minha de Redentor, em ti vi todos os salvos pelo Meu morrer. Aquela noite do convite enquanto todos comiam, tu adoravas. Me deste a água perfumada para os meus pés cansados e beijos castos e ardentes para as minhas mãos e, não contente ainda, quebraste o último precioso vaso de perfume teu para ungir-me a cabeça e me 'arrumaste' os cabelos como uma mãe e me ungistes as mãos e os pés para que o teu Mestre cheirasse como um rei consagrado... E Judas te odiava porque tu eras honesta...e te repreendeu...mas Eu te defendi porque tu fizeste tudo por amor. Um amor tão grande que a sua lembrança veio comigo na agonia da noite de quinta-feira até às quinze horas de sexta-feira... 

Ora, por este ato de amor que tu me deste antes da minha morte, Eu venho a ti, antes da tua morte. O teu morrer não é diferente daquele que derrama o seu sangue por mim. O que dá o mártir? Dá a sua vida por amor ao seu Deus. Que dá o penitente? Dá a sua vida por amor ao seu Deus. Que dá o amante? Dá a sua vida por amor ao seu Deus. Vês que não há diferença. Martírio, penitência e amor consomem o mesmo sacrifício e pela mesma finalidade. Em ti, então, penitente e amante, há o martírio como de quem morre nas arenas. Maria, Eu te precedo na glória. Beija-me a mão e morre em paz. Repousa em paz. Para ti chegou o tempo de repousar. Dá-me os teus espinhos. Agora é tempo de rosas. Chegou o tempo de repousar. Deita-te e espera mais um pouco. Te abençôo, bendita.' 

E Jesus a obriga a estender-se sobre aquela espécie de leito e desaparece. Ela, com lágrimas nos olhos, se estende. Pranto de êxtase e parece que está para dormir com as lágrimas nos olhos que continuam a descer, com as mãos cruzadas sobre o peito e um sorriso nos lábios. De repente uma luz vivíssima ilumina a gruta. Maria se levanta. É o Anjo que traz um Cálice e que pousa sobre o altar. O Anjo se ajoelha e adora. Maria também se ajoelha. O Anjo pega de novo o cálice e lhe dá a Comunhão. Depois o Anjo desaparece. Maria cai com o rosto sobre as folhas do seu leito e morre. 





 


 
 


 









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DEFESA DAS APARIÇÕES DE JACAREI

DEFESA ÀS APARIÇÕES DE JACAREÍ


(FEITA POR UM PEREGRINO, AO CONTEMPLAR UM VÍDEO FALANDO MAL DAS MESMAS CITADAS ACIMA, E SOBRE A CARTINHA DO BISPO DA ÉPOCA, ALEGANDO QUE AS APARIÇÕES NÃO ERAM VERDADEIRAS)


NÃO SEI QUEM FEZ MAS PRA MIM ESSA PESSOA MERECIA UMA MEDALHA DE HONRA DE NOSSA SENHORA POR ESTA BELA DEFESA

"Quando você diz que devemos dar ouvidos ao que os padres dizem a respeito das aparições de Jacareí, corre em um ledo engano, pois, a “opinião pessoal” deles é que não pode ser elevado ao nível de “dogma de fé”. As cartas de Dom Nelson são muito citadas pelos que latem que estas Sagradas Aparições são falsas. Portanto, mister se faz alguns esclarecimentos. Há duas cartas oficiais onde este indigitado bispo trata da matéria “aparições”. Uma primeira, publicada em 1996, enquanto o mesmo ainda era bispo de São José dos Campos (diocese a qual pertence Jacareí). Nesta, não há menção alguma ao nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, muito menos, excomunhão, há somente algumas orientações pastorais. A segunda, publicada em 2007 e republicada em 2011, realmente traz explicitamente o nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, porém, nesta, a palavra “excomunhão” é sequer mencionada.

Ainda há um probleminha com esta segunda carta. O dito bispo (certamente pela providência de Nossa Senhora) foi transferido para a diocese de Santo André/SP em 2003, e, observem, a segunda carta publicada por ele ocorreu no ano de 2007, quando já havia deixado de ter jurisdição eclesiástica sobre a cidade de Jacareí. Portanto, o mesmo, ao editar esta carta, violou a jurisdição eclesiástica conferida a ele pela Igreja, e, ainda, violentou gravemente a autoridade de Dom Moacir, então, bispo da Diocese de São José dos Campos, que, se quisesse, poderia ter criado o maior caso com isso, pois Dom Nelson desrespeitou frontalmente e atropelou sua autoridade eclesiástica, uma verdadeira afronta. Então eu lhes pergunto, vocês ainda vão dar credibilidade a um documento irregular e eivado de vícios como esse?

Vale lembrar, que não é obrigatório seguir estas cartas circulares dos bispos. Não há heresia nem cisma nisso. Um católico somente pode ser acusado de cismático ou herege se atentar contra os Dogmas de Fé. Que eu saiba, carta circular de bispo não é Dogma de Fé. Como a primeira carta de Dom Nelson não condena as Aparições de Jacareí, e a segunda está irregular, pode-se dizer que não pesa condenação oficial e regular da Igreja sobre estas Santas Aparições. Além do mais, até o presente momento, Dom José Valmor, que atualmente tem jurisdição eclesiástica sobre Jacareí, não fez pronunciamento oficial sobre as mesmas. Documento oficial onde o Profeta Marcos foi excomungado, também é inexistente, portanto, qualquer informação que diga o contrário é fruto de pura “fofoca”.

Ressalto que em Jacareí, realmente, não damos tanta importância aos documentos do Vaticano. O que nós realmente valorizamos é a doutrina que nos foi transmitida pelos santos, como Santo Afonso, São Luiz, Santa Teresa, São João da Cruz, etc... Outro adendo que gostaria de acrescentar, diz respeito ao fato da obrigatoriedade ou não das Sagradas Mensagens Celestiais. A orientação predominante entre os teólogos católicos, de que não é obrigatório seguir as Aparições de Nossa Senhora, se funda em meras opiniões pessoais de alguns clérigos a respeito do assunto. Esta orientação não tem o caráter da infalibilidade papal e muito menos é um Dogma de Fé. Realmente, o catecismo atual traz algo nesse sentido, mas vale lembrar que o mesmo não recebeu o caráter da infalibilidade pelo Concílio Vaticano II. Bem ao contrário do Santo Catecismo do Concílio de Trento. Este sim, recebeu o caráter de infalível. Ocorre que nossa amada Igreja há muito se transviou de uma tradição bíblica milenar, através da qual o “Deus dos Exércitos” sempre manifestou sua vontade ao povo de Israel por meio de suas aparições aos profetas (mesmo fenômeno que ocorre com o, também, profeta Marcos Tadeu, pois os fenômenos miraculosos e de aparições que ocorrem naquele Santuário, são da mesma espécie dos verificados na Sagrada Bíblia).

Ora, nos tempos bíblicos não era através dos fariseus, saduceus, príncipes e doutores da lei (a Igreja oficial da época) que Deus dava as suas diretrizes ao povo eleito, mas sim, através dos profetas, em outras palavras, dos videntes. Nos primórdios do cristianismo, também ocorria assim, pois, a própria origem da nossa amada Igreja se funda nas “aparições” de Jesus aos apóstolos e discípulos. Então, por que esta tradição bíblica foi quebra? Será que é porque as aparições aos profetas cessaram? Errado, pois nos últimos 100 anos ocorreram mais de 1000 aparições de Nossa Senhora, dos santos e anjos, e até de Deus.
A pergunta correta é, por que o clero tenta abafar isso, pois grande parte, senão todas, destas aparições também foram acompanhadas de sinais miraculosos, como, curas inexplicáveis pela ciência, sinais na natureza, etc... Se Deus usava deste expediente nos tempos bíblicos, certamente deveria continuar a usá-lo nos tempos do catolicismo, pois uma grande verdade que a Teologia professa é que Deus é imutável. Não citarei as passagens bíblicas onde Deus manifesta sua vontade através dos videntes/profetas, pois se assim fizesse, teria que citar a Bíblia inteira, pois a própria formação e ensinamentos nela transmitidos se dão por este meio. Gostaria apenas de citar um pequeno exemplo de qual atitude deveremos tomar frente às Aparições de Jacareí, tomando por base a Bíblia. Saulo, quando se dirigia à cidade de Damasco e Jesus lhe “aparece” exclama: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9, 6). Naquela ocasião, Jesus disse a ele para procurar os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! O ordenou que entrasse na cidade de Damasco e ali lhe seria dito o que deveria fazer. Beleza. E quem Deus enviou para Saulo? Os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! Mas Ananias, um vidente. Como eu sei que Ananias era um vidente? As Sagradas Escrituras nos contam que foi uma aparição de Jesus que disse para ele ir procurar Saulo. É só conferir At 9, 10-16ss.

Outro exemplo foi Judas Iscariotes; este preferiu errar com a Igreja oficial da época (lembra né, fariseus e saduceus) que acertar sem ela. Bom... Errou mesmo! E segundo alguns santos místicos, como Maria de Ágreda, sua alma se encontra no inferno. Assim, a posição teológica defendida pela maioria dos teólogos atuais, de que as aparições não são obrigatórias, falando em termos de estudo teológico da atualidade, é perfeitamente passível de questionamento, e, inclusive, daria uma boa tese de doutoramento. É um posicionamento que pode ser mudado. Não é Dogma de Fé. Gostaria de finalizar este ponto dizendo o seguinte. Jesus tolerou para sempre aquela Igreja oficial da época (o judaísmo) que rejeitou o projeto que suas aparições aos Apóstolos (que também eram videntes) propunha? Claro que não!!! Por causa disso, Deus se retirou do meio daquela Igreja e passou a habitar no meio dos seus videntes, os apóstolos e discípulos, e, assim, surgiu a nossa amada Igreja Católica (Mt 21, 39-45).

Não é objetivo do Profeta Marcos Tadeu, nem de sua Ordem e muito menos de nós, a Milícia da Paz (formada por todos os fiéis seguidores daquele Santuário) provocar um cisma na Igreja. Nós apenas denunciamos os erros (prerrogativa esta, conferida aos leigos pelo próprio Concílio Vaticano II), lutamos para que a devoção a Nossa Senhora, aos santos e anjos seja colocada em seu devido lugar, e que as suas mensagens, e as dos demais santos, e até as de Deus, seja acolhida como nos tempos Bíblicos, pois acreditamos que se isto não for feito, irá se abater gigantescos cataclismos sobre a Terra, de uma tal magnitude que nunca houve, nem jamais haverá. Acreditamos que esta “palavra de Deus” transmitida nas aparições é o caminho e a única forma de salvar o mundo, e qualquer obra, ou pessoa, que ensine ou faça diferente do que elas dizem, é desprezada por nós. O motivo para isto é muito simples. Desde tempos remotos, as Aparições de Nossa Senhora (inclusive as não aprovadas pela Igreja) vêm dizendo o que aconteceria ao mundo se esta “palavra de Deus” não fosse obedecida. Resultado, tudo o que elas disseram, em um passado remoto, está se cumprindo na atualidade. Então, não há outra conclusão a se fazer, a não ser admitir que elas eram verdadeiras, e que o clero errou. Aliás, o histórico de erro do clero é algo realmente interessante. Basta citar a condenação que pesou durante 20 anos sobre as Santas Aparições de Jesus Misericordioso à Santa Faustina, e não foi por um “bispozinho” qualquer. Foi pelo próprio papa da época. Se não fosse a atuação do então Cardeal Karol Józef Wojtyła, futuro Papa João Paulo II, estas aparições estariam condenadas até os tempos atuais, e, certamente, você seria um grande opositor delas, não é? Infelizmente, como atualmente o número de Cardeais, e clérigos em geral, com este nível de espiritualidade é praticamente nulo... tadinha das aparições... snif. Praticamente nenhum deles entende de Teologia Mística, o estudo apropriado para se avaliar as aparições e estudá-las.

Além do mais, as aparições de La Salette, Lourdes e Fátima, para quem conhece mais a fundo sua história, verá que elas na verdade não foram aceitas pelo clero. Muito pelo contrário, este as combateu com todas as suas forças. Na realidade, o que ocorreu, é que os fiéis praticamente as fizeram descer goela abaixo na garganta do clero, de tal modo, que eles não tiveram outra opção a não ser aprová-las. E, mesmo nestas que foram aprovadas, o estrago que o clero fez é algo incomensurável. Não as divulgou como deveria; se o corpo incorrupto de Santa Bernadete estivesse no Santuário de Lourdes iria converter milhões de fiéis, no entanto está praticamente escondido no convento de Nevers; o corpo incorrupto de Santa Jacinta foi escondido dos fiéis; a esmagadora maioria dos vaticanistas da Itália é de acordo que, até hoje, o terceiro segredo de Fátima não foi revelado em sua integralidade; a consagração da Rússia não foi feita como Nossa Senhora pediu até os dias atuais, etc... E isso, só para citar os danos que me vem à mente neste momento.

No Santuário das Aparições de Jacareí, o Profeta Marcos está resgatando tudo aquilo que a Igreja e a sociedade tanto se esforçaram para extinguir, os escapulários, medalhas, mensagens, enfim, a salvação do mundo que Nossa Senhora nos revelou e ofereceu com tanto amor ao longo de suas aparições na história. Sem dúvida, lá está se cumprido a passagem da Escritura na qual se diz: “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas...” Mt 13,52 É uma nova aparição que resgata todas, até as mais antigas. Portanto, se ainda quiserem seguir a doutrina da cabeça deste cara de que não precisamos de aparições, o problema é de vocês. Aliás, se formos pensar bem, porquê Deus, Nossa Senhora os anjos e os santos apareceriam, né? Afinal de contas, nosso mundo está uma verdadeira maravilha, não é? Não temos problemas de droga, prostituição, corrupção, degradação moral, depressão, decadência da Igreja, violência, roubos, assassinatos, guerras, miséria..., todos os sacerdotes são verdadeiros Serafins de santidade, enfim, o Vaticano está dando conta do recado... Só não está apresentando um desempenho melhor devido a um “pequeno” probleminha de tráfico de influência entre os altos clérigos, desvio de verbas do banco do Vaticano, looby gay entre os padres, pedofilia generalizada, um papa progressista e comunista..., mas, afinal de contas, são probleminhas fáceis de serem solucionados, né? É... Em um mundo maravilhoso e em ótimo funcionamento como esse, realmente não entendo o motivo de tantas aparições..."